Don't Panic! escrita por Lian


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

O que eu mereço? Um tapa. ; _ ; Sério mesmo. Tô até com vergonha de postar agora. Mas ta aí. Voltei dos mortos. Sobre as review, muito, muito obrigada e desculpa (aliás, aquela ideia de brincar com fogo foi toda sua, então, os créditos sobre ela são seus u _ u ). E, sim, depois de um século, pretendo terminar a história. Preciso de um óleo de peroba. Pra essa minha cara de pau.



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Todo o caminho até a escola foi silencioso. Não que eu me incomodasse, claro. Só estava preocupada com o que dizer a Kaede. De novo. Mas devia saber que isso definitivamente não seria a pior parte.

A coisa é que.. é. Eu estava certa. Juro que ela deveria ganhar um prêmio pelos melhores (e mais compridos) sermões da história. Quando finalmente consegui entrar na sala, já era recreio e a Sango veio para o meu lado. O demônio foi sentar, mas ficou olhando para alguma coisa na minha mesa.

— Kagome... — ela suspirou e saiu um pouco de perto do Miroku para falar, baixinho — Kikyou fez aquilo de novo. Acho que é melhor você se cuidar. Sobre Inuyasha, eu digo. — fechei a cara. Aquela vadia.

— Onde foi dessa vez? Na minha classe ou no armário? — Sango me olhou, erguendo uma das sobrancelhas. Provavelmente foi nos dois. Dei um pequeno sorriso, mas ainda sinto meu sangue fervendo. Olhei discretamente na direção da mesa onde ela e os capachos sentavam no intervalo.

Kikyou. Quem é ela? Simples. A garota mais vadia dessa escola. É, aquela mesma que ficou levemente traumatizada quando eu não quis retirar o que eu disse e atirei um pote de massa na cara. Não me culpem. Ela queria usar o meu lugar no pátio pra ficar se pegando com algum idiota. Cara, é o meu lugar. Desde esse pequeno incidente, acho que algum parafuso se soltou naquela cabeleira gigante e ela acha que pode me infernizar toda a vez que algum ser (principalmente do tipo masculino) se aproxima demais. Não que o Inuyasha fosse desse tipo. Nunquinha. Nem empalhada.

Bom, ela foi a culpada de várias coisas na minha vida escolar. Coisas que eu realmente não quero lembrar. Coisas pela qual eu daria um dedo pra socar na cara dela. Bem. Socado.

— "Onde foi" o que? — podia jurar que uma veia saltou na minha testa.

— Não te interessa. — Miroku deu um sorriso amarelo e fez um sinal para o demônio em questão sentar com a gente. Revirei os olhos, ainda meio irritada.

— Que bicho mordeu você, panqueca? — Ai. Deus. Mereço. Nada podia ser pior do que notar que a Sango começou a se estourar do meu lado. Pena que ela estava tomando iogurte.

— Nenhum. Aliás, tá fazendo o que aqui? — ele ergueu a sobrancelha. Já disse o quanto isso é irritante?

— Ei ei, vamos se acalmar, não é Káh? — bufei, corando um pouco — Ahn, então. Inuyasha, não é? Meu nome é Miroku Houshi e essa aqui é a Sango. — fez uma pausa e Inuyasha assentiu.

— Bom, o “bicho” que mordeu ela é uma senhorita chamada Kikyou. Provavelmente é culpa sua, porque ela deve estar querendo te agarrar e achou que você gostava da Káh. —

Se vocês acham que foi isso aí que o Miroku disse, sinto (profundamente, acreditem) dizer que não. Foi um pouco mais indiscreto.

— A gente ouviu falar que você foi expulso da sua outra escola. Como e por quê? — Sim, é esse o tipo de gente que esse pervertido é. Nem precisa dizer que a Sango estava ficando meio roxa. O pior de tudo isso é que ele respondeu.

— Bom, tinha um cara idiota lá. Só que ele começou a me encher o saco e nós acabamos brigando feio no meio da cantina. Foi meio que divertido, porque todos começaram a fazer uma guerra de comida no meio disso tudo. Só que eu quebrei o nariz dele no meio da confusão. Por acidente. Acho que o diretor não ficou muito feliz. —

— Ah, você acha? — ele me encarou, lentamente abrindo um sorriso. Eu ainda não sei que tipo de pedra eu atirei na cruz. Não, sério. Quando achava que não poderia ficar pior, aquela vaca veio na nossa direção.

— Então, amor. Gostou do presente? — revirei os olhos. Ok. Cliche de vadia na escola. Coloquei meu sorriso mais falso, Sango segurou o meu braço.

— Próxima vez, seja mais criativa, docinho. Talvez eu retribua algum dia. — É. Com minhocas no meio da comida. Kikyou abriu mais o sorriso.

— Estarei esperando. — então pegou o demônio pelo braço — Querido, vem comigo um pouquinho? Precisa conhecer seus colegas. Os decentes. —

Ele me encarou. Não tinha mais um sorriso no rosto. Inuyasha apenas olhou nos meus olhos. E. Simplesmente. Levantou. Agarrei a mão da Sango, me segurando pra não levantar. DEPOIS DE TER QUE OUVIR UM SERMÃO DA KAEDE. POR CULPA DELE. Esse imbecil vai passear com a vadia. É isso. Deu.

— Káh. — Miroku me fez virar o rosto pra ele. Estava sério pela primeira vez em muito tempo. Isso me fez parar de tremer um pouco. — Esquece. Você vai quebrar a mão da Sango. — Olhei para o rosto de uma das minhas únicas amigas, ela mordia o lábio, mas tinha um sorriso amarelo. Seus dedos estavam roxos e soltei com cuidado.

— Me desculpe. — E meu dia foi assim. Quando saí da escola, tive vontade de correr até não conseguir mais. Me esconder em um buraco e morrer lá dentro. O que eu fiz? O que DIABOS eu fiz pra ela? Não tem desculpas pro que ela fez pra mim... não, pra ele.

Quando cheguei em casa, notei que Inuyasha estava caminhando alguns passos atrás. Devia estar tão braba que não notei. 

Souta estava esperando com um sorriso na cara, não consegui não corresponder. Meu vô colocou a cabeça para dentro da cozinha pela porta.

— Querida, um moço passou aqui ontem, esqueci de avisar. Não me mate. — ele notou o estado da minha cara — Estava procurando por você. — ergui a sobrancelha.

— Como ele era? — Vovô entrou devagar. Só de cueca dessa vez. Velho maldito. Ele coçou o queixo.

— Era um moço bem bonito. Mas, Kagome, acho que ele estava usando batom. — Ba...tom? 

— O que ele disse? — 

— Ele disse que "veio te visitar". — minhas mãos começaram a tremer, antes que pudesse impedir — Mas ele falou que vai passar de novo amanhã e vai te buscar na escola. Kagome, quem é o infeliz? Kagome? — senti algo queimando na minha garganta. Depois de todo esse tempo. Finalmente.


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