Contágio escrita por MrArt


Capítulo 4
Estação 1 - Capítulo 4 - Kei Tahada


Notas iniciais do capítulo

Oi ^^
Boa Leitura!



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— 18:00 -

Muito bem, tem uma mulher apontando uma arma para mim, tem vários mortos subindo as escadas e estou por um fio de ir conhecer Deus. A tal mulher, parecia mais um homem, não só sua fisionomia, mas todo o seu jeito.

— Você, garoto – Ela apontou a arma para Mike – Feche essa porta.

Mike assentiu e fechou a porta, antes que mais zumbis subissem a nos descobrissem.

— Quero que abaixem as armas, e ninguém se fere... – Ela me olhou autoritária.

Coloquei o machado no chão e fiquei a encerando por alguns segundos. Ela se sentou em uma poltrona e pegou uma arma, parecia uma Shotgun, é uma arma muito boa de tiro e também por causa do seu dano...

— Tem mais alguém com vocês? – Ela perguntou.

— Só uma... – Falei – Só que ela está por aqui no prédio, já que ela tentou fugir dos zumbis.

— Eu ouvi uns gritos – A mulher falou – Espero que só seja ela mesmo...

— Por que? – Perguntei assustado.

— Não gosto de muitas pessoas por perto – Falou – Quanto mais pessoas, mais zumbis aparecem.

— Zumbis?! – Mike se confundiu.

— É assim que o prefiro chamar eles... – Falou – Aproposito... me chamo Kei, Kei Tahada – Sorriu.

— Oriental o nome, não é? – Perguntei – Me desculpe... me chamo Robert, e ele é o Mike – Apontei para o garoto.

— Ah sim – Respondeu – Melhor sairmos daqui – Ela terminou de carregar a arma e colocou uma faca Platoon e guardou no cinto, que havia muito mais coisas.

— Você é bem prevenida... – Falou Mike.

— É, e vocês também tem que ser – Ela me devolveu o machado – Estou depositando minha confiança em vocês... – E entregou uma faca para Mike – Só use se for necessário... – Foi até a porta, retirou uma garrafa de um armário e a acendeu, parecia um coquetel molotov, ela abriu a porta, dando de cara com vários zumbis, e ela jogou o artefato no chão e fechou a porta novamente.

— Nossa amiga ainda está ai! – Falei – Como vamos sair?!

— Tem uma escadaria de emergência nesse andar, ela deve estar nos pisos debaixo, já que não ouvi nenhum passo para cima antes de vocês... – Ela foi até outra porta e a abriu – Vamos...

Descemos as escadas com calma, não havia nenhum zumbi, já que é assim que a Kei os chama, até que...

— AH MEU DEUS! – Ouvi alguém gritar – Graças a Deus achei vocês! – Vi Sasha sair de uma sala e me abraçou – Quem é ela?! – Ficou atrás de Mike.

— Sou Kei... – Kei falou com desprezo – Ela estava com vocês?! – Assenti rapidamente – Vamos rápido, esse prédio está infestado...

Mesmo desconfiada, Sasha nos seguiu, descemos até a entrada lateral, que havia, mais Kei os matou e seguimos para fora do prédio, a rua tinha poucos zumbis, mas ainda era perigoso, Kei nos levou até um carro, precisamente um Jipe.

— Vou voltar para o prédio onde eu estava – Kei girou a chave, ligando o carro – Vim aqui para ver a situação em que estava...

— Não veio para procurar mantimentos? – Perguntei.

— Não preciso, por enquanto – Falou virando uma esquina – Onde estou não precisamos, e nem vamos precisar.

Me calei por um tempo, ela se afastava cada vez mais distante do Centro Financeiro da cidade, seguimos até um bairro afastado, perto de várias industrias, que por sinal, estavam vazias e cheias de zumbis tentando sair pelos portões.

Ela estacionou o carro ao lado de um prédio de escritórios.

— Vamos ficar aqui?! – Sasha desceu do carro.

— Algum problema? – Kei saiu do carro e atirou num zumbi que se aproximava – Não temos tempo, entrem – Ela puxou a porta e a gente entrou, nos deparando com uma escada.

— Kei, é você? – Ouvi uma voz feminina.

— Sou eu sim, Polly – Terminamos de subir e nos deparamos com uma garota ruiva.

— Polly Carter? – Sasha perguntou ao vê-la, ela era realmente mais bonita pessoalmente – Do Jornal?

— Sou eu sim – Sorriu, e se virou para Kei – Eles vão ficar com a gente?

— Se eles quiserem – Kei disse – Aliás, vamos sair quando da cidade?

— Sair da cidade? – Perguntei – Não tem como, estamos isolados.

— Eu sei – Polly se sentou em uma cadeira – Eu sabia disso a muito tempo... sabe, repórter sempre vai atrás do que quer, e eu consigo o que quero.

— Convencida – Sasha falou baixo.

— Enfim – A mesma encarou Sasha – Querem saber ou não.

— Ah, eu quero! – Mike estava curioso e fez um sinal para que Sasha ficasse quieta.

— Há uns meses atrás, provavelmente quando o petróleo se esgotou no Oriente Médio, ficou escasso e a renda dos países caiu, isso por que parte do material foi usado pelos EUA e pelos Europeus, eles se revoltaram, pois não tiveram nenhum dólar ganho nisso, e então eles começaram a fabricar misteriosamente misseis radioativos com parceria aos Russos e Coreanos, e então eles acionaram o alerta para a casa Branca, mas foi negado... – Ela suspirou – E então eles jogaram o míssil aqui em Denver, sorte que a explosão não foi fatal, senão iria afetar as cidades vizinhas.

— Mas por que então as pessoas estão desse jeito – Perguntei.

— Por causa do nível da radiação e materiais usados para a fabricação de vacinas – Polly pegou sua prancheta – Tudo feito no leste Asiático, primeiramente a pessoa com a doença, sente febre, dores, convulsões, até o vírus afetar o cérebro e reverter o sistema da pessoa, e então ela vira aquela coisa, e foi isso o que aconteceu com as pessoas que ficaram perto da radiação, mas o problema, é que elas estão infectando outras pessoas, através da mordida, ou arranhão, ou contato com sangue – Completou.

— Mas por que então você não saiu antes? – Sasha a encarou.

— Por que eu não sabia que cidade ia ser atingida – Polly disse – E também eu quero estudar a biologia deles.

— Mas Polly – Falou Kei – Não dá para estudar essas coisas agora, estamos expostos a radiação.

— A Kei tá certa – Falei – Provavelmente radiação se espalha ao longo das horas, que nem aquela cidade da Ucrânia.

— E mais pessoas vão acabar morrendo – Falou Kei – Provavelmente todos que ficaram presos aqui devem ter morrido, o centro da cidade está cheio, as rodovias a mesma coisa, daqui a pouco vai ser uma pandemia no Colorado, as cidades vizinhas vão ser atingidas em breve – Carregou seu revolver – Tomara que não vire uma devastação mundial...

— Ok... – Falou Polly – Tem várias saídas da cidade, temos o túnel do metro, as montanhas e o reservatório, que é o lugar mais fácil para fugirmos, pois todas as principais avenidas estão fechadas e as fronteiras bloqueadas.

— Certo Polly – Falei – Pode falar o plano.

20:00 -


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
até logo o/