Serendipity escrita por Fairy


Capítulo 1
Serendipity.


Notas iniciais do capítulo

Olá, aos novos leitores, bem-vindos, aos meus antigos leitores, bem-vindos também hahaha.Bem essa história vai ser um pouco mais normal do que eu normalmente escrevo, mas mesmo assim espero que gostem.Cada capitulo vai ter como titulo uma palavra desconhecida, ao qual eu vou colocar o significado no inicio, vou tentar sempre deixar uma palavra que tenha a ver com o capitulo ok?Beijos e aproveitem.



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[serendipidade|s. f] se·ren·di·pi·da·de
(inglês serendipity)

1.Característica de quem faz boas descobertas por acaso ou atrai o acontecimento de coisas favoráveis.

P.V.O Annabeth

Abri os olhos lentamente e passei as costas da mão pelos olhos com a intenção de afastar o sono completamente. Sente-me na cama, afastei as cobertas e olhei para a porta de vidro da sacada que estava coberta com as cortinas lilases, porem com uma brecha, me permitindo ver o sol que já brilhava lindamente - apesar da neve e do frio que fazia - e conduzia aquele novo dia. Tudo indicava que aquele seria um ótimo dia para novos começos.

Coloquei as pernas para fora da cama e me espreguicei. Deixei que meus pés alcançassem o tapete branco e felpudo que havia em baixo da cama, e pus-me de pé.

Descalça, fui até o grande espelho ao lado da porta do closet, e me olhei. Vi a mesma garota de todas as manhas. Baixinha, cabelos louros e ondulados, olhos cinzentos, pele branquinha, e corpo condizendo com a minha idade. Mas, por trás daquela imagem de perfeita bonequinha, eu sabia o que tinha, tinha a garota que sentia medo, que se escondia atrás dos livros como uma forma de escape, o medo de não ser aceita, que durante toda minha vida me acompanhou. Suspirei, fiz um coque em meus cabelos e abri um sorriso. Aquele seria um novo começo. Afinal, era uma nova cidade, uma nova casa, uma nova escola e por fim uma nova vida.

Peguei meu robe, e coloquei por cima da camisola rosa de alça que eu vestia. Andei até o closet e me pus e escolher uma roupa para o primeiro dia de aula. Peguei um vestidinho rosa claro, meia calça preta, um casaco da mesma cor do vestido e um sapato estilo ‘’bonequinha’’ com um salto não muito alto. Coloquei toda a roupa sobre a cama e fui tomar um banho.

Sai alguns minutos depois e vesti a roupa. Fui ate a minha penteadeira azul-menta, ajustei meus cachos e coloquei um colar com a letra ‘’A’’. Passei um pouco de rímel, blush, e um gloss incolor que deixava meus lábios um pouco mais cheios do que já eram. Borrifei um pouco de perfume no meu pescoço e nos pulsos, então olhei no relógio. Eram 7h20, e eu tinha que estar no novo colégio em 10 minutos. Corri para pegar meu casaco, as chaves do meu carro, minha bolsa e meus livros, e sai.

Desci as escadas correndo e encontrei minha mãe sentada na mesa da cozinha tomando seu café da manhã e olhando as novidades do dia no tablet prateado dela.

– Bom dia querida. – falou ela quando me viu.

– Bom dia. – falei correndo até a mesa.

– Não vai tomar café da manhã?

– Estou atrasada, só vou pegar uma maçã.

Peguei a maça mais vermelha da fruteira, dei um beijo em minha mãe e sai correndo até a garagem.

– Tenha um bom dia querida – gritou ela.

– Obrigada! – gritei em resposta.

Cheguei à garagem, entrei no meu porsche branco, e então segui para a Brooke, meu novo colégio.

[...]

Estacionei o carro no estacionamento exclusivo para alunos da Brooke, a neve de outubro caia incessantemente, então peguei minha bolsa e meus livros então sai do carro. Já era quase 7h40, e eu estava desesperada. Quem se atrasa no primeiro dia de aula em uma nova escola? Só eu mesmo.

Já não tinha mais ninguém no pátio, provavelmente todos em sala de aula, então como eu havia me matriculado no meio do ano, já tinha todo o meu horário escolar.

Verifiquei, e vi que a minha primeira aula era historia. Corri desesperadamente até a sala, parei antes de chegar á porta, me recompus então fui até a porta.

O professor estava virado, escrevendo algo no quadro.

– Com licença. – falei totalmente constrangida pelo meu atraso, e também porque todos os alunos agora olhavam diretamente para mim.

O professor foi ate sua mesa e olhou um dos muitos papeis que tinham sobre ela.

– Você deve ser a aluna nova. Annabeth Chase, eu suponho. – falou ele.

Assenti com a cabeça envergonhada.

– Eu sou o professor Brunner. Espero que seja mais pontual daqui para frente Senhorita Chase, eu não tolero atrasos. – ele falou firme, e eu assenti mais uma vez. – Venha até aqui, eu te apresentarei á turma.

Fui ate a frente da sala e me coloquei ao lado do professor, sentindo meu rosto queimando. Eu sempre odiei ser o centro das atenções, e naquele momento o que eu mais queria era sair correndo dali.

– Classe, essa é Annabeth Chase, ela veio de São Francisco, e tem 17 anos. – falou ele – Senhorita Chase, por que não nos conta o motivo de ter vindo para Chicago?

– Minha mãe é arquiteta e decidiu vir pra Chicago, para cuidar de uma das filiais do escritório dela. – falei com a cabeça baixa.

– Então, seja bem-vinda a Brooke, senhorita Chase. – falou ele – Pode escolher um lugar para se sentar.

Olhei para turma, e todos olhavam para mim. Algumas garotas cochichavam entre si e soltavam risadinhas e alguns garotos me olhavam com um sorriso malicioso.

Vi um lugar vago ao lado de um moreno, com o estilo meio ‘’punk’’, cabelos negros e pele bronzeada, a cor dos olhos eu não pude ver já que ele olhava para baixo. Por algum motivo ele me chamou a atenção.

Fui até lá e me sentei.

O professor voltou a explicar a matéria, que pelo que eu peguei era sobre mitologia grega, mais especificamente sobre os 12 olimpianos.

Todos da classe conversavam baixo entre si, mas ninguém puxou conversa comigo.

‘’De volta ao antissocialismo’’ pensei.

A aula passou normalmente durante os 50 minutos. Eu olhei mais uma vez para o garoto ao meu lado e vi que ele era realmente bonito. Os cabelos negros estavam bagunçados de um jeito despreocupado, a pele tinha um bronzeado bonito do tipo que pessoas que são chegadas á praia, usava alargador e era aparentemente forte, os lábios cheios e bonitos, e então finalmente pude ver seus olhos, eles tinham um tom de verde-mar lindo e inebriante. Ele transparecia rebeldia.

Eu já havia conhecido muitos garotos com o mesmo estilo, e tinha quase certeza que não era o que se podia chamar de ‘’boa companhia’’.

O sinal bateu e todos saíram da classe, se movendo rapidamente para a sala da aula de seus horários. Preparei-me para sair, mas então fui chamada pelo professor.

– Senhorita Chase, poderia esperar um minuto?

Assenti e fui até ele.

– Como você está entrando no meio do ano, pode ser que demore a se acostumar com o modo de ensino da Brooke, então se estiver com qualquer dificuldade, me comunique que eu solicito um dos alunos para te ajudar, tudo bem? – falou ele.

– Obrigada professor, pode deixar que qualquer coisa eu procuro o senhor. – falei

Ele assentiu então eu me despedi e fui em direção á sala de Química, minha próxima aula.

Entrei no laboratório e a professora fez o mesmo ritual de iniciação me apresentando á turma, assim como o professor anterior.

– Bem senhorita Chase, como você está entrando no meio do ano, não poderá escolher seu próprio parceiro já que todos já têm seus devidos parceiros, então você poderá ficar com a senhorita Grace, que está sem colega, devido a mudança da parceira de laboratório dela.

Olhei para os alunos procurando a tal ‘’ Senhorita Grace’’, então uma das garotas sorriu para mim, me indicando a cadeira vaga ao seu lado. Fui até lá e me sentei.

– Eu sou Thalia Grace. – falou ela.

Ela tinha um ar rebelde, com os cabelos negros curtos e repicados, maquiagem preta em volta dos olhos azuis eletrizantes e pele branquinha com algumas sardas, além das roupas pretas, mas parecia ser gente boa.

– Annabeth Chase – falei sorrindo.

Thalia e eu continuamos conversando pelo resto da aula, ela era realmente uma garota legal. Então quando bateu o sinal, nos levantamos para ir para o ‘’intervalo’’, Thalia virou-se para mim sorrindo e falou:

– Hey, você tem com quem passar o intervalo?

Dei de ombros.

– Ótimo você pode ficar comigo e com os meus amigos. Eu apenas vou encontrar o meu namorado, nos encontramos em frente ao refeitório?

– Claro. – falei sorrindo.

Ela sorriu em resposta, pegou sua mochila e saiu da sala.

Eu arrumei peguei meu livro, minha bolsa, então sai da sala em direção ao corredor. Procurei o armário 385 que constava no papelzinho que eu tinha ganhado da diretora, até achar, guardei meus livros e cadernos e fiquei apenas com minha bolsa. Tranquei meu armário me vire e fui em direção ao refeitório.

Quando estava quase chegando, ouvi alguém gritar:

– Hey, novata!

Virei-me e vi um loiro alto, com um sorriso bonito, e um copo de café da Starbucks na mão vindo em minha direção. Ele sorria enquanto andava até mim.

Ele já estava bem perto quando eu vi o moreno da aula de história encostado á uma viga que tinha ao meu lado no espaço entre mim e o garoto loiro, sustentando uma expressão um pouco maldosa. De inicio eu não entendi, mas assim que vi seu pé estendido na direção do loiro, que nem percebia, compreendi.

Antes que eu pudesse avisar, o loiro tropeçou e caiu em cima de mim, derrubando todo o copo de café na minha roupa.

– Ah, que droga! Desculpe-me. – falou o loiro.

Eu estava com raiva, mas não dele, e sim daquele moreno desgraçado.

– Não tem problema, não foi sua culpa. – falei tentando limpar minha roupa cheia de café, mas sem sucesso.

– Estou me sentindo um idiota por ter derrubado café em você. Ahn... Eu sou Luke. – falou ele sorrindo de modo sem graça. – O capitão do time de futebol.

– É um prazer, sou Annabeth. – falei.

Ele ia falar alguma coisa, mas então eu vi o moreno que fez Luke derrubar café em mim, e meu sangue fervilhou, eu o interrompi e falei:

– Se importa se nos falarmos depois? Eu tenho que fazer uma coisa. – falei.

– Ah, claro. – disse ele corado.

Sorri para ele, então segui na direção do tal garoto, que conversava com outro moreno.

Eu estava fervendo de raiva, pode até parecer algo bobo, mas quem é tão infantil para fazer isso?

Cheguei perto dele e o empurrei, batendo minhas duas mãos no peito dele. Para minha infelicidade eu era consideravelmente menor e mais fraca que ele, então ele nem se mexeu. E por mais raiva que eu estivesse não pude deixar de notar que ele era forte.

– Qual é o seu problema garoto? – gritei irritada.

Ele abriu um sorriso malicioso.

– Foi mal, não era para o idiota cair em cima de você. – falou ele cinicamente.

– Você é um idiota sabia? Olha o estado da minha roupa. – falei me segurando para não dar um soco naquele babaca.

Ele me olhou de cima a baixo e seu sorriso aumentou.

– Belo sutiã. – disse ele rindo.

Olhei para minha blusinha rosa claro, e vi que estava totalmente transparente por causa do café, e consequentemente fazendo aparecer o sutiã branco de renda que eu usava.

Então cruzei os braços sobre os seios e corei vergonhosamente.

– Annabeth? – ouvi uma voz conhecida.

Olhei para trás e vi Thalia vindo em nossa direção, com uma expressão confusa.

– O que aconteceu? – perguntou ele olhando o meu estado.

– Esse imbecil – apontei para o moreno á minha frente. – Fez o tal de Luke tropeçar colocando o pé na frente como uma criança, e como ele estava com um copo de café na mão, ele caiu em cima de mim e derrubou todo o copo de café na minha roupa.

Ela lançou um olhar bravo para o moreno á minha frente, que sorriu cinicamente.

– Não liga Annabeth, o Percy é um babaca assim mesmo, por mais que eu não lamente nem um pouco pelo Luke. – falou ela. – Você tem uma roupa reserva no seu armário?

– Ainda não, é o meu primeiro dia. – falei.

– Ah é verdade, mas não tem problema eu te empresto uma roupa, venha.

Lancei mais um olhar bravo para o tal Percy, então me virei para Thalia.

– Vocês dois – ela apontou para o moreno cínico e o amigo dele, que agora que eu percebia que estava ali o tempo todo. – Me esperem aqui.

Seguimos até o armário de Thalia, e ela pegou uma muda de roupa extra que havia ali dentro, então fomos até o banheiro.

Ela me entregou a roupa sorrindo e falou:

– Acho que vai servir em você, apesar de ser um pouco mais baixinha do que eu.

Agradeci e entrei no Box do banheiro para me trocar.

– Hey, posso te chamar de Annie? Annabeth é um pouco comprido demais. – perguntou ela.

– Claro. – falei sorrindo.

Acho que eu tinha acabado de fazer uma amiga.

– Ótimo. Meus amigos me chamam de Lia ou de Thals, pode me chamar assim se quiser. – falou ela.

Sai do Box com a roupa que ela havia me emprestado. Uma calça jeans cor vinho que eu tive que dobrar a barra, uma blusa de manga comprida colada ao corpo cinza, e um moletom preto escrito ‘’Fresh’’.

– A roupa ficou boa em você, apesar de não combinar nem um pouco com seus sapatos, e nem com sua bolsa da Givenchy. – falou ela rindo.

Ri junto.

– Presente de aniversario de 15 anos. – balancei a bolsa rindo.

– Ah, não liga para o Percy, ele às vezes é babaca, mas é gente boa na maioria das vezes. – falou ela.

– Deixa pra lá – falei – Mas por que você disse que não lamentava pelo Luke?

– Não se deixe enganar, pela aparência de deus grego do Luke, ele é um cretino. Aposto que ele foi gentil e fofo com você, não é?

Dei de ombros.

– Foi sim. – falei.

– Desculpa a expressão, mas você é carne nova. Ele vai fazer de tudo pra pegar você, toma cuidado.

– Eu posso até parecer, mas não sou ingênua Thalia. – falei calmamente.

Ela deu de ombros.

– Vamos? – perguntou ela.

Assenti, e saímos do banheiro. Passei no armário e deixei a roupa suja lá dentro.

– Obrigada Lia. Acho que você foi a primeira pessoa que falou comigo nesse lugar. – falei sorrindo.

– Eu sinto que nós vamos ser grandes amigas, Annie. – disse ela rindo e eu a acompanhei.

Fomos conversando até chegarmos juntas ao refeitório.

– Vem. – ela me puxou pela mão até onde estavam os garotos.

Assim que ela me soltou, correu em direção ao amigo de Percy e o beijou. Presumi rapidamente que aquele fosse o namorado dela. Eles realmente eram um casal perfeito um pro outro. Ele era da mesma altura que Percy, e também tinha cabelos negros e era forte, mas a semelhança parava por ai, a pele dele era quase tão alva quanto à de Thalia, e ele tinha olhos negros assim como as roupas que usava. Era bonito, assim como Thalia.

Aproximei-me deles ignorando totalmente Percy, que revirava os olhos vendo os amigos se beijarem, mas com um pequeno sorriso nos lábios, o que me fez presumir que apesar de ser um babaca infantil ele tinha sentimentos.

Thalia se separou do namorado – apesar dele ainda manter as mãos na cintura dela – e falou alguma coisa para ele e Percy, que deram de ombros. Então eles se viraram e vieram em minha direção.

– Annie, você não se importa de ficar conosco, não é? – perguntou ela.

Olhei para Percy o fuzilando e falei:

– Não, não me importo.

– Você fica bem melhor assim, do que com todo aquele rosa. – falou Percy com um sorriso sarcástico.

– E desde quando eu me importo com a sua opinião? – falei grossa.

Virei-me e comecei a andar em direção ao refeitório, mas pude ouvir as risadas de Thalia atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Devo continuar?Deixem reviews com as opiniões de vocês, por enquanto eu vou deixar os capítulos que eu já tenho escrito programados ok? pra não ficar muito rápida a fic. Então toda Quinta-feira a noite um capitulo vai ser postado.Se não quiserem assim me digam por review como fica melhor pra vocês.Beijos da Fairy