Novo Mundo escrita por Mi Freire


Capítulo 13
Vamos tentar de novo.


Notas iniciais do capítulo

Recebi comentários tão maravilhosos no capítulo anterior, fiquei tão feliz e empolgada que minha inspiração facilmente voltou a reinar. E aqui está um novo capítulo. Espero que gostem.



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— Alison, pelo amor de Deus, eu não vou deixar você fazer isso consigo mesma! – David estava evidentemente nervoso, olhando para ela com os olhos negros repletos de fúria. — Esse cara é maluco! Quem garante que ele não vai fazer pior da próxima vez?

— Dave, você não entende. – Alison sentou-se no sofá de casa, passando a mão pelo cabelo ruivo. Estava frustada. — Quando as pessoas amam umas às outras elas comentem uma variedade de loucuras para...

— Não! – ele a interrompeu, sentando no sofá ao lado. Esfregando as mãos. Um gesto típico de quando ele estava nervoso. — Você não pode estar chamando isso de amor. Você ficou maluca?

— Eu só não quero... Prejudica-lo por tão pouco. Ele nem se quer chegou a me machucar. Me assustou, mas não me machucou. Eu não acho que ele vai voltar a fazer isso de novo depois de tudo o que eu disse. Então – Alison levantou-se indo até a cozinha. David tinha os olhos vidrados sobre ela. — não vamos meter a polícia nisso, legal?

Alison encheu um copo com água. De repente sentia que, apesar do frio lá fora, dentro de seu apartamento estava muito abafado.

— Tudo bem. – ele foi até ela. — Você venceu! Mas, por favor, não volte mais a aquele escritório. Fique longe do Caleb. Ou eu mesmo terei que tomar algumas providencias contra ele.

— Nada de violência, David. – ela virou-se pra ele, após colocar o copo vazio dentro da pia. — E eu também não posso simplesmente largar tudo. Eu preciso daquele emprego! E se ele quiser, pode vir atrás de mim quando bem entender. Ele sabe os lugares em que eu frequento, sabe também quem são meus amigos, sabe onde eu moro...

— Não. Você estará protegida. Eu não vou sair daqui nem por um minuto. – ele tocou o ombro dela, baixando a bola. Um gesto reconfortante e íntimo. — Pelo menos não por um tempo, enquanto aquele maluco estiver solto por aí. Eu posso ficar com o sofá como da última vez, eu não me importo. E você sabe. Nem adianta protestar.

Ele a puxou vagarosamente para um abraço.

— Eu vou te proteger, Ali. Você vai ficar quietinha. Bem aqui comigo. Essa é a minha função. – David encostou a cabeça nos cabelos sedosos dela e fechou os olhos por um momento. — Você não sabe o medo que eu senti só de pensar em te perder.

≈≈≈

Alison acordou as seis e meia da manhã naquela sexta-feira. Ficou assustada quando ouviu ruídos vindo da porta da sala de estar. Gael também pareceu ter ouvido e desceu da cama rapidamente, saltando e sumindo pela porta. Alison teria se preocupado se ele tivesse começado a latir ou a ficar agitado. Mas pelo contrário, ele só parecia surpreso, tanto quanto ela. Alison calçou os chinelos e de pijama foi até sua sala, dando de cara com David e suas bagagens.

Então ele falava sério, ela pensou ao vê-lo. Sorriu e foi cumprimenta-lo, animada. David estava de mudança por uns dias. Não sabia ao certo por quanto tempo, mas sabia que ficaria ali até sentir que Alison estaria protegida das garras de Caleb. Do contrário, ficaria ali pelos próximos cem anos e tinha quase certeza de que ela não se importaria nenhum pouco.

Enquanto ele preparava o café da manhã, ela foi tomar um banho e vestir-se. A vida continuava e ela precisava ir pra aula. Enquanto a água quente escorria por seu corpo, Alison não poderia deixar de pensar que se sentia exatamente como da primeira vez em que David precisou ficar por ali alguns dias: estava animada demais e não conseguia pensar em outra coisa. O simples fato de poder vê-lo mais que o normal já que novamente estaria dividindo o mesmo teto a deixava ainda mais feliz.

Os dois tomaram café juntos no sofá da sala e mais tarde, um pouco antes das oito da manhã, David fez questão de leva-la para a Universidade.

No intervalo, sentada no refeitório dividindo a mesma mesa com sua amiga, Margo, Alison a observava atentamente, percebendo o quanto ela mudara nas últimas semanas quando finalmente começou a superar o fim do namoro com Tony melhor do que imaginava.

Nesse momento, Margo não lhe dava a mínima atenção, enquanto Alison comia hambúrguer e tomava seu suco. Margo estava ocupada demais falando ao telefone com um largo sorriso estampado no rosto e mexendo em uma mecha curta do cabelo sem parar.

Margo aquela manhã havia confessado a ela que vinha trocando telefonemas com um tal de Alex que conheceu no pub na noite em que saíram juntas. Mas agora ela já não falava mais com o Alex e sim como um tal de Ian O’Brien, gerente de um restaurante em Manhattan, que ela conheceu por acaso em um dos seus passeios pela cidade.

Alison não sabia dizer se isso era algo positivo ou negativo, mas digamos que Margo estava muito diferente, mais soltinha e mais avaliativa em relação aos homens, conhecendo todos eles melhor, para quem sabe futuramente poder escolher um deles para ter algo a mais que uma simples troca de telefonemas. Ela sentia-se mais segura, mais à vontade, mais bem disposta e animada.

Mas acima de tudo, Alison estava feliz por ela e sua nova fase.

≈≈≈

David foi busca-la sem nem avisar aquela tarde. Ela já estava de saída, sozinha, - Margo fora se encontrar com outro pretendente, ter uma espécie de encontro - indo chamar um taxi quando ele apareceu em sua frente, sorrindo e balançando a chave de sua moto.

— David, eu preciso ir trabalhar.

— Não. Você não precisa.

— Claro que eu preciso. Não seja tolo!

— Não seja tola você, Ali. Você não precisa daquele escritório!

— Eu preciso sim! Como você pode ter tanta certeza?

E mais uma vez eles estavam discutindo por tão pouco.

— A minha única certeza é que você é capacitada o suficiente para conseguir algo melhor, algo que esteja ao seu alcance. Você é linda, inteligente, esperta e muito mais incrível do que pode imaginar. – ele olhava dentro do fundo dos olhos verdes dela. — Ali, chega de ser colocar tão para baixo. Chega de viver nessa monotonia. Sempre tão acomodada por tão pouco. Eu sei que você quer mais. Você sempre quis mais! Você nunca sonhou pouco. Então porque não se arriscar pelo o que realmente vale a pena pra você? Vamos lá, muda essa carinha. Esquece aquele escritório, se afasta do Caleb e vai atrás dos seus sonhos.

Apesar de nervosa por David ser sempre tão impertinente, Alison começou a sorrir naquele momento após ter ouvido tais coisas. Ele tinha toda a razão. E ela começou a se perguntar quando é que ele começou a conhece-la tão bem. Até mais que qualquer outra pessoa.

— Dessa vez você venceu. – ela olhou pra ele. Lindo como uma casaco cinza e um cachecol preto enrolado no pescoço. — Vamos lá. Eu vou pedir demissão agora mesmo daquele escritório maldito.

Pedir demissão não foi tão fácil assim, mesmo que David a encorajasse estando ao seu lado. Ele ficou esperando por ela lá em baixo.

Alison precisou ficar frente a frente com Caleb novamente depois do ocorrido na noite passada. Ele se desculpou diversas vezes, mas ela não queria ter sentido aquela sensação tão ruim de medo, os pelos do braço arrepiados mesmo cobertos por sua jaqueta de couro quando olhou no fundo dos olhos dele. Porque apesar de ele a ter a traído com uma qualquer e estragado tudo, ainda assim os dois tiveram algo bonito juntos, algo que estaria marcado sempre dentro dela. Mas depois do que ele fez, assustando-a de tal maneira, ela teve certeza, enquanto ele a observava assinando os papéis de demissão, que nunca mais voltaria a sentir nada por ele, apenas medo e desapontamento.

Enquanto descia de elevador, ela desejou nunca mais ter que vê-lo outra vez. Queria distância. Apenas distância. E esperava, que algum dia, ele encontrasse a verdadeira paz e reconforto para o seu coração. Porque pra ele ter feito o que fez, não deve estar nada bem.

— Você demorou, comecei a ficar preocupado. – David pegou a mão fria dela quando ela se aproximou dele.

— Você não precisa me proteger todo o tempo. – ela revirou os olhos de forma engraçada. — Eu sei me virar bem sozinha, acredite você ou não. Mas obrigada, Dave. Sem você eu nem sei se conseguiria...

— Claro que conseguiria, não seja boba. Mas comigo é sempre bem melhor. Fala sério. – eles riram. — Agora você é uma desempregada. E por isso, só por isso, vou pagar um lanche pra você para comemorarmos juntos esse dia marcante.

≈≈≈

Alison terminou de colocar seu pijama de inverno azul-claro e quando voltou para a sala de estar deparou-se com David dormindo sobre um dos sofás com Gael deitado em suas pernas também adormecido. Geralmente era ela quem sempre pegava no sono primeiro, então, poucas vezes o viu dormindo tão intensamente daquela forma.

David parecia um menininho puro e inocente, fazendo com que ela tivesse vontade de pega-lo no colo e cuidar dele. Porque ela sabia que assim como ela, assim como qualquer outra pessoa, ele também precisava de cuidados. Mesmo não admitindo, mesmo não deixando transparecer, mesmo não pedindo. Ela sabia que ele era um homem que também tinha suas fraquezas, dificuldades e crises. E assim como ele, ela só queria estar ao lado dele quando momento difíceis surgissem.

Ela voltou ao quarto e pegou um cobertor mais grosso e cuidadosamente colocou sobre ele, cobrindo-o. Alison fechou a janela, depois as cortinas e por fim trancou a portas. Ela também apagou as luzes, desligou a tevê e ligou os abajures. Pegou uma coberta quentinha e mais fina e um dos seus livros favoritos para reler: Dear John (Querido John /Nicholas Sparks), e sentou-se na poltrona.

Geralmente Alison grifa com lápis as frases que lhe chamam mais a atenção nos livros que ela já leu ao longo da vida. E com esse não é muito diferente. Ela o folheia devagar, tentando não fazer barulho para não acordar David no sofá ao lado e procura uma de suas frases preferidas.

E quando seus olhos encontraram os meus, senti um clique, como uma chave destravando um cadeado (…) Havia algo ali, real e reconhecível, e eu não conseguia desviar o olhar.”

Sorrindo ela fechou o livro e voltou a olhar para David: seu peito subindo e descendo devagar, sua boca levemente aberta, sua cabeça inclinada, o topete militar já bagunçado, a mesma barba espessa de sempre, o piercing prata no nariz e as pálpebras dos olhos fechados movimentando-se como se ele estivesse sonhando.

Ela encostou a cabeça no encosto da poltrona velha, suspirando baixinho enquanto ainda admirava-o. Ela queria estar lá, no mesmo sofá com ele, de baixo do cobertor, sentindo seus braços a envolverem. Ela queria senti-lo mais perto, como se ele nunca mais fosse volta-la. Porque era exatamente o que ela queria: que ele nunca a mais a soltasse. De repente Alison nunca sentiu tanta vontade de estar com alguém, tanta vontade de dividir sua vida e suas coisas com alguém, de repente Alison já não sabia exatamente o que sentia por ele, mas sabia que era especial, sabia que era intenso, sabia que era um sentimento muito maior que qualquer outro que ela já sentiu antes. Mal cabia no peito.

Desde que o conheceu para valer, não quer mais perde-lo nem por um segundo. Ele é especial demais para ela, ele a motiva, a incentiva, ele a conhece, ele faz com que ela se sinta capaz, importante, segura e determinada. Ele a ama. E pensando bem, ela também o ama. Só que ainda não sabe bem como dizer isso a ele. Não é só por medo de estragar tudo, mas também porque essas três palavrinhas não parecem o suficiente para expressar tudo que sente.

≈≈≈

— Aliás, onde está o seu namorado? – ele perguntou descontraído, enquanto a ajudava a preparar o almoço de domingo.

— Ele precisou tirar uns dias em Nova York para acertar umas ultimas coisas antes de poder finalmente vir morar aqui. Digo, não aqui exatamente, mas aqui, em Manhattan ou no Brooklyn. – ela passou pra ele a tigela com salada. — A propósito, ele ligou essa manhã. E está muito feliz por você estar aqui comigo, enquanto ele está longe.

— Hum. Legal. Que bom ele não tem ciúmes da gente, não é mesmo? – ele se fazia de desentendido. E apesar de perceber, ela fingiu não se importar. — Afinal, somos amigos.

Os dois prometeram a Margo que faria lasanha de frango com molho branco. Margo iria trazer um convidado especial para o almoço. Mais um de seus tantos pretendentes. Ela também queria saber a opinião dos amigos quanto as suas escolhas.

Naquele momento estavam preparando juntos o molho branco em uma panela pequena, enquanto o restante estava no forno. David com mais jeito, fazia a maior parte e Alison o ajudava como podia. Ela queria que tudo saísse perfeito, já havia até davo um trato na casa. Sabia que aquilo era importante para Margo.

— Pode pegar leite pra mim? – ele pediu. — Por favor.

Alison foi pega desprevenida e de surpresa por David, que jogou em cima dela, sem mais nem menos, amido de milho. Sujando seu cabelo, sua roupa – por sorte estava de avental – e o chão.

Seu queixo caiu, chocada com a bagunça que ele estava fazendo quando na verdade ela já havia limpado a casa toda. Ficou irritadíssima por alguns segundos, mas bastou ele rir da cara dela para quebrar a tensão do momento. Alison decidiu revidar, pegando um bocado na mão e jogando sobre ele também. David desligou o fogo e os dois rapidamente começaram uma batalha, sujando tudo com farinha.

Os dois aos risos, tentando se proteger a sua maneira.

— Nem pense que vai escapar de mim! – ela gritou, fingindo estar furiosa. — Você vai limpar tudo isso depois.

— Nem pensar! – ele riu, correndo em volta da mesa. Ambos brancos de farinha, inclusive os cabelos. — Eu estou cozinhando!

— O que é isso? – ouviram uma voz e pararam tudo o que fazia, surpresos pela visita inesperada: Lucy Parker.

— Estávamos... Brincando. Foi minha culpa. – David riu, sem jeito, tirando o excesso de farinha do seu avental. — Lucy, que surpre....

— Precisamos conversar, David. Sabia que te encontraria aqui. – disse ela brava olhando fixamente pra ele, com o tom elevado. Alison nunca viu Lucy assim. — Agora.

— Eu vou.... Tomar um banho. – Alison retirou o avental e o colocou de lado. Completamente descontável mesmo estando na própria casa. — Fiquem a vontade. Depois eu volto para limpar tudo.

— Não, Ali. Tudo bem. – David interveio. — Eu dou um jeito nisso.

Alison tentou sorrir, mas não achou ser convincente. Virou as costas e saiu da cozinha, passando por Lucy sem dizer nada.

Não era o momento certo.

Mesmo do banheiro, com o chuveiro ligado e a porta trancada ela podia ouvir o bate-boca vindo de fora entre Lucy e David. Os dois pareciam estar tendo uma briga feia. E ela nem se quer sabia o motivo. Mas por dentro torcia que não fosse por culpa dela.

Quando saiu do banho foi direto para o quarto se trocar. E quando saiu de lá, voltando até a cozinha, Lucy já não estava mais lá, porém a cozinha estava impecável, tudo limpo e em ordem.

— Você não precisav....

— É minha vez de tomar banho.

David passou por ela, cabeça baixa, parecia frustrado.

— Fique de olho no forno! – ele gritou de dentro do banheiro.

O almoço não foi lá essas coisas. Alison sabia que algo estava muito errado. E não era só a cara fechada de David após a briga com Lucy. Ela sentia-se culpada de alguma forma. Como se fosse uma intrusa em meio aos dois. Por outro lado, Margo estava muito sorridente, saboreando o almoço e falando sem parar com Matt, o convidado.

≈≈≈

— Você gostou dele? – Margo perguntou a Alison, quando eram só as duas no sofá da sala. — Ele não é lindo?

— Ele é.... Legal. E bonito também. – novamente ela tentou sorrir, sem muito resultado. Margo estranhou. — Desculpe.... É que...

— Sei. É o Dave. Não é mesmo? – Margo tocou o braço da amiga, carinhosamente. — Eu percebi durante o almoço. Vocês dois pareciam muito distantes. O que aconteceu?

— Na verdade, eu nem sei. – Alison desviou o olhar. — Ele teve uma discussão feia com a Lucy e eu me senti tão culpada.

— Não se sinta. Você não tem culpa de nada, Ali. Seja lá o que tenha acontecido entre eles dois. – Margo aproximou-se de Alison, para abraça-la de lado. — A casa é sua, o David quis passar alguns dias aqui por escolha própria e não foi você quem o obrigou, além do mais ela chegou aqui de intrusa, sem nem ser convidada e ainda arma o maior barraco! Não é por nada não, mas eu nem gosto tanto assim dela. Não sei. No começo eu pensei que fosse apenas ciúmes de você, mas agora eu cheguei à conclusão de que ela é pouco exagerada. Você e o David sempre foram amigos. Então, qual é o problema dessa garota?

Apesar de tudo, Alison riu. Margo mesmo falando sério consegue ser divertida. E ela adora isso nela. Agradece todas as noites antes de dormir por tê-la ao seu lado novamente. Como nos velhos tempos.

Ou melhor que antes.

— Não vamos falar mais disso. – Alison espantou os maus pensamentos. — Me fala de você. Como foi que conheceu o Matt?

≈≈≈

— Desde quando você fuma? – Alison arqueou uma das sobrancelhas. David estava ao seu lado naquela mesma noite, acompanhando-a para um passeio noturno com Gael.

— Quando estou muito nervoso, eu fumo. – ele respondeu, soltando a fumaça pela boca a seguir. — Eu nem sei bem porquê.

— Quer saber? Você perde completamente o charme com um cigarro na boca. – ela foi sincera, continuando sua caminhada.

— Ei. Espera. – ele deu uma corridinha para alcança-la. — Eu não sabia que você me achava... Charmoso. – ele brincou, tirando o cigarro da boca e jogando de lado depois de apagado.

— Eu pensei que você soubesse. – ela sorriu também, sentindo as bochechas corarem apesar do frio. — Não é só a minha opinião. Com certeza a maioria das mulheres acham o mesmo.

Gael farejava a calçada vazia, andando na frente.

— Não é como se eu me importasse muito com a opinião dos outros. Mas depois que te conheci, eu realmente me importo com a sua.

Os dois se entreolharam, sorrindo.

— Além de charmoso, você é muito galanteador. Tem sempre a resposta pronta na ponta da língua. – ela riu. E naquele momento David Marshall percebeu que não havia nada melhor na vida do que fazer Alison rir. — Não me provoque, David.

Ela deu um último sorriso antes de andar mais depressa com Gael puxando-a.

— Porque eu não deveria?

Ela já estava a certa distância dele, mesmo assim ele conseguiu ouvi-la dizer:

— Você não vai querer saber.


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Notas finais do capítulo

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