Contágio escrita por MrArt


Capítulo 58
Estação 3 - Capítulo 58 - Frieza


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Estamos longe da onda – Ford disse abaixando binóculos. Todo o comboio da feira que sobreviveu estava num acampamento provisório em um vale, enquanto toda a onda zumbi atravessava a rodovia estadual, parecia que aquilo não acaba, já fazia meia hora e toda aquela grande horda continuava atravessando o condado – Ficaremos aqui até amanhã cedo, não correremos perigo se ficarmos em silêncio.

— Temos pessoas nessas bandas, eles precisam de ajuda – Kei falou segurando sua sniper, Ford olhou para a oriental, preocupado.

— Vamos fazer o possível para tirá-los dali – Ford falou num tom tentando confortar Kei – Mas não podemos fazer nada enquanto essa manada está cruzando o condado, temos armas, comida e água o bastante para um mês inteiro, apenas precisamos de calma nesse momento – Falou para todo o grupo que estava ali. Era aproximadamente mais de quarenta pessoas naquele comboio.

— Precisamos de ajuda nos ônibus – Théo sussurrou para Ford, os dois foram até um dos ônibus, encontrando duas pessoas dentro dele.

Uma mulher se levantou rapidamente, desesperada.

— Ginny foi mordida enquanto escapávamos da feira – Danita falou aflita, olhando a prima desacordada. Ginny havia uma enorme mordida em seu braço, foi um milagre ela ter conseguido sair da feira. Mas de qualquer jeito não resistiria – Me digam que vocês podem ajuda-la.

Robert parou na porta do ônibus.

— Com uma mordida dessa, só se dermos misericórdia para ela – Robert se apoiou na porta do ônibus e os três o encararam – Não estou mentindo, podem até tentar uma amputação, mas não irão conseguir – O rapaz falou fumando o um cigarro.

— Desde quando você fuma?! – Bel passou ao lado de Robert junto com Horan, dando um tapa na cabeça dele – Deixe-os em paz.

— Ginny foi mordida? – Horan perguntou entristecido ao ver a moça desmaiada no banco do ônibus, Danita afirmou com a cabeça – Pobre Ginny...

— Vamos ter que lhe dar misericórdia – Ford falou pegando sua pistola. Danita rapidamente deu um abraço em Ginny e deixou seu pingente junto com a mesma, Horan a acompanhou até as barracas improvisadas.

— Até aqui tem mortes – Bel falou do lado de fora para Robert.

— Todos os lugares têm, e eles são um grupo gigante, imagine quantas pessoas não devem ter morrido – O rapaz falou fumando mais um cigarro – Ainda me pergunto quantas pessoas estão vivas nos Estados Unidos. Espero que aqueles cinco no hotel não tenham sucumbido no meio dessa onda – Robert falou com o cigarro entre os dedos.

Um barulho de tiro, não tão alto, foi ouvido na instalação.

— Quando que você se tornou uma pessoa tão fria? – Bel perguntou encarando o rosto pálido de Robert – Te conheço deve ter um ano e percebi que você mudou muito desde que você se recuperou daquele tiro. Olha só como você está bem, vivo, tantas pessoas que vimos serem baleadas até a morte e você agora fica com essa cara estúpida – A moça dos cabelos curtos cuspia as palavras que falava, para Robert, que ficou calado e encarando Ford e Théo saindo do ônibus com o corpo de Ginny enrolando em um lençol.

— Você não sabe como eu estou por dentro – Robert jogou o cigarro no chão e pisou nele – Você não sabe como é fútil tentar sobreviver nisso com o perigo de ser devorado ou levar um tiro na testa – Robert era mais alto que Bel e mesmo assim encarou a moça – Me diz, como você conseguiu estar aqui até hoje depois que a sua irmã foi morta por aqueles zumbis em Los Angeles?

Bel levantou sua mão direita e deu um tapa na bochecha de Robert.

— Está tudo bem aqui? – Akio se aproximou dos dois, enquanto todos no acampamento mantinham os olhos em Bel.

— Parece que sim – Robert falou com uma mão na bochecha, ele saiu de perto de Akio, esbarrando em Kei no caminho.

— Cada dia que passa eu acho que estamos menos próximos – Kei falou ao lado de Akio, que olhava para Selena entrando numa barraca – Não é Akio?! – Kei deu um tapa no ombro do loiro, que voltou sua atenção a Kei.

— Realmente! – Akio disse, parecendo mais sonso possível – Aliás, não é ruim fazermos amizades novas, sempre aparece alguma pessoa nova no grupo – Akio deu um sorriso e Kei ficou com seus olhos entreabertos – Ah, qual é Kei, se não fosse o Ford nem conseguiríamos escapar daquela feira vivos, deveríamos nos juntar ao grupo dele.

— Não, não antes de encontrar a Polly e a Renata – A oriental disse – Vamos esperar aqueles zumbis passarem da rodovia e iremos voltar ao palácio oeste, com ou sem Ford.

— Vocês três podem voltar, eu vou ficar aqui, parece muito mais seguro – Akio falou e Kei fez um ‘’O’’ com a boca – Vai me dizer que eu estou maluco?! Posso até estar, mas eles têm pelo menos vinte pessoas armadas até os dentes, nós só temos as armas da K-Rencita e vai saber o quanto eles gastaram de munição enquanto esses zumbis passavam lá – O loiro disse, deixando Kei desgostosa.

— Eu não vou deixar você aqui para não dar nem uma hora e você está com aquela porto-riquenha – Kei falou se referindo à Selena – Você faz o que quiser, mas sabe que quando eu desisto de proteger uma pessoa, ela não é nada para mim – A oriental disse olhando Bel e Robert se abraçando, numa possível reconciliação – Incrível como eu protejo esses dois até hoje.

— Não precisa ficar desse jeito, estou falando isso por questão de sobrevivência – Akio falou – Podem ir buscar a Polly e os outros no hotel, mas infelizmente não irão contar com a minha ajuda – Kei sentiu a falta de coragem do loiro.

— Tudo bem... – Kei falou se afastando de Akio. Sua mente agora estava sendo martelada com as palavras do loiro, Selena veio cumprimenta-la, mas Kei passou reto pela porto-riquenha, que ficou confusa com a atitude da mesma.

Selena deu os ombros e foi até Akio.

— Está tudo bem com a sua amiga ali? – A mulher perguntou para Akio.

— Eles querem fazer uma operação resgate— Akio disse cruzando os braços – Mas dessa vez eles não irão contar comigo nessa.


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