Um desastre de paixão escrita por Mais um romance por favor


Capítulo 5
Capítulo 5 - A festa parte dois


Notas iniciais do capítulo

Alteração de narrativa. Cuidado!



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O papo de Luke rendeu altas risadas ele me acompanhou no refrigerante enquanto conversávamos em um balanço no jardim.

– Mas você ainda não me disse o que faz sozinha por aqui?- perguntou ele

– Não estou sozinha, estou com minha amiga. É que ela é decidida demais pra ficar esperando garoto perceber que ela tá afim, ela é mais direta.

– Ah entendi. Que sorte a minha então de sua amiga ser uma garota nada convencional. Não que você seja. Você é especial. - falou ele com um sorriso no final da frase. – Confesso que quando a vi sabia que era diferente. – terminou olhando em meus olhos.

– Obrigada- abaixei a cabeça envergonhada. Ele pôs o dedo em meu queixo e levemente ergueu minha cabeça me fazendo olhar em seus olhos, e posou seus lábios em minha testa.

– Já esta quase amanhecendo, linda. Adorei conversar essa noite com você ficaria mais se pudesse, mas tenho que descansar daqui a pouco tem treino de futebol. E não esquece que você me prometeu que iria. Hoje ás sete da noite no estádio.

– Promessa é divida. Estarei lá.

Ele sorriu e saiu. Depois que o perdi de vista olhei pro céu contente por conhecer alguém novo, e por essa noite não ter sido um desastre. Os primeiros raios de sol surgiam no horizonte, tinha que ir atrás de Mary precisava ir embora.

Entrei no roll, a musica já não era alta e não havia tanta gente, avistei meu parceiro de biologia cercado de moças assim que me viu ele me acompanhou com o olhar enquanto procurava por Mary. Já estava sem graça com ele me olhando então acenei sem sorriso, ele me causava uma sensação estranha sentia que ele não era confiável. Ele sorriu e veio em minha direção. AFF

Oi, não sabia que vinha a minha festa?

– Essa festa é sua? – exclamei com um ar se surpresa

– É. Não. Mais ou menos, a festa em si não é minha porque vem quem quer, mas a casa é minha. Gostou da decoração hã.. como é seu nome mesmo? Você não me disse.

– Abby. Abby Mandox. Desculpe por aquele dia, não era um bom dia. O seu é Rush, certo?

– Isso. Fico aliviado em pensar que a culpa não é minha. Que eu não sou chato. – ele responde e ri.

Eu abaixo a cabeça envergonhada.

– Não. Acho que ninguém pensa isso de você, pelo menos não as garotas que estão sentadas no sofá. – falo e aponto pras elas. Ele ri e disfarça.

– Mas você parece que procurava alguém, posso ajudar?

– Tava procurando amiga. Ela é ruiva, mais alta que eu, usava um vestido preto. Preciso ir embora e ela tem que vir junto.

– Ah eu sei quem é. Vi ela com meu amigo, ele mora aqui comigo. Então se eles estão em algum lugar só pode ser lá em cima. Vamos subir pra procura-los.

– Ok. Mas não é por nada não, mas você podia falar com suas amiguinhas, estou com sensação que vou linchada daqui se subir com você.

– Elas? – ele aponta com desprezo. – não se preocupe, elas não são minhas amigas e não vão fazer nada com você, são mais inofensivas que moscas. – ele completa.

– Se você diz- falo e dou os ombros.

Subo a escada atrás dele, andamos pelo corredor e paramos em frente a uma porta com uma placa na maçaneta escrito ocupado, não perturbe! Rush bate na porta, e ouvisse uma voz:

– Leia a placa imbecil.

– É o Rush. Você ta com uma ruiva, de vestido preto? – ele gritou

– To, mas ela é minha sai fora.

–Mary!- gritei- é a Abby, você sabe que horas são? Provavelmente não, mas é tarde. Precisamos ir e concluir o plano M. – termino esperando uma resposta.

– Plano M? – pergunta Rush com um meio sorriso.

– É coisa de garota- falo sem sorrir.

A porta abre e meia cabeça aparece, é Travis. Ele pede pra eu dar licença um pouquinho pra eles conversarem em particular. Eu aceno positivo e me afasto. Encosto na parede a alguns metros. De lá vejo um garoto caído na escada, rastejando pra subir. Ele chega até em cima e olha pra mim e sorri, ele está bêbado sinto o cheiro daqui. Ele se levanta e vem em minha direção, coloca seus braços um de cada lado ao lado da minha cabeça e tenta me beijar. Eu o empurro e ele cai, mas se levanta e pronuncia alguma coisa que não entendo, e vem pra cima de novo, quando tento empurra-lo ele me segura pelos pulsos. De repente ele cai no chão e sinto sangue cair em meu rosto. Olho pra cima e vejo Rush limpando sua mão, ele chega perto de mim:

– Você está bem? Ele te machucou?- ele pergunta preucupado.

– Estou bem, só um pouco assustada.

– Esses idiotas não sabem beber. Siga o corredor até o fim, e entre na ultima porta e fique lá.

– Tá bom. – Respondo sem questionar ainda estava assustada com a reação dele.

Não olhei pra trás só ouvi os impactos, eram amortecidos, mas duros. Entrei pela porta e a fechei atrás de mim. O ambiente era em tons de cinza e pouco mobilhado, paredes brancas, uma cama grande com lençóis de seda preto, uma poltrona preta de couro e uma porta de vidro com uma sacada. Sentei na poltrona, e esperei.

Quando me certifiquei que aquele idiota estava bem longe, subi as escadas e Travis me parou no corredor.

– O que foi aquilo? Só vi sangue no chão. – questionou ele.

– Um idiota que deu queria beijar a amiga da sua companheira de quarto. E ai, ela já ta pronta?

– Então, não deu tempo de falar antes que você atacasse o cara. A Mary tem que ficar, ela é sensacional, por favor, convence a amiga dela a ficar também.

– Eu não sei se a ruiva te falou, mas a amiga dela não vai com a minha cara. Então não vou ser o cara mais indicado pra tal função.

– Qual é Rush, qualquer garota vai com a sua cara, alias não só a cara o corpo inteiro.

– Não ela. Não sei o que ela tem, mas ela não se derrete quando está perto de mim.

–Bom, então seja persuasivo, use seu charme nível Maximo, num sei faça algo. Convence-a. – Ele falou e bateu a porta.

Eu fui em direção ao meu quarto, parei em frente à porta arrumei o cabelo, e pensei no que ia falar não veio nada à mente só seus olhos me encarando. Abri a porta e antes mesmo de começar a falar, á vi sentada na poltrona com os olhos fechados. Parecia um anjo, em sua perfeita harmonia. Cheguei mais perto e agora via sua expressão cansada, respirava fundo em um sono pesado. Peguei a no colo com todo o cuidado pra não acordar, levei-a até minha cama, a acomodei no meu travesseiro e coloquei meu coberto por cima dela. Parei ali, fiquei olhando aquele rosto angelical. Eu não sei o que ela tem, mas ela meche comigo, sinto um sentimento diferente por ela. Mas ela é só uma estranha, uma estranha linda, mas uma estranha e quando acordasse ia querer matar alguém.

Abro os olhos e percebo o conforto, não me lembro de ter chegado à casa da Mary, mas ali era bom. Olho pro teto branco com preguiça, então me sento na cama ainda com olhos fechados quando enfim os abro vejo uma janela com uma cortina acinzentada. Esse não é o quarto da Mary. Vejo um sujeito na poltrona, olhando com mais atenção agora, é o Rush. Se eu não fui pra casa, que horas são? Preciso achar a Mary.

– Ó a bela adormecida acordou! Tá com fome? – Rush falou.

–Que horas são?

–Umas quatro, talvez.

– Da tarde? Ai meu Deus! Cadê a Mary? Porque ela não me chamou?- questionei-o com desespero

– Sim. Então ela falou que ia ficar, pra eu convencer você a ficar, mas eu cheguei aqui e você estava dormindo. Então te levei pra cama e dormi na poltrona. Ela esta naquela porta que falamos ontem, se não lembra procure a placa de ocupado pelo corredor. Estarei lá embaixo fazendo algo pra gente comer.

– Ok, onde tem um banheiro? Preciso lavar o rosto. – perguntei

– Pode usar o meu, é naquela porta. – ele apontou pra uma porta que ficava após a cama e saiu me deixando sozinha.

O banheiro era branco com louça branca, mas toalhas pretas. Como é eu que ia chegar em casa a essa hora? Minha mãe ia me matar se já não tivesse chamado a policia pra me buscar na casa da Mary. E eu ia matar a Mary, como é que ela faz isso comigo.

Bati na porta com a placa, ninguém respondeu, então bati de novo e chamei a Mary. Ela saiu de toalha. Eu a olhei da cabeça aos pés, ela tava molhada ainda nas pernas. Ela prendeu a toalha e levantou as mãos em sinal de redenção.

– Antes que você me mate. Deixa-me explicar. Sua mãe não vai te matar ela acha que você está em um chá de senhoras com minha mãe.

– Como?- falei seria.

– Liguei pra minha mãe e pedi pra ela ligar pra sua e falar isso.

– Sua mãe mentiu pra minha? Mães não mentem. - falei duvidando. Eu ainda tava brava, mas muito aliviada se aquilo fosse verdade.

– Você não conhece a minha mãe. – ela falou sem maiores explicações. – Espera ai, um minuto- ela entrou e saiu logo depois com um pacote preto embalado a vácuo. – Vá pra onde você tava e se troque. Te vejo lá em baixo.E a propósito, to apaixonada. – ela sorriu e fechou a porta.

Fui pro quarto e troquei de roupa. Era um short, uma camiseta e uma sandália simples. Desci as escadas e segui o cheiro. Cheguei na cozinha e bem na hora meu estomago roncou. Senti minha face queimar.

– Tem panquecas com chocolate. Pode sentar ai já vou servir. - ele falou de costas pra mim, com uma frigideira na mão e um pano de prato no ombro. Ele tava sem camisa seus músculos definidos chamavam atenção. Ele se virou e eu estava no mesmo lugar, olhando pra ele.

– Gostando do que vê? – ele riu. E saltou uma panqueca na frigideira.

– Não seja bobo. – sentei-me à mesa com muita vergonha.

– Tem suco na geladeira, pode pegar pra mim. O casalsinho vinte deve estar chegando por ai.

Levantei abri a geladeira que estava cheia de comida, tinha de tudo. Peguei as jarras de suco, os copos estavam distribuídos na mesa assim como os pratos.

– Oi gente linda- Travis falta ao entrar abraçado com a Mary. Realmente eles pareciam um casal.

– Rush essa é a Mary, e ela é minha. Não olhe, não fale, não mexa com ela. E viverá. – falou Travis enquanto Rush ria no fogão.

– Olá Mary, sou Rush. E ele é ciumento assim mesmo viu. – falou de costas pra nós, quando se virou veio servir as panquecas no meu prato. - Conte-me quando se conheceram?

– Não sei, ela simplesmente veio até mim e começou a conversar. Gostei da atitude e ai rolou, até eu descobrir que ela é meu par, minha alma gêmea, feita pra mim. – falou Travis e deu um beijo rápido na Mary.

– Viu falei que atitude funcionava. – ela falou piscou pra mim.

– E por que só ela tem panquecas?- ela questionou alto.

– Tá saindo madame. Gostei dela Travis vai te colocar na linha. – Rush falou rindo.


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