O acampamento ceifador - Interativa escrita por Nisameto no Yutai


Capítulo 5
Penas e presas... ocultas pela Luz


Notas iniciais do capítulo

Hey povo :D Estreando aqui como coator ~ le torcida vibrando como se fosse gol o/ Apenas para que todos saibam, participo dessa fic como o anjo caído Lucian Von Noxer, ou o Luke, mencionado por Kailon em alguns capítulos. Espero que curtam a leitura tanto quanto eu curti escrever este capítulo :D



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Capítulo 5

POV – Lucian Von Noxer

Assim que me levantei da cama, senti algo ruim rondando o acampamento. Saí de minha tenda e vi Kailon encarando uma humana. Mas não era qualqer uma… Concentrei um pouco de minha energia e olhei novamente para ela. Sua aura fedia à pior espécie de humanos: os Hunters.

Kailon já lidara com esses humanos diversas vezes, mais até do que eu. Ele saberia se virar. Mas o sentimento estranho que tomara conta de mim quando acordei ainda não havia desaparecido. Algo realmente ruim rondava o acampamento. Pensei brevemente em avisar ao Sr. C, mas ele provavelmente já sabia o que estava acontecendo.

Andei pela fronteira sul do acampamento, bem longe da cidade humana. Depois de sair da floresta que me cercava cheguei perto das ruínas de uma antiga igreja. A luz do lugar ainda envolvia as pedras gastas e as estruturas tortas e caídas.

Sorri ao me lembrar de todo o tempo que passei com o grande Rafael, em meu treinamento como anjo. Mas este mesmo sorriso morreu quando me lembrei do motivo que me fizera cair. Eu ainda estava ligado à alma de minha amada Sasha. Luxúria é algo que nem humanos, nem anjos deviam brincar.

Saí de meus devaneios e percebi que alguém me observava. A luz da igreja fora maculada por alguém… inusitado. Era uma mulher alta com cabelos vermelhos e escuros, os humanos chamam essa cor de acaju… por razões estranhas a mim. Ela vestia um corpete de couro preto, calças justas da mesma cor, botas longas e uma blusa branca com mangas folgadas que emoldurava seus ombros.

Meu coração gélido começou a derreter no instante em que a vi. Mas logo percebi que não era uma pessoa comum. Sua aura era da mesma cor que os cabelos e cheirava a… sangue. Maldição! Uma vampira! Sibilei e estalei os dedos. Um chicote prateado apareceu em minha mão direita.

— Identifique-se imediatamente! — ordenei a mulher que me encarava com um misto de sarcasmo e diversão.

— Ora, ora — a doce voz da mulher encheu o ar. Droga, eu não podia cair em suas artimanhas de hipnose! — É só uma menina inocente como eu aparecer nesta igreja, e já vem um Caído reclamar o lugar para si? Quanta pretenção…

— Não estou aqui para discutir — mantive minha voz em um tom calmo, embora minha vontade fosse arrancar a cabeça daquela sugadora de almas. — Ordeno que diga seu nome!

— Ah, meu querido — ela sorriu ainda mais e revelou seus dentes brancos. Seus olhos ficaram vermelhos e ela tirou duas pistolas brancas de seu cinto. — ninguém me ordena absolutamente nada!

Ela partiu para cima de mim com as pistolas na frente do corpo. Vampira burra, não sabe nem usar uma arma sagrada. As balas pararam a centímetros de meu peito. Com um gesto simples de minha mão direita fiz as esferas de titânio derreterem.

— Eu também tenho meus truques — Pulei e planei acima de minha inimiga. Meus olhos ficaram vermelhos e minha forma escureceu, deixando apenas um triângulo que envolvia três círculos concêntricos brilharem e arderem em meu peito.

A dor não me incomodava mais, não depois de conviver durante décadas com ela. A vampira chiou e tentou me alcançar com seus pulos. Era minha vez de sorrir. Estiquei minhas asas azuis e comecei a batê-las na direção da elegante mulher com as pistolas. Um redemoinho se formou ao seu redor e a elevou até ficar no meu nível.

Guardei meu chicote na cintura de minha calça preta e estiquei as mãos. As pistolas brancas voaram na minha direção e eu as apanhei. Desci e fiz a vampira descer também.

— Vou te poupar de algumas hora de sofrimento por um corte profundo de meu chicote de prata — usei o mesmo tom sarcástico da moça — e vou mudar minha pergunta. Onde conseguiu estas armas?

— Isso não te interessa. ARGH! — ela berrou quando levantei minha sobrancelha esquerda e fiz o ar perto dela ficar cheio de nitrato de prata, algo letal para qualquer criatura com a maldição da lua. — Está bem, está bem! Roubei de um padre que estava saindo desta igreja. Beber o sangue dele não foi minha melhor escolha, mas era isso ou enfrentar um bando de humanos estúpidos atrás de mim.

— Vejo que tem bom senso — fiz o ar voltar ao normal, mas tirei meu chicote e o estiquei, provocando uma onda de som que fez a vampira se contorcer. — Agora, voltemos à minha questão inicial: Qual é o seu nome?

— Leona. Leona Carlini — ela me olhou com uma expressão cheia de ódio.

— Carlini? — cortorci meus lábios. — Já ouvi esse sobrenome. Não era de um reino remoto que sumiu do mapa? Ele e seus habitantes inúteis… pena que foram massacrados pela mesma raça a qual você pertence agora. Presumo que foi transformada pelo líder deles, não é?

— C-Como você sabe? — ela tremeu ao perceber que eu lera sua mente.

— Simples — sacudi os ombros. — Você usa um anel caro demais para uma moça de seu porte. Seus reflexos são de alguém que pratica a arte do roubo desde… sempre. Não é de se esperar, já que o lugar onde você viveu era pequeno e fedido. E… você mente muito mal.

— Como é? — ela tentou avançar. Estalei meu chicote e agarrei as pernas de Leona. Ela soltou um berro e caiu.

— Não banque a esperta comigo — esqueci de voltar a minha forma normal. O símbolo em meu peito nu desapareceu e meus olhos voltaram ao tom castanho de sempre. — Vivi muitas décadas nas margens da sociedade humana, para aprender tudo sombre os mais diversos tipos de pessoas.

''Ser expulso do Céu, que meus amigos me concedma perdão, tem suas vantagens. Vocês não passam da escória das criaturas que rondam a noite. Conheci lobisomens mais fortes que você, e nem por isso deixei de respeitar todos que enfrentei. Levante-se! Detesto ver uma mulher aos meus pés.''

Ajudei a vampira a se levantar e caminhei com ela até o acampamento. Ela me contou que um vampiro a ajudou a chegar nas fronteiras da floresta. Eu conhecia a alma mole que tinha feito aquilo. Durante algum tempo conversamos e trocamos risadas. Aos poucos, meu coração se libertava da prisão de gelo que eu havia construído ao longo dos séculos que vivi.

Minha querida Sasha tinha a mesma cor dos cabelos de Leona, ou Lena, como gostava de ser chamada. Minha pobre menininha morrera em um acidente de carro, dois séculos depois de Lena nascer. Pode-se dizer que em termos cronológicos, ela era mais antigo do que eu. Mas nenhum vampiro sabia das coisas que eu, como Caído, sabia.

O Sr. C sorriu ao me ver entrando com Lena em sua tenda. Arrumei meus cabelos e limpei a poeira que se acumulava em meu torso descoberto. Não tive notícias de meu caro amigo Kailon, mas tinha certeza de que tudo estava bem.


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Notas finais do capítulo

E então? Curtiram? Só para reforçar, eu percebi que muitas vagas ainda não foram totalmente preenchidas, tipo as duas de lobisomem (vagas unicamente masculinas) e a solitária vaga de gárgula. Come on guys! Vamos agitar essa fic! Falem com o amigo, o primo o papagaio e o cachorro, é muito importante a participação de vocês. De minha parte, vou usar as redes sociais para a divulgação, mas acho que não dói nada fazer um comentário com pessoas que curtem fic interativa, certo? Bem, já escrevi demais :P até o próximo capítulo, meu povo!!



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