Supernatural escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 12
Capítulo 12: Fé


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!! beijos...^.^



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Dean, Sam e Jane chegam a uma casa sombria e saem do carro. Dean abre o porta-malas.

- Para que o amperímetro? – pergunta Sam a ele.

- 100.000 volts. – responde Dean.

- Caramba. – diz Sam.

- lembrem-se, vocês só podem atirar uma vez, então não desperdicem. – diz Dean a eles. Os três vão até o porão com suas lanternas e armas apontadase procuram por algo ali em baixo. Eles vêem um armário se mexendo e vão até ele.

- Está tudo bem. – diz Jane. – São apenas crianças.

Sam abre o armário e um menino e uma menina saem assustadas.

- Ele ainda está aqui? – pergunta Dean para eles. Os dois confirmam com a cabeça.

- Pegue na mão de sua irmã. – diz Jane ao menino. – Vamos sair daqui. Vamos, vamos.

Eles vão até a escada.

- Vão. – diz Jane. Sam e Dean pegam as crianças no colo e sobem a escada em direção à saída. Jane vai atrás, mas uma mão debaixo da escada, a pega e a puxa. Ela cai e rola escada a baixo, mas se levanta rapidamente.

- Jane! – grita Sam.

- Sam, saia daqui! – grita Jane. As crianças começam a berrar. Dean puxa Sam para fora da casa. Jane aponta sua arma pelo porão escuro. – Aparece!

De repente a criatura aparece e empurra Jane que cai no chão em uma poça d’água. Jane aponta sua arma para a criatura que vêm emsua direção e atira lhe dando um choque de 100.000 volts, mas,  Jane que está caída na poça também acaba levando o mesmo choque e grita de dor. Em seguida Sam e Dean entram no porão novamente. Sam vê Jane no chão desacordada.

- Jane! – ele grita e vai até ela. Toca em seu rosto, mas ela não acorda. – Jane!

...

Em um hospital.

- Senhor, desculpe perguntar, mas não parece haver nenhum seguro no arquivo. – diz uma enfermeira a Sam.

- Certo... – diz ele lhe entregando uma identificação falsa. – Aqui.

- Certo Sr. Berkovitz. – diz ela. Sam olha para dois policiais que estão o olhando e vai até eles.

- Olha, podemos terminar isso mais tarde. – diz um dos policiais a Sam.

- Não, tudo bem. – diz Sam. Dean se aproxima deles. – Nós estávamos apenas pegando um atalho na estrada e as janelas do carro estavam abertas. Ouvimos gritos quando passamos pela casa, paramos e entramos nela.

- E encontraram as crianças no porão? – pergunta o policial.

- Isso. – responde Dean.

- Ainda bem. – diz o policial. Em seguida no corredor aparece o médico que está atendendo Jane.

- Com licença. – diz Sam aos policiais e vai até o médico. Dean o segue.

- Obrigado pela ajuda. – agradece um dos policiais.

- Doutor, ela está... – começa Sam a ele.

- Está descansando. – responde o médico. – A eletrocussão promoveu um ataque do coração bem forte, receio dizer isso. O coração está muito danificado, era para ela ter morrido, mas algo a salvou, não sabemos o que, mas salvou.

- Quão danificado? – pergunta Dean.

- Fizemos tudo que pudemos. – responde o médico. – Podemos deixá-la confortável até agora, mas eu dou para ela no máximo um mês de vida. Não sei se tem como ela sobreviver por muito tempo.

- O que? – pergunta Sam surpreso. – Deve haver algo que possa ser feito, algum tipo de tratamento.

- Não podemos fazer milagres. – diz o médico. – Eu realmente sinto muito.

Sam e Dean vão até o quarto de Jane. Esta está com uam cara pálida, trocando de canais da TV.

- Vocês já viram TV de dia? – pergunta Jane. – A programação é terrível.

Sam e Dean a olham com uma expressão triste.

- Bom, parece que vocês vão ter que deixar a cidade sem mim. – diz Jane os olhando.

- Do que está falando? – pergunta Sam a ela. – Não vamos deixar você aqui.

- É melhor não arrumarem outra parceira se não eu volto para assombrar vocês. – diz Jane com um sorriso.

- Não é engraçado. – diz Sam sério.

- Qual é, é um pouco engraçado. – diz Jane. Dean a olha com um sorriso. Sam olha pela janela do quarto com uma expressão nada feliz. – Olha, Sam. O que eu posso dizer? É um barco pequeno, eu afundei. É isso, fim da história.

- Não fala assim. – pede Sam. – Ainda temos opções.

- Quais? – pergunta Jane. – Enterrar ou cremar?

Os dois a olham surpresos.

- Eu sei que não é fácil, mas... – começa Jane. -... Eu vou morrer e vocês não podem impedir isso.

- Você duvida? – pergunta Sam. Jane o olha séria. Em seguida ele olha para o irmão. – Vamos.

Os dois saem do quarto e vão para um motel. Sam tenta ligar para John que cai na caixa postal. Sam desliga o celular e Dean o olha.

- Nada. – diz Sam a ele.

Em seguida alguém bate na porta. Eles se olham curiosos. Sam levanta e vai até a porta a abrindo.

- Que diabos está fazendo aqui? – pergunta Sam perplexo vendo Jane à sua frente. Dean levanta da cama surpreso.

- Eu dei alta para mim mesma. – ela responde enquanto entra no quarto.

- Você está louca? – pergunta Dean.

- Não vou morrer em um hospital onde os médicos nem são tudo aquilo. – diz Jane.

- Sabe, essa de ‘’Eu não estou nem aí para a morte’’ é besteira. – diz Sam a ela. – Dá para ver.

- Tanto faz. – responde Jane fraca. – Vocês dormiram? Parecem pior do que eu.

Sam a ajuda a se deitar na cama e a cobre.

- Eu liguei para os amigos do meu pai. – diz Sam a ela. Jane o olha séria.

- Por quê? – pergunta ela.

- Para te ajudar. – ele responde. – Um Joshua respondeu e disse que tem um especialista em Nebraska.

- Você não vai me deixar morrer em paz, vai? – pergunta Jane.

- Não vou deixar você morrer. – diz Sam sério. – Vamos para Nebraska.

...

Nebraska.

Os três vão até uma tenda enorme e branca no meio da estrada. Pessoas doentes são vistas por todos os cantos. Eles saem do carro. Sam vai até Jane.

- Eu te ajudo. – diz ele a segurando.

- Eu sei me virar. – diz Jane o afastando. – Não quero me sentir uma incapacitada.

- Vamos. – diz Dean a eles. Os dois o seguem.

- Não acredito que me trouxeram para ver um cara curar pessoas dentro de uma tenda. –reclama Jane.

- O reverendo Le Grange é um homem maravilhoso. – diz uma senhora que passa na frente deles.

- É... Claro que é. – diz Jane ironicamente.

- Tenho o direito de protestar. – diz um homem a um policial. Jane o olha. – Esse homem é uma fraude. Ele está enganando pessoas para pegar seus dinheiros.

- Esse é um local de trabalho, vamos indo. Mexa-se. – diz o policial ao homem.

- É... Acho que ele não faz parte dos seguidores. – diz Jane.

- Bom, quando pessoas vêem algo que não conseguem explicar, há controvérsia. – diz Sam.

- Ah... Qual é Sam? Um curandeiro? – pergunta Jane nervosa. – Isso não está certo.

- Talvez seja bom ter um pouco de fé, Jane. – diz Sam.

- E se não der certo? – pergunta Jane. – E se o meu destino for morrer?

- Você não vai morrer. – diz um rapaz se aproximando. Jane o olha. O rapaz tem olhos azuis claros, cabelo preto e liso, boca e nariz simétricos. – Não pode.

- E... Por quê? – pergunta Jane a ele.

- Por que você é jovem e bonita, tem muito tempo pela frente. – responde o rapaz. Sam e Dean se olham.           

- Eu sou Jane. – diz ela apertando a mão do rapaz. – E esses são Sam e Dean.

- David. – responde o rapaz. Jane da um sorriso para ele. Este lhe devolve outro.

- Vamos entrar. – diz Sam a puxando. David acena para ela e Jane faz o mesmo.

Os três se sentam na primeira fileira.

- É... Paz, amor e confiança para todos os lados. – diz Jane olhando para várias câmeras no teto. – Isso é ridículo... Nem sei o que estamos fazendo aqui.

David senta atrás dela. Ela o olha e ele lhe da um sorriso.

- Toda manhã, minha esposa, Sue Ann, lê para mim as notícias. – começa o curador Le Grange, um senhor com deficiência visual. – Nunca parece bom, parece?

- Não. – respondem todas as pessoas ali presentes.

- Parece que há sempre alguém cometendo algo imoral, algo inaceitável. – continua Le Grange. Sam vê uma cruz em cima de uma mesa ao lado do curador. É uma cruz diferente, na parte de cima da cruz há um círculo o rodeando, formando outra cruz. – Mas digo a vocês, Deus está vendo. E Deus recompensa os bons, e puni os corruptos. É um Senhor que faz a cura aqui, amigos. O Senhor que me guia na escolha de quem curar, me ajudando a entrar no coração das pessoas.

- Amém... Amém. – dizem as pessoas.

- No coração e na carteira. – sussurra Jane a Dean e Sam.

- É o que você acha, jovem? – pergunta o curandeiro a Jane. Esta olha para os lados, todos a olham.

- Desculpe. – pede Jane a ele.

- Não, não... Não se desculpe. – diz Le Grange a ela. – Posso ser cego, mas ouço muito bem.

Todos começam a rir.

- Qual o seu nome, filha? – pergunta Le Grange.

- Jane. – responde ela.

- Jane. – repete Le Grange. – Quero que suba aqui comigo.

Todos começam a aplaudir. David sorri para ela, mas uma senhora ao lado dele a olha surpresa.

- Não, tudo bem. – diz Jane não aceitando.

- O que você está fazendo? – pergunta Sam a ela.

- Você veio aqui para ser curada, não veio? – pergunta Le Grange a ela.

- Bom, sim, mas... – começa Jane. – Talvez você devesse escolher outra pessoa.

- Eu não escolhi você Jane. – diz Le Grange. – O Senhor escolheu.

- Vai logo. – diz Dean a ela. Jane se levanta e todos começam a aplaudir novamente. Ela vai até o curandeiro.

- Está pronta? – pergunta Le Grange a ela.

- Olha, não quero desrespeitar, mas, não sei se isso vai dar certo. – diz Jane a ele.

- Você vai ver, filha, vai ver. – diz Le Grange a ela com um sorriso. – Rezem comigo meus amigos.

Le Grange abre os braços para o céu. Sam e Dean olham com ansiosidade para eles. De repente Le Grange põe uma de suas mãos na cabeça de Jane.

- Tudo bem, agora... Tudo bem, agora. – diz Le Grange. Jane começa a ficar zonza. Ela cai de joelhos no chão. Sam e Dean levantam da cadeira.

- Tudo bem, agora. – repete Le Grange. Em seguida Jane desmaia.

- Jane! – grita Sam, indo até ela. Dean vai atrás. Sam a chacoalha, ela abre os olhos assustada. – Diga alguma coisa!

Jane ainda um pouco tonta, olha para frente e vê ao lado de Le Grange o espírito de um senhor calvo e pálido. Este some em seguida. Jane arregala os olhos.

...

No dia seguinte de manhã. Hospital.

- Você está mesmo se sentindo bem? – pergunta Sam a Jane.

- Eu estou ótima, Sam. – responde ela séria.

- Bom, de acordo com os testes, não há nada de errado com o seu coração. – diz uma médica entrando no quarto. – Nem sinal de que houve algo um dia. Não que alguém da sua idade deveria ter problemas de coração, mas... Ainda que seja estranho, acontece.

- Como assim, estranho? – pergunta Jane.

- Ontem mesmo, um jovem como você, 20 anos, atleta. Do nada, ataque cardíaco. – responde a médica.

- Obrigado, Doutora. – diz Jane a ela e olha Sam e Dean.

- Sem problemas. – ela responde. Em seguida a médica sai do quarto.

- Isso é estranho. – comenta Jane.

- Talvez seja só coincidência. – diz Dean. – Corações param de funcionar de repente.

- Não, não param. – diz Jane.

- Olha, Jane, você quer mesmo investigar isso a fundo? – pergunta Sam. – Porque não podemos agradecer a ele por ter salvado sua vida e seguir em frente?

- Porque não posso combater essa sensação... É por isso. – responde Jane se levantando e olhando nos olhos de Sam.

- Que sensação? – pergunta Dean a ela.

- Quando eu fui curada, eu me senti errada. – responde Jane a ele. – Eu senti frio e por um segundo eu vi alguém. Um homem velho. Estou falando, era um espírito.

- Se houvesse algo lá, Jane. – diz Sam a ela. – Eu e Dean teríamos visto também. Principalmente eu que venho vendo todos os tipos de coisa ultimamente.

- Me desculpe, Maravilha Psíquica. – diz Jane nervosa. – Você só precisa de um pouco de fé nessa. Sam... Tem alguma coisa errada nesse Le Grange.

- Ta... Tudo bem. – diz Sam depois de um tempo pensando. - O que você quer fazer?

- Vocês vão checar o cara que morreu e eu vou falar com Le Grange. – diz Jane a eles.

- Mas... – começa Sam.

- Tudo bem, nós vamos. – diz Dean o interrompendo. Jane da um sorriso para ele.

...

- Me sinto ótima... Só quero entender o que aconteceu. – diz Jane sentada em uma poltrona na casa de Le Grange.

- Um milagre aconteceu. – diz a esposa do curandeiro a ela. – Milagres acontecem muito em volta de Roy.

- Quando começaram os milagres? – pergunta Jane a ele.

- Acordei um dia... Cego. – começa Roy. – Os médicos disseram que era câncer e me deram um mês, no máximo. Então... Rezamos por um milagre. Eu estava fraco, mas pedi para Sue Ann continuar rezando. Entrei em coma e o médico disse que eu nunca mais acordaria, mas eu acordei. E o câncer havia sumido.

Roy tira seu óculos, mostrando seus olhos.

- Se não fosse pelos olhos, ninguém acreditaria no que eu tive um dia. – continua ele.

- E de repente você pode curar pessoas. – diz Jane.

- Descobri depois que sim. – responde Le Grange. Este põe os óculos novamente. – Deus me abençoou de várias formas.

- E o número de fiéis cresceu do dia para a noite. – diz Sue Ann. – E esse é só o começo.

- Posso perguntar uma última coisa? – pergunta Jane a Le Grange.

- Claro que pode. – ele responde.

- Por quê? Porque eu? – pergunta ela. – Com todas essas pessoas doentes, por que me salvar?

- Como disse antes... O Senhor é o meu guia. – diz Le Grange a ela. – Eu olhei no seu coração e você se sobressaiu perante o resto.

- O que você viu no meu coração? – pergunta Jane curiosa.

- Uma jovem com um objetivo e um destino importante. – responde Le Grange com um sorriso. – Há coisas que você ainda deve saber e isso vai levá-la pelo caminho certo.

Jane o olha surpresa.

...

Hospital.

- Ele era bem saudável. Nadava todos os dias, não fumava. – diz um médico para Sam. – Esse ataque cardíaco que ele teve foi meio... Bizarro.

- E você disse que ele estava correndo, logo antes de acontecer? – pergunta Dean ao médico.

- Sim, ele estava enlouquecendo. Disse que alguém estava atrás dele. – responde ele.

- O que? – pergunta Sam.

- O ar, é claro. – diz o médico. – Não era nada.

- Tudo bem, obrigado. – agradece Dean a ele e começa andar em direção a saída pelo corredor. – Ei, cara, seu relógio quebrou.

Dean diz olhando para um relógio na parede ao seu lado.

- É, não conseguimos fazer funcionar. – diz o médico. – Ele parou às 16h17min.

- É a mesma hora que Marshall morreu? – pergunta Sam a ele.

- Como você sabe? – pergunta o médico.

Sam e Dean se olham.

...

Jane sai da casa de Le Grange e encontra com David na entrada.

- Jane. – diz David surpreso. – Oi... Como está se sentindo?

- Bem... Curada eu acho. – responde Jane. David lhe dá um sorriso. – Mas, o que você faz aqui?

- Minha mãe... Ela quer falar com o Le Grange. – David responde.

- David. – diz Sue Ann saindo da casa.

- Sim, sou eu de novo. – diz ele a Sue Ann.

- Sinto muito, mas Roy está descansando. – diz ela. – Não falará com ninguém agora.

- Sue Ann, por favor. – pede a mãe de David ao seu lado. – É a sexta vez, ele tem que nos ver.

- Roy está ciente da situação de David. – diz Sue Ann a ela. – E ele adorará ajudar, mas... Só assim que o Senhor permitir. Tenha fé Sra. Roth.

Em seguida a mulher entra novamente na casa. A mãe de David olha com ódio para Jane.

- Porque você ainda está aqui? – pergunta ela. – Você teve o que queria.

- Mãe, pare. – pede David a ela.

- Não, David. Isso é demais. – diz sua mãe. – Tentamos de tudo. Se ao menos Roy não escolhesse estranhos... Estranhos que nem acreditam. Eu apenas não posso orar mais forte.

- David, qual o problema? O que você tem? – pergunta Jane a ele.

- Eu tenho uma coisa. – diz David com uma expressão triste para ela.

- É um tumor cerebral. – responde a mãe de David. Jane arregala os olhos. – Inoperável... Em seis meses os médicos dizem...

David põe uma mão em um dos ombros de sua mãe falando para ela parar.

- Eu sinto muito. – diz Jane a ele.

- Está tudo bem. – diz ele com um sorriso.

- Não... Não está tudo bem. – diz sua mãe. – Porque você merece viver mais do que o meu filho?

Jane olha para baixo sem saber o que fazer. Em seguida David e sua mãe vão embora. David põe uma de suas mãos no rosto de Jane que começa a chorar.

- Não chore. – pede David a ela. – Você está curada, não está?

- Sim, mas... – começa Jane.

- É o que importa. – interrompe ele. – Você está curada, é o que importa.

Jane o abraça por um tempo.

...

Motel.

- O que descobriram? – pergunta Jane entrando e tirando seu casaco o tacando na cama. Sam se vira para ela. – Não peça... Só quero que você confie mais em mim.

Sam lhe da um sorriso.

- Marshall Hall morreu às 16h17min. – comenta ele em seguida.

- Exatamente na hora em que eu fui curada. – diz Jane se sentando em sua cama.

- Sim, fizemos uma lista de todos que foram curados. – diz Dean a ela. – Seis pessoas no ano passado. E eu chequei qual era o problema deles. Toda vez que alguém é curado, outra pessoa morre. E as vítimas sempre morrem dos mesmos sintomas que os curados deveriam morrer.

- Então... Se ele curar alguém com câncer, outra pessoa morre de câncer. – diz Jane.

- De algum modo Le Grange está trocando uma vida por outra. – diz Sam.

- Então Marshall morreu para me salvar. – diz Jane séria.

- Jane, o cara provavelmente morreria de qualquer forma. – diz Dean a ela. – Outra pessoa seria curada.

- Vocês nunca deveriam ter me trazido aqui. – diz Jane a eles.

- Jane, estávamos tentando salvar sua vida. – diz Sam se levantando da cadeira perto da janela do outro lado do quarto.

- Sam, um cara está morto por minha causa. – diz Jane nervosa a ele.

...

Na mesma tenda de Le Grange, este salva um homem em uma cadeira de rodas com asma.

- Rezem comigo meus amigos. – pede Roy a todos.

- Só não entendo como ele faz isso. – diz Dean. – Como está trocando uma vida por outra.

- Não é ele. – diz Jane. – Outra coisa está fazendo a troca.

- Como assim? – pergunta Sam a ela.

- O homem que eu vi no palco. – diz Jane. Enquanto eles encaixam os fatos, esse mesmo homem persegue uma jovem que corre no parque para tirar a sua vida e dá-la para a pessoa que Roy pensa estar curando. – Eu não estava certa, mas no fundo eu sabia.

- Sabia o que? Do que está falando? – pergunta Sam curioso.

- Só tem uma coisa que pode tirar a vida e dar uma nova. – responde Jane. – Estamos lidando com um Anjo da Morte.

...

A garota no parque corre o mais rápido que pode, mas o velho sempre a alcança, de repente ela tropeça em um graveto e cai assustada. O velho põe a mão em sua cabeça e começa a tirar sua vida, enquanto isso, Roy põe a mão na cabeça do homem na cadeira de rodas. A menina no parque morre, o velho aparece ao lado de Roy na tenda e põe sua mão por cima na cabeça do homem na cadeira de rodas. Em seguida este homem levanta, tira o aparelho de oxigênio do nariz e da um sorriso para as pessoas a sua frente. Todos aplaudem Le Grange de pé.

...

- Você acha mesmo que é o Anjo da Morte? – pergunta Sam a Jane. – Tipo ‘’ O Ceifador. ‘’, coletar as almas, esse tipo de coisa?

- Não, não... Não ‘’O Anjo da morte. ‘’... É um anjo da morte. – corrige Jane. – Anjos da morte aparecem em todo tipo de cultura com vários nomes diferentes. É possível que haja mais do que um.

- Mas você disse que viu um velho de terno. – diz Dean a ela.

- Você acha que ele trabalha com a roupa toda preta, por acaso? – pergunta Jane a Dean. – O relógio parou, não parou?

Dean e Sam confirmam com a cabeça. Jane pega uma reportagem do computador e mostra aos dois.

- Anjos da Morte param o tempo. – diz Jane a eles. – Você só pode vê-los quando vem atrás de você, por isso só eu pude vê-lo e vocês não.

- Talvez. – diz Dean.

- Não tem mais nada que poça ser, Dean. – diz Jane. – Só nos resta saber como Roy controla essa coisa.

- A cruz. – diz Sam.

- O que? – perguntam Dean e Jane.

- Tinha uma cruz. Eu a vi dentro da tenda. – diz Sam a eles. – Eu sabia que já a tinha visto antes.

Sam vai até sua mala e pega um jogo de cartas. Pega uma delas e mostra aos dois.

- Uma carta de tarô? – pergunta Jane a ele.

- Faz sentido. – diz Sam. – Tarô começou na era cristã quando alguns padres ainda usavam magia e alguns deles veneravam coisas sombrias. Necromancia e como enganar a morte ou causá-la.

- Então Roy está usando magia negra para controlar o anjo. – diz Dean.

- Se está... É como controlar um redemoinho ou um cachorro conduzindo uma carruagem. – diz Sam a eles.

- Então... Impedimos o Roy. – diz Dean.

- Como? – pergunta Sam.

- Você sabe como. – responde Dean.

Não podemos matar Le Grange. – diz Jane séria a ele.

- O cara está fingindo ser Deus, ele decide quem vive e quem morre. – diz Dean nervoso. – É um monstro para mim.

- Não vamos matar um ser humano, Dean. – diz Sam.

- Se fizermos isso, seremos que nem ele. – continua Jane.

- Então... Não podemos matar Roy, não podemos matar a morte... – diz Dean. – Vocês têm alguma idéia melhor?

- Se Roy está usando um feitiço das trevas no Anjo, acho melhor descobrirmos qual é e como acabar com ele. – diz Jane a eles. Sam e Dean se olham e concordam. Um tempo depois, à noite, os três se encontram na tenda de Le Grange.

- Se ele está usando um feitiço, deve haver um livro com ele. – comenta Sam.

- Vejam se conseguem encontrá-lo. – diz Jane. Ela olha para seu relógio. – A sessão começa em 15 minutos, verei se posso impedir o Roy.

- Roy Le Grange é uma fraude. – diz um homem para eles. – Ele não cura nada.

- Amém, continue trabalhando. – diz Jane pegando um folheto que o homem lhe entrega.

- Obrigado. – o homem agradece. Em seguida Roy sai de sua casa com a ajuda de Sue Ann e um segurança. Sam entra pela janela da sala. Ele vai até um quarto com vários livros e coisa velhas empoeiradas. De repente Sam acha um livro com o título ‘’ Enciclopédia da História Cristã e Novo Testamento. ‘’, ele o pega e começa a folhear as páginas, mas de repente vê que há algo escondido ali no fundo da prateleira. Pega um pequeno livro, nele encontra tudo sobre o Anjo da Morte e a cruz que viu na tenda. Dentro do livro há três reportagens de jornal. Uma diz ‘’ Professor Gay Ganha Processo.’’, a segunda diz ‘’ Local Defende O Direito De Aborto E O Fim Da Violência Contra Mulheres.’’ E a terceira ‘’ Wright: A Igreja Local É Uma Seita.’’.

Dean e Jane sentam em uma fileira na tenda. O celular de Dean toca e ele atende.

- O que encontrou? – pergunta ele a Sam.

- Roy está escolhendo as vítimas que ele acha imorais e eu acho que sei quem é o próximo na lista dele. – responde Sam. – Lembra aquele cara que está protestando na frente da tenda?

- O cara do estacionamento? – pergunta Dean.

- Sim, vou achá-lo, mas não pode deixar Roy curar ninguém, está bem? – pergunta Sam.

- Certo. – diz Dean e desliga o celular e olha para Jane. – O Sam disse...

- Para não deixarmos Roy curar ninguém. – repete Jane. – Eu sei.

- Ótimo. – diz Dean já acostumado. No estacionamento, Sam procura o protestante.

- David... David Roth... Venha cá, rapaz. – diz Roy carinhosamente para o rapaz em uma fileira mais a frente de Dean e Jane.

- Querido. – diz a mãe de David a ele com um enorme sorriso. David a abraça. – Eu amo você.

- Você só pode estar de brincadeira. – diz Jane.

David sai de sua fileira e vai até Le Grange.

- David, me escute. – diz Jane indo até ele e puxando seu braço. Dean a olha, surpreso. – Você não pode subir lá.

- Porque não? Estou esperando isso há meses. – diz David a ela.

- Não pode deixar Roy curá-la. – diz Jane.

- Não entendo. Roy curou você, não curou? – pergunta David a ela. – Porque eu não deveria?

- Porque se você deixar, algo ruim vai acontecer. – diz Jane séria. – Eu não posso explicar, mas acredite em mim, por favor.

- David. – diz Sue Ann estendendo sua mão para ele. David a olha e olha para Jane.

- Me desculpe. – diz ele pondo uma mão no rosto de Jane e beijando sua testa. Em seguida ele vai até Roy.

- David... David! – grita Jane.

- Venha, querido. – diz Sue Ann pegando na mão do rapaz.

- Eu sabia que o Senhor o escolheria. Sabia que era questão de tempo. – diz Roy a ele. Sue Ann da um enorme sorriso para a mãe de David.

- Droga. – diz Jane.

- Calma. Vamos dar um jeito. – diz Dean pondo sua mão no ombro dela.

...

- Socorro. – grita um homem no estacionamento. Sam olha para os lados procurando o dono do grito. O protestante corre do Anjo da Morte o mais rápido que pode.

...

- Oremos amigos. – diz Roy às pessoas dentro da tenda. – Espero que ajude.

- Vai ajudar. – diz David a ele. Roy ergue as mãos para o céu.

...

- Socorro... Me ajudem, por favor! – grita o protestante.

- Onde ele está? – pergunta Sam o encontrando.

- Bem aqui. – responde o homem apontando para a sua frente. Sam não vê nada.

- Tudo bem, vem. – diz Sam puxando o homem e eles correm.

Roy põe sua mão na cabeça de David.

- Fogo! Rápido, está pegando fogo! – grita alguém no fundo da tenda. – Fogo, todo mundo para fora!

- Não. Não, por favor. Não pare! – grita a mãe de David desesperada. Todos começam a sair correndo. – Le Grange, por favor. Por favor, não pare. Por favor!

Jane a olha tristeza e culpa no coração.

- Amigos, peço que saiam de forma organizada. – pede Roy a todos. Seu segurança o ajuda a se retirar da tenda. – Tentaremos descobrir o que está acontecendo.

Dean liga para o irmão.

- Sam, impedimos o Roy. – diz ele.

- Ótimo. – diz Sam a ele, mas de repente o Anjo da Morte põe sua mão na cabeça do protestante e ele se ajoelha. – Não. Dean, não funcionou! O anjo ainda está querendo o homem. Estou falando, não funcionou. Roy não deve estar controlando essa coisa.

- Então quem diabos está? – pergunta Dean sério. De repente Jane se vira para o outro lado e olha para o lado da tenda, onde vê uma mulher de costas.

- Sue Ann. – diz Jane e Dean a olha. Ele avisa Sam e desliga seu celular. Os dois vão até a esposa de Le Grange.

Jane pega no ombro de Sue Ann e a vira. Esta está com uma mão em um colar em forma de círculo com uma cruz dentro. O Anjo da Morte some.

- Socorro! Me ajudem! – grita Sue Ann escondendo o colar por dentro da camisa. Policiais entram na tenda e pegam Dean e Jane pelo braço. Sam se agacha do lado do protestante.

- Peguei você... Pronto! – diz Sam a ele.

- Graças a Deus. – diz o homem.

...

- Eu não entendo. – diz Sue Ann olhando para Jane. – Após tudo que fizemos por você, após Roy curá-la. Estamos muito desapontados, Jane. Podem soltá-los. Não vou prestar queixa. O Senhor cuidará de dar o que eles merecem.

Em seguida a mulher se retira.

- Se pegarmos vocês dois de novo. – diz um dos policias a Dean e Jane. – Enfiaremos a fúria de Deus em vocês, entenderam?

- Sim, senhor. A fúria de Deus. Entendemos. – diz Dean a eles.

- David. – diz Jane vendo o rapaz e indo até ele.

- Porque fez isso? – pergunta ele a ela.

- Eu sei que não parece justo. – diz Jane a ele. – Gostaria de poder explicar, mas Roy não é a resposta... Eu sinto muito.

- Adeus, Jane. – diz ele sem entender. – Te desejo sorte... realmente.

- Igualmente. – diz Jane a ele. David se retira. – Você merece muito mais do que eu.

Em seguida Dean e Jane vão até o carro para se encontrarem com Sam novamente, mas vêem Roy conversando com a mãe de David.

- Sessão privada, sem interrupções. Dou-lhe minha palavra. – diz Roy a ela. – Curarei sua filha.

- Obrigado Le Grange. – diz a mãe de David. – Deus o abençoe.

...

Motel.

- Então... Roy realmente acredita. – diz Sam sentado em sua cama.

- Eu acho que ele nem faz idéia do que a mulher anda fazendo. – diz Jane a ele.

- Bom, achei isso na biblioteca dele. – diz Sam lhe mostrando um pequeno livro. – É antigo, talvez de um padre que foi para o lado negro. Há um feitiço aqui para prender um Anjo da Morte.

- Como é o feitiço? – pergunta Dean a ele.

- Você precisa criar um altar sombrio com coisas bem macabras. – responde Sam. – Ossos... Sangue humano... É aterrorizante. Essa Sue Ann... Magia negra... Assassinato. Pura maldade.

- Desesperada. – diz Jane. – O marido estava morrendo. Ela não podia salvá-lo. Estava usando o feitiço para manter o Anjo longe de Roy.

- Enganando a morte, literalmente. – diz Sam a ela.

- Mas, Roy está vivo, porque ela continua com o feitiço? – pergunta Dean.

- Para forçar o Anjo a matar pessoas que ela acha que são imorais. – responde Sam.

- Que Deus nos salve de metade das pessoas que tentam fazer o trabalho dele. – diz Dean.

- Precisamos acabar com esse feitiço. – diz Jane. Sam e Dean concordam com ela. Jane abre o livro de Le Grange. – Sabe, Sue Ann tem uma cruz que nem essa. Quando ela a soltou o Anjo deve ter sumido.

- Acha que é melhor encontrar a cruz ou destruir o altar? –pergunta Sam a ela.

- Talvez os dois. – diz Jane. Sam e Dean se olham. – O que quer que façamos, é melhor que seja rápido. Roy vai curar David hoje à noite.

...

Á noite. Tenda.

- É do David... Ele já está aqui. – diz Jane olhando para um carro no estacionamento. – Merda.

- Jane. – diz Sam a ela.

- Se Roy tivesse escolhido David em vez de mim, ele já estaria curado. – diz ela a Sam.

- Jane, não. – diz Sam a ela.

- E se ele não for curado essa noite, vai morrer em alguns meses. – continua ela.

- O que irá acontecer com ele é terrível... – diz Sam. – Mas o que vamos fazer? Deixar outra pessoa morrer para salvá-la? Você mesmo disse Jane... Não se pode fingir ser Deus.

Em seguida os três saem do Impala, vão atrás da tenda e espiam por uma fenda.

- Se aproximem. Todos cheguem mais perto. – diz Roy às pessoas ali.

- Onde está Sue Ann? – pergunta Dean.

- Na casa. – diz Jane olhando para uma mais adiante. – Encontrem-na. Vejo vocês depois.

- O que vai fazer? – pergunta Dean a ela. Jane não responde e vai na direção de dois policiais perto da casa de Le Grange.

- Ei! Vão enfiar aquela fúria de Deus em mim? – pergunta ela provocando-os. Eles começam a correr atrás dela. Sam e Dean tentam achar uma entrada na casa.

- Você a vê? – pergunta um dos policias ao parceiro.

- Não. – ele responde. Dean e Sam entram no porão da casa. Jane se esconde do lado de um trailer, mas de repente um cachorro aparece na janela e começa a latir para ela. Com o susto Jane estica um dos braços na direção dele e o cão para de latir na hora.

- Ouviu isso? – pergunta um dos policiais ao outro.

- Ouvi o que? – pergunta o outro.

- Deixa para lá. – diz o primeiro e eles se afastam.

Dean e Sam encontram o altar em um canto do porão, nele vêem uma foto de Jane com uma cruz em seu rosto.

- Eu dei uma vida a amiga de vocês e posso tirá-la. – diz Sue Ann aparecendo atrás deles. Sam fica com raiva e derruba o altar. Sue Ann corre para fora do porão e os tranca ali dentro.

- Não percebem? – pergunta Sue Ann do lado de fora. – O Senhor me escolheu para pregar justiça e punir os infiéis. E a amiga de vocês é uma infiel. E ela merece morrer assim como David merece viver. É a vontade de Deus. Adeus.

Dean pega um ferro e começa a quebrar uma das paredes feitas de madeira.

- Sra. Roth... Reze comigo. – diz Roy pegando em sua mão na tenda. – Rezem comigo amigos.

Jane vai na direção da tenda, mas ouve um barulho atrás de si. Se vira e vê as luzes do estacionamento apagarem. Roy ergue as mãos para o céu. Em seguida, o Anjo da Morte aparece na frente de Jane. Ela arregala os olhos. O anjo chega mais perto. Roy põe sua mão na cabeça de David. Sue Ann reza com seu colar na mão. O Anjo da Morte põe sua mão na cabeça de Jane que se ajoelha com dor. David ajoelha ao mesmo tempo. Jane começa a perder sua respiração. Sue Ann reza constantemente, mas de repente Sam arranca a cruz das mãos dela e a quebra. O Anjo da Morte tira sua mão da cabeça de Jane.

- Eu não entendo. – diz Roy tirando sua mão da cabeça de David.

- Eu não me sinto... Diferente. – diz David abrindo os olhos e olhando sua mãe.

- Meu Deus. – diz Sue Ann chorando e se agachando ao lado da cruz quebrada. – Meu Deus! O que você fez?!

- Ele não é seu Deus! – diz Sam a ela.

- Le Grange? – pergunta David o olhando e se levantando.

- Sue Ann? – pergunta Roy. Lá fora, o Anjo da Morte aparece para a mulher que se apavora. Ela tenta correr, mas o Anjo aparece em sua frente e toca em sua cabeça fazendo com que ela morra em seguida. Sam e Dean vão ao encontro de Jane. Eles a encontram ao lado do Impala.

- Você está bem? – pergunta Sam indo até ela.

- Um pouco fraca. – diz ela e dá um sorriso. – Mas estou legal.

- Vamos... É melhor sairmos daqui. – diz Dean a eles. Os três entram no carro e vão para o motel.

...

No dia seguinte de manhã, eles arrumam suas malas para irem embora.

- O que foi? – pergunta Sam a Jane que está sentada em uma das camas pensativa.

- Nada. – ela responde.

- O que foi? – insiste Sam. Jane o olha.

- Fizemos a coisa certa. – diz ela.

- Claro que fizemos. – concorda Dean. Sam faz o mesmo com a cabeça.

Em seguida alguém bate na porta do quarto.

- Eu atendo. – diz Sam e abre a porta. – Ei... David... Entre.

- Oi. – diz David para eles. Jane levanta rapidamente da cama.

- Oi. – ela diz. – Como sabia que estávamos aqui?

- Dean me ligou... Disse que você queria se despedir. – responde David a ela. Sam olha para Dean nervoso. Este dá um sorriso para Jane que também o olha nervosa.

- Nós vamos pegar um... – diz Dean puxando Sam para fora do quarto. Dean nem termina e fecha a porta.

- Então... Para onde você está indo? – pergunta David a ela.

- Não sei ainda. – responde Jane. – Nosso trabalho é meio instável.

- Sabe, eu voltei para ver Roy. – diz David a ela.

- E o que aconteceu? – pergunta Jane fingindo surpresa.

- Nada. – ele responde sentando em uma das camas. Jane se senta ao seu lado. – Ele colocou a mão na minha cabeça, mas não aconteceu nada.

- Sinto muito. – diz Jane triste. David a olha com um sorriso. – Sinto muito que não tenha funcionado.

- E Sue Ann, ela está morta sabia? – diz David a ela. – Derrame.

- É, eu ouvi. – responde Jane. – Roy é um bom homem. Ele não merece o que está acontecendo. Deve ser duro... Acreditar tanto em algo e acabar desapontado desse jeito.

- Quer ouvir algo estranho? – pergunta David com outro sorriso para ela. Jane o olha. – Eu estou bem... Mesmo. Eu acho que se é para ter fé, não se deve ter apenas quando os milagres acontecem. Você deve ter fé até quando eles não acontecem.

Jane sorri para ele.

- E agora? – pergunta ela.

- Deus escreve certo por linhas tortas, não é? – pergunta David com um sorriso e pondo sua mão novamente no rosto de Jane. Ela sorri para ele. Em seguida ele se aproxima do rosto dela e a beija suavemente nos lábios. David olha Jane nos olhos com outro sorriso encantador. - Adeus Jane.

Ele se levanta da cama e vai em direção à porta. Jane se levanta também.

- David. – ela diz. Ele se vira para ela. – Sabe que não sou do tipo que reza muito, mas... Eu vou rezar por você.

- Bom...  – começa ele. – Aí está um milagre.

Em seguida ele sai do quarto. No corredor Dean olha para Jane com um sorriso e Sam olha para os lados.

- Vamos. – diz Jane com um sorriso e eles partem.

Fim do Décimo Segundo Capítulo


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Notas finais do capítulo

Reviews? Continuem lendo... obrigada... ^.^



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