Bijuu Slayer escrita por Danizo, Okami


Capítulo 1
Capítulo I. Uzumaki Naruto


Notas iniciais do capítulo

Oi! Essa é a minha primeira história, e eu estou recebendo ajuda de uma pessoa que escreveu bastante crossovers de Naruto e Fairy Tail. Espero que gostem!



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10 de outubro. A data do incidente de nove anos atrás. O aniversário da morte do Yondaime Hokage e, ao mesmo tempo, do nascimento de Uzumaki Naruto.

Há nove anos, uma raposa de nove caudas surgiu na aldeia. Seu poder era tão grande que, de uma só tacada, destruiu metade da vila e matou centenas – senão milhares – de moradores e magos da aldeia.

Konohagakure sempre foi conhecida como uma vila isolada no coração de Fiore. Cercada por uma gigantesca floresta que, segundo lendas, fora criada pelo igualmente lendário Shodaime Hokage, a vila era muito separada do restante do mundo; oculta e misteriosa, raramente recebia viajantes e tinha sua própria força mágica, independente do Conselho Mágico. Os shinobi, ou ninjas. Para salvar a aldeia, o quarto líder dela – o Yondaime Hokage – deu a própria vida para conter a besta e selá-la dentro de um corpo humano.

Imediatamente após esses eventos, o Sandaime Hokage proibiu qualquer pessoa de falar novamente sobre esse assunto. O que não impediu o ódio da vila – pelo menos, daqueles que sabiam da história – pelo jovem menino. E esse ódio era passado para seus filhos.

– Finalmente vamos nos livrar do pirralho demônio. – disse um morador. Ele era grande e gordo, com um forte hálito de álcool.

– Ele não pode ter ido longe! – exclamou outro, parecendo ainda mais bêbado que seu companheiro. Seguindo-os estava uma multidão de moradores. Até mesmo alguns magos estavam entre eles. Alguns carregavam objetos aleatórios, como pedaços de pau e pedras, facas ou garrafas vazias.

Passaram rapidamente pelo beco, procurando pelo garoto loiro. No momento em que o último passou, um menino saiu de trás de uma lata de lixo. Sem olhar para trás, ele começou a correr o mais rápido que suas pernas aguentavam. Lágrimas escorreram para fora de seus olhos enquanto acariciou a bochecha, que tinha um pequeno corte.

– Ali! – gritou uma voz.

Em pouco tempo, sons de passos encheram o beco. Naruto nem mesmo abrandou a velocidade quando se viu correndo na direção de uma cerca; inclinando seu corpo para trás, ele deslizou por baixo de um buraco e continuou correndo. Ele gemeu com a dor de uma farpa entrando em sua mão, mas não parou de correr. Um filete de sangue escorria por seu rosto.

– Peguem ele! – outro grito.

Os sons de passos ficaram mais altos. Ele tentou acelerar a corrida. Um vulto passou zunindo pelo seu ouvido e colidiu com uma parede; uma shuriken.

– Ughh... – gemeu o loiro, sentindo o corte feito de raspão feito pela arma.

Ele agarrou um poste e, sem diminuir a velocidade, fez uma curva dentro do beco. Chutou um pequeno jarro sobre uma mesa, derrubando-o sobre o chão. Por um golpe de sorte, era água no interior do recipiente que se partiu. O homem que o perseguia escorregou e colidiu com uma janela, quebrando-a e caindo dentro de uma casa.

Continuou correndo. Estava de noite. No escuro, ele mal prestava atenção por onde corria; só tentava fugir. Foi assim que, no final, ele se viu encurralado contra um muro. A pedra era muito lisa para escalar. Um beco sem saída.

– Não... não, não...! – ele murmurou, com medo, e se virou para voltar. Mas já era tarde demais, um pequeno grupo já entrava no beco. Entre eles estava uma mulher de cabelo cor-de-rosa, parecendo estar numa casa entre os trinta e cinquenta anos de idade.

– Ali está ele! – disse ela. – Que sorte, somos nós que vamos eliminá-lo.

Com ela, estavam pelo menos cinco outras pessoas. Um deles deu um passo a frente e ergueu o braço. Naruto recuou, mas se viu escorado contra o muro e olhando fixamente para o pedaço de madeira na mão do homem.

O tempo pareceu abrandar quando ele desceu o braço. O loiro fechou os olhos por reflexo antes de ser golpeado no lado direito da costela.

– AAA... Agh... – gemeu, caindo de joelhos enquanto segurava o local atingido. Sua visão ficou turva e a respiração mais difícil.

– Peguem-no! – gritaram os outros.

Eles o cercaram e começaram a atacar; chutes e socos. Ocasionalmente, um deles usaria um objeto. O menino gritou e gemeu de dor e agonia enquanto era espancado, sem poder fazer nada para se defender.

Sua visão ficou mais embaçada do que antes, e ainda mais, até que finalmente escureceu por completo.

... Plim...

... Plim...

... Plim...

O único ruído no local era o de uma goteira. Naruto reabriu os olhos e ficou surpreso ao ver que já não sentia dor. Teria sido um sonho?

Olhou ao redor e viu apenas um grande e aparentemente interminável corredor alagado. O som do gotejamento constante continuou, embora ele não pudesse dizer de onde estava vindo.

– Alguém aí?! – gritou ele.

Nada. O único som no corredor ainda era a goteira. Ele estava morto? Suas memórias se voltaram para minutos atrás, enquanto estava sendo espancado. Aquilo foi real demais para ser um sonho.

– Por que eles me odeiam tanto...? – perguntou, fungando.

No momento em que ele disse isso, alguma coisa pareceu o chamar no meio da escuridão do corredor. Ele não sabia o que era, mas involuntariamente se viu caminhando. Pelo que pareceram horas, ele simplesmente caminhou, com os sons de seus passos na água sendo o único barulho. Até o gotejamento parou. A cada vez que ele pensava em parar, aquela coisa o chamava outra vez.

Levou tempo, mas finalmente chegou numa ampla sala. No centro dela, um pedestal de mármore branco ostentava um gigantesco cristal de lacrima laranja, cuja energia era tão grande que fazia a água evitar tocá-lo. O cristal estava preso por várias correntes douradas e, bem no meio, havia um selo.

– O que é isso? – murmurou, curioso.

Um pouco incerto, Naruto deu um passo para frente. Então outro, e mais outro, até que estava a centímetros de tocar o cristal. Repentinamente, o lacrima brilhou. No instante que se seguiu, o cristal ficou tão pequeno que poderia caber na palma da mão do menino. Um imenso portão de grades se formou onde antes havia uma parede e, por detrás dele, uma coisa incrivelmente poderosa estava presa.

– Eu vou lhe emprestar o meu poder... – sussurrou algo de dentro do portão. – Dessa vez. – a voz era carregada de ódio e intenções malignas, de tal forma que apenas ouvi-la criava no pequeno loiro uma imensa sede de sangue. – Mate todos! Destrua-os! – rugiu, fazendo o portão e todo o corredor tremerem violentamente.

Ao mesmo tempo, Naruto estendeu o braço e pegou o lacrima.

– Ele está morto! Conseguimos! – gritou a mulher de cabelo cor-de-rosa, com os outros moradores aplaudindo e gritando em comemoração. O que antes era um pequeno grupo, agora haviam mais de cinquenta pessoas reunidas.

– S-Sa... Sak-... – uma voz gaguejou e, antes que pudesse terminar de falar, um som terrível de algo dilacerando carne foi ouvido. – U-... Ugh...

A multidão olhou outra vez para o corpo do menino, que agora estava em pé. Seu cabelo sombreava os olhos, mas não fazia nada para esconder o brilho sanguinário emanado por eles. Em seu rosto, as marcas de bigode – marcas de nascença – tornaram-se mais escuras, seus dentes mais afiados e as unhas viraram garras. Instantaneamente, os cortes e contusões começaram a sarar.

– O q... – ela arregalou os olhos. – DEMÔNIO! – gritou.

Um vulto laranja passou correndo no meio da multidão. Um segundo depois, pelo menos metade caiu no chão. Enormes buracos se formaram em seus pescoços, no estômago ou peito. Naruto reapareceu acima da mulher de cabelo rosa.

– N-não, por favor! Eu t-... – ela começou.

O loiro ignorou-a completamente e desferiu um chute machado contra a cabeça da mulher, imediatamente estourando seu crânio ao impactá-lo contra o chão de concreto.

– Grr... – ele rosnou. – ROOOOOOOOAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR! – rugiu, alto o bastante para ser ouvido fora da aldeia. O rugido provocou uma onda de choque tão grande que arremessou os sobreviventes, derrubando prédios e casas por perto.

– F-Fujam! – gritou um deles. Pelas roupas, era fácil de dizer que era um shinobi.

Outra explosão escapou do corpo de Naruto, mas essa era muito mais poderosa. Nem mesmo os shinobi tiveram tempo o suficiente para fugir da onda de magia que cobriu uma grande área ao redor, desintegrando tudo perto.

Finalmente, o loiro voltou a si. Ele estava ajoelhado no centro de uma cratera, ofegando pesadamente. Ao redor da cratera estavam espalhados pedaços de corpos e sangue. Há poucos segundos casas, agora só restavam ruínas por perto.

– O que aconteceu? – olhou confuso para a cratera. Foi então que se lembrou do cristal, e da sensação estranha. Da vontade de matar a todos eles. – Eu... eu... eu fiz isso? – ele murmurou com os olhos arregalados.

De algum jeito, ele conseguia sentir vários shinobi se aproximando. Um, em especial, era extremamente forte; o Hokage. Nesse momento, Naruto sabia de uma coisa.

– Eu não posso mais ficar aqui. – murmurou, levantando-se.

Ele deu uma última olhada para o Monumento Hokage a longa distância e saiu correndo na direção dos portões da vila, quase dez vezes mais rápido do que os shinobi normalmente corriam.


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Notas finais do capítulo

Obrigado pela leitura, e deixe seu comentário! Até a próxima.