Ela não está tão a fim de você escrita por ariiuu


Capítulo 2
Quando um fora vira humilhação


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente, como estão? Demorei muito? Espero que não. Mas trouxe mais um capítulo pra vocês, de... Três mil e poucos caracteres... É, eu sei. Não consigo fazer capítulos curtos, então espero que tenham paciência de ler =P
Ignorem por enquanto os erros, oks?
Divirtam-se! =D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507552/chapter/2

“Os homens são todos iguais”

Era inevitável não entrar naquele trajeto misterioso e altamente excitante. Ele então seguiu em lentos passos rumo ao balcão, ao encontro daquela que havia sacudido de modo extraordinário o seu coração.

Enquanto andava, Law alargava ainda mais a gravata no pescoço. Ele estava determinado a capturar sua presa.

A ruiva se encontrava de costas, apreciando sua bebida enquanto o cirurgião se aproximava sem ser percebido.

Ele se sentou no banco ao lado dela e chamou pelo barman.

– Duas batidas de morango com vodca e gelo.

– É pra já. – O rapaz respondeu enquanto recolhia os utensílios para preparar a bebida.

Ainda ao lado dela, Law a espiou discretamente. A garota permanecia saboreando o vinho na taça, de forma magistral.

Os delicados gestos.

O olhar semicerrado.

Os lábios tintos de vinho.

O agridoce aroma.

Por que tudo nela parecia incrivelmente perfeito?

Ele não se recordava de ter tocado ou até mesmo vislumbrado tal mulher, cujo os traços eram tão simétricos. Sua beleza era inigualavelmente esmerada.

Qual era o valor daquela joia preciosa? Quanto ela valia?

Mas aquelas perguntas não tinham importância.

Ele a teria de qualquer jeito.

Ele sempre teve toda mulher que desejou.

O barman serviu as bebidas numa taça de formato triangular.

Law se levantou do banco delicadamente e então arrastou a taça pela mesa na direção da ruiva, seguido de...

Um sorriso ousado... Extremamente ousado.

A misteriosa ruiva ergueu o rosto e repousou seu olhar sobre o dele.

Ambos se olharam por alguns instantes.

Ele confiante.

E ela entediada...

Ela aceitaria ou negaria? Qual seria sua resposta?

Depois de mirá-la tão cuidadosamente, a garota virou o rosto de volta e então...

...

Voltou a tomar a sua bebida.

...

Silêncio...

Mais silêncio.

Mais um pouco de silêncio diluído num gole de vinho...

Sim. Aquilo era real. Realisticamente real.

Pela primeira vez na vida, Trafalgar Law havia sido totalmente ignorado.

Aquela mulher possuía uma fortaleza impenetrável.

Ou talvez quase impenetrável, por que o cirurgião não estava disposto a perder, até por que, se ela fosse muito fácil, se tornaria descartável, mas justamente por ser uma mulher difícil, acabara de se tornar algo altamente desejável.

Ele esbanjou um olhar sugestivo e então arriscou um...

– Oi.

Demorou um pouco para que ela voltasse a olhá-lo, mas quando o fez...

– Oi... – Sua resposta soou indiferente. Friamente indiferente.

Law se xingou mentalmente. “Oi”? Desde quando suas chegadas triunfais nas mulheres se resumiam à um singelo ‘Oi’? Quando foi que ele perdeu o dom de persuadir sedutoramente uma mulher? Aquilo não podia ter acontecido de forma mais patética. Mas ele não perderia para alguém que não conhecia.

O seu eu atual.

Ela continuou observando-o em silêncio, mas lhe fitando de baixo em cima, e embora parecesse bêbada, era algo bem insinuante. Mas não um olhar de desejo ou luxúria e sim um olhar esquisito que se dá a pessoas que sofrem de esquizofrenia... Algo misturado com aversão e compaixão... Talvez nojo e preocupação de ser contaminada com alguma doença...

Mas ela já havia feito um raio X do ser em sua frente.

Um homem extremamente bonito.

Rico.

E obviamente... Mulherengo nato.

Mesmo assim, ela se mostrava desigual apenas com seu olhar.

– Tudo bem com você...?

O princípio foi de fato ali. Qual seria a resposta dela? O que ele esperaria dela naquela noite? Sem perceber, Law se encontrava ansioso diante daquela mulher.

– Tudo bem... Mas na verdade, tonta como uma barata após respirar inseticida... E você...?

– É uma maneira de chamar a atenção das pessoas... - Respondeu fascinantemente sedutor. Uma de suas maiores destrezas era cativar mulheres e ele já havia decidido que ela não escaparia.

Ela seria sua aquela noite.

– É meu objetivo na vida... E o seu...? – Indagou calmamente para bebericar o vinho logo em seguida.

– O meu objetivo é caçar. – Atacou. Ele seria claro, simples e direto.

– Recompensas...?

– Exatamente.

– Hmm... E isso fez com que chegasse até mim? – Ela perguntou entediada enquanto balançava a taça de cristal, fazendo o líquido viscoso se movimentar de um lado para o outro.

– Com certeza eu não cheguei até aqui só por que achei o barman bonito.

Ela abriu um pouco mais os olhos após a resposta dele. Claro que ele teria de usar seu senso de humor. Nada lhe impedia de ganha-la usando todos os seus artifícios.

– Engraçado, a julgar pela sua cara eu posso jurar que foi por causa do barman, já que pediu batida de morango com vodca. Pensei que fosse uma cantada implícita pra ele. Quem pede batida de morango com vodca!? Nem mulheres tomam isso!

– Você não toma?

– Odeio coisas muito doces. Prefiro as azedas.

Ok. A julgar pela aparência dela, de uma donzela tão graciosa e fina, ele realmente achou que ela pudesse gostar de morango, mas se enganou totalmente.

Por enquanto era 2 à 0 para ela.

– Certo... Mas de qualquer forma você está enganada. Minha vista foi ofuscada pelo brilho de uma joia rara há poucos minutos e.... Aqui estou eu.

Após seu contragolpe, que claro, havia sido completamente explícito, lá estava ela... Abrindo mais uma vez os olhos em surpresa.

O que ela estava pensando? Pensava ele.

A ruiva fechou os olhos e seus lábios se curvaram num sorriso. Um sorriso um tanto... Emblemático, já que ele não sabia o que esperar dela.

– Essa foi fraca! Joia rara!? Isso é nome de novela para garotas acéfalas que assistem à essas emissoras comedoras de cérebro! Você podia ter sido mais original.

– É um pouco difícil raciocinar quando me deparo com a mulher mais bela que já vi em toda a vida... – A frase soou bem gentleman. Isso seria perfeito, se ela não reagisse de forma inédita.

A garota riu desvairadamente enquanto dava socos em cima do balcão. Seu rosto estava um pouco corado e rapidamente seus gestos delicados se transformaram...

Em atos de um ogro barulhento e alcoolizado.

Shrek? Não! Ela estava mais para princesa Fiona...

Mas ela ainda era linda, só para não esquecer!

– Sério, você está perdendo a dignidade, então vamos para o próximo round!

Aquilo era tudo o que ele precisava. A brecha perfeita para colocar seu plano de volta aos eixos.

– Então... Que tal um drink a mais pra talvez... Aumentar a sua vertigem alcoólica e depois disso... Podemos sair. – Ele a olhou insinuantemente lascivo.

– Drink? De morango!? Tô fora! Eu beberia uma garrafa inteira de 51 com muito limão e gelo, mas morango não! Isso é coisa de homens desmunhecados!

Law franziu o cenho após a frase desentoada da garota. Aquela cena era totalmente grotesca. Era como se uma música pesada de Heavy Metal tivesse se transformado drasticamente em pagode de fundo de quintal.

– Mas me diga... Sair pra onde...? – Ela continuou antes que ele pudesse responder algo, se recompondo, por que sabia que havia chamado a atenção do bar inteiro depois de rir de forma descontrolada.

– Para um lugar extraordinário... - Ele replicou galante e insistente.

– Um cassino em Júpiter...? – Sorriu irônica.

– Se você quiser... - Ele articulava audacioso. Embora a ruiva de fato fosse uma caixinha de surpresas, sendo sutil e delicada e ao mesmo tempo atrevida e inconveniente, ela não apenas valia muito a pena, como também havia se tornado uma jogadora habilidosa em seu joguinho de sedução.

Mas ela demorou muito para responder novamente e ele percebeu que a garota recobrou um pouco a expressão do começo, porém um sorriso petulante brotou em seus lábios.

– É esse seu hobby...? Dar em cima de garotas com autoestima baixa a ponto de ganhá-las com sua lábia?

– Por quê? Você tem autoestima baixa?

– Aah claro, não está vendo!? Eu estou aqui, enchendo a cara de vinho, esperando um cara chegar e dar em cima de mim, pra logo depois afogar minhas frustrações amorosas aceitando o convite dele para sair e fazer sexo num quarto de motel no meio da estrada!

– Você é bem direta... Adoro isso... – O cirurgião manteve seu olhar firme no dela e seus olhares colidiam de modo impetuoso. Pareciam ter travado uma guerra invisível, e ambos não sabiam quem sairia vitorioso, porém... A garota estava confiante naquela noite, por que...

Aquele estava sendo um dia péssimo e para esquecer os problemas, o termo “álcool na veia!” veio bem à calhar, ainda mais se tratando de dar o fora em todos os caras que se aproximassem.

Mas ela fechou os olhos e sorriu ainda mais insolente. Aquela noite estava se tornando interessante.

– Olha só... Nesse bar existe uma hierarquia... Os donos, os gerentes, os cozinheiros, os garçons, os cachorros, os vermes, as bactérias e por último os homens galinhas adeptos a cantadas de quinta, como você...

Ok... Quanto estava mesmo o placar? 9 à 0? Ele já não sabia mais, porém, Law havia chegado à conclusão de que era questão de honra...

Aquela garota não escaparia com vida depois que ele a tivesse em seus braços, pois todas as mulheres com quem passara a noite, eram levadas ao paraíso.

Mesmo as mais difíceis.

– Assim você me deixa constrangido até para viver... – Ele sorriu de modo incompreensível e claro, aquele sorriso seria certeiro se fosse outra mulher no lugar dela, afinal, a ruiva não estava disposta a ceder para um desconhecido.

Ela notou alguns resquícios de mistério. Ela sabia. Sabia e tinha olhos de águia para determinados aspectos em pessoas desconhecidas, porém, com ele estava sendo um pouco difícil. Embora tivesse o domínio daquele diálogo, sentia que ele estava escondendo algo.

Depois de muito observar, sendo discreta, obviamente, ela tinha de admitir duas coisas importantes naquele sujeito.

Primeiro: Havia algo no olhar dele... Totalmente indecifrável...

Ele não estava sendo totalmente verdadeiro. Como havia concluído anteriormente, ele escondia algo. Algo que ela não tinha ideia, mas que podia deduzir...

Mesmo se ele quisesse esconder, seus olhos eram um tanto nefastos. Um ar sombrio podia ser facilmente notado, embora não soubesse o porquê... Tudo era obscuro... Hermético... Sem perceber, ele emanava uma escuridão radiante, mas ainda assim... Era impossível saber as reais intenções dele.

Segundo: Depois de um certo alguém, ele era o homem mais bonito que já vira em toda a sua vida, porém, ela não estava disposta a descrever a enorme lista de característica físicas altamente atrativas em sua mente.

Mas antes que aquele silêncio os engolisse, ela retomou o diálogo.

– Acabou...? É só isso que você tem? Espera... Me deixa adivinhar...? Você quer uma noite quente comigo só para esquecer a dor que é ser você...? – Replicou atrevidamente maligna. Será que ele retiraria aquele véu que cobria suas verdadeiras intenções?

– Quem sabe... Mas eu acho que sua companhia seria agradável. Você é o meu tipo favorito. – Contestou convicto. Depois de todas as respostas, o cirurgião conseguiu traçar o perfil dela, ou pelo menos uma parte dele.

– Sério...? Mas todo esse cheiro de testosterona está me dando ânsia... – Rebateu com cara de nojo.

– Você na verdade só está tendo os efeitos do álcool. – Repeliu sarcasticamente.

– Eu venho para um bar relaxar, esperando tomar um bom vinho e apreciar a música, mas então acabo me esquecendo que esse lugar já foi melhor. Preferia estar presa num filme de terror junto com Jason e o Fred do que estar com um projeto de zumbi.

– Está dizendo que pareço um zumbi?

– Não exatamente. Eu estaria ridicularizando o zumbi se fosse compará-lo à você, e é por isso que te reduzi à um projeto... Bem mal feito de zumbi!

– Muito engraçado, fã de The Walking Dead, mas tirando essa parte, aonde está querendo chegar com esse diálogo massacrante?

– Aonde quero chegar!? Olhe ao seu redor! Esse lugar está repleto de pessoas bêbadas soltando fluídos corporais enquanto se agarram pelos cantos indiscretamente! É esse o seu plano comigo?

– A princípio, não. – Ele sorriu temerário.

– Aham... Mas você devia se contentar com qualquer coisa que se mexa, então saia do meu pé. Tem um monte de solteironas lunáticas por aqui. – Ela bebericou mais uma vez o vinho na taça.

– Não existe nenhuma mulher nesse salão que seja mais linda e irresistível do que você.

– Aah, por favor! O que você quer afinal? Um Bad Romance? Já vou avisando que meu último parceiro foi internado num manicômio depois dos meus surtos de loucura.

– Isso é ótimo. Se você é louca, então formaremos um belo par. – Ele a fitou de modo aventureiro, como se quisesse submergir através daqueles espelhos que o levariam para algum lugar confortante.

Uma veia pipocou na testa da ruiva. Ele era louco? A insistência descarada já estava lhe torrando a paciência.

– Olha aqui, eu já lidei com tipinhos como você antes... São do tipo 'Solteiro sim, sozinho nunca', mas a mensagem subliminar dessa frase é: 'solteiro sim e eternamente sozinho mesmo rodeado de pessoas’.

– Isso é verdade, mas em vez de continuar fazendo jogo duro, por que não desiste de uma vez e se dá por vencida? Nunca ouviu falar que a única maneira de se livrar da tentação é ceder a ela?

– Você está insinuando que se tornou uma tentação para mim!? Caia na real! Isso é frase pra idiotas que não tem nada a perder. É isso que você é? Um idiota que já viveu a vida intensamente e desistiu por achar que chegou ao limite? Me desculpe, mas isso só prova o quão perdedor você é.

Aquilo estava sendo impressionante. Sem perceber, Law apenas permitiu que ela continuasse lhe assassinando verbalmente em todos os sentidos. Desde quando havia se tornado um masoquista? Por que ele simplesmente...

Estava amando ser humilhado por ela.

– Tente não ter razão de vez em quando, seria bom para o meu ego. – Ele riu de forma divertida. Fazia tempo que não se sentia tão leve e à vontade com alguém. Quando foi a última vez?

– Uma pergunta... Você olhou pra mim e achou que eu fosse exatamente como todas as suas peguetes?

– Não... Você é completamente indecifrável pra mim.

– Isso é ótimo, por que se você faltar com respeito e eu resolver te descer o braço, você não vai reclamar por saber que eu sou mesmo imprevisível.

– Sua última resposta foi bem previsível. Mas me diga... Será que você é imprevisível o tempo todo?

– Então pergunte algo previsível.

Finalmente ela tinha abaixado a guarda. Pelo menos por um momento.

Hora de contra-atacar.

– Certo... Você... Tem cara de quem gosta de músicas no estilo Madona.

– Errado. Prefiro System of a Down. Próxima pergunta. – Ela bebeu mais um gole de vinho após a resposta.

– Você é vegetariana.

– Como carne todos os dias. Sua última tentativa.

Era incrível como ela conseguia ser tão meiga... Meiga como o Godzilla destruindo os prédios da cidade.

– Ok... Essa eu não vou errar... - Ele pausou pra logo depois voltar à pergunta.

A ruiva havia fechado os olhos por instinto. Mesmo no meio daquele diálogo, o sabor excepcional do vinho estava enlouquecendo seu paladar. Mas...

– Eu acho que... – O cirurgião pronunciou tal palavra com a voz um tanto nebulosa. Ele se aproximou lentamente, e tocou o queixo feminino, fazendo seu rosto se achegar ao dela, para então...

– Você tem o estranho dom de seduzir fatalmente apenas com o olhar... E fazer com que qualquer homem do mundo se apaixone por você...

Ele sussurrou tais palavras no ouvido dela. O tom de sua voz havia se tornado institivamente mais baixo. O timbre sedutor aplacaria de modo certeiro e letal...

Qualquer mulher...

Ela abriu os olhos e o encarou com um semblante intransigente.

Mais uma vez os olhares colidiram e uma nova luta foi travada.

Os olhos dela... Quentes como o sol... Encarando os tons frios daquele cinza prateado que incidia esplendidamente um brilho semelhante ao da lua.

A mão dele ainda tocava o rosto dela... Por mais que não entendesse, ele parecia tê-la levado à uma viagem mística... Enquanto lhe fitava intensamente.

Um toque cálido em sua pele... Enquanto sentia o respirar latente e as maçãs carminadas do rosto arderem sua face de porcelana.

Aquele olhar prateado, numa incrível mistura de tons negros provindos de um mundo em trevas e matizes brancos, naturais de um fulgor celeste... Branco... Extremamente branco...

Como a neve.

Ela tocou a mão dele, retirando-a suavemente de seu rosto, saindo do suposto êxtase e voltando ao diálogo.

Êxtase? Era isso mesmo? Não... Com certeza era o “álcool na veia!”. Não existia outra possibilidade, não é mesmo?

– Você acertou em partes... Por que todos os homens que dão em cima de mim não têm o mínimo de caráter. Quem eles acham que eu sou? A Kristen Stewart!?

– Não... Você é mais bonita. – Ele contrapôs convencido.

– Olha só, eu não te conheço e se você for um homem mau, eu sugiro que se afaste por que estou prestes a pegar meu spray de pimenta.

Mas por que o spray de pimenta se ela era uma verdadeira pimenta malagueta? Law não conteve a vontade de rir.

– O inimigo inteligente, ataca exatamente onde você acha estar a salvo. Você por acaso acha que essa sua fortaleza ficará de pé pra sempre?

– Eu não tenho uma fortaleza, mas se você interpretou assim, então isso mede exatamente a distância em que nos encontramos agora... Nesse exato momento.

– Isso foi incrível, mas não... Não acredito que será assim pra sempre... Uma hora você vai ter que ceder. – Ele levou as mãos no nó da gravata e alargou ainda mais o laço em seu pescoço.

Uma tacada clássica de homens elegantes, ricos e galãs, somente visto em filmes e seriados.

Ela observou tal ato atentamente e embora fosse clichê, era algo bem atraente, ardiloso e quase irresistível... Mas também era viril e enérgico. Possantemente vigoroso...

E sexy...

Ok, ele era homem. Pelo menos a ruiva não desconfiaria mais, por que até agora ela não havia entendido o lance da batida de morango.

Percebendo que ela o observava, o cirurgião sorriu.

– Aonde estávamos?

E de alguma forma, a ruiva não estava acostumada com aquela série de sorrisos ousados, acompanhados daquele olhar penetrante e tão... Tão gélido...

Embora ele pudesse sorrir, seu semblante não era tão expressivo e seus olhos eram frios em tons nublados... Nebulosos e trágicos...

Olhos que lhe assombravam como se estivesse presa na escuridão. Eles expressavam terror enquanto sentia um vento gelado ensartar medo em seu coração.

Sem mesmo notar, a expressão dela mudou e ele percebeu.

Aquela mulher era mais perspicaz do que poderia supor, porém, ele não seria tão transparente assim, expondo involuntariamente seus problemas internos. E também por que desde o começo o seu objetivo era apenas um:

Tê-la para si.

E não importava se não fosse naquela noite.

– Certo... Acho que não conseguimos nos entender hoje, então que tal tentarmos de novo outro dia...? Me passe o seu telefone.

– Aah sim, você quer meu telefone, mas sequer perguntou meu nome.

– Me desculpe... É a força do hábito, mas então... Me diga seu nome...

Hábito = Sair com mulheres sem sequer perguntar seus nomes.

– Quer saber...? Você terá de descobrir por si próprio! – Ela sorriu matreira.

– Ok. Adoro desafios. Agora me passe seu telefone.

– Certo... – Ela retirou um papel da bolsa, e então começou a escrever nele e quando terminou...

– Aqui.

Law estendeu a mão para pegar o papel, porém...

Seu olhar mudou drasticamente.

O papel nada mais era do que...

Um ingresso de uma apresentação num circo.

– Por que está me dando isto...? – Ele a olhou pasmo.

– Pra você rir e um pouco e se esquecer da sua vida amarga. Mas também é pra você sumir da minha frente... E se contente com isso, por que o pouco pra você é tudo, satã...! – Então a ruiva se levantou do banco e passou a caminhar lentamente rumo à porta do bar.

Andando majestosamente vitoriosa e com um sorriso falaz em seus lábios.

O cirurgião ainda incrédulo com a cena ridícula, correu e por instinto...

Segurou o braço dela.

E pela terceira ou quarta vez consecutiva naquela noite, eles se olharam.

A boneca com a expressão congelada havia se revelado uma verdadeira assassina de expectativas. Uma comediante de alto nível por ter a audácia de dar o fora mais incrível de sua vida.

E o suposto galã de meia tigela na verdade era...

Um projeto de zumbi com sérios problemas de depressão.

– Você realmente está me dispensando desse jeito!? – Ele perguntou indignado.

– Ooh, olhe ao seu redor. Há muitas garotinhas desesperadas de olho em você. Por que não se diverte com uma delas, só pra ‘não variar’? – Sorriu irônica.

– Você é perigosa e obstinada... Eu gosto disso... Então me diga quando nos veremos de novo...?

A ruiva o olhou firmemente e sorriu majestosamente ufana. Ela ergueu o dedo indicador até o queixo dele, levantando o rosto do mesmo, sem quebrar o contato visual.

Carpe Diem Baby... – Ela piscou de modo charmoso e finalmente...

O deixou plantado em frente à porta.

Com cara de tacho...

E praticamente babando...

Claro que ele não estava babando de verdade, mas...

Ele suspirou satisfeito e cansado.

Aquela havia dado trabalho...

Em triplo, ele diria.

Do lado de fora do bar, a ruiva sorria de modo triunfante.

Ela tinha feito o que mais amava.

Dar o fora em homens.

Em homens bonitos, sedutores e ricos.

Mas ela tinha que admitir que aquele era especial.

O mais especial dentre todos eles.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É, ele tomou um fora bem anormal, mas esse suposto fora na verdade foi um golpe fortíssimo de sedução, involuntariamente, claro, por que desde o início ela não tinha intenção de sair com ele. Por que será? :OO

Ambos conversaram tanto, para irem embora e não saberem seus nomes =P Tudo foi em vão? Eu acho que não! Já deu pra saber que o Law passa por problemas familiares, pela indireta do Kid no capítulo anterior. Já a Nami... Qual será o motivo do dia dela ter sido péssimo? Alguém sugere? Posso adiantar que muita coisa diferente vai acontecer nessa fanfic. Estejam preparados!
Pra quem gosta da Bonney, ela aparecerá no futuro, junto com outros personagens legais. E garotas, preparem seus corações! O nosso incrível Portgas D. Ace entrará nessa fanfic pra fazer um estrago xD Dessa vez não quis usar o Zoro =D

Cadê os reviews hein gente? Estou esperando a opinião de vocês, e todo mundo resolve ficar em off? u.ú

Nos vemos no próximo!