Contágio escrita por MrArt


Capítulo 6
Estação 1 - Capítulo 6 - Abrigo


Notas iniciais do capítulo

Heeey, boa Leitura o/



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Meu ouvido estava zumbindo, minha cabeça latejava, meus ouvidos doíam, os gritos das meninas estavam baixos... eu perdi meu consciente durante alguns segundos, eu me levantei e me apoiei no carro, ajudei Bel e Lia a se levantaram e elas se abraçaram, vi Kei com as mãos no volante assustada, Sasha estava abraçado à Mike, que estava com a face espantada enquanto Polly olhava para os prédios em chamas atrás de si.

— Não foi outro atentando terrorista... – Disse Polly – Foi o controle de doenças... impedindo que a quarentena se espalhe.

— Do que você tá falando... – Disse Bel – A gente tem que sair daqui... antes que tenha outro ataque.

— Melhor irmos – Falou Kei – Antes que mais uma bomba possa surgir, podem subir – Falou para as gêmeas.

Ajudei as garotas a entrarem no jipe, que ficou já no seu limite, Kei deu partida no veículo, a rodovia estava deserta, mas aos poucos começou a surgir alguns veículos, veículos policiais, ambulâncias, estava praticamente tudo ficou parado.

No mínimo a cidade viu ou ouviu a destruição de boa parte de Denver, e os ataques repentinos em Englewood que no mínimo já atingiram Littleton e em algumas horas Columbine ia dar primeiros casos de infecção.

O rádio local transmitia relações com os estados vizinhos, Utah havia fechado sua fronteira com o Colorado por precaução, o Kansas estava com militares reforçando as principais rodovias, Wyoming e Nebraska estavam sob alerta de tumultos em sua fronteira, apenas o Novo México podia circular livremente.

Sinceramente, a situação piorou demais, em menos de uma semana, isso era só problema de Denver, agora de outras cidades, e provavelmente vai virar problema dos estados próximos se o governo não tomar medidas sérias.

A minha maior preocupação atualmente é se usarem ataques a bombas como usaram em Denver para contem a infecção, mas isso só vai causar mais pânico nas pessoas, vai causar mais polêmica internacional, isso se já não causou.

— Vou precisar abastecer... – Falou Kei estacionando o jipe em um posto de gasolina, que por sinal estava vazio – Fiquem atentos, com essa loucura, provavelmente vai aparecer um maluco para roubar o carro, vem comigo Sasha, Robert, atento em cara – Ela falou para mim seriamente.

Sasha saiu do carro, assim como eu, fiquei com minha pistola em mãos enquanto olhava para as áreas iluminadas, em meio a madrugada tão conturbada que estava sendo, apenas as buzinas dos carros na rodovia eram ouvidas, as pessoas gritando, se xingando, estava virando um caos.

— Vocês pretendem fazer o que? – Perguntou Bel.

— O plano era sair do estado... mas acho que vai ser difícil com toda essa loucura que está tendo na região – Falei – Aliás, Polly, o que você sabe agora?

— Olha Robert – Falou Polly segurando seu WP – A única novidade que eu tenho... é que o transito está congestionado, quase dez mil corpos encontrados em Denver, noventa por cento dos mortos vivos... Englewood entrou em estado de calamidade, a cidade está devastada, Aurora está com zumbis... alguns já estão na rodovia, Columbine, Littleton e Lakewood já estão em estado de atenção, Westminster e Arvada foram evacuadas minutos atrás – Completou.

— Onde arranja tantas informações? – Perguntou Lia.

— Tenho meus confidentes... – Polly piscou o olho.

— A Kei e a Sasha estão demorando demais – Falou Mike perturbado – Está ficando perigoso demais aqui – Falou vendo um cara sair do carro e começar a brigar com outro.

— Vou ir lá ver... fiquem aqui. – Sai atrás das duas.

Passei pelas bombas de gasolina mas não estava ninguém lá, nem sequer as duas, entrei num estabelecimento que parecia um pequeno motel.

— Ei Robert! – Disse Kei andando nos corredores – A gente pode ficar aqui até o amanhecer... vai ficar perigosa a rodovia durante a madrugada, ainda mais que o transito parou, os zumbis vão aparecer...

— Tem certeza? – Falei olhando os quartos – E se alguém entrar pelas janelas? Algum zumbi vir para cá?

— Querido, algum lugar com Kei Tahada presente nada acontece – Falou.

— Me desculpa então – Ri junto com ela.

— Brincadeira, eu vou ficar na vigia... – Falou guardando seu revolver.

— Tem certeza? Você vai acabar dormindo – Falei enquanto via mais alguns quartos.

— Eu tenho a Fluffy para me acordar... – Falou indo em direção a saída – Eu vou mandar os outros para cá... eu vou esconder o carro.

— Ok – Falei – Sasha?

— O que é, cacete – Falou a mulher saindo de um dos quartos.

— Quero que você tranque todas as janelas, todas mesmo, até dos locais mais possíveis de um zumbi entrar, feche também as cortinas – Falei – Se precisar, usa isso, acerta na cabeça – Entreguei um revolver para ela.

— Ok... – Ela desapareceu de visão.

Mike, Polly, Lia e Bel logo entraram no lugar, ficando na recepção.

— Bom... a gente está em sete... a Kei vai ficar na vigia e então três dormem em um quarto e três em outro – Falei – Sem mais delongas, vamos ficar em um quarto ao lado do outro, se houver alguma emergência, todo mundo sai junto... – Todos assentiram – Podem se dividir...

— A gente quer ficar com o Mike! – Falou Bel e Lia abraçando Mike fortemente.

— É hoje que eu morro – Falou Mike sem as garotas ouvirem.

— Tudo bem... – Dei um riso – Então fica eu a Polly e a Sasha.

— Ok – Os três rumaram ao quarto.

Sasha logo apareceu, dei uma verificada no andar de cima e vi Kei em frente à uma janela, com sua sniper em mãos e a sua gata do seu lado.

Voltei a recepção e verifiquei se a porta estava bem trancada, que por sinal estava, assim como as entradas laterais, peguei alguns enlatados e umas latinhas de bebidas e dei para o pessoal, depois fui até a meu quarto.

— Boa noite, meninas – Falei me deitando em uma das camas.

— Boa noite – Falaram juntas.

— Quebra de Tempo -

Eu acordei horas depois, o dia estava amanhecendo, as meninas ainda dormiam, eu sai no corredor, o sol refletia a janela iluminando os cômodos, até que vi Kei correr em minha direção.

— Robert... vem aqui! – Ela me puxou para fora do motel.

Vi a rodovia com vários carros parados, estavam vazios, não havia ninguém neles, apenas pessoas mortas, aquilo virou um cemitério de carros.


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Notas finais do capítulo

Até o prox o/