O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 7
O Balcão de Mármore


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! :)
Mais um capítulo para nós! E agora com força total.. hehehe! Férias servem pra isso! kkk
Espero que curtam... Ele é cute e louco como sempre... kkk *_*

#BoaLeitura



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* Berlim, cinco semanas atrás.

Uma pequena fresta de sol adentrava o quarto mal arrumado daquele apartamento de poucos cômodos. As paredes brancas não tinham nenhum quadro que as enfeitasse e aquele ambiente parecia completamente tedioso visto de fora. A despeito daquela falta de ordem, uma ruiva de longos cachos estava completamente aninhada no peito de um arqueiro fora de serviço, que tinha seu cabelo completamente bagunçado e os olhos atentos à mulher que dormia tranquilamente sobre seu corpo. Ela era divinamente linda, e vista daquela forma, ele ousaria até chamá-la de frágil.

A mulher acordava aos poucos, sentindo o toque suave de Clint sobre os seus braços, num desenho composto de curvas e listras infindáveis. Ele amava apenas admirá-la acordando, o modo como ela passava de frágil para fatal à medida que seu corpo retomava a consciência. Ela era uma mulher incrível e Clint Barton sentia-se privilegiado por poder tê-la em seus braços.

– Bom dia, viúva-negra.

Ele não ousaria chama-la de “linda” ou “amor” nem nada do tipo. Primeiro porque ele simplesmente adorava vê-la revirar os olhos com sua típica dose de protesto contra ele. E segundo porque ele não daria esse gosto a ela. Não ainda.

– Argh – ela grunhiu, bem como ele havia esperado, revirando os olhos ainda sonolentos. – Não se cansou disso, ainda?

– Eu nunca me canso disso. – ele sorriu vitorioso e Natasha puxou o lençol para cobrir o rosto, implorando por mais cinco minutos de sono.

– Cala a boca. – a voz abafada de Nat causou uma risada do outro lado do travesseiro. – E para de rir, Clint, que droga! Você ri de tudo que eu faço!

– Olha – ele falou, um pouco pensativo. – A lógica da coisa aponta para o fato de que você deveria acordar no mínimo 10% menos mal-humorada do que de costume.

Ele protegeu o rosto. Ele a conhecia.

Puft! O travesseiro veio com tudo no rosto dele que estava protegido pelas suas mãos. Sorte a dele que estava.

– Quer parar com isso? – ela diminuiu o tom de voz, parecendo mais amistosa. – Eu acabei de acordar, se você não percebeu. E você sabe como eu acordo todas as manhãs.

– Incluindo as que a gente...

– É, incluindo essas daí também.

Clint sorriu.

– É, isso só deixa tudo mais divertido.

– E perigoso. – ela acrescentou.

– Eu gosto do perigo.

– Eu sei, não é a toa que você está acordando ao lado da Terrível Viúva-Negra! – Natasha fez uma voz dramática e sorriu após se ouvir falando daquele jeito.

– Nossa! Um sorriso às – ele procurou o despertador – Sete da manhã? E nem é Natal!

– Eu detesto o Natal. – ela fez uma cara de tédio.

– Não... Você só detesta todas as coisas que todas as outras pessoas adoram. O resto você ama.

– “Ha-ha-ha” – ela o espancou de novo com o travesseiro e projetou o seu corpo sobre o dele, deitando-se por cima de Clint.

– O que acha de pularmos a parte que você tenta me fazer parecer uma mulher normal e me deixa ser a Natasha Romanoff?

– Eu nunca tentaria te fazer parecer uma mulher normal – ele ajeitava uma mecha de cabelo dela que caía sobre o rosto dele. – Eu gosto de você assim mesmo.

Ele a olhou por alguns segundos e a beijou como se sua vida dependesse apenas daquela mulher. Ele tinha o poder de fazer com que ela se entregasse completamente, mesmo que nem mesmo se desse conta disso. Natasha confiava nele com a sua vida.

O casal estava muito bem encaminhado quando os dois dispositivos alarmaram ao mesmo tempo. Clint bufou e olhou para o celular com desgosto. “Comandante Hill”. Natasha nem foi atrás do seu, sabia que se tratava do mesmo assunto.

– Maria Hill – Clint atendeu, ainda ofegante. – Qual foi o problema dessa vez? – o Arqueiro colocou o telefone no auto-falante.

– Barton, bom dia. Espero não estar atrapalhando nada. – Hill respondeu e Natasha deixou o peso do corpo afundar na cama, trazendo o travesseiro consigo para esconder o rosto e a expressão de indignação. – Temo que o teste da balística terá que esperar mais alguns dias. – Clint olhou para Nat, confuso. Ela jogou o travesseiro e sentou-se na cama novamente.

– O que houve, Hill? – a viúva interrompia a fala da comandante.

– Agente Romanoff, que bom que está acordada também. – disse a morena, com uma ponta de malícia no tom de voz.

– O que houve? – ela não queria conversa fiada.

– Nada de grave, só está havendo um problema judiciário com o setor de balística. Nem todo mundo gosta de seguir as regras por aqui. – ela deu uma pausa – Mas enfim, queria saber se você tem interesse de deixar a amostra com um escritório da S.H.I.E.L.D aí mesmo na Alemanha. Estão surgindo uns contratempos aqui em Washington com um tal de “Clarividente”.

– Aquele lá? O mesmo que ordenou a morte da garota do Coulson? – Clint voltou à conversa.

– Esse mesmo. Mas só corrigindo, ela não é a garota do Coulson. Tá mais pra filha.

– Hill, você me enten... Ah, deixa pra lá.

Natasha revirou os olhos.

– Tudo bem, Hill. Me deixa o endereço do seu agente mais discreto, por favor? Não queria tornar isso público.

– Tudo bem, estou mandando por mensagem de texto em instantes. Divirtam-se procurando pelo sujeito.

– E você vê se descola uma boa informação com esse lunático. A S.H.I.E.L.D já tem problemas demais para ter que aguentar mais essa... Clarividente... Era só o que faltava...

– Preciso desligar, agentes. Ao trabalho vocês dois.

– Sim, senhora. – Romanoff respondeu com sarcasmo, desligando o telefone logo em seguida.

– Você quer me explicar em que momento da nossa vida de ontem à noite você conseguiu contactar a Hill sem que eu percebesse? - Clint interrogou curioso.

Agora, quem estava com o sorriso era Natasha.

– Sabe aquela lasanha requentada?

– Sei.

– E o balcão da cozinha?

– Hum.

– E eu atrás do balcão?

– Sim.

– Com o celular escondido embaixo...

– Okay, okay... Já entendi. – ele deu-lhe um último beijo antes de pegar a toalha em direção ao banheiro. – Desculpe-me se a única coisa que eu lembro daquele balcão ter sido você me pressionando sobre aquela pedra fria de mármore.

– Você sempre só lembra disso.

– Mentira – ele parou, meio caminho andado até o banheiro. – Eu lembro de você enrolada na toalha e também...

– Barton!

Ela arremessou o travesseiro no rosto dele e dessa vez ele não se defendeu a tempo.



(...)



– Grant Ward! Meu garoto! – Francis parecia mesmo ter gostado dele. – Junte-se a nós! – o homem puxava uma cadeira para o mais novo agente daquela unidade. – Conte-nos como vamos invadir aquela base.

– Bom, acabei de estudar os últimos detalhes com Ibrahim. – Ward ainda segurava o arquivo com o detalhamento da missão. – Precisamos passar por uma floresta gelada na Tundra canadense, o que devo dizer, não será nada agradável.

– Já passamos por coisas piores. – Francis ressaltou. – E além disso, vale a pena, já que vamos destruir a última base de Nick Fury.

– É, isso é verdade. – Ward concordou. – Mas precisamos ter cuidado. Temos que seguir o plano ou tudo pode dar errado.

– É isso aí. – Ibrahim chegava na mesa, arrastando uma velha cadeira de madeira. – Todo mundo tem que seguir o plano.

– Mas podem ficar tranquilos, rapazes – Ward ficou de pé no meio deles, já encarnando o comandante da missão – Se o trabalho fosse fácil...

– Não seria divertido. – Ibrahim continuou e Ward sorriu para ele.

– À nossa vitória! – Francis ergueu um copo de Vodka e todos os outros o acompanharam.

– À nossa vitória! – todos responderam em coro.

Ward parecia ter se familiarizado com o local. Ele contava seus grandes feitos como espião infiltrado na S.H.I.E.L.D. e rapidamente ganhou o respeito dos outros agentes. Ser treinado pelo Garrett era algo que nem todos poderiam acrescentar ao seu currículo e Ward parecia se orgulhar daquilo naquele momento. Mais uma vez ele sentia que as pessoas confiavam nele.

A noite caiu rapidamente e todos foram para os alojamentos daquela instalação gigantesca. Ward, porém, não parecia cansado ou com sono. Ele percorria os corredores procurando um lugar silencioso. Precisava ficar longe daqueles cadetes que dormiam no mesmo alojamento que ele. No fundo ele parecia gostar da solidão. Subiu no andar mais alto daquele prédio e olhou para o celular. Jogou o celular de uma mão a outra, brincando com o aparelho. Depois de alguns minutos nessa ladainha ele esperou o sinal melhorar para enfim fazer a tão misteriosa ligação.

– Hey – Ward parecia um pouco tenso. – Sou eu.

– Eu sei. – a voz respondeu do outro lado da linha.

– A S.H.I.E.L.D já sabe onde eu estou. – Ward informou. – Fitz já deve ter descoberto que a arma do Ibrahim estava com um de seus marcadores.

– Ótimo. Prosseguimos com o plano?

– Sim. – Ward respondeu. – Agora é a sua vez de entrar na história.

– Deixa comigo. Não vacila dessa vez.


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Notas finais do capítulo

- E aí, o que acharam?

— Quem era no telefone, alguém arrisca???

#itsallconnected #StandWithSHIELD