A Gentleman and a Slut escrita por Senjougaha
Notas iniciais do capítulo
OI
OIZINHO
Por favor, não me matem. Estou tentando voltar com as fics e amo vcs.
Beijos! hahaha ♥
Narrado por Pietro.
Eu era bom no trabalho.
Realmente era.
Mas estava sendo difícil me concentrar no presente quando Afrodite invadia meus pensamentos e eu não sabia se isso era bom ou ruim.
Então eu ficava frustrado.
— Sr. DiAngelo, chegou um, mas o outro… - Lilliana começou a dizer com voz nervosa.
Me levantei interrompendo o final da frase e a encarei.
— O outro…? - perguntei e arqueei a sobrancelha.
Lilliana empalideceu.
— Não temos notícias - um funcionário qualquer tentou ajudar - ainda.
Semicerrei os olhos e, pensativo, esfreguei o piercing na ponte do nariz.
Nunca o tirava, principalmente depois de descobrir que Afrodite gostava dele.
Rangi os dentes e me levantei, ignorando as perguntas sobre o que fazer que direcionavam a mim, como sempre.
Abri a porta e a deixei ser fechada pelo vento forte. Passei pelo corredor enquanto as pessoas abriam caminho apressadas e assustadas com a notícia que já tinha se espalhado pela empresa toda com rapidez surpreendente.
Ajeitei o terno e bati à porta sutilmente.
— Entre - a voz familiar soou.
Mascarei ao máximo o meu mau-humor e entrei na sala.
Adam estava analisando um papel enquanto Alexia se mantinha de pé logo atrás, pronta para qualquer coisa.
— Imagino que Afrodite esteja sendo difícil - ele disse, me surpreendendo.
Franzi o cenho sem entender.
— Ou isso, ou você está perdendo o jeito - ele finalizou, abaixando o papel e me encarando sério.
Embora eu não fosse mais uma criança, seu olhar ainda me fazia gelar.
Alexia pegou um tablet na gaveta da mesa e seus dedos finos deslizaram sobre ele.
— A carga está parada no meio do nada, a 300km daqui - disse ela - provavelmente acabou a gasolina ou furou um pneu, mas é claro que não devemos considerar que isso seja coincidência.
Seus olhos azuis cruzaram com os meus e me lembrei da época em que mantínhamos um relacionamento mais... amigável.
Desviei o olhar e disse a mim mesmo para enterrar essas lembranças num baú de sete cadeados.
Mesmo que eu, desde a noite da entrevista, estivesse determinado a eliminar quaisquer sentimentos por Afrodite, as duas ainda eram amigas.
E eu sabia que em breve Afrodite e eu seríamos mais que noivos.
Só não sabia de uma maneira fácil de dizer isso à ela.
Quando encarei Alexia novamente ela estava sorrindo. Sabia exatamente o que eu pensava.
Franzi o cenho.
— Estou indo pessoalmente, agora - disse eu.
Me despedi de Adam - que já não prestava atenção em mim mais - e Alexia com um aceno de cabeça e saí da sala.
Passei em meu escritório e chamei Lilliana. Ela estava em período de experiência, mas quase se saía bem como minha secretária.
— Preciso que esteja na escuta comigo e notifique Alexia caso algo aconteça - ordenei - vou levar alguns homens comigo, por precaução.
Ela assentiu. A ajudei a colocar a escuta, pois sabia que era nova nisso e embora fizesse dias desde a ultima vez que estive com uma mulher, ignorei quando vi seu rosto corar e ela jogar o cabelo para trás de forma que seu decote ficasse à mostra.
Saí da sala e mandei chamar um dos meus cinco guardas. Assim que avistei meu carro os notei de prontidão às escondidas.
Alfred, o líder deles e meu velho amigo sorriu quando me viu.
— Sem querer questionar, chefe, mas cinco são suficientes? - perguntou.
— Bom, é melhor vocês serem - respondi sem humor algum e entrei no carro.
Alfred deu de ombros e murmurou algo para os seus homens antes de entrar também.
Embora o ideal fosse eu ter um motorista, preferia dirigir por mim mesmo. Considerava isso extremamente mais prático e menos patético.
Nem sempre fui rico, afinal.
Eu era um garoto normal até descobrir que meu pai, em segredo, trabalhava pra um dos homens mais ricos da Itália. Eu o confrontei sobre isso e exigi sinceridade, até que a tive.
E a vida que meu pai levava me chocou, mas também me fascinou.
E eu fiquei bom, não, perfeito nisso.
E me levou até onde cheguei.
Os pneus cantaram quando acelerei, afim de terminar tudo de uma vez.
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— Estou dizendo, chefe - o motorista chapado repetiu - alguém apareceu e pediu ajuda, então eu parei.
Uma veia saltou na testa de Adam.
Segurei o motorista pela nuca e choquei sua cabeça contra a mesa, fazendo seus olhos vermelhos e vidrados se arregalarem.
— Você não só parou sem permissão, como também não fiscalizou a carga, se drogou - sibilei - e agora está tentando me dizer que ela foi ROUBADA porque alguém pedia AJUDA?
Ele assentiu, pálido e suando.
— Lilliana, pode tirar o Sr. Hans da lista de funcionários - mandei.
Sorri para a moça, que sorriu de volta e riscou o nome do homem em sua prancheta.
— E Alfred - chamei.
— Sim, senhor? - ele respondeu, entediado.
— Acompanhe nosso amigo e certifique-se de que ele tenha uma partida adequada - levantei o ex motorista e dei tapinhas em seu ombro.
Ele sorriu nervoso e acompanhou Alfred pra fora da sala.
— Agora que o problema foi resolvido - Adam suspirou - vou aceitar fotografar aquelas modelos, o que acha Alexia?
A garota sorriu, alegre.
— Acho que vai ser um ótimo passatempo - respondeu.
Ela aceitou o braço que Adam lhe ofereceu e juntos, saíram da sala.
Me perguntei se Afrodite não tinha ciúmes da relação paternal (ou mais que isso) dos dois, mas assim que meus pensamentos foram até ela, me irritei novamente.
— Senhor, precisa de mais alguma coisa? - Lilliana perguntou ao meu lado.
Encarei a secretária que se remexia, inquieta.
Sorri e ela sorriu de volta.
— Claro, mas não precisa aceitar se não quiser… - respondi.
Ela depositou a prancha na mesa e fechou a porta do escritório.
— O senhor sabe como eu gosto de me desafiar no trabalho - ela respondeu e seu sorriso se alargou.
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