Cola Para Os Seus Pedaços escrita por Leo Guedes


Capítulo 7
Capítulo 7- Impotente


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Demorei, né?
Sinto muito... Mas vocês quase não comentaram o ultimo capítulo, né? Eu tinha a ideia, só não a inspiração para desenvolvê-la...
Enfim, boa leitura...



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Já fazia três dias que Brittany tinha que ficar em casa sozinha e ainda ficava deprimida só de ver a latina com seu uniforme das Cheerios de manhã e saber que ficaria mais um dia sozinha remoendo suas memórias.

Era bem cedo e Santana estava preparando o almoço para a loira apenas esquentar.

Enquanto cozinhava, a latina olhava de relance para seu anjinho ali na mesa com cara de cãozinho abandonado. Era de dar dó e o que Santana mais queria fazer era poder ficar com ela fazendo com que seu lindo anjo se sentisse bem.

Ao terminar, foi para o quarto colocar a roupa vermelha e branca.

Já devidamente vestida, a morena suspirou e foi até Brittany, acariciou seu cabelo loiro e sorriu de lado.

–Já?

–Já. Eu tenho que ir pra escola.

–Tem mesmo? –o biquinho que ela fez quase fez com que Santana desistisse, mas tinha que ir.

–Tenho. Eu volto em poucas horas, Britt. Tá bom?

–Tá. (suspiro). Vejo-te mais tarde. –Santana sentiu o coração doer e hesitou um segundo antes de se encaminhar para a porta. –Santie, pode levar o carro, não vou precisar dele mesmo.

–Valeu, Britt.

Então Santana foi embora e Brittany ficou sozinha naquele mausoléu que era seu apartamento. Para todo canto que olhava via sua linda Quinn e isso a deixava cada vez mais deprimida.

Quando o horário do almoço chegou, Brittany ouviu a campainha soar e levantou com o cenho franzido para atender a porta.

–Olá, Brittany.

–Rachel? O que... O que você está fazendo aqui?

–Eu tentei ligar pra avisar que vinha. Posso entrar, Britt?

–Ah. Claro. –mesmo ainda estando desconcertada, Brittany deu espaço para a baixinha entrar no apartamento. –Eu mudei... O meu número tem um tempo. Você não respondeu a pergunta.

–Eu soube pelos jornais que você foi baleada e vim ver se você está bem. Você pode ter decidido não ser mais minha amiga, Brittany. Mas eu ainda sou sua.

–Você não amiga. Era chefe. Nossa amizade era no colégio, mas se eu me lembro bem, você se recusou a ajudar a mim e a minha Quinn quando precisamos.

–Eu era jovem e morria de ciúmes da Lucy com você. Mas eu que ajudei a conseguir aquele emprego na gráfica dos meus pais e te mantive lá quando assumi porque cresci e amadureci.

–Não. Você me deixou no emprego porque eu era muito boa. E convenhamos, até hoje você não cresceu, Berry.

–Porque você está tão hostil, Brittany. Pensei que tivéssemos superado nossos problemas há anos atrás e então você me trata desse jeito quando eu venho ver se você está bem.

–Eu não estou sendo hostil com você. Eu só levei a porra de um tiro e não posso trabalhar. Além da dor, eu estou tendo dificuldade de por o meu próprio almoço pra esquentar. Isso é terrivelmente irritante.

–Eu te ajudo, Brittany. Okay? Mas pare com isso, ta bom? Você não é assim. Você é muito doce, Britt-Britt.

–Você não disse isso pra mim. –Brittany falou de forma chorosa.

–O que eu disse?

–Você falou igual a ela. Exatamente como ela dizia. “Você é tão doce, Britt-Britt”. Todo dia a minha Quinn dizia isso pra mim.

–Eu... Eu nem lembrava disso, Brittany.

–Claro que lembrava. Você via quando ela ia me deixar no trabalho. Disse isso pra me machucar. Você fez de propósito.

–Claro que não. E mesmo que eu lembrasse, porque te ofenderia? Já faz quatro anos, Britt. Eu também gostava muito dela, mas ela não vai voltar. Você tem que seguir a sua vida.

–Sai do meu apartamento, Berry.

–Britt, eu...

–SAI!

–Não faz isso, Brittany. Ela te amava pela menina doce e adorável que você era.

–SAI DO NOSSO APARTAMENTO AGORA.

–Eu estou falando isso pro seu bem, Brittany. Eles a tiraram desse mundo, não deixe que eles tenha te levado também. Lucy não ia gostar de ver a pessoa amarga que você se tornou. Ela ia querer que você fosse feliz.

Brittany foi abrir a porta e voltou para arrastar Rachel para fora do apartamento. A baixinha não resistiu porque Brittany estava machucada fisicamente e abalada emocionalmente, se ficasse ali poderia piorar ainda mais a situação enquanto tentava ajudar.

Ao bater a porta, Brittany se deixou cair no choro. Ela sabia que Rachel estava certa, mas ela não queria ser feliz sem Quinn. Ficar sem ela a matava um pouco a cada dia e, mesmo tendo colocado muitos crápulas na cadeia desde que entrou para a polícia, ainda se sentia impotente por não ter conseguido salvá-la e frustrado por não tê-la vingado.

Seu coração estava nadando em um mar de dor e ela não sabia o que fazer além disso. Então permaneceu ali sentada no chão aos prantos até Santana chegar.

A morena não tentou fazer com que Brittany lhe explicasse nada, pois sabia que ela estava muito sensível, ainda mais porque estava tendo que ficar em casa sozinha. Apenas a abraçou e disse que ia ficar tudo bem.

O choro já havia diminuído, mas a loira ainda soluçava. Parecia cansada.

–Quer que eu cante pra você, meu anjo?

–Que-e-ero. Po-or favor.

E Santana começou a cantar uma música de dormir em espanhol. E Brittany dormiu assim.

Nessa hora, a latina agradeceu a treinadora em pensamento pelos treinos tão pesados. Ou não teria força para levar seu anjinho até a cama para que pudesse ter um pouco de paz.

Ou ao menos era essa a intenção, já que a loira foi atormentada em sonhos de novo.

Santana se sentia impotente por não poder fazer nada para dar paz a quem estava sendo seu porto seguro no momento mais difícil de sua vida e extremamente frustrada por nem saber o que havia acontecido para deixá-la tão frágil.

Se a vida é feita de altos e baixos, as duas estavam em um baixo do cara**o.


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Notas finais do capítulo

Lembrando, é uma fic mais dramática que qualquer outra coisa, então me desculpe e tenha paciência...
xoxo
Atenciosamente, Déborah Guedes



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