Contágio escrita por MrArt


Capítulo 75
Estação 4 - Capítulo 75 - Uma Porta, Cuidado!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!

Kei, Akio, Ford e Vasili estão ausentes.



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Nitori havia abandonado o grupo após eles ingressarem o cassino de Vasili, nunca ela iria admitir ingressar uma comunidade inimiga, que tirou a vida da única pessoa que se importava com ela, o Kled. Nitori havia ficado muito deprimida desde que o parceiro foi brutalmente assassinado na rodovia, e ao mesmo tempo, ficou com o ódio predominando em sua face e não pode matar Vasili quando teve a oportunidade.

Já fazia cerca de um dia desde que abandonou o grupo e a mulher andava no limite de Las Vegas e Henderson. Seus longos cabelos presos balançavam com o vento junto com seu casaco preto, as botas mantinham uma faca guardada caso acontecesse alguma emergência, mas sua escopeta sempre se encontrava em mãos para qualquer movimento brusco ou barulho suspeito.

— Depois de tanto tempo, nós nos encontramos – Nitori se sentou na escada de uma residência... na verdade era sua antiga residência antes de tudo acontecer, notou que a casa tinha uma marca vermelha de um ‘’X’’, provavelmente colocado pelos soldados antes da cidade cair e todos morrerem – Minha nossa... – Nitori abriu a porta da casa e entrou na mesma, observando todo o ambiente bagunçado.

Observou cada detalhe da casa, muito diferente depois ter a deixado quase dois anos, os móveis estavam repletos de poeira, os vidros das janelas quebrados e de longe podia ver que a cozinha havia sido saqueada.

— Parece que o Rin levou tudo embora, vadio... – Nitori vasculhando um armário da cozinha que tinha uma combinação para abrir e só ela e o ex-marido sabiam. Nitori não voltou para sua casa quando a cidade estava um caos e acabou deixando um revólver no armário e provavelmente Rin havia pego, uma vez que o armário não apresentava sinais de arrombamento – Merda... – Nitori pegou sua escopeta de cima do balcão da cozinha ao ouvir um barulho de motos passando pela rua.

— Ei, Hans, essa casa não estava aberta de manhã cedo! – Nitori ouviu um rapaz falar do lado de fora de casa.

— Deve ter algum zumbi lá dentro, Max – O tal de Hans respondeu para Max – Precisamos ir rápido, Lilian falou que há um grupo do cassino passando de carro, aquele desgraçado vai se arrepender de ter nos expulsado da cidade! – Hans gritou com raiva e Nitori colocou as mãos na boca, ela estava escondida atrás do balcão, ouvindo os passos de um deles na entrada da casa – Tem certeza que vai entrar aí?

— Zumbis não abrem portas... só se arrastam por aí – Max carregou seu revolver e Nitori pode ouvir o som da arma. Ele finalmente havia entrado na cozinha, conforme ele dava a volta no balcão, Nitori ia na direção contrária.

— EI! – Hans gritou e apontou o dedo para Nitori, era possível ver a moça pelo corredor que estava ligado à cozinha – Olha só! – Hans foi até Nitori, mas a mesma rapidamente se levantou e empurrou o rapaz até o outro lado do balcão, antes que ele ou Max atirassem.

Hans se debatia enquanto Max ia correndo até o rapaz, Nitori enquanto o segurava, tirou sua faca da bota e a passou em sua garganta, fazendo sangue espirrar no balcão, no chão da cozinha e nela mesma, até que Max chegou e viu aquilo horrorizado.

— O QUE VOCÊ FEZ?! SUA DESGRAÇADA! – Max disparou contra Nitori, mas ela se abaixou e os tiros acertaram Hans, acelerando ainda mais sua morte em cima do balcão, Max correu até o amigo para ajuda-lo e Nitori o fez tropeçar, tomando a arma dele enquanto tentava se levantar, dando tempo de a moça sair correndo da casa.

Nitori passou reto pelas motos, corria o mais rápido que suas pernas aguentassem, ela atravessou a rua e pulou a cerca para uma casa vizinha, olhou para trás e percebeu que Max saia de lá descontrolado, com um walkie-talkie nas mãos. Nitori atravessou o quintal da outra casa, saindo em uma rua paralela e logo avistou o beco, mas antes de chegar lá, ouviu um enorme barulho de explosão, seguida de um barulho de carro sendo destroçado.

— Merda! – Nitori colocou a cabeça para fora do beco e viu que as vítimas do acidente haviam sido Robert, Polly, Bel e o filho do assassino que tirou a vida de Kled.

 

— Cinco Minutos Depois  -

 

— A bomba veio de alguns dos prédios! – Polly falou enquanto via o carro em chamas.

— Fala mais baixo, essas pessoas estão por todo lugar! – Nitori falou ainda assustada, vocês foram muito burros! As armas ficaram dentro do carro – Nitori bateu a mão na testa, agora havia apenas a escopeta dela e a arma do outro rapaz - Fica com isso! – Ela jogou a arma que pertencia a Max para. O beco tinha uma porta para o possível prédio que veio as bombas.

— Nós entramos por aqui, Nitori, você que tem a arma mais pesada entra pela porta principal – Robert falou verificando a quantidade de balas na arma, apenas duas.

— Você gastou minhas balas atoa! – Bel que ainda recuperava sua audição, gritou para Polly, enquanto segurava seu rifle.

— Eu tenho isso! – Nitori arremessou a faca para Bel, que acabou pegando e cortando a mão logo em seguida – Meu Deus... – Nitori saiu do beco para ir até a outra entrada do prédio.

— DROGA! – Bel ia dar um grito, mas sua boca foi tapada por Ygor uma vez que alguns zumbis andavam pela rua. A mão de Bel escorria uma pequena quantidade de sangue.

— Me dá isso aqui – Polly tomou a faca das mãos de Bel, Robert deu um chute na porta de ferro a mesma abriu, revelando que ali deveria ser uma garagem ou um armazém, Polly, Bel e Ygor vieram logo atrás, o último havia fechado a porta caso alguém aparecesse ali.

— Podem parar aonde estão! – Uma mulher alta apontou seu revólver para os quatro. Robert levantou o braço, mas ainda com a arma em sua mão, Polly rapidamente escondeu sua faca na cintura – Ela foi mordida?! – Perguntou, com a arma apontada em direção à Robert.

— Foi a explosão que você causou! – Polly gritou para a moça.

— Lilian! Me responda! Estamos chegando aí! Estão com os caras que mataram o Stuart e o Hans? – Uma pessoa falava no walkie-talkie de Lilian, mas ela continuava com a arma apontada para eles, sem ao menos tocar no aparelho

— Como vocês conseguiram sobreviver naquele acidente?! É impossível! – Lilian falou vendo que os quatro estavam machucados, mas nenhum apresentava ferimentos tão graves – Tiraram a vida do Stuart e o jogaram para os zumbis, vocês são ruins! – Lilian disse - Eles vão chegar aqui e nenhum de vocês estarão vivos para contarem histórias! – Lilian terminou de falar e Robert deu um ‘’tchau’’ com a mão, a moça não entendeu.

— Cala a boca... – Nitori acertou em cheio a bala no crânio de Lilian., fazendo a bala sair em sua testa, o corpo da mulher caiu de bruços no chão enquanto o sangue saia de sua cabeça.

— Essa é por tentar nos matar – Polly se agachou deu inúmeras facadas na cabeça de Lilian – Ela falou que tem deles vindo? Vamos acabar com essa palhaçada agora, não quero outro grupo maníaco atrás de mim – Polly pegou a arma da mulher, limpando o sangue que estava no objeto na roupa do óbito.

— Parece que estão vindo... – Ygor falou olhando de fininho pela janela do armazém um carro preto parar bem em frente ao prédio – Precisamos nos preparar e só temos 3 armas de tiro.

— Ela tinha balas de rifle, pode se dizer que estamos tendo sorte agora – Bel falou agachada pegando as balas que estavam no casaco de Lilian e colocando em sua arma, agora pronta para ser utilizada.

— Fiquem em posição de ataque e você se esconda, se acontecer alguma coisa Vasili irá matar todo mundo aqui mais tarde – Robert falou e Ygor iria se manifestar, mas viu que não teria voz naquele momento. Polly estava do lado da porta principal, caso a abrissem, ela não seria vista tão cedo, Robert subiu em cima de uma estante junto com Bel e Nitori foi a única que permaneceu no pavimento.

Max, com todo seu grupo liderado pelo Skinhead Anton e seu irmão, Skinhead Rolf, pararam na porta, Polly podia ver a sombra deles pelo pequeno vão. Junto com o grupo inimigo estava um rapaz chamado Wolfgang e duas mulheres, Helen e Miriam.

— Não parecem ser muitos – Polly falou sem fazer barulho, Robert conseguiu entender com uma leitura labial. De repente, eles abriram a porta e a mesma bloqueou a visão de Polly, deixando-a despercebida pelo grupo.

— Lilian?! Porra! – Skinhead Anton gritou ao ver a mulher no chão e Nitori na frente dela, ele puxou sua arma do casaco de couro preto e apontou para a mulher – O que você fez com ela?!

— O que eu fiz com ela? Ela tentou matar pessoas – Nitori falou enquanto observava Polly sair de trás da porta e puxar Miriam para fora do prédio, colocando a mão na boca da moça, impedindo-a de gritar.

 - Você trabalha para o Vasili né, aquele psicótico russo, ele estava com o Stuart e vocês tiraram a vida dele! – Skinhead Anton tremia enquanto apontava sua arma para Nitori, que deu os ombros.

— Eu não trabalho para ninguém – Nitori disse com um sorriso cínico – Aliás, que porra é Stuart? – Ela perguntou, debochada.

— Ela matou o Hans e o Stuart atoa e agora fez isso com a Lilian! – Max gritou irritado. Robert e Bel faziam o maior silencio possível, Ygor se encontrava bem escondido e fora de perigo deles – Não havia motivos para fazer isso!

— Se não havia motivos para fazer isso, você merece morrer – Skinhead Rolf, o irmão de Anton, também apontou sua arma para Nitori.

— Espera aí, cadê a Miriam?! – Wolfgang olhou para trás, vendo que a moça não se encontrava ali.

— AGORA! – Robert disparou o primeiro tiro, acertando no pescoço de Wolfgang, Nitori puxou sua escopeta atrás de si e atirou em Skinhead Anton, atingindo seu estomago e seu peito, Helen havia conseguido atravessar a porta e não ser morta a tiros por eles.

— É uma emboscada! – Helen gritou saindo de lá junto com Max, indo em direção ao carro preto.

— PORRA! – Skinhead Anton gritou ao ver seu irmão agonizando no chão, Nitori tentou matar Anton também, os dois começaram a trocar tiros, mas não acertavam nenhum sequer, enquanto Robert recarregava sua arma junto com Bel – VOCÊ MATOU A PORRA DO MEU IRMÃO! VOCÊ ESTÁ FUDIDA! – Anton gritou saindo dali antes que fosse baleado por algum deles.

Do lado de fora, Polly havia arrastado Miriam para o beco, levantado a mesma enquanto a enforcava.

— E-EU! NÃO FIZ NADA! – Miriam gritou enquanto era enforcada naquela parede do beco – SUA PUTA! – Ela cuspiu no rosto de Polly, fazendo a loira aumentar ainda mais a pressão em suas mãos.

Vocês não deveriam mexer com quem está quieto— Polly gritou rangendo os dentes, ela apertou o pescoço de Miriam com mais força até que a mesma não resistiu e não conseguiu mais respirar, morrendo ali nas mãos da loira. Polly soltou a mulher e seu corpo ficou ali para os zumbis darem conta do recado.

Polly antes de sair do beco notou que Anton, Max e Helen haviam escapado com vida, mas sabia que alguém tinha morrido devido o barulho dos tiros que ecoou dentro do prédio. A loira seguiu se apoiando na parede ouvindo os zumbis devorarem o corpo de Miriam.

— Nós matamos quatro pessoas e todos estamos vivos, que milagre – Polly falou vendo os corpos de Lilian, Rolf e Wolfgang próximos um do outro – Eles saíram daqui que nem patinhos, não irão voltar atrás de nós.

— Eram eles – Bel falou descendo da estante junto de Robert, enquanto Nitori não entendia nada do assunto.

— Do que está falando? – Nitori perguntou.

— Stuart, o cara que você matou, todos esses caras que mataram – Ygor falou saindo de seu esconderijo – Meu pai os expulsou da cidade quando ele tomou poder de Las Vegas, eles estavam tentando voltar para cá quando vocês e o grupo do cassino estavam brigando, mas agora parece que não temos mais problemas com ele – O rapaz falou vendo os corpos.

— Vamos sair dessa porra desse lugar, Vasili vai nós matar só pelo atraso, imagine quando ele souber que você esteve aqui conosco – Robert falou colocando o revólver no cós da calça – Você viu o que é andar sozinha, pode vir conosco se quiser – Olhou para Nitori.

— Tudo bem... – Nitori respondeu. Os cinco rapidamente saíram dali em meio à chuva que castigava Las Vegas, enquanto um perigo maior se aproximava do cassino de Vasili e todas as pessoas que moravam ali.


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