St. Grey - Interativa escrita por Laena


Capítulo 2
Capítulo 1 - A caminho de St. Grey


Notas iniciais do capítulo

Olá ^^ Bom, pra quem ainda for mandar ficha masculina sugiro que mandem fichas diferentes do tipo o badboy defensor dos oprimidos ou o garoto extrovertido, comunicativo e fofo, pq são as que faltam... Espero que gostem do capítulo e desculpem a demora em postar :)



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Justin Tudor

O primeiro sinal de que aquele lugar não era pra mim foi quando a freira velha me buscou no trem. O segundo sinal foi quando ela disse que eu iria para o internato com mais quatro adolescentes revoltados dentro de um mesmo carro. O terceiro sinal foi quando ela me obrigou a vestir o uniforme antes de descer do vagão. Aquilo estava começando a parecer novela mexicana, com gravatinha e tudo. Deixei então pelo menos a blusa para fora da calça porque aquilo já era pedir demais.

– Você vai gostar de lá. - a velha disse enquanto descíamos do vagão.

Ri ironicamente e voltei a ignorá-la. Eu não iria gostar daquele lugar, eu só estava indo para lá porque minha família não tinha tempo pra mim.

– Você irá fazer amigos. - ela insistiu.

– Duvido muito. - retruquei.

Ela se calou e continuamos a andar em direção ao carro que nos esperava. Saímos da estação e vi a rua extremamente movimentada que deveríamos atravessar e nenhum semáforo no trânsito. O dia não estava começando bem.

Foram necessários quinze minutos para atravessar a rua sem morrer atropelado, e isso aconteceu apenas quando uma mulher não tão velha, mas com as mesmas roupas da freira, nos encontrou "escoltando" outra garota para o mesmo carro que eu. Ela era ruiva e parecia o tipo de garota revoltada que corre o risco de te morder. Eu a encarei por um instante tentando decifrar se ela estava descontente por estar indo para o internato ou não, mas a garota era inexpressível. Ela se virou para mim.

– Sou Janett, algum problema? - ela me encarou enquanto empurrava sua mala impaciente atrás da mulher que ela seguia.

– Não, nenhum. - respondi seco.

Ficamos em silêncios por alguns segundos antes que ela puxasse assunto.

– Você não me disse seu nome. - ela observou.

– Você não perguntou. - devolvi.

Ela esperou que eu continuasse, mas permaneci calado.

– E então, agora eu estou perguntando. - ela disse começando a perder a paciência. Sua voz estava mais grosseira do que há dois minutos atrás.

– Justin. - respondi simplesmente.

– Por que você está indo para o St. Grey? - ela perguntou e logo depois começou uma onda de ofensas a um dos milhares de pedestres que pisara no seu pé.

– Porque minha mãezinha querida queria me recompensar com essa surpresa maravilhosa de aniversário. - falei ironicamente.

– Que ótimo. - ela resmungou - A primeira pessoa que encontro é um revoltadinho que não quer ir para o internato. Pois eu acho que lá vai ser um inferno, mas mesmo assim um inferno melhor do que a minha casa.

Não respondi. Afinal ela queria mesmo ir. Fomos os segundos a chegar no carro, onde um garoto loiro com cara de playboy esperava impaciente as pessoas no carro. Ao meu lado, Janett bufou.

Max Boernke

Eu já estava impaciente para voltar ao St. Grey. A pior parte de ser um veterano é ter que como os novatos, voltar de carro para o internato e pior ainda, no mesmo carro que a maioria deles.

– Por aqui, senhores. - a velha senhora Margô apontou para que dois novatos entrassem na parte de trás da limousine onde eu estava.

O garoto franziu a sobrancelha e a menina ruiva que estava com ele se adiantou entrando no carro. Ela se sentou na janela de frente para mim e o garoto ao seu lado. Se seguiu um grande silêncio de impaciência e nenhum dos outros dois que viriam conosco, resolveu aparecer.

– Vamos Jeff, quanto tempo mais vou ter que esperar? - gritei para o motorista da escola olhando para o relógio.

– O motorista não tem culpa se os outros estão demorando. - a ruivinha disse convencida.

– E eu não pedi sua opinião. - retruquei.

– Deixa Janett. - o garoto ao lado dela se intrometeu - Realmente não vale a pena falar com pessoas como ele, eu reconheço quem não vale o meu tempo no momento que vejo um.

– Que eu me lembre não pedi sua opinião também, idiota. - devolvi com raiva.

– Meu Deus. - Janett se virou para encarar o garoto de uma forma indignada e eu fiquei sem entender - O melhor argumento que ele tem é sempre esse?

– Ele tem nome - interrompi - e é Max Boernke. - falei com um ar superior.

– Tá explicado o porquê da ignorância. - ela insinuou deixando claro que conhecia o sobrenome da minha família. Até porque, quem não conheceria?

– Max. - o garoto meditou me irritando - Minha avó tinha um cachorro com esse nome. - ele disse.

Janett riu de canto.

– Estão mexendo com o cara errado. - ameacei.

– E ele morreu há uma semana quando eu botei veneno na ração por estar me enchendo a paciência. - ele começou - Mas não se preocupe Max, eu não vou colocar veneno na sua ração.

Rosnei de raiva.

– Ele é tão fofinho, faz até barulho de cachorro. Será que dá pra castrar? - Janett me provocou.

Quase levei um susto quando alguém se jogou ao meu lado. Graças a Deus, era ninguém menos que Amelia.

Summer Hayes

Eu queria poder ter ido no mesmo carro que meu irmão Darren, mas a mulher que me acompanhara até o carro deixou bem claro que isso não seria possível. Depois de com muita dificuldade conseguirmos atravessar a rua andamos mais uns cinco minutos antes de chegar ao carro, e quando eu o vi pensei seriamente em arrumar uma desculpa e não entrar.

Estava uma verdadeira confusão lá dentro, faltava muito pouco para um deles começar a gritar. Sem alternativa, entrei lá dentro e me sentei do lado da garota loira que discutia fervorosamente com a ruiva do outro lado do banco em diagonal a ela. Ninguém pareceu sequer notar minha presença ali, o motorista deu a partida e com um suspiro olhei para baixo. Eu tentava realmente não prestar atenção no que eles diziam, mas era complicado com a altura de suas vozes e o nível das ofensas que usavam.

– Ninguém pediu sua opinião! - o loiro atirou.

– Santo Deus, é só isso que você sabe dizer? - a ruiva atacou e o garoto ao seu lado riu ironicamente.

– Cala a boca garota, ele só está expondo um fato. - a garota ao meu lado defendeu.

– Para mim isso não passa de respostas aprendidas no maternal. Aliás, é de lá que vocês nunca deveriam ter saído. - a ruiva retrucou.

Antes que a loira dissesse alguma coisa o garoto colocou uma mão em sua frente impedindo-a de avançar sobre a outra garota.

– Amelia, deixa eles, os pobrezinhos não sabem do que somos capazes. Aqui dentro não podemos fazer nada, mas já no colégio não garanto a mesma coisa. - ele olhou malicioso para os outros dois no banco a nossa frente.

Ao lado da ruiva o garoto apenas balançou a cabeça descrente como quem diz "não adianta discutir com bebês".

O carro freou bruscamente me fazendo ir para frente e voltar contra o banco, me desequilibrei e pisei sem querer no pé da garota ao meu lado.

– Merda. - reclamei baixinho.

– Ei, olha aonde está pisando! - Amelia me encarou feio.

– Olha você como fala com ela! - a ruiva me defendeu.

Estava prestes a dizer que não precisava que me defendam quando a discussão começou novamente e mais uma vez as pessoas no carro pararam de notar a minha presença ali. Bufei. Aquele ano seria extremamente longo em St. Grey.


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Notas finais do capítulo

Entããããããão? +_+