Supernatural escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 4
Capítulo 4: O Fantasma Viajante


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... ^.^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/50673/chapter/4

Em um aeroporto... Um homem está inquieto, nervoso porque vai viajar de avião, se levanta e vai até o banheiro, lava o rosto em uma das torneiras, outro homem de blusa azul entra, pega papel e olha o homem que está lavando o rosto.

- Medo de voar? – pergunta ele.

- Muito óbvio, não é? – responde o outro.

- Quais são as chances de se morrer em um acidente? Uma em vinte mil. – diz o de azul. O outro o olha com preocupação.

- Uau. É uma probabilidade muito pequena, obrigado. – diz e lava o rosto novamente. O homem de azul sai. De repente uma areia preta sai do ar condicionado e sobrevoa pelo banheiro, o homem levanta a cabeça e vê a areia, se assusta e olha paralisado. A areia entre em seus olhos.

No avião...

- Obrigado. Amanda, como está indo hoje? – diz um comandante para outro e em seguida fala com a aeromoça.

- Eu estou indo bem, Chuck. – ela responde e em seguida recebe as pessoas que entram no avião. – Bem-vindo. Assento 15C, em direção ao final do avião à direita.

O passageiro agradece e se dirige para seu lugar no avião. O homem de antes que estava no banheiro entra no avião. Amanda o recebe.

- Tenha um bom vôo, senhor. – ela diz. Ele se vira para Amanda, seus olhos estão inteiramente pretos.

- Oh, estou contando com isso. – ele responde a ela. Amanda se assusta, mas pensa ter visto errado e se vira para receber os outros passageiros. Depois que todos entram, o avião decola. Um tempo se passa.

- Com licença. – diz o homem misterioso de antes a uma mulher sentada ao seu lado. – Sabe a quanto tempo estamos voando?

- A uns 40 minutos. – ela responde.

- Uau. O tempo voa mesmo. – ele diz. – Com licença, preciso esticar as pernas.

O homem se levanta e vai até o final do corredor ao lado da saída de emergência. Um garoto que está sentado atrás dele o olha desconfiado. O homem põe a mão na maçaneta de abrir a porta.

- Ei, o que diabos está fazendo?! – o garoto berra. O homem olha para o garoto com os olhos inteiramente pretos. O garoto se assusta, em seguida o homem abre a porta de emergência e é jogado para fora do avião pelo vento forte. Uma das asas traseiras do avião se parte, com isso o avião começa a cair, todos se apavoram e começam a gritar. Máscaras de oxigênio caem para que os passageiros as usem. O avião cai cada vez mais rápido.

...

Em um motel... Dean dorme em uma das camas, em seguida entram duas pessoas no quarto. Dean abre os olhos, põe a mão de baixo do travesseiro, onde guarda uma faca por precaução, as duas sombras se aproximam do quarto, Dean se vira com tudo para os dois desconhecidos.

- Hora de acordar, Bela Adormecida. – diz Sam ao irmão. Jane deixa três copos de café em cima da mesa de canto.

- Que horas são? – Dean pergunta a eles.

- Umas 05h45min. – responde Jane.

- Da manhã?! – Dean pergunta jogando a cabeça novamente no travesseiro.

- É. – responde Jane.

- Que Ótimo! – diz Dean irritado e com sono, enquanto se levanta. Olha para os dois. – Vocês não dormiram ontem à noite?

- Por algumas horas. – responde Sam.

- Mentiroso. – diz Dean ao irmão. – Eu acordei lá para umas três horas... – começa Dean. -... E vocês estavam assistindo ao comercial do George Forman Grill.

- O que posso dizer? É bem interessante. – diz Sam com um sorriso.

- Bom, eu queria dormir, mas não conseguia. – Diz Jane olhando brava para Sam se referindo ao barulho da televisão.

- Quando foi a última vez que você dormiu direito? – pergunta Dean ao  irmão.

- Eu não sei. A algum tempo, não é nada de mais. – responde ele.

- É sim. – retruca Dean.

- Eu entendo que esteja preocupado, mas... – começa Sam.

- Eu só estou preocupado com você. – interrompe Dean. – O meu trabalho é nos manter vivos, e para isso precisamos dormir.

Sam concorda com a cabeça.

- Sério, você está tendo pesadelos sobre a Jessica? – continua Dean. Jane olha para Sam. Este olha para os lados e senta na cama ao lado do irmão. Jane se senta em uma cadeira perto dos dois.

- É. – responde Sam a ele. – Mas, não só sobre a Jessica, sobre tudo. Eu tinha esquecido que esse trabalho iludi a gente.

- É só matar o que tiver de ruim e voltar para casa. – diz Dean a ele.

- Não é tçao simples assim. – diz Jane ao mais velho.

- Então, tudo isso, nunca te deixou acordado à noite? – pergunta Sam. Dean responde negativamente com a cabeça enquanto bebe o café.

- Nunca? Você nunca teve medo? – pergunta Jane também.

- Não, na verdade não. – responde Dean. Jane e Sam dão um riso sarcástico. Jane tira a faca de baixo do travesseiro de Dean. Este revira os olhos.

- Isso não é ter medo. – reclama ele tirando a faca da mão de Jane. – É precaução.

- Tanto faz. – responde Sam. – Esquece.

O celular de Dean toca, ele olha para quem está ligando na tela do celular e olha para Sam com uma cara estranha.

- Alô? – pergunta Dean.

- Dean? Aqui quem fala é Jerry Panowski. Você e seu pai me ajudaram há alguns anos. – diz o homem na outra linha. Dean pensa por alguns segundos.

- Ah! Na Pensilvânia. O problema com um poltergeist. – lembra Dean. – Ele não voltou, certo?

- Não, não. Graças a Deus, não. – responde o homem. – Mas é outra coisa, e eu acho que pode ser pior.

- O que? – pergunta Dean ao homem com uma expressão séria. Jane e Sam mudam de expressão também.

- Podemos conversar pessoalmente? – pergunta o homem a Dean. Este desliga o celular em seguida.

- Temos que ir. – diz ele. Os três pegam suas coisas e deixam o motel.

...

Depois de um tempo eles se encontram com Jerry em uma construtora de aviões, enquanto andam começam a conversar.

- Obrigado por fazerem a viagem tão rápido. – agradece Jerry e se vira para Sam. – Ainda bem que estavam por perto. Dean e seu pai me ajudaram muito.

- É, ele me disse. Foi um poltergeist? – pergunta Sam a Jerry.

- Poltergeist? Eu adoro esse filme! – brinca um rapaz que passa andando na frente deles.

- Ninguém está falando com você, continue andando. – diz Jerry ao rapaz, em seguida se vira para Sam novamente. – Sim, era um poltergeist. Praticamente dividiu nossa casa ao meio. Eu digo uma coisa, se não fosse por Dean e John, eu provavelmente não estaria vivo.

Jerry da um sorriso para Dean.

- Seu pai disse que você desistiu da faculdade, é verdade? – pergunta Jerry à Sam.

- É, eu estou dando um tempo. – responde Sam a ele.

- Ele tem muito orgulho de você. – diz Jerry. Jane olha seriamente pata Jerry. – Fala de você o tempo todo.

- Ele falava? – pergunta Sam.

- Pode apostar que sim. – responde Jerry. – A propósito, eu tentei falar com ele, mas não consegui. Como ele está indo?

- Ele... – começa Dean. – O trabalho está tomando conta dele.

- Bom, a gente perde o velho e ganha o Sam. Troca perfeita uh? – comenta Jerry sorrindo.

- Não, eu não sou tão bom. – responde Sam.

- Bom, e quem é essa linda jovem? – pergunta Jerry se referindo olhando para Jane.

- Jane, prazer. – ela se apresenta apertando a mão do homem. Este lhe da um grande sorriso.

- O meu é Jerry e o prazer é todo meu. Mas, como vocês se conhecem? – continua Jerry.

- No meio de uma caçada... Totalmente por acaso. – Jane explica.

- É, eles tem sorte de ter uma parceira tão bonita como você, espero que a estejam tratando bem e com respeito que merece. – Jerry diz olhando seriamente para Sam e Dean. Jane lhe da um sorriso e confirma com a cabeça. – Ótimo. Bom, aqui está algo que quero que escutem.

Jerry seriamente muda de assunto e entra numa sala, em seguida põe um toca-fita para escutarem.

-Escutem isso. – continua Jerry. – Normalmente eu não teria acesso a isso. É uma cópia do gravador do vôo 2485. É um dos nossos.

A fita começa a rodar.

- Mayday! Mayday! Aqui é o capitão do vôo 2485. Algo nos atingiu. Estamos pedindo ajuda para o vôo 2485. – diz o piloto. – Mayday! Vamos bater!

Jane, Sam e Dean se olham curiosos .

- Saiu daqui e caiu a 3200 km. – explica Jerry aos três. – Eles estão dizendo que é um problema mecânico. A cabine abriu de algum modo. Ninguém sabe o porquê. De 100 pessoas a bordo, sete sobreviveram. O piloto é um deles, seu nome é Chuck Lambert, ele é um grande amigo meu. Bom, ele está bem abalado. Como se fosse culpa dele.

- Você não acha que foi? – pergunta Sam a Jerry.

- Não, eu não acho. – responde o homem.

- Hum... Jerry, nós vamos precisar das cargas dos passageiros, uma lista dos sobreviventes... E vamos precisar dar uma olhada nos destroços. – pede Jane.

- As outras coisas tudo bem, mas os destroços... – diz Jerry a ela. – a policia fechou o local como evidência. Não tem como vê-los.

- Sem problemas. – diz Jane com um sorriso.

...

Um tempo se passa... Sam e Jane esperam por Dean no carro.

- O que viemos fazer aqui? – pergunta Sam à ela.

- Você vai ver. – Jane olha na direção de Dean que sai de um prédio. Este se aproxima deles.

- Porque demorou tanto? – pergunta Sam a ele.

- Não se pode apressar a perfeição. – responde o irmão com um sorriso. Em seguida ele entra no carro e entrega a cada um seus distintivos.

- Segurança interna? – pergunta Sam olhando o distintivo em sua mão. – É ilegal. Até mesmo para nós.

- Precisamos de algo novo, que as pessoas não tenham visto milhares de vezes. – responde Dean voltando sua atenção para o comentário do irmão. – Então, o que nós sabemos?

- Bom, há definitivamente um EVP na gravação, ouçam. – responde Sam mostrando um som de dentro do avião 2485. Uma voz estranha e grossa como a de um espírito fala no som. ‘’ Sem sobreviventes. ‘’

- Sem sobreviventes? – repete Jane. – Há sete sobreviventes.

- O que vocês acham? Algum tipo de voador? – pergunta Dean à eles.

- Há uma longa história de espíritos e agouros em aviões e navios, como fantasmas viajantes, ou como aquele do vôo 401. - Comenta Sam.

- É, aquele que bateu e usaram as peças em outros aviões. – comenta Jane. Sam concorda com a cabeça. – Os espíritos do piloto e do co-piloto foram algumas dessas partes.

- Exato.. – diz Sam. - Talvez seja algo parecido. Certo... Jane me dê a lista de sobreviventes, por favor.

Jane o entrega a lista.

– Com quem vamos conversar primeiro? - pergunta

- O terceiro da lista. Max Jeffy. – responde Jane, olhando para a lista na mão de Sam.

- Porque ele? – pergunta Sam.

- Primeiro, porque ele está mais perto... E segundo, se alguém viu algo estranho, foi ele. – responde Sam.

- Como assim? – pergunta Dean à ela.

- Eu perguntei à mãe dele. – responde Jane a eles. – E ela me disse onde encontrá-lo.

No hospital psiquiátrico...

- Eu não entendo. Eu já falei com a segurança interna. – diz Max aos três.

- Certo. – diz Jane a ele. – Acontece que faltou informação, então precisamos que responda a algumas perguntas.

Max olha para Jane e concorda com a cabeça.

- Antes de o avião bater, você viu alguma coisa... Incomum? – pergunta Sam ao rapaz.

- Tipo o que? – pergunta Max.                                                          

- Luzes estranhas, barulhos esquisitos, talvez. – responde Dean no lugar de Sam. – Vozes.

- Não, nada. – responde Max. Os quatro se sentam em uma das mesas do jardim do hospital.

- Sr. Jeffy. – começa Jane.

- Só Jeffy, por favor. – diz Max a ela. Dean revira os olhos.

- Jeffy, você se internou aqui, certo? – pergunta Jane a ele. Ele concorda com a cabeça. – Posso te perguntar o por quê?

- Eu estava um pouco estressado. Sobrevivi à queda de um avião. – responde Max.

- E é isso que o deixou assustado? – pergunta Dean.

- Eu não quero mais falar sobre o assunto. – fala Max.

- Achamos que você pode ter visto alguma coisa. – comenta Dean. – Precisamos saber o que.

- Não, não. Eu estava tendo desilusões. – explica Max a eles. – Vendo coisas.

- Tudo bem. É só nos dizer o que você pensou ter visto, por favor. – pede Jane. Max a olha por um instante e cede.

- Tinha um homem... – começa Max a relatar. – Ele tinha os olhos... Olhos negros. E eu o vi, pensei ter visto ele,...

- O que? – pressiona Dean. Sam lhe da um tapa no ombro.

- Ele abriu a saída de emergência. – responde Max. – Mas isso é impossível. Eu pesquisei. Existem duas toneladas de pressão naquela porta.

- Esse homem. Ele aparentava aparecer e desaparecer? – pergunta Sam a ele. – Algo como uma miragem?

- Você está louco? – pergunta Max. – Ele era um passageiro. Estava sentado bem na minha frente.

Sam, Dean e Jane se olham com curiosidade.

- Obrigada, Max. – diz Jane. Em seguida os três levantam da mesa e se retiram do hospital.

- Temos que ir falar com esse passageiro. – diz Jane.

- É pra já. – diz Dean e eles entram no carro.

...

- Então aqui estamos. George Phelps. Assento 20C. – diz Dean ao parar na frente de uma casa. – Cara, eu não me importo o quão forte uma pessoa possa chegar a ser. Mesmo se ele fosse um peso-pesado, não conseguiria abrir a porta de emergência durante o vôo.

- Não se fosse humano. – diz Jane em seguida. Os dois a olham. Em seguida os três olham para a casa a sua frente. – Talvez esse George seja outra coisa. Uma criatura com forma humana.

- É, mas isso parece o lugar onde uma criatura vive? – pergunta Dean a ela. Jane olha para a casa novamente, é uma casa normal, como outra qualquer. Em seguida eles saem do carro e tocam a campainha.

...

Na sala da casa, Sam pega um porta-retratos com a foto do falecido passageiro a quem Max se referiu.

- Esse era seu marido? – pergunta Sam a uma mulher sentada a sua frente.

- Sim, esse era o meu George. – responde ela.

- E você disse que ele era...dentista? - pergunta Dean.

- Ele estava indo para uma convenção em Denver. – comenta a mulher. – Vocês sabiam que ele morria de medo de voar? É horrível ele ter morrido desse jeito.

- Há quanto tempo você era casada com ele? – pergunta Jane.

- 13 anos. – ela responde.

- Você notou algo estranho nele? Qualquer coisa? – continua Jane.

- Bem... Ele tinha problemas respiratórios se é isso que você quer saber. – responde a mulher.

Um tempo depois eles saem da casa.

- Um fantasma doente? Isso não faz sentido. – diz Dean fechando a porta de entrada.

- Conforme a idade, eles tendem a adquirir características humanas. – comenta Sam.

- O que a gente precisa fazer é entrar na NTSP e olhar os destroços. – diz Jane a eles.

- É... Mas se vamos para lá, temos que nos vestir de acordo. – diz Sam a ela com um sorriso.

Um tempo depois, Sam e Dean saem de uma loja de smoking, vestidos elegantemente de terno.

- Cara, nós parecemos os irmãos Blues. – comenta Dean.

- Claro que não. – diz Sam ao irmão.

Os dois param e olham para a entrada da loja ao lado onde Jane se encontra. Depois de alguns instantes ela sai da loja.

- Uau! – diz Dean olhando na direção dela. Sam arregala os olhos. Ela está vestindo uma saia não muito curta, apesar de boa parte de suas pernas serem vistas, sua blusa tem um decote refinado em V.

- As vendedoras falaram que para mim, esse era o tipo adequado de roupa para uma ocasião social. – responde já vendo que Dean ia perguntar sobre a roupa. – E você parece um formando pronto para dançar.

Dean olha para a sua roupa e em seguida para Jane novamente. Esta e Sam se dirigem ao carro.

- Eu odeio essa coisa. – diz Dean abotoando seu terno.

Os três entram no carro e vão até a NTSP. Quando chegam lá os três mostram as identificações falsas e conseguem entrar. Vêem os destroços do avião. Dean retira um aparelho estranho do bolso. Jane e Sam olham para o aparelho.

- É um tipo de amperímetro. Detecta freqüências eletromagnéticas. – explica Dean a eles.

- Nós sabemos o que é. – diz Jane. – Queremos saber por que esse tem a forma de um walkman.

- Porque eu fiz assim. – responde Dean com um sorriso para ela. – É feito em casa.

- É... Percebemos. – comenta Sam. Dean continua com o sorriso, mas se vira e começa a tentar detectar as freqüências. Os outros dois vão atrás dele. Tentam detectar em todas as peças do avião, até que chegam a maçaneta da porta de emergência. O aparelho de Dean começa a apitar.

- A maçaneta da porta de emergência. – diz Dean. Eles olham para a maçaneta. Dean toca nela, onde tem marcas de dedos. Há uma espécie de resíduo estranho.

- O que é isso? – pergunta Sam.

- Vamos descobrir. – diz Dean, ele olha para Jane que em seguida pega uma amostra do resíduo com uma pinça e põe dentro de um saquinho.

Na portaria da NTSP, dois homens de terno entram.

- Senhor. – diz um dos homens ao guarda da entrada, em seguida mostrando as identificações.

- Segurança Interna? – pergunta o guarda a eles. – Três de vocês não é o suficiente?

- O que? – pergunta um dos homens de terno.

- Três de vocês já entraram lá há 10 minutos. – responde o guarda. Os dois homens da Segurança Interna se olham sem entender, em seguida vários guardas armados e os dois homens de terno entram onde Jane, Sam e Dean se encontram. Mas os três não se encontram mais ali.

...

No aeroporto...

- Escute Chuck. É como voltar a subir em um cavalo. – diz um homem ao piloto que sobreviveu. – Só que nesse caso é um jato e não um cavalo. Eu vou estar com você. Quando achar que não pode pilotar, eu assumo.

Chuck concorda com a cabeça.

- Chuck, você não precisa fazer isso hoje. Não quero te apressar. – diz o amigo.

- Não, esperar é pior. – responde ele.

- Certo, vamos encher o tanque e então nós decolamos. – diz o amigo e em seguida se retira. De repente do ar condicionado atrás de Chuck sai uma areia preta que começa a sobrevoar a frente do piloto. Ele se assusta, mas é tarde demais, a areia entra em seus olhos, o dominando.

...

Jane, Dean e Sam se juntam a Jerry novamente, em sua sala o homem analisa a amostra que Jane pegou do resíduo.

- Bem... Essa coisa está coberta por enxofre. – diz Jerry tempo depois.

- Tem certeza? – pergunta Sam a ele.

- Olhe você mesmo. – responde Jerry. Fora da sala eles começam a ouvir barulhos altos e gritos. – Agora se me dão licença, tenho uma briga para apartar.

Depois que ele sai da sala berrando alguma coisa, Dean vai até o telescópio e olha o resíduo.

- Tem uma coisa que sei sobre enxofre. – comenta Dean.

- Posseção de corpos? – pergunta Jane.

- Explicaria como alguém de meia-idade abriria uma porta de emergência. – explica Dean concordando. Eu só não entendo porque usar o possuído para provocar uma queda de avião.

- Você já viu algo assim antes? – pergunta Sam a ele.

- Não. – responde Dean.

...

No aeroporto, na pista de vôo...

- Estou pronto. Vamos nessa. – diz Chuck a seu amigo co-piloto. Este da um sorriso para Chuck. Eles entram no avião e sobem ao céu. Depois de um tempo pilotando...

- Como está se sentindo? – pergunta o co-piloto.

- Ótimo. – responde Chuck

- Antes que perceba, vai voltar a pilotar aviões. - comenta o co-piloto.

- Espero. – responde Chuck. – A quanto tempo estamos voando?

- Quase 40 minutos. – responde o co-piloto.

- Uau, o tempo voa mesmo. – diz Chuck olhando para seu amigo, este lhe da um sorriso, mas de repente Chuck põe o volante para baixo, os fazendo cair.

- O que está fazendo?! – grita seu amigo. Chuck começa a bater com o cotovelo na cara do co-piloto, este desmaia. O piloto põe mais força no volante para baixo, seus olhos estão inteiramente pretos. Um caminhoneiro que passa pela estrada se assusta ao ver o avião caindo ali perto dele. Em seguida o avião bate com tudo em um poste de energia.

...

Em um motel, Sam pesquisa novamente em seu laptop.

- Então, toda cultura e religião do mundo têm sua versão sobre posseção de corpos. – diz ele depois de um tempo. – Cristianismo, culturas indígenas, americanas, hindus...

- Mas, nenhuma descreve algo assim. – diz Dean.

- Não é bem verdade. – diz Sam. – De acordo com a cultura japonesa, alguns demônios estão por trás de certos desastres. Tanto naturais como causados pelo homem. Como terremotos e doenças.

- E alguns causam quedas de aviões? – pergunta Dean. Sam afirma com a cabeça.

- Então temos um demônio que não se preocupa com a contagem de corpos? – pergunta Jane deitada em uma das camas.

- Bom... Eu não sei quantos aviões caíram antes desse. – comenta Sam. Jane levanta da cama e começa a andar de um lado para o outro, pensativa.

- O que foi? – pergunta Sam a ela.

- Eu não sei. Não é um caso normal. Demônios não querem nada além de morte e destruição. – responde Jane. – Mas, isso é grande.

- Queria que papai estivesse aqui. – diz Dean olhando para Sam. Jane nem dá ouvidos.

- Eu também. – concorda Sam com ele. Em seguida o celular de Dean começa a tocar, ele atende.

- Alô? – pergunta.

- Dean é o Jerry. – responde o homem.

- Ei, Jerry! – diz Dean.

- O meu amigo, o piloto... Chuck Lambert está morto. – diz Jerry aflito. Dean fica sério.

- Jerry, eu sinto muito. O que houve? – pergunta Dean. Jane e Sam o olham.

- Ele e um amigo saíram para voar há uma hora. – começa Jerry. – O avião caiu.

- Onde aconteceu? – pergunta Dean.

- A uns 96 km a oeste daqui. Em Nazareth. – responde Jerry.

- Nada de terremoto por lá. – diz Dean.

- O que? – pergunta Jerry confuso.

- Nada. – responde Dean. – Jerry fiquei aí, ok? Falamos com você em breve.

Em seguida ele desliga.

- Outra queda, acertei?. – pergunta Jane.

- É. Vamos nessa. – responde Dean.

- Para onde? – pergunta Sam.

- Para Nazareth. – responde ele.

Os três vão até à cidade, onde se encontram com Jerry. Este olha novamente para outro resíduo que se encontrava no jato de Chuck Lambert, no telescópio.

- Enxofre? – pergunta Dean. Jerry concorda com a cabeça. – Imaginei. Então, temos dois acidentes de avião envolvendo Chuck Lambert. Parece que esse demônio estava atrás dele.

- Ele já pegou Chuck, se esse for o caso, essa é a notícia boa. – diz Sam. Dean e Jerry concordam com ele

- Mas tem a má notícia – diz Jane à eles que a olham - O acidente ocorreu a 40 minutos da decolagem, assim como o vôo 2485.

- 40 minutos? E o que isso tem a ver? – pergunta Jerry.

- É um número bíblico. – continua Jane. - No conto de Noé, choveu por 40 dias. O número indica morte.

- Eu pesquisei e existem seis acidentes na última década. – comenta Sam. – Todos caíram a exatamente 40 minutos da decolagem.

- Sobreviventes? – pergunta Dean.

- Não. – responde Sam. – Quer dizer, até agora. Até o vôo 2485. Lembram da gravação?

- Sem sobreviventes. – repete Dean.

- Então, ele está indo atrás dos sobreviventes. – deduz Jane. – Quer terminar o trabalho.

- Temos que ir. – diz Sam e eles se retiram.

No carro Sam fala com alguém ao celular.

- Mesmo? Bom, obrigado por responder a nossa pesquisa. – agradece Sam à pessoa do outro lado da linha. – Por favor, se for viajar, não se esqueça da United Pretend Airlines. Obrigado.

Em seguida ele desliga.

- Certo mais dois que não pretendem viajar no momento. – comenta Sam.

- Então, só precisamos encontrar a aeromoça, Amanda Walker. – diz Jane.

- Certo, ela sairá de Nápolis às seis horas. É a primeira noite em que ela volta ao trabalho. – diz Sam.

- Parece que estamos com sorte. – diz Dean.

- Dean, são cinco horas de viagem. – diz Sam. – Não chegaremos a tempo.

- Porque não liga para ela de novo? – pergunta Dean. – Para ver se ela desiste do vôo.

- Eu já deixei três mensagens. – responde Sam. – Parece que ela deixou o celular desligado. Cara, nunca vamos conseguir.

- Vamos sim. – responde Dean com determinação.

No aeroporto, os três entram correndo e vêem o horário do vôo de Amanda.

- Aquele ali, vai decolar em 30 minutos. – diz Jane apontando para o horário de um vôo em uma televisão.

- Eu disse que conseguiríamos. Temos mais algum tempo. – diz Dean. – Preciso encontrar um telefone.

Dean vê um grudado em uma parede e pega.

- Serviços do Aeroporto. – diz uma mulher no outro lado da linha.

- Portão 13. – diz Dean.

- Com quem quer falar, senhor? – pergunta a mulher.

- Com Amanda Walker. – responde Dean. – Ela é aeromoça do vôo... Vôo 424.

- Só um momento. – pede a moça.

Depois de um tempo Amanda atende.

- Amanda Walker falando. – ela responde.

- Srta. Walker, aqui é o Dr. James Hetfield do San Francisco Morial Hospital. – mente Dean. Estamos com Karen Walker aqui.

- Minha Karen? – pergunta Amanda um pouco confusa.

- Nada sério, apenas um acidente de carro, mas está machucada, então... – diz Dean, mas é interrompido.

- Espere, mas é impossível, eu acabei de falar com ela no telefone. – diz Amanda. Dean pensa por uns segundos.

- Você o que? – ele pergunta a ela.

- Há cinco minutos. – diz Amanda. – Ela está em casa estudando para uma prova. Quem está falando?

- Deve ser algum engano. – diz Dean a ela.

- Como sabia que eu estava aqui? – pergunta Amanda. – É algum amigo do Vince?

- Culpado. – diz Dean.

- Uau, é inacreditável. – diz Amanda.

- Ele está muito arrependido. – diz Dean a ela. Jane e Sam apenas o olham.

- Diga para ele cuidar da própria vida, e me deixar em paz, entendeu?! – responde Amanda.

- Certo, mas ele precisa te ver hoje. – continua mentindo Dean.

- Não, sinto muito. É tarde demais. – responde ela.

- Não faça isso. O cara está arrasado mesmo, é patético. – diz Dean.

- Mesmo? – pergunta a aeromoça.

- Com certeza. – responde Dean.

- Escute, eu preciso ir. Diga para ele me ligar quando eu pousar. – diz Amanda e em seguida desliga.

- Não, não. Amanda! Amanda! – diz Dean, mas é tarde. Ele desliga o telefone. Amanda entra no corredor que da para o avião. Em cima do corredor há um ar condicionado, dele sai uma areia preta, mas é sugada novamente para dentro.

...

- Droga, tão perto. – reclama Dean.

- Certo... Hora do plano B... Vamos embarcar no avião. – diz Jane aos dois.

- Ei, ei, espera um pouco. – diz Dean a ela.

- Dean, ela está certa. O avião vai decolar com 100 passageiros e se não fizermos nada... – diz Sam.

- Eu sei! – responde Dean irritado.

- Olha... Nós entramos no avião, encontramos o demônio e o exorcisamos. – diz Sam. – Eu vou comprar as passagens. Vocês dois pegam tudo que formos precisar e me encontram daqui a 5 minutos.

Dean olha para os lados sem saber o que fazer.

- Você está bem? – pergunta Sam a ele.

- Não. Na verdade não. – responde Dean nervoso.

- Ele tem medo de voar. – diz Jane.

- O que? – pergunta Sam olhando para o irmão sem entender.

- Não... Não tenho não. – nega Dean nervoso.

- Dean... – diz Jane.

- Nunca foi um problema até agora. – responde ele ainda nervoso.

- Você está brincando, não é? – pergunta Sam.

- Parece que estou brincando? – pergunta Dean. – Porque você acha que eu dirijo em todos os casos?

- Ta... Então eu e Jane vamos e você fica. – diz Sam ainda sem acreditar.

- O que?! – pergunta Dean.

- Eu e Jane vamos e você fica. – repete Sam.

- Você enlouqueceu? Se vocês dois forem... O avião vai cair. – diz Dean.

- Eu e Jane podemos fazer isso. – diz Sam. – É a única opção.

- Qual é? – pergunta Dean. – Mesmo? Cara...

Sam e Jane apenas o olham.

- Querem saber?... Eu vou. – diz Dean.

- Ótimo. – diz Jane e abre um pequeno sorriso.

No avião se prepara para decolar, Dean fica olhando nervosamente para os lados. Jane o olha

- Tente relaxar. – ela diz.

- Tente calar a boca. – responde Dean a ela. Jane da risada. De repente o avião começa a decolar, o avião treme e Dean fica sério. Depois de um tempo, Jane adormece na cadeira, no meio dos dois. Dean ouve seu walkman.

- Isso é Mettalica? – pergunta Sam.

- Me acalma. – responde Dean. Sam da um riso sarcástico.

- Você está nervoso, mas tente se concentrar. – diz Sam e olha seu relógio. - Nós ainda temos 32 minutos.

- É, com o avião caindo vai ser fácil. – diz Dean.

- Uma coisa de cada vez. – responde Sam. Com a barulheira dos dois, Jane acaba acordando.

- Como vocês não vão me deixar dormir nem por quinze minutos, poderíamos tentar descobrir quem ele está possuindo. – diz Jane a eles.

- Sentimos muito. – diz Sam.

- Deve ser alguém fraco, em quem o demônio pudesse entrar. – diz Dean. -  Com algum vício ou tensão emocional.

- Bom, esse é o primeiro vôo de Amanda depois do acidente, ela poderia estar bem abalada. – comenta Jane. Sam e Dean concordam com a cabeça.

- Com licença, você é a Amanda? – pergunta Dean a uma aeromoça que se aproxima deles.

- Não. – responde ela.

- Desculpe, eu me enganei. – diz Dean. A aeromoça se afasta. Dean se vira para os fundos do avião e vê outra aeromoça.

- Então, aquela ali só pode ser a Amanda. – diz Dean. Sam e Jane se viram na cadeira e vêem a moça. – Eu vou falar com ela. E ver seu estado mental.

- E se ela já estiver possuída? – pergunta Sam.

- Bom, vamos descobrir. – diz Dean se levantando de seu assento. Mas antes pega água benta de sua mochila. – Que tal água benta?

Mas, Jane arranca a água da Mao de Dean.

- Não, precisamos ser mais sutis. Se ela estiver possuída, vai repudiar o nome de Deus. – diz ela.

- Boa. – diz Dean concordando e se vira para os fundos do avião.

- Ei! – chama Sam.

- O que? – pergunta Dean voltando.

- Mantenha a postura. – Sam diz.

- Certo... Não. – diz Dean e começa a andar pelo corredor até Amanda.

- Ei! – chama Sam novamente.

- O que? – pergunta Dean nervoso, voltando novamente para o assento.

- ‘’Manter a postura. ‘’ quer dizer ‘’ Vá com Deus. ‘’ – explica Sam.

- Cara, eu sei, eu não sou idiota. – Dean responde e vai até Amanda. O avião treme, Dean fica nervoso no meio do corredor e da um soco em um dos assentos de nervoso. Dean se junta à Amanda no fim do avião. Ela prepara as bebidas dos passageiros.

- Oi. – diz Dean.

- Oi. – responde Amanda. – Posso te ajudar em alguma coisa?

- Não, só estou tendo um problema em voar. – admite Dean. – Pensei em andar um pouco.

- Acontece com muita gente. – diz Amanda a ele.

- É claro que para você, voar é fácil. – diz Dean.

- Você ficaria surpreso. – diz Amanda a ele.

- Mesmo? Você fica tensa quando voa? – pergunta Dean.

- É. Talvez. Um pouquinho. – ela responde.

- Desde quando uma aeromoça tem medo de voar? – pergunta Dean. Amanda lhe da um sorriso.

- É uma longa história. – diz ela.

- Certo, me desculpe por perguntar. – diz Dean.

- Sem problemas. – Amanda diz.

- Você já considerou outros empregos? – pergunta Dean a ela.

- Não. Todo mundo tem medo de alguma coisa. – diz Amanda. – Não vou deixar isso tomar conta de mim.

- Claro. – diz Dean concordando com ela. – Cristo.

- Me desculpe você disse alguma coisa? – pergunta Amanda. Ele olha para ela e lhe da um sorriso.

- Hum... Cristo? – ele repete.

- Hum... Eu não... Não... – diz Amanda confusa.

- Nada, deixa para lá. – diz Dean e logo em seguida volta para seu assento.

- Tudo bem... – diz Amanda confusa quando Dean já se foi.

...

- Ela deve ser a pessoa mais sensata do mundo. – diz Dean à Sam e Jane.

- Você disse Cristo? – pergunta Sam.

- Sim. – responde ele.

- E? – pergunta Jane.

- Nada de demônio nela. – responde ele.

- Se está no avião pode ser qualquer um. – comenta Sam. O avião treme de novo.

- Qual é?! Isso não pode ser normal. – diz Dean sério se segurando forte na poltrona.

- Calma, é só uma pequena turbulência. – explica Sam.

- Sam, esse avião vai cair então não me trate como se eu fosse louco. – pede Dean irritado.

- Você precisa se acalmar. – diz Sam.

- Eu não consigo. – diz Dean.

- Sim, você pode. – diz Jane nervosa e ele relaxa. Sam arregala os olhos. – Viu? Vamos ter que exorcizar quem estiver com o demônio, então você precisa se acalmar.

- Eu encontrei um exorcismo aqui. Acho que vai funcionar. – diz Sam com seu laptop. – O ritual Romamma.

- O que temos que fazer? – pergunta Dean.

- São duas partes. A primeira retira o demônio da pessoa e faz ele se manifestar. – explica Sam. – Mas, o deixa mais forte.

- Mais forte? – pergunta Dean.

- É. – responde Sam.

- Como? – pergunta Dean.

- Ele não precisa mais possuir ninguém. Consegue agir por si mesmo. – responde Sam.

- Hum... E por que isso é uma coisa boa? – pergunta Dean com uma expressão séria.

- Bom, a segunda parte leva ele de volta para o inferno. – diz Jane vendo a pesquisa de Sam. – De uma vez por todas.

- Primeiro precisamos encontrá-lo. – diz Dean a eles. – Fiquem aqui.

- E para onde mais iríamos? – sussurra Sam para si mesmo.

Em seguida Dean pega seu aparelho de freqüência eletromagnética e sai pelo corredor do avião à procura de algo. Ele passa por cada passageiro que o olham estranho. De repente, quando Dean está perto do final do corredor, alguém toca seu ombro por trás, Dean se vira assustado.

- Não faz isso. – diz Dean olhando Jane.

- Alguma coisa? – pergunta ela.

- Não, nada. Quanto tempo ainda temos? – pergunta Dean.

- 15 minutos. – ela responde.

- Talvez tenhamos esquecido de alguém. – comenta Dean. -Talvez ele nem esteja no avião.

- Ele tem que estar aqui. –diz Jane.

- Eu espero que sim... Não entrei nessa droga de avião à toa.– diz Dean.

- Porque estão demorando tanto? – pergunta Sam se aproximando deles.

De repente Jane olha para a porta do banheiro.

- O que foi?– pergunta Dean. Jane não responde apenas olha o piloto do avião sair dali. Ele lhe da um sorriso e se vira para a cabine de controle.

- Cristo! – diz ela à ele.. De repente o piloto se vira rapidamente para ela com os olhos inteiramente pretos. Sam e Dean o olham paralisados. Em seguida o piloto entra na cabine de vôo. Os três vão até Amanda.

- Ela não vai acreditar nisso. – diz Dean

- 12 minutos, cara. – diz Sam à ele. Eles se juntam a aeromoça no final do avião.

- Olá. – ela diz para os três. – O avião não está tremendo muito está?

- É sobre isso que queremos conversar. – diz Dean a ela.

- Está bem, o que posso fazer por vocês? – Amanda pergunta.

- Isso vai parecer loucura, mas queremos te dizer a verdade antes... – começa ele a explicar.

- Olha, nós sabemos que você esteve no vôo 2485. – interrompe Jane e vai direto ao ponto.

- Quem são vocês? – Amanda pergunta os olhando desconfiada.

- Falamos com outros sobreviventes... Sabemos que aconteceu algo naquele avião e não foi defeito mecânico. – explica Sam.

- E precisamos da sua ajuda, pois temos que impedir que isso aconteça de novo e aqui. – diz Dean.

- Me desculpem, eu estou meio ocupada. – ela diz para os três e se dirige para o corredor do avião.

-Espera. – diz Jane. Amanda para e se vira para ela. – Não vamos machucá-la, mas escute. O piloto do vôo 2485, Chuck Lambert está morto.

- O que?! Chuck está morto? – pergunta Amanda assustada.

- Ele morreu em outro acidente de avião. São dois em dois meses, não é estranho? – pergunta Jane a ela. Amanda abre a boca para falar, mas não consegue dizer nada.

- Havia algo errado com o vôo 2485 e há algo errado com esse aqui também. – diz Sam.

- Você tem que acreditar em nós. – diz Dean. Amanda olha para os três.

- No vôo 2485, tinha um homem... Ele tinha os olhos... – tenta explicar Amanda.

- É disso que estamos falando. – diz Jane.

- Não estou entendendo o que estão pedindo para eu fazer. – diz Amanda à eles.

- Precisamos que traga o piloto aqui. – pede Dean à ela.

- Por quê? O que ele tem a ver com isso? – pergunta Amanda.

- Não há tempo para explicarmos. Precisamos que o traga aqui. – diz Jane.

- Como eu vou até a cabine e...? – começa Amanda.

- Faça o que for preciso... Por favor. – diz Sam. – Diga que há um problema na cafeteira e que precisa da ajuda dele.

- Vocês sabem que eu posso perder o meu emprego? – pergunta Amanda.

- Vai perder mais que isso se não nos ajudar. – diz Jane nervosa.

- Tudo bem. – concorda a aeromoça. Em seguida ela vai até a cabine do piloto, bate na porta, ele abre. Amanda começa a contar a mentira que Sam inventou sobre a cafeteira. Lá do final do avião, os três os observam. Amanda convence o piloto e eles começam a se dirigir para o lado oposto do avião. Dean tira rapidamente o diário de seu pai do casaco e Sam começa a procurar sobre o feitiço.

- Certo... Qual é o problema? – pergunta o piloto entrando na cabine que os três estão. Dean da um soco no rosto do piloto com tudo, ele cai, mas tenta revidar. Dean tapa a boca do piloto com uma fita cinza.

- O que estão fazendo? Disseram que só iam conversar com ele. – diz Amanda.

- Nós vamos conversar com ele. – diz Dean. Em seguida Jane se ajoelha e taca água benta no piloto, dele sai uma fumaça, o demônio começa a sair de seu corpo.

- Meu Deus... – diz Amanda sem acreditar.

- Escute, precisamos que... – começa Sam.

- Eu não estou entendendo. – interrompe Amanda.

- Não deixe ninguém entrar. Consegue fazer isso? – pergunta Sam. A aeromoça não se mexe. – Amanda!

- Certo... Certo. – ela responde aflita e sai da cabine, ficando a frente da porta.

- Vai logo. – pede Jane olhando para Sam. Este começa a exorcizar o demônio em uma língua estranha. Mas, em seguida o demônio taca a água benta da mão de Jane para longe, pega Dean e Sam e os taca em uma parede. Em seguida olha para Jane que levanta, o piloto faz o mesmo e se aproxima dela, puxa seu cabelo com força para baixo, Jane segura um grito de dor e tenta retirar a mão do piloto de seu cabelo. Dean pega o piloto por trás e o joga no chão novamente. Sam recomeça o exorcismo, mas o piloto o pega pelo casaco depois de derrubar Dean novamente.

- Eu sei o que aconteceu com a sua namorada. – diz o demônio à Sam. – Ela morreu gritando como a sua mãe!

Dean vai até o piloto e da outro soco nele, mais forte do que o outro.

- Sam! – grita Dean a ele. Sam faz uma expressão de ódio para o demônio e termina de falar as palavras do exorcismo. Pega um dos braços do piloto e o segura com Dean. Jane segura suas pernas. Em seguida, a mesma fumaça preta sai do piloto pela boca e entra no ar condicionado da cabine.

- E o diário? – pergunta Sam.

- Está no avião. Pegue-o para terminar o ritual. – diz Jane a ele. Sam sai da cabine para o corredor do avião, de repente o avião começa a cair, as luzes se apagam e todos se apavoram. Sam se taca no chão para pegar o diário, mas ele cai para o lado. Na cabine Dean tenta ficar de pé, mas não consegue é atirado de lá para cá, como Jane. O avião cai cada vez mais rápido. Sam estica bem seu braço e consegue pegar o diário debaixo de uma poltrona. O abre apressadamente e grita algumas palavras em outra língua como a de antes. De repente um trovão preenche o céu e o avião volta ao normal. Na cabine, Dean faz uma cara de espanto e se segura em alguma coisa. Este olha com uma cara assustada e curiosa ainda para os lados e encontra o olhar de Jane nele com uma sombrancelha levantada. Amanda sentada em uma das cadeiras, respira fundo e olha para a cabine de onde saem Jane e Dean. Estes olham para Sam que levanta do chão e se vira para eles com expressão de alívio.

No aeroporto...

- Senhor, pode me dizer o que houve? – pergunta um policial para o piloto.

- Não sei. Eu cheguei aqui e não lembro de nada. – responde ele. – Não me lembro nem de ter entrado no avião.

- Mais alguma coisa? – pergunta outro policial só que desta vez para Amanda.

- Não. É só isso. – ela responde. Jane, Sam e Dean a olham. Ela sussurra um ‘’ Obrigado. ‘’ para eles. Os três lhe dão um sorriso discreto.

- Vamos sair daqui. – diz Dean a eles e vê a expressão séria do irmão. – Você está bem?

Sam para na frente dele.

- Dean, aquilo sabia sobre a Jessica. – responde Sam à ele.

- Sam, essas coisas lêem mentes. Elas mentem. – diz Dean. Eles se olham por um tempo. – Certo? É só isso. Vamos.

Os três encontram Jerry ao lado do carro.

- Ninguém sabe o que fizeram, mas eu sei. – diz Jerry à eles. – Muitas pessoas poderiam morrer. John vai ficar muito orgulhoso de vocês.

Sam e Dean lhe dão um sorriso.

- A gente se vê por aí, Jerry. – diz Dean apertando sua mão. Jerry se afasta em direção ao aeroporto. – Ei, Jerry! Eu ia te perguntar como conseguiu o meu celular, eu só o tenho há seis meses.

- Seu pai me deu o número. – responde Jerry à ele.

- O que? – pergunta Dean sem acreditar.

- Quando falou com ele? – pergunta Sam.

- Não falei com ele, mas a secretária eletrônica pedia para eu ligar para você. – responde o homem. – Obrigado de novo.

Sam e Dean se olham sem entender.

- Isso não faz sentido, cara. – diz Sam. Os três estão encostados no porta-malas do carro. – Eu liguei para o papai umas 50 vezes. O celular sempre está fora de serviço.

Dean pega seu celular e tenta ligar para seu pai mais uma vez. Cai na secretária eletrônica, Sam encosta seu ouvido junto ao de Dean para escutar também. ‘’ Aqui é John Winchester. Eu não posso falar no momento. Se é uma emergência, ligue para o meu filho Dean. 83907323. Ele pode ajudar. ‘’ Em seguida Dean desliga seu celular. Sam faz uma expressão séria.

- Vamos encontrá-lo. – diz Jane à eles e se vira com um sorriso malígno, entrando no carro. Sam se levanta do porta-malas e entra sério no carro, Dean o segue. Este liga o carro e em seguida eles partem.

Fim do Quarto Capítulo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?... beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Supernatural" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.