O abismo sem Fim escrita por Magnumcannon


Capítulo 11
Capítlo 11


Notas iniciais do capítulo

O décimo capítulo da saga épica e um tanto atrapalhada de Zach, sua coruja e Mary. Percebi o aumento de leitores nessa fic e agradeço a todos por se interessarem nela. Também gostaria de agradecer em especial à Li, que percebi que acompanha a minha fic com frequência e não perde nenhuma palavra. Obrigado pessoal, vocês são incríveis!



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O sétimo andar. Como você já deve imaginar mesmo padrão do primeiro. As sombras prevaleciam, corvejando em minha direção. Asas batiam furtivamente. Havia sangue por quase todo lado. Eu havia notado uma trilha de sangue, grossa e misturada com a carne da pobre e azarada criatura. Segui essa trilha sangrenta até a sua fonte: Um corpo humano completamente desfigurado. Era impossível saber de quem era, se não fosse uma Sniper e uma Katana próximas...

As criaturas estavam querendo minha cabeça... Em minha frente eu vi a escada, que ficava entre as duas estátuas daquele monstro engolindo Mary.

Ignorei isso e tive esperança que esse pesadelo acabaria quando eu chegasse ao último andar, o que não foi bem o que aconteceu...

Agarrei a Sniper e subi a escada, me encontrando no topo da construção. A doma de vidro podia estar me envolvendo, mas não me protegia da visão horrendo do que estava fora dela: Milhares e milhares de Krazuamen voando pelos céus da cidade que aparentemente estava na superfície terrestre, onde o sol iluminava, ou ao menos deveria. Eles carregavam consigo grandes foices em suas mãos, ou em suas costas quando carregavam humanos vivos, que se debatiam em agonia, para fazer seus experimentos macabros. Mesmo estando na superfície ainda não havia luz, estava pior. Nuvens enormes feitas de um material roxo desconhecido pairavam sobre os céus da cidade. Elas eram maiores que os prédios, e às vezes não eram completamente visíveis, pois seu resto estava além das nuvens negras.

Eu estava assustado com aquilo, mas foquei-me em achar uma saída disso. Segui em frente, desviando da enorme estátua de Malphas e achando uma estátua daquele horrendo dinossauro. Dessa vez ele não estava engolindo Serene, ou Mary...Estava me engolindo.

Antes de ter uma reação eu ouvi um enorme rugido. Alto e agudo, que me fez cobrir meus ouvidos e virar para traz.

Finalmente eu havia o encontrado...

A criatura era aquele dinossauro, que pelo que eu me lembre chamava-se “Projeto 541”, mas resolvi chamá-lo de “Pesadelo”, que era exatamente o que ele era!

Ela era imensa. Seu corpo media o mesmo tamanho de Umberg, porém menos musculoso mais igualmente ameaçador. Ela não era composta de carne e ossos... era composta daquele metal. Aquele maldito metal! Não existia nenhum jeito de meus ataques afetarem ela.

Ela andou um pouco pelo ambiente, com sua boca de frente para o chão, como se estivesse me procurando. Depois de alguns minutos fazendo isso ela parou, inclinou sua boca para cima e lançou um objeto pontudo de material desconhecido, que havia grudado no teto de vidro e evaporado em seguida. Ela imediatamente virou-se para mim e avançou em minha direção, desferindo golpes violentos e mortais com seu pescoço. Estranhamente ela não havia tentado me morder, sendo que essa era com certeza sua arma mais mortal. Ao invés disso, ela desferia poderosos golpes com seu pescoço, batendo sua cabeça violentamente no chão, tentando me acertar. Ela não sentia dor nenhuma, portanto podia fazer isso a vontade.

Corri em círculos em volta da estátua de Malphas. Era inútil, ela não se cansaria, não sentia dor nem medo, me perseguiria até que meu corpo estivesse sendo triturado em sua boca. Pensei em atacá-la, mas fui interrompido por seu alto e fino rugido, que me atordoado. Ela atirou aquele mesmo objeto contra o muro em seguida, revelando minha localização e fazendo com que a besta metálica recomeçasse sua violenta e fria sequência de golpes que desferidos contra mim. Eu tive uma ideia. Corri em direção ao canto dos muros de vidro e esperei-a avançar em minha direção.

Quando ela chegou alguns metros perto de mim eu deslizei entre suas pernas e me virei para assistir o espetáculo, ou ao menos era o que eu esperava. A criatura ainda estava lá! Eu estava planejando fazer com que ela quebrasse os frágeis muros e caísse daqueles sete andares.

Minha punição pelo meu erro foi severa. Eu demorei para me levantar, e a criatura chegou perto de mim com grande facilidade, e com seus movimentos rápidos mordeu agressivamente meu braço. Em seguida começou a balançar-me, com o intuito de arranca-lo! Meu esforço para sair de seus dentes metálicos foram completamente inúteis e só aumentaram minha dor. Meu sangue escorria por seus dentes frios e hostis, e depois de pouco esforço minha última camada de pele que unia meu braço direito do meu corpo foi rompida, eu fui arremessado contra a estátua, batendo minha costa e intensificando minha dor.

Soltei um grito de desespero tão alto que poderia se comparar com o da criatura. Eu estava sentindo uma dor muito intensa, uma dor que atacava diretamente minha esperança e meu senso de sobrevivência. Mas com todo esse tempo nesse abismo aprendi que devo protegê-los com toda minha mente e corpo. Levantei-me e fui para trás da estátua, onde sua brutalidade não me alcançaria.

Abri minha mochila e tirei o cubo de lá. Eu não sei o porquê de fazer isso até hoje, foi apenas intuição. Eu me lembrei do forte sentimento que senti quando apertei aquele botão. Apertei-o de novo e novamente aquela adrenalina correu pelo meu corpo. Enquanto o monstro estava quase me alcançando eu já estava me levantando, com toda minha coragem, ou talvez idiotice.

A criatura me atacou com seu pescoço, mas eu consegui desviar de seu ataque, dando um pulo para trás. Mais uma ideia surge em minha mente. Apesar de mais idiota que a anterior, é plausível nessa situação. Esperei com que a besta desse mais uma de seus ataques brutais, e quando ela o executou subi em cima de seu pescoço, agarrando-o firmemente com meu braço funcional.

A criatura se balançava muito, e eu fui lançado novamente em direção à estátua, bloqueando o impacto com o peso de meus dois pés e realizando uma extraordinária manobra de pulo em direção à criatura, então tomando um bom impulso, pulei para trás dela.

Ela estava se debatendo violentamente e correu desorientadamente em rota de colisão com a estátua, que a deixou ainda mais violenta. Ela começou a atirar diversos daqueles objetos em direções aleatórias. Ela havia ficado maluca, provavelmente meu excesso de movimentos a confundiu e causou algum erro em seu sistema! Ela avançava em minha direção, mas cancelava e avançava na direção oposta, repetindo o processo com direções aleatórias.

Tentei de novo executar o primeiro plano, mesmo com uma dor imensa eu ainda tinha minha motivação. Toquei levemente seu pescoço com minha mão, então rapidamente dei um pulo para trás. Vendo a criatura enlouquecendo novamente. Ela correu em direção ao muro de vidro, quebrando-o e caindo de uma altura absurda. Ouvi uma grande explosão em seguida, depois sorri levemente, com minha face manchada de meu próprio sangue.

De repente comecei a ouvir um zumbido alto e grosso, semelhante ao que eu ouvi no parque. A doma de vidro havia explodido subitamente, espalhando cacos de vido por todos os lados. A minha visão começou a se escurecer e os Krazuamen começaram a me encarar. Estava me sentindo fraco, tão fraco que mal podia ficar de pé. Estava na beira de um profundo precipício e os Krazuamen me encarando com seus olhares sombrios e misteriosos apenas piorava a situação.

Em seguida ouvi um bater de asas, algo estava subindo em minha direção: Era Malphas, vestindo um longo manto negro e púrpuro, segurando uma grande foice em suas duas mãos, feita de ossos de uma criatura desconhecida.

Você não para de me surpreender, Zach. Com Umberg, aquele traidor, morto e agora com 541 transformada em uma grande pilha de sucata, você provou ser um grande guerreiro. Junte-se a nós e lhe daremos o que você quiser. Seremos superiores a os humanos, a Owlazar e até mesmo a Hawter!

Juntando minhas forças restantes levantei-me, olhei para a face má intencionada de Malphas e disso:

Nunca!

Humano tolo. –Respondeu Malphas.

O Krazuamen havia desaparecido rapidamente em uma nuvem negra, na qual não havia sobrado nada além de penas e... Corvos? Os corvos voaram para trás de mim. Começaram a voar entre um determinado espaço em uma velocidade ridiculamente rápida, formando algo... formando Malphas!

Esse é apenas um pequeno truque meu, tenho vários ainda que você pode ter certeza que irão acabar com você! –Foram as últimas de suas palavras antes de desaparecer em uma nuvem de fumaça negra.

Fui empurrado bruscamente por uma força desconhecida em direção ao precipício. Sofri uma queda de seis andares. Você me pergunta o porquê de seis ao invés de sete? Pelo simples motivo de eu ter apagado ao chegar perto do chão. É tudo uma questão de tempo até eles conseguirem invocar Vazachor... Eu preciso impedi-los!


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