O abismo sem Fim escrita por Magnumcannon


Capítulo 6
Capítulo 6




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Acho que você deve estar curioso com o que eu ia fazer com aquelas tabuas de madeira que eu havia pegado. Eu havia tido a ideia de barricar a loja. Eu via aquilo constantemente em jogos, não a ideia de que aquilo vá funcionar com toda certeza tenha vindo deles, e sim a ideia de que aquilo pode funcionar.

Mary havia servido a comida. A carne apresentava uma textura diferente, mas eu não liguei, apenas comi. Estava deliciosa. Ela também me serviu suco de laranja, meu favorito! Fazia tempo que eu não bebia outro liquido a não ser água. Eu podia sobreviver daquele jeito, mas com certeza foi bom ter variado um pouco.

Depois da refeição eu fiquei curioso em relação à carne. Aquilo estava uma delicia! O que era aquilo?

O que você fez nessa comida que a deixou tão deliciosa, Mary?

Ela riu levemente e disse:

Carne de Fleshdweller!

E que diabos é isso?

Ah, Fleshdwellers são uma espécie de cão vermelho, são muito inteligentes! Foram esses que lhe atacaram.

Ao contrário da reação comum, que seria cuspir a comida e se enojar, a minha foi rir descontroladamente. São coisas estúpidas como essa que me fazem rir. Mary também não se conteve e começou a rir junto.

Naquele momento eu me senti em paz. Depois de tanto banho de sangue, mutilações e gritos de agonia, eu finalmente estava presenciando um momento no qual não envolvia lobos com um QI maior do que muita gente ou gigantes estúpidos mascarados me atacando.

A casa de Mary era muito grande, havia bastante comida, suprimentos, barricadas e curiosamente, estava completamente intacta. Todas essas características me fizeram levantar a seguinte pergunta para ela:

Há quanto tempo você está aqui?

Ela se virou pra mim e me respondeu.

Há oito meses, no inicio foi tudo muito difícil. Mas conforme eu fui tendo força de vontade eu conseguir estabelecer um lugar para habitar. Tudo isso que você esta tendo o privilégio de usar foi fruto do meu sangue derramado.

Oito meses, nossa! Com certeza deve ter sido muito tortuoso para você sobreviver todo esse tempo sozinha!

Sim, foi muito difícil. Já pensei em suicídio, porém, sei que essa não é a solução. Sempre pensei que alguém iria vir aqui e se unir a mim. Então outra pessoa ia vir. Então outra, e mais outra... E quando tivéssemos gente suficiente, iríamos procurar uma maneira de escapar daqui.

Era realmente uma coisa muito triste. Ficar preso por oito meses dentro de um buraco cheio de criaturas bestiais deve ser no mínimo tortuoso e enlouquecedor. Pergunto-me como ela não ficou louca diante dessa situação.

Eu tinha que ajudar ela! Eu ia prometer tirá-la desse abismo, porém a promessa foi interrompida por um barulho ensurdecedor que se assemelhava a um produzido por um chocalho, seguido de um forte tremor na terra. Saímos da casa e fomos ver a fonte do barulho.

De todas as aberrações que eu havia visto, essa foi a mais grotesca e bizarra que eu tinha tido o infortúnio de ver. Pelo menos, até esse momento.

Uma criatura colossal, medindo aproximadamente oito metros, usava suas oito pernas vermelhas e grossas para sustentar seu cefalotórax seco, avermelhado e pesado. Sua face era surreal, tendo a aparência de um humano. Era simplesmente assustadora e intimidante. A sua cauda era ridiculamente grande, media mais ou menos dez metros, sustentando uma espécie de chocalho idêntico com o das cascavéis.

Seus olhos eram vermelhos e brilhantes, sua boca tinha dentes pontudos e numerosos. Havia duas garras que se assemelhavam a dos caranguejos.

Ela se moveu em nossa direção, lentamente, lançando um olhar intimidante e bizarro contra mim. Cada passo que dava era um grande tremor no solo em que pisava, lançando poeira para todos os lados. Aquilo não era uma simples criatura abissal, como os Caninus ou os Tribals.

A minha primeira ação contra a criatura foi puxar rapidamente minha PSTL-49KW de minha mochila e disparar contra ela. O projétil não surtiu nenhum efeito, estranhamente.

Aquele tiro se assemelhava a uma picada de mosquito para a besta. Ela chegou alguns metros perto de mim, fazendo com que nós (Eu, Mary e Serene) nos afastássemos da criatura. Mary disparou dois tiros com seu rifle Sniper, acertando-a em um ponto de seu cefalotórax e outro no mesmo lugar.

A besta reagiu de forma inesperada. Ela levantou sua cauda colossal para seu lado direito. Em seguida, ela descarregou um ataque furioso e devastador, jogando Mary para trás, derrubando-a e a deixando inconsciente.

Furioso com isso tudo, agarrei o rifle Sniper que ela carregava e fui enfrentar a besta. A batalha seria difícil e talvez longa.


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