Tinha no mínimo dois metros de altitude, com dois olhos cintilantes púrpuros. Uma espécie de quimera, com pernas escamosas de galinha, um torso negro fortemente protegido por escamas negras, braços vermelhos peludos e uma coroa dourada em sua cabeça, feita por numerosos chifres amarelos que saiam de sua pele cinza. Suas mãos eram metálicas como a de um robô. Tinha asas esqueléticas vestigiais em suas costas, sem pele, apenas ossos. Vestia uma elegante capa azul e semitransparente.

Para sua informação, antes de morrer, a espada que possuo é Tyrfing, espada única, criada por ferreiros infernais usando almas, ossos e sangue. Sua lâmina acumula cinco bilhões de mortes. Acham mesmo que podem me derrotar?

Ignoramos a provocação do demônio, sabíamos que era apenas mais um de seus truques, assim como sabíamos que era um dos mais fracos. Sabíamos que estávamos lidando com o mais poderoso demônio que já existiu, portanto fomos cautelosos. Fiquei perto de Mary, não queria que se machucasse.

Vão ficar assim mesmo, escondidos como baratas? Patéticos, não merecem ser chamados de escolhidos. Minha ofensiva e defensiva são as melhores, não esperem que eu vá cair em seus truquezinhos clichês. Observem e aprendam!

Gesticulou elegantemente, emitindo raios inofensivos pela sala, criando uma poderosa luz púrpura que cobriu toda a sala. Quando seu brilho acabou dez Nyxtas revelaram-se pela sala. Obviamente eram clones, porém existia o verdadeiro entre eles.

Hahaha! E agora, conseguirão adivinhar qual de nós é o verdadeiro?—Disseram sincronizadamente.

Depois os nossos truques que são clichês. Zach, o verdadeiro sempre tem uma diferença entre os clones, procure a achar. —Sugeriu Jeff.

Huh, mas eles parecem idênticos!—Afirmou Mary.

Talvez a diferença não esteja em sua estética...—Comentei.

Como assim, Zach?—Perguntou Jeff.

Simples. As vezes até os clones mais perfeitos tem diferenças, como movimentação diferenciada, mínimas diferenças estéticas e também UMA ESPADA QUE EMITE AURA!—Respondi.

Ah...—Mary havia entendido.

Todos os clones tinham a espadas negras, porém sem aura alguma. O verdadeiro havia dito que a espada era única, portanto nem mesmo a mais poderosa magia poderia a emitir. Comecei a duvidar do poder e inteligência daquele se dizia o “grande destruidor”.

Mary disparou um tiro concentrado em seu ombro, espirrando...pétalas de rosa? Várias pétalas de rosa saíram de seu ombro, substituindo o sangue. Aproveitei seu momento de defesa abaixada e o ataquei rapidamente em seu torso.

Não achou que seria fácil, achou?

O demônio havia transformado-se em uma nuvem de poeira, movimentando-se para longe da lâmina de Ragnarok, mas especificamente para atrás de mim, voltando para sua forma original.

Vi seu ataque vindo, desviando dele esquivamente e o contra-atacando-o com um corte ascendente, cortando seu braço fora, espirrando pétalas de rosa por todo o chão.

Ah, pelo que vi você também tem seus truques! Vocês precisarão mais do que um braço cortado para me vencer!

Pude ver um poderoso tiro vindo à direção de Nyxta, criado pelo recém-melhorado rifle de Mary. Esquivei-me novamente, vendo o disparo atravessar seu torso e causar um grande buraco, espirrando várias pétalas de rosa.

Ohohoh, me pegaram! Parece que terei de usar essa espada.

O demônio cravou sua espada no piso, causando uma grande onda de choque, lançando todos ao ar. Apesar de não ter nos machucado, isso possibilitou com que ele saísse de perto de mim, indo para um canto da sala onde não havia ninguém em um raio de seis metros além dele.

Corri em sua direção o mais rápido que pude, desferindo um poderoso ataque contra sua espada, porém foi defletido e em seguida contra-atacado, porém um contra-ataque falho. Mary, Jeff e Serene foram na direção de Nyxta, cercando o demônio.

Tática bem velha a de vocês, devo dizer. Permita-me mostrar uma mais avançada e eficiente, hehe.

A criatura emitiu um grito ensurdecedor em baixo tom, que nossos ouvidos não conseguiram aguentar um simples segundo, nos obrigando a tapá-los. Aproveitando nosso momento de guarda baixa, o demônio teleportou para o outro canto da sala, estendendo seu braço, o que fez com que sua capa se abrisse.

Uma grande esfera púrpura se formou em sua frente, espirrando raios retos da mesma cor por toda a sala até que a esfera fosse reduzida a uma singular e pequena partícula de energia púrpura. Muitos raios nos atingiram, apesar de que os mesmos não eram muito poderosos para causar grandes danos. Em seguida, com nossa guarda baixa novamente, deu um rodopio elegante e atirou uma nuvem de energia púrpura contra nós três.

A mesma atingiu a mim e Mary, porém Jeff foi esquivo e ágil, desviando facilmente dela. A nuvem fez com que nós dois ficássemos lentos, mal conseguíamos nos mover, chegando a nos atirar contra o chão, fracos e indefesos. Com minhas poucas forças que tinha em meu alcance levantei minha cabeça, presenciando a horrível cena.

Você acha que é assim, não? Vocês demônios são a escória do espaço-tempo, criaturas noturnas na qual rastejam miseravelmente pelo cosmos. Esses dois são jovens, ambos com um futuro maravilhoso, não deixarei que acabe com isso. Caotica Ulti!

Com minhas últimas forças exclamei o mais alto que pude:

Jeff não!

Não me interrompa, Zach, isso é necessário. Adeus!

A grande e esférica de energia roxa emergiu diante da lâmina da foice que Jeff carregava, pulsando violentamente e emitindo pequenas erupções que se assemelhavam as do sol. O poderoso e cálido raio cintilante de energia roxa foi desferido brutalmente contra o demônio, queimando-o vivo em uma grande brasa, enquanto lágrimas de rancor saiam de meus olhos. O corpo de Jeff havia se desintegrado em uma brilhante e pulsante luz, que tomou conta de toda a sala, sendo mais brilhosa até do que a explosão de Caotica.

O grande herói havia sucumbido, o escolhido. O homem que destruiu sozinho um servo de Nyxta, adepto das poderosas Unihacks. Suas piadas sarcásticas e seus inteligentes comentários serão lembrados por toda eternidade.

Isso não ficará assim...—Comentei comigo mesmo.

Seraphn Hige!—Invoquei, fazendo com que uma grande aura esverdeada desse força para mim e para Mary.

Levantei-me, presenciando a sala vazia, sem Jeff, sem Nyxta, apenas eu, Mary e lágrimas.

J-Jeff?! O que aconteceu, Zach?!

Jeff...ele nos salvou, porém não pôde se salvar...

O que?!

Jeff está morto.

C-C-Como?!

Uh...uma poderosa Unihack, capaz de matar seu usuário ao ser usada sozinha. Sua alma não pertence mais ao mundo físico. Rezaremos à Hawter depois, temos de sair daqui, Nyxta está morto!

Eu sinto muito... Vamos!

Salvamos o reino físico e espiritual...mas a que custo? Um bom homem morreu naquela sala. Incrível como em situações extremas o ser humano usa sua nobre alma para se sacrificar. Que seja lembrado para toda eternidade.

Estendi minha mão para Mary, ajudando a levantar. Íamos saindo da sala, porém fomos interrompidos por uma grande explosão ocorrida, poderosa o suficiente para destruir metade da sala, o que foi exatamente o que ocorreu. Viramos-nos apenas para presenciar o colossal horror que estava lá.

Em nossa frente estava o horror, o que poderia apenas ser visto, porém não desvisto. Uma grande blasfêmia quimérica pairava sobre o fúnebre ar. Suas faces eram muitas, suas faces eram uma só. Animais de grande e pequeno porte, deformados e malignos. Leões cuspidores de fogo, homens-bode usando as mais poderosas e desconhecidas Unihacks. Demoníacas miardes tentaculares de membros informes, profundas e numerosas nuvens de poeira púrpura emitidas, a encarnação da escuridão...tudo isso em um só.

Mary...

Sim?

Se por acaso eu morrer aqui...por favor, siga sua vida.

Mas, mas...

Mas?

Mas eu te amo, Zach...

Aquelas três palavras...incrível como conseguem reenergizar um homem. Minhas energias voltaram, estava completamente motivado a lutar, lutar pelo meu planeta, lutar pela morte de Jeff, lutar por Mary...

No grande buraco que o demônio havia feito podia-se ver tropas Krazunianas bombardeando a blasfêmia com magias, balas, tudo o que podiam usar.

Vamos acabar com isso!

Sim vamos!

Hoot hoot!—Aparentemente Serene também estava motivada a destruir o demônio.

No chão estava a Nagi-Foice que Jeff usava, ainda energizada pela brutal magia descarregada pelo seu antigo dono. Agarrei-a e fiz uma Unihack que grudou Ragnarok as minhas costas. Mary começou suas rajadas de balas de energia, enquanto Serene cuspia de longe seus raios flamejantes. Caminhei lentamente para a borda da sala, que havia se partido em dois, uma ainda no castelo e outra sucumbida para as areias negras.

Apontei a Nagi-Foice para o ser, mais especificamente em um homem-bode que usava uma besta, atirando contra nós. Atingi-o com uma poderosa rajada causada por Plasmatica, que causou o mesmo a se desintegrar em uma nuvem de energia púrpura. Apesar de frágeis, os seres demoníacos que dividiam sua pele com a de Nyxta eram poderosos em ataque. Mary destruiu vários, Serene também. Diante de todos meus tiros de Plasmatica, percebi uma estrutura no demônio que me chamou a atenção por ser tão chamativa: Um grande olho reptiliano localizava-se entre miríades de tentáculos, que os guardava as sete chaves.

Hum....—Refleti.

O que você está esperando, Zach? Atire!

Atirei mais, destruindo mais cabeças demoníacas, porém o temperamento do demônio chegou à um ponto crítico...

Desferiu um grande e devastador golpe usando um gigantesco tentáculo. Por sorte eu o vi, correndo em direção oposta ao buraco da sala, junto com Mary e Serene. Ao impacto do golpe já havíamos passado pela porta. O impacto foi tão grande que o castelo girou contra a gravidade, transformando o muro que antecedia a sala em um piso, um piso no qual nos salvou da gigantesca queda e morte.

Esse monstro é insanamente forte! Temos que bolar alguma estratégia, Zach!

O olho...

Como?

Ele tem um grande olho protegido por tentáculos, porém aquilo não me parece um simples olho...

Do que você está falando, Zach?!

É que-

Nossa conversa foi interrompida por outro grande estrondo ocorrido, resultante de um grande punho saindo das distantes areias negras do deserto. O punho era verde e musculoso. O fato foi seguido de um braço, em seguida um ombro, então uma cabeça polpuda, em seguida o corpo inteiro saltou das areias negras com toda a violência e brutalidade. Cabeça polpuda, proporção gigantesca, asas rudimentares...Jeff?!

Pudemos ouvir de longe uma grossa e alta voz, diferente, porém a ideia na qual trazia era inconfundível em relação à identidade de seu emissor:

Morte? Não é problema para mim! É incrível como o tempo passa lá, faz semanas que vivo naquele lugar! Enfim, não tema mais, a cavalaria chegou!

Esse Jeff tem o incrível talento de fazer os outros rirem enquanto estão à beira da morte e destruição. Ele desferiu um poderoso soco em Nyxta, que apesar de não ter se movido do lugar aparentou sentir a dor, porém não era suficiente. Nyxta tentou investir contra Jeff, porém ele agarrou seu tentáculo, e, com toda força, puxou ele para fora do demônio, espirrando uma piscina imensa de sangue púrpuro, sem exagero algum, porém aquela quantidade de sangue era suficiente para afogar um homem.

Apesar de longe eu gritei, com a esperança de que Jeff fosse me ouvir:

Empurre-o para cá, Jeff! Aproxime-o de mim!

Ele olhou para mim, depois voltou a se concentrar na batalha, fazendo o que eu havia pedido. Desferiu um grande chute que empurrou Nyxta para as proximidades da sala em que estávamos, tocando levemente no castelo, o que não causou movimento algum. O demônio não parecia exausto, porém parecia furioso. Eu sabia o que devia fazer, sem dúvida alguma.

Mary...

Sim?

Tome conta de Serene enquanto em minha ausência...

O quê?!

Deixei a Nagi-Foice no chão, correndo em direção á onde Nyxta estava. Dei um grande salto em sua direção, retirando Ragnarok de minhas costas e a empunhando, com sua lâmina apontada para o grande olho que ali estava. Pude sentir os ventos batendo pelos meus cabelos, o meu coração pulsando rapidamente, uma imensa ânsia...

Tentei cravar Ragnarok em seu grande olho, porém a espada rasgou o tecido, fazendo com que eu caísse dentro de seu nojento corpo. Sangue púrpuro caiu sobre os meus cabelos, nervos gigantes estavam expostos. Adentrando pela carnosa fortaleza viva eu o encontrei, o núcleo de todos os problemas, o caos do espaço-tempo, a miséria rastejante, a destruição...

Uma grande esfera negra pulsante, com nervos e veias expostas, protegida por uma série de dentes afiados que se abriam e fechavam. Outros dentes bloquearam a passagem de onde eu havia vindo, como se o demônio tivesse perfeito controle sobre a sua região interna. Olhos que estavam escondidos, camuflados pela carne, abriram-se, das mais variadas cores. Ossos pontiagudos saiam das paredes daquela região, rasgando a carne e espirrando sangue, tudo aquilo para me destruir.

Um dos olhos atirou um jato de energia púrpura, porém consegui desviar. Logo todos atiravam frequentemente, me obrigando a destruir um por um antes de quebrar os dentes e destruir o núcleo. Os raios logo pararam, porém os ossos pontiagudos não. Vi me novamente obrigado a destruir mais, cortando-os com certa dificuldade. Uma piscina de sangue púrpuro formava-se no chão da região, senti que a vitória estava cada vez mais perto.

Morra logo e saia deste mundo!

Golpeei furiosamente o último osso pontiagudo que ousou me atacar, que se rachou e parou de mover. Logo meus olhos voltaram-se ao muro de dentes que protegia o coração negro de Nyxta. Pela primeira e segunda dimensão, pela morte de Jeff, por Mary..

Cravei Ragnarok com toda minha força contra aquela última barreira. Removi-a, cravei-a novamente, removi-a, cravei-a novamente... Rachaduras começaram a aparecer, o que me motivaram mais ainda a cravar, causando rachaduras maiores, mais esperançosas...

Logo as rachaduras se tornaram buracos, buracos nos quais não me dei convencido, continuei a cravar. Mais ossos pontiagudos apareciam, porém eles pouco me importavam, eu tinha o conhecimento de como desviar. O segredo era desviar, o segredo era cravar...

A última barreira havia sido rompida, um grande buraco de um metro formado, o suficiente para destruir o coração negro. O sol da esperança brilhava para mim, brilhava para Mary, brilhava para Serene, brilhava para todos...

Com minhas intermináveis forças cravei Ragnarok nele, removi-a, cravei-a novamente. Na décima quinta vez o esperado aconteceu, o tão esperado aconteceu! A pulsante esfera parou de pulsar, como o coração de quem sucumbe à morte. Dimensões haviam sido vingadas. Seres inocentes não seriam mais atormentados pelos sussurros da escuridão, emitidos pelo lorde das trevas, Nyxta.

A cintilante luz no meio da escuridão surgiu da pulsante esfera, rachada em pedaços como um espelho ao impacto. Os ossos pontiagudos pararam. Tudo parou. A luz escapava pelas rachaduras com uma intensidade similar a de Jeff ao morrer. O que devia ser cumprido foi cumprido, quem devia ser vingado foi vingado. Uma grande esfera de luz foi absorvida por Ragnarok, tornando-a mesma a mais poderosa espada que já existiu. Corri para o lugar de onde entrei, quebrando os já fracos dentes. Voltei para o lugar de onde tinha entrado, saltando para parede de carne e cravando Ragnarok, usando-a como uma ferramenta de escalada. Subi nesse ritmo até o topo da criatura, já sem vida.

Jeff estava lá por perto, presenciando o espetáculo que todos havíamos feito possível ocorrer. Acenei para ele, que estendeu sua mão, na qual subi. Ele me levou até os sobreviventes Krazunianos da grande guerra que havia ocorrido, junto com Mary. Estavam bem longe do castelo e do corpo de Nyxta.

5,4,3,2...—Contava Jeff.

Uma grande explosão podia ser vista por todo o deserto, porém os únicos espectadores fomos nós. Um grande feixe de luz subiu aos céus, onde se desfez em uma nuvem de pétalas de rosa, uma grande nuvem, grande o suficiente para fazer “chover pétalas de rosa” por alguns minutos no deserto.

De longe pude ver uma figura correndo em minha direção em meio à multidão, era ela...

Zach!

Mary!

Um abraço seguido de um beijo foi a maior recompensa que eu poderia ganhar naquele momento, o que foi exatamente o que ocorreu. Uma grande paz atingiu minha alma junto com uma sensação de dever cumprido. Serene vinha voando das ruínas do castelo, trazendo algo em seu bico....O meu caderno de desenho! Eu amo esse pássaro!

Boa garota!

Todos estavam felizes, cada um havia colaborado da maneira que podia, e, como uma engrenagem, eram essenciais para que o mecanismo funcionasse. Com ajuda das tropas Krazunianas, eu, Mary e Serene fomos levados para a Noruega, onde iríamos começar nossa vida, juntos...

Algumas vezes Jeff encarna na forma de um animal e vem nos visitar, apesar de ser infrequente. De qualquer maneira, vivemos felizes daí em diante. Felizes por muito tempo, tempo eterno que não iria se acabar. Talvez pareça um abismo escuro e hostil, porém é a chave para os céus. Me chamo Zachary Axis e ajudei a libertar o mundo do caos!

Zach e Mary foram morar juntos na Noruega,como um casal feliz. Os dois jogaram juntos BlackSoul, porém Zach sempre perdia de Mary. Serene continuou sendo uma coruja, porém manteve seu sonho de ser um dragão. Malphas voltou para a dimensão espiritual e serviu como soldado para Jofthan, um exército criado por ninguém mais ninguém menos do que Jeff. Vazachor levou um carão de Hawter e foi obrigado à escrever no quadro espiritual 900 vezes “Não irei dar mais inteligência à meus seres sem a permissão de Hawter”.

Dia 7 de Agosto,3490.

Força, Sra. Mary!

Ugh!

Está quase saindo!

Força!

Uggh!!!!

Conseguimos! É um menino saudável!

Então, amor, qual vai o nome dele?

Uma pausa tomou conta do ambiente, seguida de:

Vamos chamá-lo de Richard...Richard Axis.