Será que devo confessar que o amo? escrita por Nio


Capítulo 1
Será que devo confessar que o amo?


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoas, boa leitura, espero que gostem, se tiver algum erro de português me perdoem, escrevi a fic no escuro.



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Diário ON~

Querido diário hoje vai dar-lhe um pequeno depoimento.

Olá, me chamo Antônio, mas prefiro ser chamado de Nio, bom não sei como explicar, faz um tempo que eu conheci um garoto, ele me odiava, mas com um tempo nós nos tornamos grandes amigos, ele até me considera um irmão mais velho para ele, assim como eu considero ele um irmão mais novo, eu antigamente tinha uma paixão por ele, mas nunca falei nada, preferi ir escondendo esse sentimento pensando que ele sumiria dentro de mim, mas ele apenas foi aumentando cada vez mais, eu gosto do jeito dele, mesmo às vezes ele sendo um completo idiota, ele não gostando de quando eu fico pervertido junto dele, mas eu sinto que eu gosto dele bastantes, além da amizade, além de sermos irmãos, acho que realmente o amo.

Ai que droga diário, estou atrasado para o ensaio do grupo, eu acho melhor ir logo ou o Thiago me mata, a propósito o nome do garoto é Yuri...

Sábado, 30 de maio de 2015, 12:15.

Diário OFF~

Era mais um sábado de ensaio para mim, estávamos muito corridos para enviar o vídeo de inscrição, e eu estava muito nervoso, pois no dia seguinte eu iria ver o meu irmão mais novo, ou melhor, meu amigo mais íntimo para falar a verdade.

Ao chegar ao ensaio, Thiago nos chamou para avisar que no próximo sábado gravaríamos o vídeo para a inscrição e queria que todos nós chegássemos cedo para a gravação, logo depois começamos a ensaiar pesado, ensaiamos até às 21:00 foi muito cansativo, fiquei dolorido, mas foi muito proveitoso, terminamos os detalhes que estavam faltando da coreografia e sincronizamos tudo, depois fomos todos juntos para a parada de ônibus, onde eu junto com Lucas pegamos o mesmo ônibus para irmos para casa, conversei com ele sobre esse meu amigo, falei que eu estava gostando dele, ele me disse que se eu realmente gostasse dele deveria falar pelo menos, mesmo que ele tivesse uma má reação eu deveria tentar continuar a amizade com ele, então concordei, ao chegar em casa tomei meu banho normalmente como faço todas as noites antes de dormir, escrevi mais algumas besteiras no meu diário, contando sobre o dia e tudo o que acontecera, em seguida fui dormir.

Ao acordar de manhã, mais o menos às 09:30, me levantei e fui em direção ao banheiro, tomei banho, escovei meus dentes, fui comer e logo depois de trocar de roupa sai para ir me encontrar com meu amigo, peguei três ônibus para chegar no local onde marcamos, um parque bastante legal que a gente vai juntos quando tem algum evento de anime ou coisa do tipo, cheguei no local pelas 12:30 e sentei-me na árvore que fica perto da entrada, depois de uns quinze minutos ele chegou.

–Oi Oni-chan! – Ele falou com um sorriso no rosto, ele estava bastante diferente da última vez que nos vimos, agora ele estava com um piercing no septo e estava com o cabelo realmente perfeito, combinando com os traços do rosto dele.

–Oi Otouto, tudo bem com você? – Perguntei com um sorriso no rosto, meu coração estava acelerado por ter reencontrado ele depois de tanto tempo sem nos vermos.

–Sim, estou um pouco cansado, mas e você como está? – Ele falou olhando para os meus olhos, enquanto eu olhava disfarçadamente para os seus lábios finos e rosados.

–Estou bem, um pouco cansado por causa do ensaio de ontem, mas estou bem, como vai as namoradas? – Perguntei rindo, era engraçado, afinal eu raramente o via namorando quando andávamos juntos ainda. –Sei que você é o pegador de minas. – Falei rindo e depois olhando fixamente para o rosto dele que estava com um belo sorriso.

–Eu estava namorando, mas terminei, a garota estava me causando muitos problemas, eu estava brigando muito com meus pais e estava com aquele meu problema... – Ele falou abaixando a cabeça, eu sabia muito bem que problema era aquele, foi difícil ele parar de cortas os pulsos, eu e outros amigos tivemos que dar muito apoio para ele, até que ele conseguiu parar, mas agora eu estou realmente preocupado. –Mas e você? Está dando muito né? – Ele falou rindo, ele sabe que eu odeio esse tipo de brincadeira, mas sempre faz para me tirar do sério. –Tô brincando Oni-chan. – Ele falou com uma voz manhosa, essa voz me deixa tão excitado, eu já falei para ele que ele fica parecendo um Uke estuprável, mas ele sempre fica me provocando, acho que ele pensa que eu não sinto nada além de amizade por ele.

–Vai se foder Yuri! Sabe que eu odeio essa brincadeira idiota! – Falei com um pouco de grosseria. –Desculpa, me exaltei um pouco e pare com essa voz, já disse que ela me deixa excitado e faz você parecer um uke mimado e estuprável! – Afirmei olhando disfarçadamente para os lábios dele.

–Calma Oni... – Ele falou com aquela voz manhosa novamente e passou a mão em minha cabeça como se estivesse fazendo cafuné. –Sabe que eu amo te irritar de vez em quando. – Ele falou rindo.

–Está bem, mas vamos andar um pouco e vamos comer que eu estou ficando com fome. – Falei me levantando e oferecendo a mão para levanta-lo, ele segurou e olhou para mim.

–Meu irmão, você sempre está com fome né? – Ele falou rindo e começou a andar.

Nós andamos e ficamos brincando, de pega-pega, depois fomos à barraquinha perto do portão e fomos lanchar um pouco, como sempre eu comendo coxinha e tomando Coca-Cola zero, ele sempre comendo coxinha e tomando Skinka, já falei para ele que a gente um dia mata alguém se não tiver essas coisas para lanchar, a gente ficou conversando m pouco mais na frente, até que estava começando a escurecer, entramos no parque novamente e ficamos em uma parte que algumas pessoas ficam dançando hip-hop, o local já estava vazio, então ficamos sozinhos, conversando besteiras, então me bateu a vontade de fazer o que o Lucas havia me dito, eu parei de falar e olhei para ele.

–Yuri, me dá as suas mãos. – Falei olhando para ele.

–O que foi Antônio? – Ele perguntou colocando as mãos sobre as minhas. –Cara isso está muito gay velho! – Ele falou olhando para mim.

–Yuri eu preciso te falar uma coisa que há muito tempo eu guardo para mim! – Falei com a cabeça abaixada.

–O que foi Antônio, qual foi a viadagem da vez? – Ele perguntou com o tom de deboche de sempre, aquilo partia meu coração, eu estava com medo de perder a amizade dele, mas decidi contar, levantei a cabeça e fixei meus olhos nos olhos dele.

–Yuri, eu quero lhe falar que há muito tempo eu venho gostando de você, eu pensei que era amizade, ou algum sentimento de irmão, mas com certo tempo que percebi que eu realmente gosto de você mais do que isso, eu sinto que eu te amo que eu quero poder tê-lo para mim. – Falei fazendo o máximo possível para não sair correndo dali, meu corpo estava ficando totalmente gelado de tanto nervosismo.

–Antônio, você sabe que eu sou hétero, só beijei um garoto, que foi Luan, mas foi para poder ficar com Luana, você sabe que eu não sinto nada além de amizade por você, eu quero que você intenda isso, você é meu Oni-chan, nada mais, você é um grande amigo, é um irmão para mim, mas eu não sinto o mesmo amor que você sente por mim, desculpa. – Ele falou ainda segurando minhas mãos, mas desta vez com mais força que antes, então eu olhei novamente nos olhos dele.

–Me conceda apenas um desejo pelo menos? – Eu falei sentindo vontade de chorar, meu coração parecia que iria explodir, parecia que estava se transformando em vários cacos de vidro espalhados pelo chão.

–O que você quer? Se eu puder eu faço. – Ele falou olhando também em meus olhos.

–Me dê apenas um beijo, depois fingimos que nada aconteceu, apenas para eu ter essa lembrança dentro de mim. – Falei com algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

–Antônio, você sabe que eu não gosto disso mano. – Ele falou enxugando as minhas lágrimas. –Eu só irei fazer esse pedido porque não quero ver você triste, mas saiba que isso não mudará em nada o fato do que eu sinto! – Ele falou olhando para mim e se aproximando do meu rosto.

–Tu-Tudo bem... – Falei com a voz baixa até que senti os seus lábios encostarem-se aos meus.

Começamos um beijo lento, ele levou uma das mãos dele até minha nuca, enquanto a outra ia na minha cintura, me beijando lentamente, eu coloquei minhas mãos na cintura dele o puxando para mais perto do meu corpo, eu estava começando a ficar excitado e o beijo estava começando a ficar cada vez mais quente, nossas línguas se enrolando uma na outra, em um movimento que mais parecia uma dança dentro de nossas bocas, Ele parou o beijo ao perceber a minha excitação, apenas um filete de saliva ligava as nossas línguas.

–Antônio, olha o seu estado, acho melhor pararmos com isso, você sabe que eu não gosto de homens, ainda mais você estando nessa situação. – Ele falou em um tom sério, eu não aguentei e segurei os braços dele com força o puxando para perto de mim novamente. –Antônio, me solta poxa! – Ele valou olhando para mim com um pouco de medo.

–Relaxa Otouto, eu apenas vou brincar um pouco. – Falei o puxando de vez e segurando em sua nuca, começando a beija-lo.

Ele tentava resistir, mas com um tempo acabou cedendo, nós nos beijamos mais e mais, mesmo ele não querendo, e toda vez que tentava sair eu o puxava de volta, então dei conta do que eu estava fazendo e parei olhando para baixo.

–Desculpa Otouto, eu sou um idiota, desculpa ter feito isso com você! – Falei com um tom de arrependimento, ele levantou minha cabeça e olhou fundo nos meus olhos.

–Oni-chan, calma, eu sei que você me ama, por isso eu deixei você fazer isso, mas isso não irá se repetir ok? – Ele falou sorrindo para mim.

–Tudo bem, eu não irei fazer mais nada disso. – Falei olhando para ele e sorrindo, logo depois pegando o celular e dando um grito. –Porra já está tarde, bola embora logo! – Falei arrastando ele para a parada.

Depois de ele ter pego o ônibus dele eu fui para a minha parada, peguei meus três ônibus novamente, lembrando do sabor do beijo dele, a textura de seus lábios, lembrando de como foi bom poder realizar parte do meu sonho de tê-lo para mim, foi apenas por um momento, mas vai que ele desperte algo por mim, mesmo eu achando que é impossível acontecer isso.

Ao chegar em casa tomei meu banho e fui dormir lembrando de tudo o que aconteceu, lembrando de como foi bom ter desabafado, mesmo sem ter o que eu realmente esperava.


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Notas finais do capítulo

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