Alex, Bárbara e Marcus, juntamente com seus respectivos digimons, estavam bem descansados e recuperados de todo aquele evento que estava acontecendo nos dois dias de hospedagem forçada no Digimundo, Marcus estava fazendo uma espécie de bolsa com uma folha gigante que Gabumon e Hawkmon encontraram pela manhã, durante 3 anos, ele fez parte de um grupo de escoteiros em que chegou a liderar seu grupo, ele estava dobrando a folha cuidadosamente, quando foi surpreendido por um Digimon de aparência semelhante a uma lagarta verde, que continha um ferrão na extremidade de seu corpo, Marcus ficou paralisado, apenas observando o Digimon que avançava lentamente em sua direção

– Não encoste perto de mim! Disse Marcus ao bicho estranho.

– Carne de humano deve ser bem melhor do que folhas. Disse o Digimon com um zumbido característico.

– Que diabos de bicho feio é esse? Disse Marcus perguntando a si mesmo. Dokunemon avançou em Marcus, que retrucou com um chute, ele então tentou correr, mas Dokunemon aplicou uma ferroada em seu braço, causado uma dor insuportável, Marcus deu um grito que assustou a todos os outros do grupo, que estavam em outro cômodo daquela construção abandonada.

– Marcus! Gritou Hawkmon que com um bater de asa, alcançou o cômodo onde Marcus estava e se deparou com o Dokunemon se preparando para mais um ataque. – Saia de perto dele, Ataque de Penas! Das garras de Hawkmon sairam três penas pontiagudas que acertaram em cheio Dokunemon, este subiu a janela e fugiu lançando teias de sua boca.

– Fuja mesmo seu monstro, eu ia te destruir! Gritava Marcus, olhando o Digimon insetóide pela janela. Ele se sentou, apoiando as costas na parede e começou a massagear o braço ferroado – Está doendo bastante! Logo em seguida chegaram Alex, Bárbara e seus respectivos digimons.

– O que houve? Perguntou Alex para Marcus, que apenas olhava para o amigo e sorria.

– Ele foi ferido por um Digimon, mas eu já o espantei. Disse Hawkmon. Bárbara junto de Lalamon, cortaram um pedaço de uma das folhas grandes e fizeram um curativo no braço de Marcus, porém ele sentia um incomodo forte.

– Você precisa ser avaliado por um médico, mas eu nem sei se nesse mundo existem médicos. Disse Alex preocupado. Lalamon que até então permanecia em silencio, falou algo, aquilo surpreendeu Bárbara.

– Eu conheço alguém que pode ajudar, mas temos que atravessar o Bosque Verde, ele é conhecido por recuperar as feridas dos Digimon que lutam na guerra contra a Clave. Disse Lalamon com um timbre encantador.

– Uau! Lalamon, você tem uma voz linda! Disse Bárbara elogiando Lalamon ficava toda sem jeito perante o comentário de sua domadora, elas nunca tiveram tempo para se conhecer melhor. Hawkmon estava um pouco pensativo e Marcus percebeu o semblante de seu Digimon

– Que houve Hawkmon? Está tudo bem? Perguntou Marcus ao seu Digimon. Lalamon pareceu ter entendido o que Hawkmon estava pensando.

– Ele ajudará sim, ele tem alma boa, vai entender que eles são bons. Disse Lalamon que se referia aos domadores, Marcus percebeu que era um assunto tenso, o que os digimons estavam tratando.

– Quem é “ele”? Porque ele não ajudaria quem está ao lado dele? Questiona Marcus. Gabumon então se levanta, saindo do casarão e se junta a Alex.

– Eu gostaria muito de conhece-lo, ele se chama Angemon, é um dos discípulos de Seraphimon que habita um templo muito antigo, onde os Digimon vão em busca de curar seus ferimentos. Disse Gabumon para todos.

– O Templo fica logo após o Bosque Verde, mas eu não sei se ele ajudaria, por que eu já ouvi dizer que ele só ajuda que passar por testes de lealdade, que geralmente são mortais. Disse Hawkmon preocupado.

– Então como os digimons se recuperam, já que eles mesmo a beira da morte, são submetidos a desafios? Questionou mais uma vez um Marcus bem curioso. Alex então com um estralar de dedos interrompe Marcus.

– Ei? Quer ficar bom desse machucado? Vamos logo, estou doido para quebrar a cara dos servos da Clave. Disse Alex com um olhar encorajador. Gabumon se pôs ao lado de seu domador.

– Eu também, tô a fim de quebrar alguns inimigos por aqui! Disse Gabumon encorajado pelas palavras de Alex. Bárbara começou a caminhar a frente dos domadores.

– Vamos Lalamon, nos leve até esse Angemon, tenho muitas perguntas a fazer a ele, já que ele é discípulo do líder dessa guerra. Disse Bárbara.

Então o grupo começou a seguir Lalamon até a entrada do bosque, por uma trilha cimentada que levava para os confins do Bosque Verde. Ao adentrar, Bárbara sentiu calafrios, como se algo frio atravessasse a pele dela, o Bosque Verde era característico por suas árvores enormes, cobertas por musgos verdes que davam um tom sombrio ao bosque, havia muitas raízes que fincavam no chão e se levantavam da terra na tentativa de buscar algo, o silêncio era interrompido por alguns ruídos e gritos distantes.

– Então isso aqui está habitado? Devem ter um bom gosto para coisas assombrosas. Disse Alex. Bárbara sorri de Alex – Ué falei algo engraçado.

– Você não falou coisa com coisa HAHAHA! Sorria Bárbara. Marcus que até então permanecia cochichando com Hawkmon, também cai na gargalhada.

– HAHAHAHA! Seu louco! Disse Marcus na brincadeira. Alex deu um sorriso amarelo para seus amigos e voltou a se concentrar na trilha, Gabumon que estava próximo a Alex tropeça em um galho no chão e cai por cima de Alex.

– Eita! Alex desculpa, não prestei atenção! Disse Gabumon se desculpando. Alex se levantou meio bravo, mas logo estendeu a mão para Gabumon.

– Levante, Gabumon. Disse Alex, ajudando seu parceiro Digimon a se levantar. O galho aonde Gabumon tropeçou, começou a vibrar, emitindo um ruído que passou de galho em galho, raiz em raiz até chegar a um ser estranho de cor vermelha, com pinças saindo pela boca, ele tinha quatro braços, e suas asas estavam agitadas freneticamente.

– Nem precisei sair de minha residência, o lanche veio até mim! Disse Kuwagamon que estava em cima de uma árvore seca que não possuía mais folhas, um Dokunemon se aproximou da árvore e ficou frente a frente com Kuwagamon.

– Chefe, eu consegui ferir um domador com meu ferrão, logo, logo o meu veneno fará efeito nele. Disse o pequeno Digimon ao ser que estava lhe comandando.

– Muito bem, em breve você será promovido, mas eu espero que pelo menos um deles chegue vivo até mim, quero provar da carne humana, HAHAHAAHA! Disse o grande insetóide vermelho que babava e zumbia amistosamente.

– O senhor quer que nós os capturemos? Disse o pequeno Digimon verde ao Kuwagamon que começava a balançar suas enormes asas.

– Nós quem? Perguntou Kuwagamon. Dokunemon emitiu um zumbido do seu focinho e dois Digimons apareceram, eram semelhantes a Dokunemon, porém de coloração amarela.

– Esses são os irmãos Kunemons, eles me auxiliarão! Disse Dokunemon ao Kuwagamon começava a soltar uma saliva azulada de sua boca.

– Tragam-nos o quanto antes! Ordenou Kuwagamon. Dokunemon lançou uma teia de sua boca em uma árvore e começou a se deslocar em direção aos domadores, sendo seguidos de perto pelos Kunemons.

Enquanto isso, Marcus que estava caminhando perto de Alex, começou a se sentir tonto, sua visão estava turva e suas pernas não respondiam bem aos comandos, Hawkmon que estava sempre de olho em Marcus, percebeu que seu domador não estava bem.

– Marcus, você está bem? Perguntou Hawkon para seu domador, Marcus levantou o polegar para Hawkmon, na tentativa de mascarar sua dificuldade, porém estava nítido que Marcus não estava tão bem assim.

– Hawkmon, qual Digimon feriu seu domador? Perguntou Lalamon. Hawkmon começou a pensar e finalmente se lembrou o nome do Digimon.

– Se eu não me engano, era um Dokunemon. Respondeu Hawkmon.

– Era o que eu temia, ele está envenenado! Disse Lalamon em tom de preocupação. Todos ficam surpresos com a revelação de Lalamon, Alex que permanecia calado, socou uma árvore.

– Estamos rodando em círculo! Disse Alex cabisbaixo para o grupo.

– Como você sabe? Perguntava Bárbara atônita. Alex apontou então para a mesma árvore, ela estava coberta de musgos, mas estava com três marcas de punhos.

– Está vendo, essa é a terceira vez que esmurro essa árvore. Disse Alex, que permanecia imóvel. Marcus não aguentava mais o peso de suas pernas e se sentou, escorando-se na árvore.

– Eu também percebi, a gente passou pelo galho que Gabumon havia caído mais cedo, mas eu achava que era apenas impressão minha. Disse Marcus ofegante. Gabumon pôs as mãos na cabeça.

– Temos que achar um jeito de sair disso logo, o Marcus não vai durar muito tempo! Disse Gabumon que também estava preocupado com o humano. Hawkmon de repente, começou a voar em direção ao topo de uma árvore.

– O que ele foi fazer? Perguntava Bárbara.

– Achar a saída! Disse Marcus que começou a sentir seu corpo formigar, mas não queria preocupar mais ainda seus amigos, Hawkmon então retornou para o grupo.

– A saída é por ali, deu para ver a cidade de Venheim e o templo é antes da cidade! Disse Hawkmon avisando a todos e apontando a direção a ser seguida.

– Não temos tempo a perder. Disse Alex pegando Marcus pelos braços e começando a carrega-lo nas costas. – Hawkmon, nos mostre o caminho.

Hawkmon foi na frente e, mesmo com dificuldades, por conta do peso de Marcus, Alex, juntamente com Gabumon, Bárbara e Lalamon, foram seguindo Hawkmon de perto.

Dukunemon juntamente com os Kunemons, chegaram até os domadores, que não sabiam da presença deles, um dos Kunemons lançou um ataque na direção de Hawkmon.

– Fio Elétrico! Exclamou um dos Kunemons. Gabumon percebendo o ataque, empurrou Hawkmon e por pouco, não foram atingidos.

– De onde veio esse ataque? Perguntou Bárbara, olhando de um lado para o outro, avistando apenas árvores enormes. De uma árvore veio outro ataque também na direção de Hawkmon.

– Ferrão venenoso! Era Dokunemon atacando com seu ferrão.

– Ataque de Penas! Gritou Hawkmon em contra-ataque. As duas técnicas se colidiram, causando uma pequena explosão. – Apareça covarde, eu sei que foi você quem machucou meu domador. Dokunemon então apareceu, logo atrás, estavam a dupla de Kunemons.

– Eu irei te destruir aqui mesmo, e você não guiará mais esses humanos. Disse a lagarta verde em tom ameaçador.

– Rajada Azul! Mal deu tempo de Dokunemon se apresentar e logo foi quase atingido pelo forte ataque de Gabumon.

– Morram, Fio Elétrico! Exclamou o segundo Kunemon.

– Rajada Azul! Gabumon lançou seu ataque mais uma vez, estes se colidiram criando uma poeira. Bárbara cochichou algo no ouvido de Alex e ele começou a correr com Marcus nas costas, sendo seguidos por Gabumon e Hawkmon.

– Não deixarei vocês fugirem! Disse Dokunemon aos domadores fujões. Bárbara então tomou a frente da situação.

– Não deixarei que vocês os machuquem, Lalamon! Disse Bárbara e Lalamon atendeu o pedido de Bárbara se pondo à linha de combate. Bárbara então sacou seu digivice de cor verde e puxou informações dos dois digimons.

DIGIVICE: Kunemon – Nível: Rookie – Descrição: Suas manchas são equivalentes para os olhos, porque eles mudam de forma de acordo com as suas emoções – Técnica: Fio Elétrico. Bárbara passa o dedo no display de seu digivice que começou a apresentar as informações do outro digimon.

DIGIVICE: Dokunemon – Nível: Rookie – Descrição: Digimon malicioso, parecido com Kunemon, porém de coloração diferente, além de ser mais forte – Técnica: Ferrão Venenoso.

– Balas de Semente! Disparou Lalamon. As sementes saíram como balas saem de pistolas na direção de um dos Kunemons, que se desviou, quase sendo acertado fatalmente.

– Você não vai nos deter, ataquem juntos, Ferrão venenoso! Ordenou Dokunemon.

– Linha Elétrica! Disparam os dois Kunemons ao mesmo tempo. Os ataques foram na direção de Lalamon com muita potência.

– Conto com você! Disse Bárbara a sua Digimon e seu digivice de cor verde começou a brilhar.

– D I G I E V O L U Ç Ã O -

Lalamon Digievolui para à Sunflowmon.

Os ataques então foram dissipados por conta da energia do brilho da Evolução de Lalamon para Sunflowmon, para a surpresa de Dokunemon

– Vamos atacar novamente! Disse Dokunemon novamente aos seus companheiros, porém com um balançar de asas, que eram semelhantes a folhas enorme, Sunflowmon derrubou no chão os três digimons atacantes.

– Eu não deixarei vocês passarem daqui! Disse Sunflowmon aos seus inimigos.

– Saia da minha frente, Fio Elétrico! Gritou o primeiro Kunemon. O ataque acertou em cheio Sunflowmon que logo se levantou.

– Sunflowmon cuidado, não receba tantos golpes assim. Alertava Bárbara a sua Digimon.

– HAHAHAHA! Domadora protegendo sua Digimon, Ferrão Venenoso! Dizia Dokunemon enquanto atacava. O Ataque acertou em cheio o abdômen de Sunflowmon que foi ao solo sentindo dores no local onde o ferrão a acertou. – Veja sua Digimon morrer na sua frente. Para a surpresa de Dokunemon, Sunflowmon se levantou com certa dificuldade.

– Eu já disse que não deixarei nenhum de vocês passar! Disse Sunflowmon retrucando as palavras de Dokunemon.

– Pólen Venenoso! Da boca de Kunemon sai uma camada de fumaça de cor roxa na direção de Sunflowmon, que apenas rebateu com um bater de asas.

– “Por que ela não ataca, será se ela está esperando minhas ordens? Mas não sou boa nisso, nunca machuquei ninguém”. Pensava a aflita Bárbara, não sabia o que fazer perante a situação, mas a situação não ficaria assim por muito tempo, ela tinha que agir logo, pois o inimigo cada vez mais ganhava terreno.

– Vamos, destruiremos essa Digimon insolente agora! Disse Dokunemon instruindo os outros dois Digimon maléficos.

– Eu não permitirei que vocês avancem. Disse Sunflowmon firme à frente dos digimons, vendo aquela situação, Bárbara então cerrou os punhos e segurou seu digivice com força.

– Sunflowmon vamos ao ataque! Gritou Bárbara a sua Digimon. O digivice começou a brilhar intensamente.

– Certo, Canhão da Luz Solar! O rosto de Sunflowmon, semelhante a um girassol, começava a brilhar intensamente e então um poderoso canhão de luz foi emitido de seu rosto, atingindo em cheio um dos Kunemons, que acabou sendo derrotado, se tornando vários bits, Sunflowmon então absorveu seus dados. O digivice de Bárbara piscou alertando-a de algo

– Técnica dropada, Pólen Venenoso... não sabia que podíamos aprender as técnicas dos outros digimons. Disse Bárbara surpresa.

– Irmão! Não deixarei você sair viva, Fio Elétrico! Gritou o Kunemon após a morte de seu companheiro. O ataque acertou em cheio Sunflowmon que caiu um pouco debilitada. – Esse é o seu fim! Kunemon pulou na direção de Sunflowmon, que logo revidou.

– Cauda de Cactos! A cauda de Sunflowmon brilhou, aumentando os espinhos nela e acertou em cheio o corpo de Kunemon, que também foi derrotado. Em seguida, Sunflowmon fez o mesmo ritual, absorvendo os dados do outro Kunemon.

– Técnica dropada, Fio Elétrico! É isso ai Sunflowmon! Agora só falta você... Disse Bárbara, porém ela percebeu que Dokunemon não estava mais ali. – Sunflowmon, vamos atrás dos outros, eles correm perigo com essa lagarta verde à solta!

– Certo! Disse Sunflowmon a sua domadora.

– “Nossa, isso tudo fui eu que fiz? Venci meu medo, se não fosse Sunflowmon me encorajando desde que cheguei a este mundo, eu já estaria morta”. Pensava Bárbara toda realizada por dentro depois do grande feito que acabou de realizar. O Grande Digimon verde segurou sua domadora nos braços e foi voando em direção aos seus companheiros.

C O N T I N U A ...