Missão Garoto Perfeito *Interativa escrita por katnissberry


Capítulo 10
Uma Parada no Elevador


Notas iniciais do capítulo

É isso que dá comentar depois... Postei depois... Haha! Beijos!



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*Jennifer

Tinha acabado de sair da sessão do salão. Realmente achei o filminho meio caído. Não entendi porque tanta cadeira ocupada, nem sei por que eu fui! Aquele romance não tinha nem um pouco de aventura... Mas acho que minha opinião não conta, já que sou a ‘insensível’ do grupo, e a sem sentimentos. Bufei mais uma vez ao lembrar disso, e enquanto as meninas conversavam com os garotos sobre como a Hazel era gata, o Gus perfeito e o Isaac demais, resolvi ir para o quarto.

Assim que a porta do elevador abriu, um menino estava dentro. Não era qualquer menino era o Ricardo. Era meio que proibida de falar com ele, já que de acordo com o pessoal do meu quarto achava ele um idiota.

Ele deu um sorriso bobo, apertou o botão para abrir a porta e ajeitou os cachos castanhos. Ele ajeitou a jaqueta de couro e ficou me olhando. Entrei, e a porta fechou. Ele continava me encarando.

–O que foi? Perdeu alguma coisa na minha cara?

–Nossa... Um poço de simpatia! –ele falou, ainda sorrindo.

Dei um sorrisinho irônico.

–Gostou do filme? –ele perguntou, puxando assunto.

–Não muito. Prefiro filmes de ação, terror... Comédia romântica não é comigo.

–Não é o que a maioria das meninas acha.

–Eu não sou a maioria.

–Percebi.

De repente, senti um certo tremor, e o elevador parou.

–O elevador parou.

–A não? Jura? –perguntei irônica.

–Infelizmente, houve uma falha no sistema. Por favor, permaneçam calmos, o elevador já irá retornar às suas condições adequadas. –disse uma voz gravada.

Ficamos nos encarando por um tempo.

–Ta calor aqui, né? -disse ele, tirando a jaqueta, e deixando a sua blusa preta sem mangas a mostra.

Ele realmente estava em forma. Percebi pelos seus braços. Mas continuei calada.

–Vai fazer o musical do Peter Pan? –ele perguntou.

–Não quis. Peter Pan também não é muito a minha cara.

–Pois é. A Natalia meio que me forçou a ir.

–Entendo, ela é uma chata. Mas dizem que eu também sou... Então eu não sei.

Sentei no chão do elevador e ele continuou em pé.

–Até que para uma garota chata você é bem bonitinha.

–Ué? Não vai me chamar de gata? –perguntei erguendo as sobrancelhas.

Ele revirou os olhos.

–Da onde você conhece a Natália?- ele perguntou.

–Escola antiga.

–Ela te odeia. Sem ofensas.

–Tudo bem, pode ter certeza que eu a odeio mais.

–Ok...

–Nós éramos amigas. Melhores. Ela me recebeu no primeiro dia de aula de braços abertos. Eu era uma daquelas que usava rosa, cabelo arrumado, tipo a Mariana que saiu da IGF. Éramos inseparáveis. Ela me ajudava a escolher o melhor look todos os dias, e era sempre um bem cor de rosa. Até que um dia, no segundo bimestre, teve um baile, e eu fui convidada pelo ex namorado dela, no qual eu nem sabia que ela conhecia, e eu aceitei. Ela então armou um escândalo falando que amigas não roubavam o namorado da outra, mas a verdade era que ela ainda não tinha superado o pé na bunda que levou, e ainda gostava dele, é claro, morreu de ciúmes. A Natália tinha influência na vida de todo mundo, e assim que ela mandou todos pararem de falar comigo, eles pararam. Ela só não tinha poder sobre o seu ex, que foi minha única companhia até as férias do meio de ano, quando o pai dele foi transferido para os Estados Unidos e teve que ir junto. Depois disso, ela começou a competir em tudo, e espalhava uns boatos de que era eu quem competia, e que torcia para que ela se desse mal nas provas, nos testes, e que não conseguisse nem um amigo, mas foi ao contrário. Ela quem roubou meus melhores amigos, e eu virei aquela menina, no canto da sala, que só conversam na hora de pedir uma caneta emprestada. Daí, passei a rir menos, zoar mais, e não me importar com o que outros pensassem de mim.

–Nossa... –ele disse, ainda de boca aberta. –Você me parece o tipo de menina sincera, então... Promete guardar um segredo?

–Prometo.

–Eu não gosto da Natália. Para falar a verdade, nunca gostei. Só que ela é filha do Rubens Almeida. Ele é simplesmente o dono da maior filial de hospitais do Brasil! O meu pai é dono da segunda maior, e sempre quis que as duas filiais fizessem uma aliança, mas ele nunca toparia. Quando eu comecei a namorar a Natália, ele pareceu ficar mais interessado na proposta. Ou seja, esse namoro todo é uma farsa.

–Não pensei que você fosse capaz de uma coisa dessas. Tipo, sem querer ofender, mas pelo que ouvi por aí, você era apenas um garoto lerdo mentalmente e que tinha uma espécie de obcessão pela palavra gata.

–Bem, eu não sou burro. Na verdade, eu adoraria ser ator, por isso eu que dei a ideia de entrar no musical. E eu finjo ser burro para enganar a todos, e além disso, as meninas gostam de namorados mais burrinhos, pelo menos a Natália gosta. Ela acha que se for gato e rico, já ta bom.

–Claro... –disse irônica.

–Bom, de qualquer jeito, ignore tudo que eu já tenha dito ou feito com as suas amigas. É que quanto mais gente acreditar, melhor.

–Tudo bem.

Outro ‘terremoto’ aconteceu no elevador. A luz voltou a ser como antes, e não fraca como estava, e então a porta abriu.

–Foi bom te conhecer, Jennifer.

–Eu digo o mesmo. Quer dizer, foi bom conhecer o verdadeiro Ricardo.

–Rick! Aonde você tava, amor? –gritou Natália.

–Aqui mesmo, gata.

–Adoro quando me chama de gata.

–Eu sei, gata.

Olhei para trás, pela última vez, e vi os dois juntos. Dei uma leve bufada, e segui em frente. Assim que estava no corredor do meu quarto, olhei para a outra ponta, onde ficava o outro quarto de seis camas. 234. Era o quarto da Natália. A porta estava um pouco aberta. Era uma chance única de vingança. Segui até lá. Assim que abri a porta para poder entrar, na esperança de ele estar vazio, fui surpreendida por duas meninas. Elas estavam ouvindo música. Cada uma em sua cama. Entrei engatinhando, logo quando vi as coisas da Natália.

–Ouviu alguma coisa, Carter? –perguntou uma menina ruiva.

–Não, Stephanie. Agora me deixa ouvir a minha música em paz. -disse uma menina de cabelo escuro, com mechas coloridas.

Respirei fundo, e quando estava prestes a pegar a bolsa da Natália, senti uma mão me cutucando.

–Procurando alguma coisa? –perguntou uma menina ruiva, de sardinhas.

Morri de susto, assim que me levantei, reparei que a Catarina estava bem atrás da garota.

–Jennifer?

–Cat?

–Eu vim aqui pegar a letra de uma música do Peter Pan com a Laura quando te pegamos engatinhando aí. O que você ta fazendo?

–Jennifer! O que você está fazendo mexendo nas minhas coisas? –gritou Natália, ao entrar no quarto.

...

Ispiração para as características físicas do Rick:


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Notas finais do capítulo

Gente! Ta aí o nome do menino que me inspirou a fazer o Rick!
Diego Boneta (Drew- Rock of Ages)
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