What Comes Next? escrita por Pimps


Capítulo 2
Helena


Notas iniciais do capítulo

Esse pov irá relembrar o ep Birds of Prey (S02E17), quando a divíssima Helena Bertinelli volta para a série como convidada



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A prisão era um lugar horroroso. Era escura e fria, e era capaz de deixar qualquer um sem esperanças. Mas Helena Bertinelli nunca foi exatamente o tipo de mulher que tivesse fé em algo. Desde a morte de seu noivo, Michael, a única coisa que a mantinha em pé e lutando era a vingança por seu pai. Agora, nem isso havia lhe restado. Deveria ter sido eu a matá-lo, ela pensava incessantemente. Se não fosse por Oliver... Se não fosse por ele e aquela estúpida namorada loira a impedi-la, ela teria o sangue de Frank Bertinelli em suas mãos e ainda sorriria. Ela saberia que havia feito justiça ao seu amor.

Vingança é justiça, ela teimava em pensar, mesmo que Oliver tivesse dito o contrário várias e várias vezes. E ela seria uma justiceira, tão boa quanto ele, se ele não tivesse a impedido, se ele não tivesse causado a morte de Frank no lugar dela. Quando ela foi presa, ela disse que ele tinha razão, que havia pensado equivocadamente que se sentiria melhor, que tudo estaria acabado assim que seu pai morresse. Mas é claro que ela não se sentia satisfeita, por que não tinha sido ela a matá-lo. Deveria ter sido eu.

Mas com uma coisa tinha que concordar, ela não tinha feito planos para o que viria a seguir se tivesse escapado impune naquela noite. A morte de seu pai importava tanto que, assim que ele estivesse morto, ela não saberia mais o que fazer. Provavelmente viver e usufruir das riquezas que ela iria herdar, junto com toda a sua influência. Ela era boa nisso, em liderar. Era uma boa diplomata, mesmo que assassina. Afinal, se não fosse por ela, todo o suposto acordo entre Bertinelli e o bilionário Oliver Queen teria ido por água a baixo. Mas ela o havia conquistado. Conquistado de uma maneira que sabia que Ollie não seria capaz de machucá-la, pois ainda tinha sentimentos por ela. Só que o Arqueiro também era um justiceiro, afinal, e tentou fazer justiça por prendê-la. Helena não o culpava.

Ela não se importava em estar presa. Não tinha mais nenhum objetivo de vida. Ela não amava a ninguém, assim como ninguém a amava. Não havia nada nem ninguém a esperando do lado de fora se não uma vida vazia de milionária. Quem sabe, talvez, uma vingança contra Oliver. Afinal, ele havia destruído a sua vingança. Durante a sua detenção, no entanto, ela nunca havia pensado no que faria quando estivesse do lado de fora das grades... Até alguém pagar a sua fiança.

Naturalmente, sua primeira pergunta foi: “quem?”. Afinal, quem nesse mundo se importaria com Helena Bertinelli? Ela não era nada mais do que uma assassina com sede de sangue, vingativa e de pouca confiança. Nem mesmo o seu último interesse amoroso se importava em saber como ela estava, transformando o seu “você não está sozinha” em uma completa mentira pela parte dele. Mas, realmente, ela não estava sozinha, por que alguém estava a tirando dali. Só restava saber quem. E por quê. Provavelmente, alguém querendo um favor. Ninguém tiraria ela de lá por outro motivo.

Um dia antes de ser liberta, ela foi conhecer a pessoa que a tiraria de lá. A primeira visita que receberia em Iron Heights. Ela entrou na sala de visitas, com suas inúmeras mesas e cadeiras de metal espalhadas, janelas trancadas com barras de ferro e tudo vigiado por guardas da prisão em ambos os cantos. Estava tudo vazio, exceto pelos guardas e a sua visita, na mesa central.

Era uma mulher. Seus cabelos eram de um ruivo escuro, compridos iguais os de Helena, ondulando-se enquanto caiam sobre os ombros e escondiam seu cachecol. Usava óculos pequenos e ovais sobre os olhos. Mas diferente do que Helena pensou, ela não parecia ser nenhuma chefe da máfia ou alguma mulher absurdamente poderosa. Ela se contentava em usar roupas casuais – calça jeans e suéter de lã verde sob um casaco de couro marrom - e se tivesse vinte e cinco anos, seria muito para sua aparência jovem. Mas de longe essas eram suas características mais marcantes. O principal ponto naquela mulher era que ela estava sentada em uma cadeira de rodas.

A detenta se aproximou sem cautela nenhuma. Curiosa, era verdade, mas não havia por que temer uma mulher paraplégica, ainda mais se ela a estivesse tirando daquele inferno com o dinheiro do próprio bolso. Sentou-se a frente da ruiva.

– Então, é você quem está querendo me tirar daqui... Você não é o tipo de pessoa que eu imaginaria para pagar a minha fiança – Helena falou, inclinando levemente a cabeça para um lado em um tom curioso. A ruiva não pode deixar de sorrir.

– Só em aparências. Mas o seu histórico peculiar com Oliver Queen faria muita gente querer te tirar daqui.

Diante disse, Helena se endireitou melhor na cadeira. Ficou ereta, prestando total atenção na figura a sua frente. Ela não sabia quem era a ruiva, mas se ela sabia quem Oliver era... Ela pensou novamente em que motivos levariam alguém a tirar ela dali. Talvez ela pudesse saber qual era agora. Queriam derrubar Oliver Queen.

– Infelizmente, os meus caminhos e os dele já se separaram. Sabe como são esses bilionários playboys... Odeiam compromissos. Mas eu não guardo mágoas, se veio me tirar por causa de Oliver.

Era estranho ela estar o defendendo agora. Afinal, ele havia tirado a sua vingança. Ele a garantiu que não estava sozinha quando, na verdade, estava totalmente. Ela não se importaria se aquela mulher de repente quisesse acabar com o Arqueiro. Mas Helena não faria parte disso. Ela tinha motivos para desgostá-lo, mas não de caçá-lo.

– Então, essa uma ótima notícia! - ela falou de um modo entusiasmado, como se tivesse acertado a questão mais difícil de uma prova – Oliver é um elemento importante, sim, mas eu não estou aqui para unir os seus caminhos novamente... Embora o que eu faça seja parecido com o que ele faça, e eventualmente ela vá precisar da sua ajuda em breve. Você tentou matar seu pai, Helena, mas isso não significa que ainda não possa seguir o caminho certo.

Deus, ela era igualzinha a Oliver. Sempre tentando a puxar para o lado correto e justo, o que não tinha derramamento de sangue. Mas, por um lado, fazer justiça era algo que Helena estaria disposta a fazer, e muito. Era isso o que ela buscava desde o início. E Frank Bertinelli não era uma única mente, mas um elemento que estava ligado a planos maiores de pessoas piores. Michael tentaria impedi-los. Ele tentou, eventualmente, e era por isso que estava morto. Ele gostaria que ela tentasse o mesmo.

– Quem é você? - Helena finalmente perguntou, e então a mulher sorriu de uma maneira amigável.

– Eu me chamo Barbara Gordon. É um prazer conhecê-la.


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Notas finais do capítulo

Para quem não sabe, Barbara Gordon é a filha do Comissário Gordon (SIM! o do BATMAN!) e ela é a Oráculo, líder praticamente do grupo de heroínas Aves de Rapina dos quais Helena (Caçadora) e Laurel (Canário Negro) fazem parte. Seria interessante trazerem ela para série e as Aves de Rapina ajudarem Oliver, não?

Outra suposição q fiz também seria Helena fazer parte do Esquadrão Suicída e invés da Barbara, ser a Amanda a tirar ela da prisão. Bom, sei lá, o que importa que eu amo a Helena e acho q ela tinha q voltar para série :3 e vcs?



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