Dia da Mentira escrita por Mayy Chan


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hellow, amoras do meu core *---*

Aqui estou eu, humildemente, voltando pro mundo Tratie e pra felicidade de que, um dia, postarei a one que eu fiz com a diva da Mrs. Stoll. Calminha aí que só vou falar com ela e logo postaremos, okay?

Obrigadinha por lerem, unicórnias *u*

Agora, não se esqueçam dos meus reviews, beleza?



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"Cara Katie,

Hoje, enquanto eu estava me preparando pra mais uma pegadinha de primeiro de abril, me lembrei de você. De repente roubar aqueles vasos de flores me pareceu errado por causa da data.

Seu aniversário nunca é comemorado porque todos os campistas se refugiam em seus chalés com medo de eles serem os selecionados desse ano. Mas você sempre foi audaciosa e andava livremente pelo acampamento enquanto tudo mantinha silencioso ao seu lado.

Acho que nunca pensou no motivo que faziam com que nesse dia você fosse imune. Bem, vamos dizer que eu sempre tive um dedo nisso.

Lembra daquela noite no meio de outubro que eu cobri o seu chalé de chocolate? Ou mesmo daquela vez que eu pintei todas as suas roupas de rosa? E também teve aquela vez que eu coloque esquilos no seu guarda-roupa?

Mas a coisa mais importante nisso era sua reação: você me batia, xingava, gritava e as vezes até chorava. Não que eu gostasse da última, mas tinha que fazer isso. Afinal, só assim eu chamaria sua atenção, não é? E no fim, quando te contava uma piada e recebia seu sorriso como prêmio, tinha certeza que era o cara mais estúpido do mundo.

Só que tinha uma coisa que eu fazia por mim.

Quando seu pai te mandou aquela carta falando que você tinha que ir correndo pra cidade porque sua irmãzinha tinha quebrado a perna, eu quase te implorei pra ficar. Já tinha me acostumado a passar três meses sentindo o seu cheiro e te vendo andar sem nenhum destino exato. No entanto, eu sabia que eles precisavam da Gardner perfeitinha, então a deixei partir.

Dias escuros aqueles.

Mas, bem, agora sem drama por favor.

Primeiramente,eu vou organizar o meu pensamento:

1) Hoje é primeiro de abril;

Dia dos filhos de Hermes, onde a zoeira é completamente permitida e exatamente ninguém pode contestar contra isso.

Mas também é o seu aniversário, jardineira. Eu queria parabenizar pelos dezesseis anos. Há uns oito você chegou aqui, já abalando o meu mundo e falando que eu era um acéfalo. Bem, até hoje eu não sei o que isso significa.

Obrigado por estar sempre do meu lado me enchendo o saco, porque isso só me faz gostar mais e mais de você.

2) Hoje é o dia da mentira;

Sabe todas aquelas vezes que eu disse que você era uma lesada irreversível? Ou mesmo daquelas que eu disse que você tinha uma cara de rato? Era mentira, obviamente.

Na verdade, a senhorita conhece muito mais minhas verdades do que as minhas mentiras. Desde o fato que você fica fofa de verde, até o que eu disse que você estava longe de parecer uma filha de Afrodite.

Porque, bem, você é superior a todas elas.

Mas a maior mentira que eu já te contei foram naquelas inúmeras vezes que eu jurei ódio por você. Porque, cara, o que eu sinto está longe de ser isso.

3) Hoje é o seu aniversário;

Primeiramente queria te informar que, em todos esses anos, não houve uma vez que eu esqueci desse dia. E não pense que eu acordava mais cedo todo primeiro de abril, colocava a sua camiseta preferida, tomava um banho bem demorado e passava perfume só pra fazer pegadinhas. É claro que não.

Sei que sou um menino muito bonito, charmoso e até carismático, mas como isso pra você não era o suficiente (sim, voltei um pouquinho pra história do drama), resolvi fazer isso no estilo Travis. Eu não podia sair do acampamento pra te comprar nada, porque passar pela aquela barreira com certas coisas pode ser difícil até pra um filho de Hermes. Então, eu decidi que ao invés de comprar algo pra te fazer feliz, eu mesmo ia fazer isso.

Por isso todos os anos eu passava a tarde toda fazendo pegadinhas e bem no fim da noite eu ia pra porta do seu chalé exatamente sete da noite. Seus irmãos se acostumaram tanto com aquela rotina que já te chamavam na batida do relógio. Então íamos andando por aí, passando por todos os seus lugares prediletos. Esse dia eu largava só pra te ouvir, e no fim da noite eu te dava uma flor, seu chocolate predileto (que eu roubava do meu estoque de coisas roubadas) e um beijo na bochecha.

Só que a parte mais engraçada (na minha opinião, claro) era quando eu via que tinha que ir embora. Íamos até uma árvore e eu subia nela afirmando que no outro dia a pegadinha ia ser mais forte ainda, mas na verdade só tinha medo de ver a sua reação se eu forçasse demais. No entanto tudo que eu fazia era te acompanhar até sua entrada. Sempre esfregando os olhos e tirando os sapatos na entrada.

4) Eu sou um idiota;

Sempre que vagueava na frente do chalé de Deméter, uma questão ficava em aberto: o que merda eu estou fazendo?

Todos os anos sempre falava que ia te fazer algo mais intenso. Que eu iria finalmente aceitar que, mais cedo ou mais tarde, acabaria falando que quando você anda eu mal posso sentir a minha própria respiração. Talvez seja porque eu puxo o máximo do seu perfume de flores e depois seguro só pra mim. Minha mãe fala que isso parece ser uma coisa muito... possessiva pra alguém que nem minha é.

Sim, minha mãe, a senhorita Stoll, sabe muito bem o que eu sinto por você, por isso posso dizer que é mais ou menos por esse motivo que ela tanto gosta da senhorita Gardner, a menina que no meio do ano sempre dá uma passada lá em casa e come os muffins intragáveis dela. E, sim, ela sabe que tenho muitas chances com as meninas, então gosta de falar que você é o meu maior desafio.

E o pior é que ela nunca esteve tão certa na sua excêntrica vida.

4) Sim, eu te amo.

Cara Katie, eu poderia estar pregando uma peça no chalé de Afrodite (sabe como eu amo aqueles gritinhos esganiçados delas quando vêem que caíram em mais uma pegadinha), mas estou dormindo porque passei a noite escrevendo.

E, me desculpe se isso é demais por causa do nosso lance de “inimigos para sempre”, mas saiba que não me arrependo por um fato: por mais que hoje seja o dia da mentira, típico dos filhos de Hermes, também é seu aniversário.

E, bem, talvez eu te ame mais do que a comemoração mundial desse dia.

Travis (ia até colocar “com amor”, mas, por mais que esteja completa e inteiramente apaixonado por você, não sou piegas)"

Quando li aquela carta, não sabia se queria beijar ou socar a cara daquele estúpido e idiota que era Travis Stoll. Sinceramente, quem ele achava que era pra me dar essa coisa divina e subir naquela árvore idiota?

Esse era o meu dia, o meu aniversário, o que eu mais esperei esses dias. Agora ele me recompensava assim? Podia não querer admitir, mas sempre senti como se meu mundo fosse mais forte quando ele estava por perto, me enchendo o saco e falando que eu precisava parar de andar tanto com os meus irmãos.

E, por isso, pela primeira vez em muitos anos, eu corria atrás de Travis. Não porque eu sentia falta dele, mas sim porque eu precisava daquele menino estúpido e idiota do meu lado.

Era assim, e eu não podia mudar nada. E nem queria, por sinal.

Foi por isso que eu não tive medo quando o puxei para mim e tomei os seus lábios que tinham um sabor leve de canela e pasta de dente. Sabia que ele ia retribuir.

E, no meio do nosso desespero de uma batalha travada por duas bocas insaciáveis, ele me retribuiu.

Não me importava com o fato de que ele tinha olheiras enormes nos olhos, ou mesmo me preocupei em bagunçar todo o seu amado cabelo. E ele também parece não ter se importado muito com o fato de serem nove da noite e minha boca estar suja de chocolate, que resolvera comer enquanto lia.

Porque, só talvez, ele não precisasse de fazer o momento perfeito, ou me dar os meus chocolates prediletos de presente.

Era inesquecível só porque era ele.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e não se esqueçam dos meus reviews, okay?

Tomara que tenham gostado *--*

Kisses, Mayy