Lydia surgiu na minha frente, usando uma enorme roupão, os cabelos ruivos presos no alto da cabeça por uma piranha. Ela me olhou surpresa. Não me importei, entrei na casa a empurrando da porta pela cintura e colei meus lábios ao deles, completamente desesperado e aliviado.

–Stiles –Ela me chamou em meio ao beijo, mas eu não me importei.

–Pensei que tinha te perdido. –Sussurrei em meio ao beijo –Pensei que... nunca mais veria você... pensei.

–Xi... –Ela sussurrou separando os lábios dos meus e me olhando. -Do que você esta falando? Eu... estou aqui, esta tudo bem. Você fugiu do hospital? O que aconteceu?

–Eu... não exatamente, Pitiless foi até o hospital, tentou me matar e quase conseguiu, ele me fez ver... ele... eu achei que estivesse morta, foi tão real, tão real. –Sussurrei desesperado colando novamente nossos lábios por um instante.

–Ta tudo bem, eu estou bem Okay.

–Você não atendia o celular. –Eu disse.

–Eu... estava no banho. Ela disse enquanto nos encaminhava para o sofá. –Agora, me explica isso direito, como assim você achou que eu estivesse morta?

–Pitiless foi até o hospital e... me fez ver coisas, eu vi, você ali morta e... parecia tão real. Ouvi Scott chamar e ele e Melissa estavam ali me olhando assustados. Scott disse que quando ele e Derek chegaram Pitiless estava prestes a me matar, e que eu pedia desesperado para que ele me matasse.

–O que? Você...

–Eu sei, mas... eu estava pensando e... acho que finalmente entendemos como tudo isso funciona, acho que quando Pitiless esta ali brincando com a mente da pessoa, ela não tem noção do que diz exatamente, é como se tivesse em transe.... eu não sabia o que estava dizendo, só soube por que Scott me disse.

–E como eles sabiam que você estava la com Pitiless?

–Não sei, não tivemos tempo de falar sobre isso.

–An... –Minhas mãos ainda estavam na cintura dela, brincando com a ponta do nó de seu roupão, olhei em volta, a casa estava silenciosa e quase toda apagada. –Cadê sua mãe?

–Saiu com um cara. –Disse Lydia, mordeu os lábios levemente.

–Ham... Então... Estamos sozinhos?

Ela me deu um sorriso travesso.

–Sim. –Sussurrou roçando os lábios nos meus, mordeu meu lábio levemente. Ficamos nos olhando intensamente por alguns segundos. A beijei com vontade e de um jeito que acho que nunca fiz antes. Apertei mais sua cintura, nossas línguas exploravam a boca um do outro e Lydia começava a puxar minha camiseta para cima, não demorou muito para eu já estar sem ela. Caminhamos até as escadas e subimos degrau por degrau lentamente sem nos soltarmos nem um segundo, alternando os beijos entre os lábios e o pescoço, as mãos, de ambos, explorando e buscando por mais. Chegamos em frente de uma das portas que Lydia abriu.

–Espera. –Ela sussurrou. –Stiles, você acabou de sair do hospital, tem certeza de que esta bem?

–Estou ótimo.

–Ótimo –Ela disse.

Tirei os sapatos e Lydia desabotoou minha calça, e eu a tirei. Finalmente desamarrei o nó de seu roupou e ele escorregou pelos seus ombros até cair no chão. Por ter acabado de sair do banho ela estava nua.

–Ann... é... vo - você é linda.-Eu disse.

Ela sorriu.

–Obrigada. –Seus braços foram para trás do meu pescoço e ela novamente selou nossos lábios. Suas mãos desceram lentamente até a barra da minha cueca e ela tirou. Pegou algo de cima da cômoda, caminhamos até a cama e deitamos nela, Lydia estendeu o preservativo para mim. O coloquei meio nervoso. Trocamos mais beijos, mais caricias mais pegadas, mais provocações.

Lydia envolveu as pernas em volta da minha cintura. Entendi aquilo com um sinal. Logo estávamos unidos e no nosso ritmo até que estivéssemos satisfeitos e cansados. Lydia deitou a cabeça no meu peito e fechou os olhos. Fechei os meus também, aproveitando o momento.

–Eu te amo. –Lydia sussurrou.

–Eu te amo. –Sussurrei de volta.

Lydia me olhou e sorriu.

– Tem certeza de que não fugiu do hospital?

–Não fugi, mas tenho que voltar para la pela manhã. –Acariciei a bochecha dela com o polegar. –Perdi a cabeça quando achei que você... tinha morrido, eu... vi seu corpo, eu senti ele gelado, vi seus olhos sem vida. Foi horrível, perdi a cabeça.

Ela se aconchegou mais ao meu corpo.

–Esta tudo bem, eu estou viva, estou bem, estou aqui com você.

–Eu sei, agora, é só que... se alguma coisa acontecer com você...

–Nada vai acontecer comigo, prometo.

Ficamos ali, nos olhando até que caímos no sono.

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POV Lydia

–Deita ai. –Disse Melissa para Stiles.

–Mas...- Mas nada Stiles, fizemos um acordo, te deixei ver Lydia agora você volta para o hospital, olha só, já esta tarde e você voltou mais pálido do que foi. Quer ficar bom a tempo pra ir na armadilha maluca que você estão armando pra... aquela coisa? Deite e obedeça.

Stiles bufou e deitou na cama. Melissa furou a veia dele novamente colocando o tubo que lhe fornecia soro.

–Parece que você esta bem, mas não esta, olha, ainda nem cicatrizou o machucado direito, se você ficar com rebeldia vai piorar e ficar aqui o mês inteiro.

–Okay, Okay, vou ficar quieto.

–Ótimo. Vou buscar o seu almoço.

–Aquela comida horrível não!

–As cozinheiras agradecem a sua gratidão por elas fazerem uma comida que não te mate. –Ela respondeu.

–Que drama. –Ele sussurrou enquanto Melissa saia do quarto.

–Fica de olho nele. –Ela me disse.

–Pode deixar.

Caminhei até a cama de Stiles.

–Você parece criança. –Ri.

–Claro, por que não é você que esta a dias deitado sem poder fazer nada e comendo aquela comida horrível.

Alguém bateu na porta e Scott apareceu.

–Conseguimos, tudo pronto para a armadilha. –Ele disse.