Ao som dos Violinos escrita por Sra Marker


Capítulo 1
Prazer, essa sou eu!


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Decidi fazer uma história de romance dessa vez!!
Espero que gostem :3



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Nunca gostei dos garotos, para falar à verdade nunca gostei de ninguém, fosse menina ou menino e eles também nunca gostaram de mim, eu acho que é porque não falava direito ou pelo simples fato de eu ser feia... Claro né, quem gostaria de uma garota de cabelos cacheados e com os olhos de cores diferentes? Acho que ninguém... Até certo dia. Não me lembro de como aconteceu, só sei que foi em um dia de frio e nublado, estava voltando da biblioteca, além da escola, lá é onde eu passo a maior parte de meu tempo. Odeio minha casa e odeio lugares barulhentos. Lia todos os tipos de livros, o principal era de música, a clássica é simplesmente perfeita! Violinos, trombones, flautas... Tudo... Assim, lindo. Estava quase em casa, só precisava atravessar a rua, só isso, mas enquanto atravessava um motorista não viu o sinal vermelho e não freou! A última coisa que vi foi uma mão se estendendo e me puxando... Quando reparei, estava caída no chão no colo de uma pessoa que ainda era “misteriosa” para mim. Estava ofegante, pela primeira vez na minha vida vi a morte de perto.

-Você está ficando maluca menina?! Sua mãe não te ensinou a olhar a rua?! – era uma voz grave, mas muito boa de ouvir, mas logo notei que era um garoto.

-M-mas é... Claro... Não sou... Uma criança- disse bem baixo.

-Você não fala é?!

Certamente ele não tinha me ouvido... Mas não me importei apenas me levantei e limpei minha roupa. Não queria ficar por mais tempo...

-Hey! Menina dá pra responder ou não?! Pelo menos um “obrigado” seria bom!

-O-bri-ga-da. Melhorou?!- disse meio “gritando”, também não gosto de pessoas me cobrando...

-Hunf, melhorou! Mas espere, por que uma criança igual a você esta sozinha?

-Não sou criança... Tenho 16 anos... Estou indo, até...

- 16?! Uau! Ei, espere! Nem sei seu nome... E além de eu ter salvado sua vida né! Eu mereço saber! Espere-me passe seu celular, pra podermos conversar!

Antes mesmo de eu ouvir tudo, já havia saído de lá indo para minha “amada” casa... Mas ele me disse uma coisa antes de me distanciar por completo, pelo o que eu ouvi ele tinha dito um; “Até logo pequenina” ou outra coisa do gênero... “Pequenina” haha, tem graça... Ninguém nunca me chamou assim, nem mesmo minha família, mesmo sendo baixa para minha idade. Chegando a meu humilde lar tive muita tristeza de estar lá, bom eu sei que não expliquei nada sobre mim- exceto dizer o que odeio e o que amo... - só para você não brigar ou reclamar comigo, odeio minha casa e família por quê? Bom, tudo começou quando eu tinha o que... Uns oito anos? É oito, nessa idade minha mãe se casou de novo, já que meu pai havia morrido em um acidente de carro. Esse homem chamado Rafael, não era ruim, mas também não era bom ou um santo! Ele era policial, alto e barrigudo. Mas com o tempo, ele começou a ficar violento chato e muito “estranho” comigo. Ele bate em minha mãe às vezes e só por que ela não fez a janta, ou lavou os pratos... Comigo já é diferente, ele em todo esse tempo, só me deu um tapa no rosto por não ter dito que iria sair além de ele sempre me olhar “torto”, não gosto disso. Por isso odeio minha casa, está sempre um barulho lá gritos de minha mãe e meu padrasto, enquanto a odiar minha família é porque minha mãe nunca faz nada, nunca me deu carinho, amor e nem me ensinou algo do mundo, ou do meu próprio corpo! Quem sempre me ensinou foi meu pai, que me ensinou a cozinhar e ter amor pela leitura. E também à minha tia, ela me ensinou muitas coisas, até mais que minha mãe, na verdade considero-a como minha mãe, ela sim esteve presente em todos os momentos importantes para mim e me deu muitos conselhos...

-Por que veio tão tarde, Layla?- disse meu “amado” padrasto quando adentrei a casa.

Fechei a porta e dei os ombros e fui em direção à escada.

-Seu pai falou com você filha.

-Ele não é meu pai! Meu pai já faleceu e você não tem o direito de me chamar de filha... Dona Samantha.

-Ah Lala... Não trate sua mãe assim... Você deve muito a ela.

- Não me chame assim barrigudo, aproveite e fique quieto, você não tem opinião aqui nessa casa!- falei encarando-o nervosa.

-Layla! – disse minha mãe meio irritada.

- Boa noite “Família” irei pra cama sem janta.

Subi correndo as escadas e parei no meio do corredor, poxa! Por que eu preciso ficar quieta no meu canto?! Não posso falar o que eu penso mais? Já me cansei, meu pai morreu e que Deus o tenha, minha mãe é uma idiota que faz tudo o que Rafael pede, não vejo a tia Mel há um tempo e pra fechar com chave de ouro: não tenho amigos ou amigas... Minha vida é horrível... Andei até a porta do banheiro, precisava de um banho quentinho e relaxante. Liguei a água, tirei a roupa e peguei um mangá que tinha deixado lá outro dia, era meu preferido! Chama-se Angel Beats, adoro o mangá é tão legal, às vezes penso que quando morrer vou ter um final igual... Irei para essa escola, realizarei meus sonhos ter amigos e tudo mais...

A banheira finalmente encheu e entrei nela. Só queria relaxar um pouco os ossos, ficar longe da realidade e fingir que estou em outro mundo, nesse mundo têm muitos amigos, alguém que me ama, etc... Eu sei clichê de mais e você deve estar pensando porque eu não converso com as pessoas porque sou calada... Bom quando soube que meu pai havia falecido entrei em choque, por conta disso parei de falar, assim do nada. Mas com o tempo voltei a falar, mas bem pouco, meu vocabulário é extenso, mas não o uso... E cá estou uma garota gordinha, calada e excluída. Maravilha...

“-Ah... Como é boa a água quente... Queria ficar assim para sempre... Pena que não posso, há uma mulher ingênua e um homem barrigudo aqui e não me deixariam aqui. Porcaria...” – pensei comigo mesma mergulhando na banheira.

Até certo momento que me lembrei daquele garoto, que me impediu de não ser atropelada, meu coração repentinamente disparou! Eu me levantei e comecei a tossir já que havia me engasgado com a água... Nunca tinha me sentindo assim, mas lembrei-me do que minha tia Mel me disse um dia...

“-Tia Mel, o que é amor?

-Amor minha pequena? Hum... Amor é quando você começa há gostar de uma pessoa há gostar bastante, é também quando você quer ficar muito com essa pessoa, ficar ao lado dela pra sempre, entende meu bem?

- Então eu amo muito você!

-Haha, não é bem assim... Esse amor que você tem por mm, é amor familiar, você me ama porque sou sua tia.

-Como posso saber que eu amo alguém?

-Bom... Seu coração vai disparar só de você pensar nele ou estar perto dele, você vai ficar nervosa, suas bochechas ficarão vermelhas, e muito mais.

-Nossa, o amor é complicado...

-Hahaha, um pouco meu bem, um pouco... “

Depois disso, eu e minha tia Mel fazíamos biscoitos junto de meu pai, queria que ele estivesse aqui... E não, eu não só me lamento, mas hoje não é o melhor dia do ano, acho que minha mãe esqueceu, mas não me admira... Em meio a pensamentos, aquele garoto aparecia como um flash em minha mente! Que coisa persistente!

-E-eu não estou “amando” com certeza! Deve ser só... Só a lembrança de ter salvando-me... Mas deixei de pensar nisso, sai da banheira, enxuguei-me e colocando a toalha sobre meu corpo, como uma túnica, fui até meu quarto.

-Finalmente saiu em mocinha! – disse Rafael quando atravessava o corredor, em direção ao meu quarto.

Olhei friamente para ele, a fim de fazê-lo se calar.

-Ora, não me olhe assim docinho, sua mãe foi até o mercado e disse que iria demorar um pouco, voc-

-Não quero ouvi-lo, você me incomoda.

-Que garota mais persuasiva... Não destrate seu pai.

-Você nuca... Nunca, cof cof cof, vai ser, cof cof meu pai!- Comecei a tossir, isso acontece quando fico brava ou falo de mais, confesso que tenho um pouco de asma...

-Ah, sua asma atacou... Uma pena né, pequena?

-Ca- cof cof, calado!

Fui correndo pro quarto para pegar a bombinha, antes que eu caísse no chão por falta de ar... Finalmente achei a droga da bombinha, usei-a parecia um sopro de vida, era bom poder respirar, agora entendem um pouco melhor porque não falo? Porque acontece isso! –

Melhorou docinho? – disse Rafael com ironia.

-Sim, mas não graças a você...

-Não fale assim...

-Falo como quiser.

Ele se aproximou de mim e passando as mãos em meus cabelos disse com um tom de voz tão diferente do normal, que me assustou:

-É impressão minha... Ou você ficou... Mais desejável?

-Mas o que? SAIA DAQUI!- Eu o empurrei para longe, mas que droga era aquela?! “Mais desejável”?!

-Haha, o que foi docinho? Assustou-se?

-Saia! Cof cof cof, Agora! SAIA! Cof cof cof.

-Acho que não é impressão... Você pode ser pequena, mas é linda... – disse ele com um sorriso malicioso no canto da boca.

Eu fiquei frustrada e o enxotei de meu quarto, ele saíra rindo de minha reação, fiquei tão furiosa que tive outra crise de asma. Agora tinha certeza, ele deveria ter se casado com minha mãe só para se aproveitar de mim... Depois desse pensamento, tranquei a porta e fechei a janela. Depois fui me trocar, uma blusa preta, uma calça moletom cinza e um agasalho cinza... Fiz uma trança deixando-a do meu lado esquerdo e fui deitar com medo que aquele homem voltasse para meu quarto... Só queria poder dormir, poder esquecer o que ele disse.

“-Mas e se eu falasse pra minha mãe?! Não... Ela iria me bater e falar que eu sou culpada por ele não ama-la ou ela não irá acreditar em minha palavra... Minha tia Mel sumiu... Ela disse que iria viajar, mas para onde? Meus amigos, ah é não tenho... E aquele garoto...? Por favor, Layla! Você nem o conhece... E com sorte ele nunca mais irá cruzar seu caminho...” – pensei comigo mesma...

Tentando esquecer tudo, pequei minha mochila e fui fazer as lições de casa um pouco adiantada, com o tempo acabei dormindo e fui sonhando com o mar, meu sonho era conhecê-lo, ver suas águas limpas e azuis, junto com a areia branca. E fui sonhando, eu mergulhando no mar, correndo pela areia com uma pessoa, mas quem? O menino que me salvara do atropelamento, não tem chances de eu estar apaixonada por ele, nenhuma! Acabei acordando umas três horas da manha, com a luz acesa e meus cadernos na cama, guardei-os na mochila, apaguei a luz, voltei à dormir com a luz da lua e das estrelas preocupada com o amanha, com o que iria acontecer...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se sim deixe seu comentrio e se puder, falar o que est de errado e/ou o que precisa melhorar!
Valeu ♥
Beijinhos



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