Narrador POV:
- Eu te amo...
Rin arregalou os olhos ouvindo aquelas palavras ecoarem na mente dela...ela ouviu bem? Ele disse eu te amo?
Rin recuou alguns passos assustada enquanto o amigo ia se aproximando, ela não sabia o que fazer naquele momente. Ele confessou-se, mas e depois?
- Rin! Porque você simplesmente não me escuta? –Kaito perguntou calmamente tentando impedir a amiga de sair…Rin era um anjo puro e ingénuo e também amiga de Kaito, pena que ela era um pouco teimosa
Sem que ele percebesse, tinha se apaixonado pela doce personalidade que Rin possuía…mas ultimamente Rin andava meio deprimida e ele não sabia o porque, e ainda ter ele se confessando não ajudou em nada
- Desculpa…mas eu preciso…eu…
Rin não sabia o que dizer…ela somente queria enfiar a cabeça em um buraco…anjos não deviam ficar tão confusos em relação a tudo, mas…ela não sabia o que fazer naquele momento
- Eu te amo Rin…por favor…fica –Kaito pediu se aproximando dela e a beijou
Um beijo rápido mas que significou muito para ele…um beijo rápido mas que feriu ela, Kaito…o rapaz em quem ela sempre confiou estava apaixonado por ela…apesar dela ser um anjo Rin nunca entendeu bem essa coisa de amor
Esse sentimento tão comum entre os mortais, por seus longos séculos de experiencia ela sabia que era algo que eles consideravam valioso e bonito…uma vez ela perguntou a Kaito por curiosidade o que era o amor…o que era amar…o que mudava quando nos apaixonávamos…o que sentíamos
Flashback on:
- Né Kaito, o que é o amor que os mortais tanto falam? O que sentimos, será que é como uma doença e tem alguns sintomas? –Rin perguntou olhando curiosa para o seu amigo
Kaito ficou alguns segundos em silencio, estava surpreso…ele nunca imaginou Rin perguntando esse tipo de coisa e não sabia o que responder…há uns séculos que esta apaixonado por ela mas nunca teve coragem de se confessar
- O amor hein…bem…o amor é algo inexplicável, algo magnifico, algo único…quando nós gostamos de alguém o coração fica descompassado, as vezes é difícil respirar perto desse alguém e temos umas sensações estranhas no estômago…os humanos chamam de borboletas no estômago ou algo assim, pensamos nesse alguém o tempo todo e quando a saudade é grande o peito dói por queremos estar ao seu lado, amar é poder dar a vida para proteger a esse alguém especial…mas as vezes o amor também machuca
- Ohhh…eu não entendi lá muito bem, mas é um sentimento muito complicado…ainda bem que não sinto nada disso, como os humanos aguentam? –Rin disse sorridente…para Kaito aquilo foi um pouco triste, mas pelo menos significa que ele tem alguma chance
- O que te fez criar interesse no amor? –ele perguntou curioso
- Shakespeare…acho a história de Romeu e Julieta muito intrigante, mesmo que eu não entenda muito sobre o amor…o amor proibido dos dois é fascinante…Kaito tu morrerias por amor?
- Eu…s-sim
- Acho que eu também –Rin disse sorrindo
Flashback off:
Mesmo agora ela ainda não entendia sobre o amor…e Kaito tinha se confessado para ela e a beijado…Rin estava confusa e com o coração ferido…era como se Kaito a deixasse sem opções com essa declaração súbita e ela não o queria magoar
- Eu…eu…desculpa Kaito mas eu…eu não posso corresponder esses sentimentos…obrigada mas desculpa
Rin saiu correndo e estava chorando, se ela pelo menos o pudesse amar…se ela pudesse o compreender não o teria machucado…sem que ela percebesse estava no mundo humano, ficou andando pela cidade sem destino e pensando…ela estava ferida…ele estava ferido…agora entendia porque o amor machuca...