Cola Para Os Seus Pedaços escrita por Leo Guedes


Capítulo 9
Capítulo 9- As Coisas Vão Mudar Por Aqui


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Feliz meu aniversário um dia atrasado pra vcs... Era pra tá maior? Era pra tá maior... Mas não tá pk? Pk eu não queria deixar longo demais, então até o próximo... O que mais? Ah sim... Espero que curtam e deixem um comentário, se possível...
Enfim, boa leitura...



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Mais uma semana torturante de aula se passou e o fim de semana foi bom já que Santana sabia que para deixar Brittany mais leve e feliz, só precisava tirá-la de casa e distraí-la o máximo possível.

Infelizmente só durava dois dias e logo a latina estava de novo olhando para aquele biquinho fofo de Brittany ao ouvi-la perguntar. –Tem mesmo que ir?

–Essa sua carinha é golpe baixo, anjinho. –murmurou em um risinho baixo. –Você sabe que eu tenho mesmo mesmo que ir. Mas olhando pelo lado positivo, essa é sua última semana de licença do trabalho.

–Isso vai ser bom pra me distrair, mas não vai mudar a minha vontade de que chegue logo o fim de semana pra poder ficar com você. Amo a sua companhia.

–Isso é de coração ou tá tentando me persuadir?

–Um pouco dos dois.

–Quase funcionou. Mas eu não posso faltar, preciso ainda mais da nota agora que vou ter que me virar sem ajuda de pai e mãe pra entrar numa faculdade.

–(suspiro tristonho). Tá bom, então até mais tarde.

–Okay. Até mais. –Santana beijou a testa de Britt, pegou a chave do carro no gancho e foi se encaminhando para a porta.

–Antes de voltar, verifica se não tá precisando trocar o óleo. Pelas minhas contas tá.

–Tá bom.

***

Era quarta-feira e Santana estava saindo do vestiário depois do banho relaxante depois do treino pesado das Cheerios quando ouviu as veteranas do time implicando com algumas calouras debaixo das arquibancadas, não achou nada de mais até ouvir a voz de Hanna em meio às risadas. –AI meus olhos! Isso arde! Droga!

“Raspadinha” –pensou Santana acelerando o passo.

–Santie. –exclamou uma garota ruiva que segurava um copo vazio de raspadinha. –Chegou bem a tempo pra diversão.

–Cala a boca. –a latina falou entredentes. –Hanna, vem aqui.

Hanna se distraiu da ardência nos olhos por um instante com a surpresa, mas logo imaginou que não deveria ser alguma coisa boa. Mesmo assim se aproximou, se fosse ruim obedecer, com certeza não seria pior que desobedecer.

–Tá. –murmurou se aproximando.

Santana guiou Hanna até o banheiro e ligou a torneira. –Isso arde pra caramba, né? Vou te ajudar a lavar o rosto.

–O que você tá fazendo?

–Te ajudando, oras.

–Qual é a pegadinha que você vai fazer comigo?

–Nenhuma.

–Acha mesmo que eu vou confiar em você? Posso ser ingênua, mas eu não sou estupida.

–Olha, Marin... A Britt pediu pra eu ser legal com você, então eu vou ser legal com você. Vai de você aceitar a minha ajuda ou não, por mim pode ficar com os olhos queimando aí.

–Okay. Obrigada.

–Agradeça a Britt. Eu vou garantir que ninguém faça nada contra você.

–Não tem medo de retaliação? Você sabe, o ensino médio é um mundo cruel.

–Você acha que alguém teria coragem de se levantar contra mim?

–Ah... Não. Você é...

–Assustadora, eu sei. E não é só fama. Nunca queira saber que triste fim teria alguém que fosse corajoso e estupido o bastante pra tentar algo contra mim.

–Nossa, esse seu tom me deu arrepio na espinha.

–(riso debochado). Ótimo. Vem. –as duas se encaminharam de volta para baixo da arquibancada, Hanna se encolheu atrás de Santana enquanto ela colocava as mãos na cintura e erguia o queixo. –É o seguinte, a próxima vez que eu souber que alguém jogou raspadinha na Hanna, agrediu de alguma forma a Hanna, gritou com a Hanna ou ao menos olhou feio pra Hanna, essa pessoa vai ter que prestar contas com a Diabla. E vocês sabem muito bem que eu cobro muito caro. Entendido? –as garotas se entreolharam confusas por alguns instantes, mas a palavra de Santana era lei, então acabaram assentindo. –Ótimo.

Todas as líderes se aproximaram umas das outras para cochichar sobre o que diabos havia dado na cabeça de Santana. Exceto por Emily que observou enquanto Santana ficava ao lado de Hanna e lhe dava um tapinha nas costas seguido de um sorriso.

–Você tá a fim de uma carona pra casa? –a latina perguntou para a loira.

–E-eu? Ir de carro com você?

–Aff. –revirou os olhos impaciente. –É. Se quiser anda logo que tenho que ainda tenho que ver se tá precisando trocar o óleo do carro antes de ir pra casa fazer o jantar.

Hanna abriu um sorriso quase maior que o rosto. –Claro que quero.

Um sorriso surgiu do rosto de Emily ao ter uma ideia sobre a razão que Santana poderia ter para proteger uma caloura. Ninguém iria ignorar Emily Fields e não sofrer nenhuma consequência, então ela garantiria que a latina não chegaria ao coração da loirinha ingênua. Nem que tivesse que arcar com retaliação.

***

*Depois de passar metade da noite revivendo o pior momento de sua vida, Santana usou suas canções de ninar em espanhol para dar algumas horas de sono tranquilo a Brittany. Então ela se remexeu na cama, esfregou os olhos, mas não os abriu.

–Bom dia, Britt-Britt. –a voz doce e suave tão conhecida soou pelo quarto e Brittany paralisou na cama enquanto um perfume floral invadia seu olfato. –Abra os olhos devagar.

–Quinnie. –Brittany só moveu as pálpebras e viu os cabelos dourados envolvendo um rosto enfeitado por um sorriso gentil e encantador. –Quinn.

Ela estava ali, sentada na beira da cama bem ao seu lado.

–Você parece tão cansada, meu amor. Mas continua linda. –a mão pálida de dedos finos se aproximou até estar a apenas um centímetro de distancia do rosto de Brittany, traçando uma curva que ia desde a têmpora até o queixo. –Você mão pode ficar tão estressada e irritada, isso não faz bem pra você.

Quinn continuou encarando Brittany com aqueles lindos olhos avelã enquanto traçava de novo e de novo a mesma curva, mas quando a loira de olhos azuis conseguiu sair do torpor e ergueu a mão para tocá-la, levantou rapidamente e caminhou até o guarda-roupa.

–O que foi, amor?

–Ah... Nada.

–Eu to com saudade de você.

–Por quê?

–Já faz tanto tempo.

–Não. Eu to sempre por perto. Quero que seja feliz, minha doce Britt-Britt. Vou ficar mais feliz se puder fazer isso por mim. Você pode, meu bem?

–Eu não sei como.

–Você sabe ser feliz, Britt-Britt. Você... Apenas não está lá se concentrando muito nisso ultimamente. Tente, amor. Apenas tente. –Quinn sorriu novamente daquele jeitinho doce, gentil, encantador. Sorriu aquele sorriso pelo qual Brittany se apaixonou perdidamente no colégio. Então se virou e foi andando até a porta, colocou a mão na maçaneta e girou, mas antes de abrir tornou a olhar para a loira de olhos azuis. –Nunca se esqueça daquilo que eu te disse.

–Que um dia ia me ensinar a cozinhar?

–(sorriso torto). Não.*

***

Brittany sentou na cama em um sobressalto e o som do despertador nunca foi tão estridente e irritante quanto naquele momento. Ela o desligou e bufou abraçando as pernas.

–Ei, já acordou, anjinho. –disse Santana saindo do banheiro enxugando o cabelo com uma toalha azul. –Bom dia. An... Tá tudo bem? –a loira assentiu, mas parecia muito pálida e abalada. –Tem certeza, Britt? Teve pesadelos de novo?

–Não. Eu tive um sonho.

–Um sonho?

–Sim. Eu não tinha um sonho há... Alguns anos.

–Quatro?

–Isso.

–Foi ruim?

–Não. Foi estranho. Mas não um estranho desagradável. Um estranho... An...

–Estranho.

–É.

–Quer falar sobre?

–Hm. Não.

–Tudo bem. –depois de um segundo constrangedor de silencio, Santana abriu um sorriso forçando mais animação que o necessário. –Levanta, se arruma. Vamos ao café comemorar o seu último dia de licença. Que é uma coisa que ninguém costumar comemorar, mas okay.

–Tá bom.

Brittany saltou da cama e foi tomar banho.


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Notas finais do capítulo

Acho que o próximo capítulo vai adiantar muito a história, então eu teria que enrolar um pouquinho com outros núcleos, Emily por exemplo... Mas se não quiserem, tudo bem...
Xoxo
Atenciosamente, Déborah Santana...



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