Meu querido, provavelmente, inexistente leitor, se estiver lendo esta carta, devo já ter ido desta para uma melhor á muito tempo atrás. Mas ela precisava desta carta, a menina que nunca deixei de amar. Ela era a mulher de meus sonhos.

Me lembro até hoje quando me contou de sua doença. Me sentia tão perdido como uma lágrima numa chuva de verão.

Eu a amava tanto, que a ideia de perde-la era insuportável, por isso, devo começar pedindo desculpas pelos meus atos impulsionados e não sensatos. Era um jovem ainda aprendendo o que era vida.

Me recordo da primeira briga que tivemos sério. Eu a disse algo, que com o tempo e a sabedoria evoluída, posso dizer que estava errado. Me lembro das exatas palavras: "o destino não está escrito!"

Há dúvidas em minha mente até os dias de hoje em relação se estamos destinado a algo ou fazemos nossa vida a partir de nossas escolhas. Porém, cheguei numa conclusão.

Os dois acontecem ao mesmo tempo.

É predominado que cheguemos à um ponto, mas como vamos fazer será definido a partir de nós.

Eu tenho a felicidade de escrever nesse papel, que cheguei aonde devia com minhas escolhas que julguei ser certas.

Voltei a trás para a única mulher que amei. A minha namora, minha esposa e mãe de meus filhos. Eu retornei ao seus braços, independente do que ela me dissesse e beijei seus lábios incontáveis vezes. Eu ainda a amo e deixou flores em seu túmulo todos os domingos.

Encontrei a felicidade e, agora sim, posso morrer com um sorriso no rosto.

Para meu amor, Christine.

Eric