The Best Day escrita por Sanyan


Capítulo 1
I had the best day with you today


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu nos últimos dias do mês de maio pra postar minha fic do desafio :'D Eu nem pensei que conseguiria, vi os dias passando enquanto estava procrastinando. Enfim, não ficou tão boa quanto eu esperava mas minha ideia inicial ainda foi mantida. Como foi escrita em cima da hora relevem um pouco (sério eu terminei de escrever ontem e só revisei meio corrido hoje então alguma coisa pode ter passado)
Boa leitura~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507206/chapter/1

Momoi segurava a porta de sua casa com as costas. Sentia o coração palpitar no peito e as bochechas extremamente quentes e rosadas. Do lado de fora, ouvia os murmúrios de seu amigo de infância. O som estava próximo, provavelmente ele também se encontrava diante da porta.

– Satsuki, por que toda essa encenação? – perguntou Aomine em um tom um pouco mais alto.

A rosada passou em sua mente tudo que acontecera naquela noite: era final de semana e ela apenas descansava no quarto quando ouviu o celular tocar. Era uma mensagem de Aomine que dizia simplesmente “Esteja pronta em vinte minutos, passarei aí”

“Idiota” ela dizia em sua mente. Ser tão espontâneo não daria sempre certo, nem mesmo para ele. Mas, como não fazia nada no momento, entrou no banheiro para tomar um banho e se arrumar como havia sido solicitada.

Aomine chegou a sua casa dez minutos além do anunciado, embora Momoi resolvera que não iria comentar. Estava bem vestido, algo bem diferente do que costumava usar quando os dois saiam casualmente para comprar alguma coisa – no caso Momoi arrastava o moreno para suas compras – ou para jantar.

– Está muito bem vestido, Dai-chan, qual o motivo?

Os olhos azulados em um tom escuro fitavam Momoi. Estavam entediados como sempre os via, mas podia perceber algo diferente naquela noite. Animação? Ele parecia um pouco mais animado para aquele encontro.

– Seus pais não estão? – perguntou, ignorando completamente a pergunta.

– Ah, não, parece que saíram para comprar algo e ainda não voltaram – respondeu a rosada. – Mas já deixei um bilhete dizendo que iria sair.

– Vamos indo então.

Momoi precisou fechar a porta às pressas e correr para se encontrar com Aomine, que já começava a virar a esquina. “Um grande idiota, realmente, nem ao menos espera a garota que chamou para sair.”

– Dai-chan, você ainda não me disse aonde vamos – bufou ao finalmente conseguir alcança-lo.

– Chamei Tetsu e os outros para um encontro no Maji Burguer. Preferia que fosse em outro lugar, mas Tetsu me convenceu dizendo que lá seria bom.

– Espere, por quê?

– É seu aniversário, não é? Vamos comemorar de novo.

A rosada virou o pescoço e levantou os olhos na direção do moreno ao seu lado. É verdade, era seu aniversário, mas a surpresa se dava por não conseguir acreditar que Aomine havia se lembrado. O mesmo Aomine que sempre era repreendido por esquecer. Naquela mesma data em todos os anos Momoi simplesmente se aproximava dele na escola com as mãos nos quadris e o encarava enquanto estava deitado no telhado ou largado em algum outro canto de forma preguiçosa. O encarava até que ele arqueasse uma sobrancelha e perguntasse de forma irritada: “O que foi?” e Momoi replicava algo como “É meu aniversário, Dai-chan, você já deveria ter dado os parabéns.” Aomine simplesmente bocejava e murmurava um “Parabéns” que parecia deixar a garota um pouco satisfeita.

Era natural que seu amigo de infância se esquecesse. No começo Momoi acreditava que o faria se lembrar em algum ano depois de tantas repetições. Mas há um tempo desistira e apenas deixava passar. Mas foi nessa época que estava na Teiko e os rapazes sempre organizavam uma celebração com todos presentes.

E dessa vez era Aomine quem se lembrava.

– Ei, Satsuki, o que foi? Está me encarando com uma cara estranha por cinco minutos. – o moreno a tirou de pensamentos.

Momoi riu.

– Estava lembrando os velhos tempos e de como você sempre esquecia meu aniversário. Você realmente cresceu, Dai-chan.

Aomine bufou, mas não respondeu nada. Voltou o rosto para frente e continuou andando. Andaram em silêncio até seu destino. O silêncio entre os dois foi quebrado assim que atravessaram as portas do Maji Burguer. Basicamente porque Kise se lançara sobre eles anunciando as felicitações animadamente. Aomine o empurrou para o lado com a mão e Momoi pode ver o restante da Geração dos Milagres. Diferente de Kise, todos estavam sentados em seus lugares. Murasakibara devorava os doces que trazia consigo, Midorima arrumava os óculos sobre o nariz enquanto trocava palavras curtas com Akashi, que se sentava ao seu lado com os braços cruzados e olhos fechados. Kuroko foi o único que levantou o olhar para ela.

– Ah, Momoi-san.

Os olhares dos outros também se voltaram para a rosada, percebendo sua chegada. Para outra pessoa, poderia parecer que os meninos não a tratavam com educação, mas Momoi sabia que não era o caso. Era assim que se encontravam antigamente, era normal, e a nostalgia enchia seu coração de uma forma que a fez sorrir abertamente para todos.

– Obrigada por virem – disse apenas.

O resto da comemoração seguiu como normalmente deveria seguir. Momoi não se importava por não receber felicidades pessoalmente de cada um dos garotos, sabia que, apenas por estarem ali, preocupavam-se com ela. Todos conseguiam conversar normalmente sobre o que acontecia nos times que agora estavam e sobre como se preparam para o próximo torneio. Mas sem muitos detalhes para não informar demais os adversários.

Sentia-se feliz por todos estarem ali e não escondia os sorrisos durante todo o encontro. Mesmo que precisasse ignorar os olhares que Aomine lhe lançava do outro lado da mesa. Não que fossem olhares repreendedores, ele apenas parecia curioso, considerando quanto tempo não a via se divertindo assim.

O encontro acabou antes que Momoi pudesse perceber. Quando deu por si, seus amigos começavam a se despedir alegando que estava ficando tarde. Não queria se sentir triste, mas não queria que tudo acabasse tão rápido. Tentando esconder a tristeza que sentia, sorriu aos amigos e pediu que tomassem cuidado com a volta para casa.

♡♡♡

– Vamos fazer isso mais vezes, não precisa ficar com essa cara de choro – murmurou Aomine quando saíram do estabelecimento. Depositara a pesada mão na cabeça da rosada e a afagava levemente.

– Não estou com cara de choro – retrucou Momoi com o olhar fixo no chão.

Tentara de todas as formas esconder aquele olhar triste, mas parecia que não podia fugir de Aomine. Certamente que não podia, estava ao seu lado desde a infância e já se conheciam perfeitamente. Mas queria que ele não a conhecesse por um momento, pelo menos naquela noite. Não queria se mostrar ingrata com a surpresa que o outro havia preparado, mas não podia evitar que seu coração fosse tomado pela saudade dos velhos tempos.

Nenhum dos dois insistiu naquele assunto até que chegassem à casa de Momoi. A rosada andara todo o percurso com o olhar ainda fixo no chão, por medo que fosse mais denunciada. Mesmo que talvez estivesse escuro o bastante para ter seu rosto escondido.

Momoi apenas levantou o olhar quando se viu diante de sua porta. Virou-se para ficar de frente para Aomine e deixou as palavras que guardara consigo durante toda a noite saíssem:

– Obrigada, Dai-chan – sussurrou com a voz quase inaudível. – Eu me diverti muito e foi ótimo passar o tempo como antigamente. Foi uma ótima noite de aniversário.

E sorriu com seu sorriso mais sincero. Pensou que Aomine bufaria como sempre e murmuraria um “De nada” antes de dar-lhe as costas e se afastar. Mas viu-o se inclinar sobre ela e juntar seus lábios em um beijo que durou menos de um segundo, mas fez correntes elétricas percorrerem todo seu corpo.

O corpo de Momoi pareceu criar vontade própria assim que se separaram do beijo, mas não se lembrava de ter corrido para casa e batido a porta atrás de si, deixando Aomine do lado de fora. Agora se encontrava com as costas prensadas na porta e tentando normalizar a respiração e os batimentos cardíacos.

E agora Aomine reclamava por ela estar fazendo encenação e por ter fugido. Ela fugira? Realmente poderia colocar daquela forma, mas não fora por vontade própria. Talvez houvesse se surpreendido, apenas isso, mas não queria rejeitar o moreno, não mesmo! Ainda mais depois da linda noite que ele lhe proporcionara. Mas não esperava que aquilo fosse acontecer.

– Oi, Satsuki, se quer me dispensar era só falar antes de se esconder dentro de casa – Momoi podia perceber o tom de sempre, mas com certa seriedade e o que parecia... mágoa?

Ouviu o moreno suspirar e o som de seus passos começando a se distanciar. Sabia que deixá-lo agora significava nunca mais tê-lo. E não poderia aceitar aquela ideia.

Antes que seu corpo a impedisse, abriu a porta em um movimento brusco e correu até onde Aomine estava – não tivera tempo de se distanciar tanto, então não precisou de muito esforço – e segurou-o pelo pulso.

Aomine virou o pescoço para que pudesse fitá-la com as sobrancelhas arqueadas.

– Eu não quero que você me entenda errado, Dai-chan – disse com a cabeça baixa para escapar de seu olhar. – Eu não fugi por ter te dispensado.

O moreno esperou que ela continuasse.

– Eu gosto muito de você.

E silêncio novamente. Momoi encontrava-se muito envergonhada para levantar o rosto e exibir as bochechas coradas e Aomine apenas esperava que ela fosse completar algo. Os minutos silenciosos pareciam tortura para a rosada que já começava a se questionar se agira de forma sensata ao sair de casa.

– Você é uma mulher bipolar, Satsuki – grunhiu Aomine, por fim, passando a mão pelo cabelo azul escuro.

– E-Ei, não foi assim que planejei uma declaração de amor e você é um idiota, Dai-chan! – gritou Momoi, levantando o olhar para encarar o amigo de infância da forma irritada que lhe era tão comum.

– As garotas não costumam fugir quando recebem um beijo.

Podia ver o maior revirando os olhos mesmo no escuro e aquilo ferveu ainda mais o sangue em seu corpo.

– Você não precisava me beijar de repente!

– Você estava parecendo triste. E sempre dava certo em filmes – Aomine adicionou a última parte desviando o olhar, aparentemente envergonhado.

Momoi piscou. Em seguida explodiu em risadas, curvando seu corpo sobre o estômago.

– Não acredito que esteve assistindo filmes de romance, Dai-chan.

– Cale a boca, estava tentando ser romântico. – retrucou Aomine, mas sem conseguir esconder o sorriso que surgiu no canto de seus lábios.

Para alguém que assistisse a cena, parecia impossível dizer que eram as mesmas pessoas. Passavam momentos em silêncio, surpreendiam um ao outro, criavam discussões falsamente sérias e riam juntos. Tudo porque a relação deles era daquela forma e nenhum dos dois pensava em mudá-la.

– Ei – o moreno chamou a garota que terminava as últimas risadas, fazendo-a voltar a levantar o rosto para ele. – Tente não fugir dessa vez, ou vou embora de verdade.

E se inclinou para beijá-la novamente. E ela não fugiu naquele momento. O abraçou pelo pescoço e deixou que o beijo se aprofundasse enquanto ele a abraçava pela cintura e a puxava para mais perto.

Essa era a relação deles, uma relação bipolar aos olhos de Aomine, mas que lhe era perfeita. Porque desde que Momoi estivesse feliz como naquela noite era o suficiente para ele.


And I didn't know if you knew

So I'm taking this chance to say

That I had the best day

With you today


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Com direito a música da Taylor que decidi colocar nesse finzinho ♥
Enfim, mesmo que eu tenha enrolado horrores com isso e pudesse ter feito algo muito melhor me desculpo já por minha preguiça ;u; mesmo que a Pepper e a Mari sambem me mim ainda espero que tenham aproveitado, eu estou feliz por ter conseguido escrever isso e e não deixem de comentar ♥ *some no ar*