A sensação de passar pelos portões sabendo que as coisas mudariam era maravilhosa. Nossa volta foi anunciada no dia anterior, todos estavam muito animados. Caspian e eu andávamos a frente em nossos cavalos, ao nosso meio Aslam, atrás de nós Edmundo, Lúcia, Pedro e Susana. Atrás deles todos os narnianos que haviam nos ajudado a vencer aquela guerra. No começo ficamos meio relutantes em traze-los, mas se fosse para começar de novo que começasse direito.
As pessoas haviam se juntado nas ruas para nos receber, quem morava na rua principal ficavam das janelas e sacadas. Todos celebrando e muito felizes. As pessoas nas sacadas jogavam pétalas de flores para nós. Caspian olhou para mim e sorriu, completamente feliz.
Os faunos haviam feito coroas de flores para mim, Susana e Lúcia. Caspian, apesar de ainda não ter sido coroado oficialmente, usava a coroa real.
Perto do pátio do castelo várias pessoas nos esperavam, junto delas eu pude avistar minha tia e minha prima mais nova, sua filha. Quando chegamos ao pátio nós paramos os cavalos e descemos.
– Tia. - corri para abraça-lá assim que Caspian me ajudou a descer.
– Oh minha querida. Eu nunca perdi a fé em você! - falou me abraçando.
– Senti tanto a sua falta. - falei, me separando dela e abraçando a minha prima. - E minha mãe? Meu pai tia?
– Sua mãe quis vir, mas não podia deixar seu pai sozinho. Vá ate ela querida. Vá. - olhei para Caspian que assentiu.
– Eu posso cuidar de tudo sozinho. Vá. - falou e eu assentiu. Correndo ate a minha casa. Atropelei algumas pessoas pelo caminho, mas consegui chegar sem nenhum esforço. Parecia que havia se passado tanto tempo desde que eu havia feito aquele trajeto da ultima vez quando, na verdade, só fazia alguns dias.
Quando cheguei em casa logo fui entrando sem cerimônia, estava tão ansiosa que esqueci do meus modos. Não havia ninguém na sala. A cozinha também estava vazia. Quando cheguei ao quarto de casal, recebi o maior presente que poderiam ter me dado. Meu pai estava em pé ao lado da cama, com minha mãe o escorando.
– Pai?! - chamei-o, fazendo com o que a atenção deles se voltasse para mim.
– Minha filha. - ele falou, tentando andar ate mim, mas sua dificuldade era visível. Caminhei ate eles, completamente espantada. Abreçei-o forte. - Minha princesa.
– Mas como? - perguntei enquanto me separava dele.
– Não sabemos. - mamãe respondeu.
– Eu estava deitado e, de repente, uma dor muito forte começou a se alastrar pela minha coluna então eu estava sentado. - eu sabia do que ele falava porque havia passado por tal experiência. E sabia também quem havia curado meu pai.
– Aslam. - murmurei.
– Ele existe minha filha? Você o viu? - meu pai perguntou.
– Ele existe pai e está aqui. Veio junto conosco! - falei e abracei-o de novo.
– Minha filha. - olhei para minha mãe. - Me perdoe! - ela falou e vi seus olhos de encherem de lágrimas.
–Oh mãe. - abrecei-a.
– Tive tanto medo de perde-lá, meu anjo. Não deveria ter dito o que eu disse. Me perdoe.
– Está tudo bem mãe. Começaremos uma nova fase agora, está bem? - falei e os dois assentiram. Nos abraçamos. Não poderia estar mais feliz.