Love escrita por kimryuu


Capítulo 1
Capitulo O1: Dia de Chuva


Notas iniciais do capítulo

mais uma fic *-*
espero que vcs gostem da historia ^^ tive a ideia em um dia de chuva *-* e ja tem um tempinho que comecei a escreve-la =D então boa leitura ^o^



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- O que você quer Henry? Estou ocupado, não está vendo? – Yunho falou friamente, enquanto escrevia algumas anotações na sala de aula, aproveitando o intervalo de seus alunos. Já havia perdido a paciência com ele. Era tão... abusado.
- Acho que você não vai se importar... – disse enfiando as mãos no bolso e dando as costas para o moreno.
- O que você quer? Você não escutou quando eu perguntei? – ainda com os olhos sobre os papéis.
- Claro querido professor... – o aluno abriu um sorriso depois de falar tão ironicamente – Acho que você realmente vai querer saber onde MEU Jaejoong foi... – Yunho virou e finalmente fitou sério o garoto de cabelos castanhos.
- O que você quer dizer com isso? – não ligou muito o fato de Henry ter dito que Jae era seu, pois já estava certo de que Jaejoong pertencia somente a uma pessoa: Jung Yunho.
- Não sabia? – ainda sorria e em seus olhos havia puro orgulho – Jaejoong acabou de ir...
- “De ir?” – franziu o cenho - Não estou entendendo...
- Ele me disse ontem aqui na aula... – seu olhar fitava profundamente os olhos de Yunho como se estivessem travando uma batalha – Ele... acabou de voltar a sua... Como posso dizer? “Antiga vida” – fez uma careta de pena... Uma expressão completamente falsa.
-Q-QUE? Como você soube disso? – levantou-se desesperado, indo rapidamente até Henry e o segurou pela gola da camisa.
- Hey... Calminha senhor Yunho – ainda era irônico. Yunho já havia perdido a calma e a paciência com aquele atrevido – Você que parece não ter me escutado quando eu disse que ele me contou ontem na aula... – suspirou com uma cara de tédio insuportável.
- E-Ele disse quando ele iria embora? – sua raiva havia se transformado
em temor.
- Creio que já deve estar bem longe de você – riu.

 

 

Em  nosso dia brilhante, o cheiro permanece inalterado

Toda vez que eu olhar para você, isso ainda parece um sonho

 

Jung Yunho

 

Eu não poderia ter escolhido lugar melhor para eu morar. Meu pai havia me dado um luxuoso apartamento no centro da cidade como um presente por ter me tornando um professor de direito na melhor universidade de Seul.

                                                                                                      

Completava-se 3 meses desde que eu me mudei e era o primeiro dia em que eu me encontrei com você.

 

Apesar de ser rico e aparentar ser alguém frio, eu sou totalmente diferente dos caras de 23 anos como eu. Eu realmente gosto de ajudar as pessoas e sempre que posso eu ajudo algum lugar. Então, não sou uma pessoa ruim. Pelo menos é o que eu penso.

 

Acabava de sair de mais um dia de trabalho. A chuva estava forte e ventava bastante, balançando assustadoramente as árvores lá fora. Segui devagar e prestando mais atenção do que de costume enquanto dirigia. A universidade não ficava muito longe do meu apartamento e em poucos minutos eu já estava avistando o alto prédio onde eu residia.

 

Os pingos de chuva acertavam fortemente meu carro, mas eu adorava aquele barulho preenchendo o silencio. Fechei os olhos enquanto esperava o sinal abrir e recostei a cabeça no banco. Poucos segundos se passaram quando ouvi uma leve batida na janela revestida por aquela película. Eu abri meus olhos, desviando-os para aquele garoto. Aquele lindo garoto de cabelos dourados. Eu fiquei um pouco perdido naquele olhar, naqueles olhos. Quando acordei daqueles meus pensamentos estranhos eu notei que ele não estava bem. Seu corpo tremia pelo frio e aquela roupa um pouco rasgada que trajava não o aquecia nem um pouco. Vi que estava com uma pequena caixa de doce nas mãos, talvez quisesse vendê-los para mim.

 

Sim, aquele anjo era um garoto de rua.

 

A intensa chuva caía sobre sua única proteção: aquela toca de lã verde que moldava sua cabeça, fazendo o mesmo com seus cabelos que colavam em seu rosto por estarem molhados. Não podia abrir a janela e o sinal já havia passado do vermelho para o verde. Senti uma louca vontade de tirá-lo daquele lugar e de cuidar daquele ser que se mostrava tão frágil para mim, mas ao contrário do que eu acreditava, eu na realidade tive que fazer isso quando o vi caindo na minha frente. Eu não pensei duas vezes e abrir a porta numa velocidade enorme. Ele estava desacordado no asfalto e se encolhia pelo vento que realmente congelava. Eu rapidamente o peguei no colo e coloquei em meu carro, notando que ele estava muito quente.

 

Não me importei de molhar o carpete vinho do meu apartamento quando entrei com ele em meus braços. Só queria que ele perdesse aquela febre que já estava fazendo-o delirar. Tirei suas finas e curtas roupas e logo o enfiei embaixo da água quente do chuveiro. Não vou mentir que não olhei e desejei seu corpo enquanto o limpava e o aquecia. Ele tinha um corpo extremamente perfeito, suas formas eram nítidas e apesar de ser um corpo bem formado, ele tinha uma estatura baixa. Tudo era tão proporcional no meu pequeno anjo.

 

Eu o cobri com meu roupão e o levei para minha cama em meu colo. O sequei e o vesti com o meu pijama de seda para o frio. Ele ainda tremia e seus pequenos e cheios lábios rosados batiam um no outro pedindo desesperadamente para ele ser aquecido. Não perdi mais tempo e o deitei, cobrindo com o meu macio e quente cobertor aquele ser frágil e lindo.

 

Depois de me certificar que tudo estava bem com aquele garoto, foi a minha vez de tomar um banho quente. Estava ensopado e sentia frio. Logo já havia vestido uma fina blusa de mangas compridas e uma calça de moletom bege. Pensei em procurar algo na internet então precisei por meus óculos. Sentei-me na escrivaninha do meu quarto mesmo e ali passei algumas horas navegando em alguns sites.

 

No exato instante em que dei uma pequena espreguiçada e olhei para o céu já escuro, percebi que ele se remexia em minha cama. Aproximei-me e sentei na beira da mesma, enquanto o observava se encolher gostando do calor que minhas cobertas lhe proporcionavam. Eu abri um pequeno sorriso quando ele fez uma expressão zangada, fazendo um pequeno biquinho. Meu coração repentinamente acelerou quando ele abriu os olhos lentamente e se espreguiçou sorrindo de soslaio enquanto se afundava no macio travesseiro, se cobrindo quase todo com o cobertor. A gola do pijama - um pouco maior que seu numero -  escorregava por um dos seus ombros deixando quase toda aquela região do pescoço e ombros a mostra. A cena mais perfeita que eu já presenciei na minha vida. Quando finalmente voltou em si, ele olhou pra mim assustado.

 

- Oi... – foi a única coisa que eu consegui dizer naquela hora.
- Q-Quem é você? – ele estava com medo e sua voz estava tremida. Sentou-se, encostando-se na cabeceira da cama.
- Não se preocupe... – aproximei para tocar seu rosto – Não irei machucá-lo... – mas ele se afastou ainda mais e sua respiração agora estava mais rápida.
- M-Meu nome é Jung Yunho. Você desmaiou na frente do meu carro naquele sinal bem ali na esquina... Eu não podia deixá-lo lá então acabei trazendo você para o meu apartamento... Você estava tão ruinzinho que eu acabei cuidando de você... – falei, tentando fazer ele ganhar a minha confiança.
- Oh! E-Eu não... Me desculpe... – ele já se levantava – Eu vou indo então... Muito obrigado moço! – e abriu pela primeira vez seu sorriso para mim.

Ele andou poucos metros da cama e se apoiou na parede, tonto. Corri até ele o segurei em meus braços antes que ele caísse no chão.

 

- Você não vai a lugar nenhum... – falei como se estivesse ordenando - Fique aqui esta noite, ok!? – o deitei novamente em minha cama.
- Não quero incomodar mais... – falou ofegante. A febre voltava.
- Você está com fome? – toquei de leve seu estômago. Ele afirmou que sim.

 

Algo rápido seria o melhor por isso preparei um ramen instantâneo. Retornei ao quarto e ele já tinha voltado a dormir. Acariciei seus cabelos e ele se mexeu, sentindo o cheiro da comida que se espalhava pelo meu quarto.

 

- Yah.. menino, acorde...
- Hum!? – abriu os olhos, um de cada vez – Que...? – bocejava, respirando com dificuldade pelo estado em que ele estava. O ajudei a se sentar e comecei a alimentá-lo.

 

Ele comia o macarrão com tanta vontade que parecia que nunca tinha comido um. Eu ri do jeito que ele me olhava, como se eu fosse atacá-lo a qualquer momento.

 

- Hey, está tudo bem? – perguntei quando percebi que ele havia terminado o que estava na boca.

- U-Uhum... – desviou o olhar.

- Certeza? – realmente eu era tão assustador assim?

- U-Uhum...

 

Seus olhos não ficavam quietos nem um minuto! Ele tentava não olhar para mim, mas como eu sempre estava olhando para ele, era inevitável que nossos olhares não se cruzassem.

 

x-x-x-x

 

Kim JaeJoong

                                                                                                                 

Eu não sei como fui para ali, eu só me lembro de ter batido no vidro daquele carro muito luxuoso e daquela forte chuva caindo em meu corpo. Não sabia o nome daquele cara que estava cuidando de mim, mas sentia medo. Medo de ele fazer algo ruim comigo assim como fizeram aqueles garotos. Não gosto nem de lembrar desse dia que a pior sensação que eu já experimentei na vida voltava a dominar o meu corpo. As vezes eu sentia nojo de mim mesmo depois daquela noite, naquele estacionamento subterrâneo abandonado. Tudo estava tão escuro e tão silencioso... meu corpo voltava a tremer.

 

- Tudo bem? – ele me perguntou, acariciando meu rosto com uma expressão preocupada.
- S-Sim... – as lágrimas voltavam a teimar em sair, mas eu não queria chorar...

- Você está tão cansado... Vêm, vamos dormir...  – por que ele me tratava dessa forma? Eu nem o conhecia e pelo que eu me lembre, ele nunca havia me visto ou falado comigo antes. Queria tanto cuidar de mim assim?

 

Era estranho tudo aquilo. O tipo dele era de alguém que nunca ousaria ter contado com um tipo como o meu. Eu assenti com a cabeça... Não recusaria a proposta feita por ele, afinal aquela cama era tão confortável e quente... E eu não estava me sentindo muito bem. Meu corpo estava muito exausto e fraco e só o que eu queria era dormir, aproveitando a chance de estar passando a noite em um lugar tão bom como aquele. Melhor do que meu pequeno ‘’colchão’’ de papelão onde tentava me aquecer do frio que a calçada transmitia ao meu corpo.

 

 

A sensação de medo que antes me invadira foi se transformando em uma espécie de sentimento protetor. Aquele lugar me fez sentir protegido, pela primeira vez em toda a minha vida. Aos 7 anos fiquei órfão e não sabia nada do resto da minha família e assim, me virei por anos, conseguindo sobreviver nas ruas de Seul. Nada era fácil e mesmo agora estando com 18 anos, não tinha conseguido um lar onde eu pudesse morar. Minha casa, meu quarto... a cada dia mudava de lugar. Hoje estava sendo naquele apartamento onde, de verdade, eu não queria sair nunca mais.

 

- Não se importa se eu dormir aqui com você? – ele me perguntou um pouco sem jeito.

- N-Não... Não tem problema – tentei sorrir já me acostumando com a sua presença.

 

As luzes foram apagadas, deixando o quarto escuro e apenas um feixe de uma luz pálida entrava pelas janelas enormes que rodeavam o quarto. Ele alcançava mais precisamente o meu lado na cama. Não me incomodava que fosse assim... Eu adorava dormir daquela forma, sentindo como se a lua estivesse me abraçando e cuidando de mim. Meus olhos começaram a pesar e logo os fechei, tentando dormir.

 

x-x-x

 

Jung Yunho

 

Eu apaguei todas as luzes e me deitei envergonhado. Não teria problema nenhum dormir na sala, mas estava tão frio que não tive coragem. Por isso perguntei à ele se ele não se sentiria mal ou inseguro se dividíssemos a mesma cama.

 

A luz da lua batia em seu rosto fracamente, permitindo que eu pudesse ver suas feições tão incomuns. Não vou mentir, eu realmente fiquei fascinado por aquele garoto que agora dormia tão tranquilamente ao meu lado. Meus olhos se prenderam naquele ser e não consegui perceber quando adormeci.

 

Acordei um pouco tarde, pois não tinha que dar aula desde cedo, apenas no turno da tarde. Me levantei  espreguiçando-me e olhei aquele menino ainda dormindo. Ele parecia tão confortável e comecei a pensar em como seria a vida dele... Onde morava e como estudava e essas coisas que a gente costuma pensar quando vê um morador de rua. Resolvi tomar um banho e preparar um café bem reforçado para ele afinal precisava se recuperar para quando fosse embora.

Deixei a bandeja sobre a cama e debrucei ao lado dele para acorda-lo. Que rosto mais perfeito... Uma sensação tão boa me preencheu e uma vontade tão grande de abraçá-lo e cuidar dele... Talvez eu estivesse com pena...

- Hey... bom dia – sorri, enquanto ele se sentava na cama, coçando os olhos de uma forma infantil. As mangas da blusa cobrindo suas pequenas mãos.

 

- B-Bom dia... – me desejou,  e percebi como ele estava ainda sem jeito.
- Fiz um café pra você... Espero que goste.

Pude ver tão nitidamente o brilho nos olhos dele quando observou cada prato naquela bandeja... Como se nunca tivesse visto algo assim antes. Ele olhava e queria sorrir, mas um barulho engraçado saiu de sua barriga o fazendo colocar as mãos sobre sua ela.

- Me desculpe... – corou fazendo um biquinho enquanto resmungava baixinho com seu estômago.
- Só coma... Tudo é para você – sorri mais uma vez – Precisa se recuperar!
- Hum. – assentiu com a cabeça enquanto decidia por onde começar sua refeição.

 

x-x-x

Kim Jaejoong

 

Eu nunca tinha visto tanta comida em um café da manhã e bem ali na minha frente... Sem vidros, sem portas, sem grades. Da ultima vez que vi uma badeja assim foi em um drama da SBS. Estava tão linda e tão chamativa...!  Eu estava morrendo de fome desde ontem, mas como aconteceu tudo aquilo, eu não tive tempo para arranjar algo para comer. Só aquele ramen não foi o bastante. Olhei para ele mais uma vez e ele ainda continuava sorrindo ternamente para mim. Na realidade eu ainda não entendo o porquê dele estar cuidando de mim dessa maneira. Ele era rico e eu um garoto de rua que nem casa tinha.

Comecei pelas torradas e não pude deixar de lamber os lábios...Mordi um pequeno pedaço e fechei os olhos apreciando aquela simples torrada tão gostosa! Nhaa eu balancei um pouco as mãos pela sensação e aquele rapaz riu de mim. Como fiquei sem jeito... E ele não parava de me olhar daquela forma tão gentil! Fingi não reparar e peguei um morango com calda de chocolate, o levando até minha boca. Waah que gostoso!

De repente senti uma mão suave acariciar levemente o canto da minha boca. Eu abri os olhos e ele estava olhando ainda daquela forma para mim.

- Aqui.. está sujo de chocolate – ele sorriu novamente ainda me limpando – Pronto!

Eu abri um sorriso... Era inevitável não sorrir para ele. Pessoas como ele são raras no mundo hoje
em dia.

- Pode ficar à vontade. Vou terminar um pequeno texto para minha aula hoje então estarei em meu escritório – e bagunçou meus cabelos, se despedindo e antes de se retirar do quarto, me perguntou – A propósito, qual o seu nome?

- H-Hum... Eu... me chamo JaeJoong – o olhei um pouco assustado.
- E eu me chamo Yunho – sorriu, deixando o lugar.

Fiquei sozinho, um pouco perdido em meus pensamentos. “Yunho era o nome dele então” sorri sem perceber e voltei a comer aquele café da manhã que poderia ser o mais maravilhoso da minha vida. Não podia perder aquela chance única.

Me vi sozinho ainda naquele quarto tão grande quando terminei o café. Fitei a cama mais uma vez. Era tão quentinha!!! Eu sorri empolgado e me joguei nela de novo, me cobrindo até que o cobertor chegasse a altura do nariz. Olhei em volta, observando cada detalhe daquele cômodo e tudo parecia realmente ser muito caro. Várias fotos dele e de algumas pessoas que pareciam ser seus pais e parentes. Tudo tão organizado e as cortinas e móveis brancos combinando com as cores beges em vários tons daquele quarto deixava tudo ainda mais luxuoso. Senti inveja. Eu nunca poderia ter nada disso assim que tratei de não babar muito com tudo aquilo.

A sala era igual. Tudo muito bem decorado... A porta da varanda estava aberta deixando que o vento suave da manhã entrasse naquele apartamento. Aparelhos de som e tv tão sofisticados e pareciam ser os mais caros e novos do mercado. Todo o chão era revestido por carpete e era tão macio!!! Parecia pêlo daqueles cachorrinhos bem peludos.

 

x-x-x

Jung Yunho

 

Não demorei muito para terminar meu texto assim que fui dar uma espiada no que Jaejoong fazia. Ele estava todo coberto com o cobertor, deixando apenas os olhos a vista e percebi como olhava atentamente para cada canto do meu quarto. Vi que havia se levantado e rapidamente tratei de ir para um cômodo mais próximo daquele. Avistei-o saindo e seguindo para a sala. “Realmente o  pijama ficou grande para ele...”. Vi como olhava tudo tão atenciosamente... O que estaria passando pela sua cabeça? Vi como ele tocava o carpete da sala e sorrindo enquanto sentia sua textura.

- Gostou do carpete? – apareci para ele e sentei-me no sofá em posição de lótus.
- H-Han!? – ele se assustou, tratando de se levantar rapidamente do chão onde a pouco estava ajoelhado.
- É fofinho não é?! – falei sorrindo. Não queria que ele continuasse assustado comigo.
- S-Sim... – tentou sorrir – Aqui é tão grande... e caro... – olhou em volta - Nunca tive nada igual... Só não digo que nunca vi por que já tinha visto pela TV – riu.

Sabe, queria dizer várias coisas naquela hora, mas eu senti meu coração apertar. Entendia que ele não tinha nada daquilo e que tudo era novo para ele até mesmo a comida que eu lhe oferecia.

- Onde você mora Jae? Posso te chamar assim?

Ele apenas assentiu com a cabeça, enquanto se sentava ao meu lado com cuidado.

 

- Eu... não sei onde eu moro para falar a verdade – sorriu melancólico, olhando um ponto qualquer naquele sofá. Eu não disse nada, apenas aguardava o que ele tinha para me dizer – Atualmente moro em um estacionamento subterrâneo! – mordeu o lábio inferior e notei como seus olhos carregavam uma imensa tristeza – Eu sou órfão e tenho 18 anos. Nunca tive um lar, até onde eu me lembre. Consegui terminar meus estudos em um colégio público e agora eu estou vendendo doces na rua – ainda mantinha aquela falsa satisfação no rosto. Ele estava tentando não chorar e eu senti isso.

- Onde está sua família? – perguntei colocando uma mão sobre a sua.
- Eu não tenho ninguém... – sorriu e olhou para mim com os olhos cheios de lágrimas – Sabe, não quero que sinta pena... Mas eu agradeço por ter cuidado de mim – sustentou minha mão que ainda segurava a dele. A sentia tremer levemente – Acho que eu nunca vou ter a mesma oportunidade duas vezes... Dormir numa cama tão quentinha ao invés daquele papelão fino – riu. Um lágrima percorreu seu rosto – Tomar um café tão gostoso como eu nunca havia tomado antes... Obrigado...!

Aquele sorriso tão infantil e seu choro tão silencioso... Aquilo cortou meu coração e agora eu já havia abraçado aquele corpo que tremia contra o meu. Acariciava seus cabelos dizendo que tudo estava bem...

- Desculpe... Eu sou chorão... – riu abafado contra o meu peito – Só que... eu não quero ficar sozinho mais..

O abracei mais e mais ao meu corpo. Roçava meu rosto em seus cabelos sentindo aquele aroma tão doce daquele menino.

Uma idéia me veio a cabeça.


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Notas finais do capítulo

gostaram? óo
eu espero que sim ^^~
a trama toda só começa do cap 2 ntão, essa só foi uma introdução.. pra colocar o JJ na vida do Yun *-* ^^ reviews? *-* ps: a fic se chama LOVE pqe em todos os caps vão ter techinhos da letra da musica L.O.V.E. do MinWoo (shinhwa) =D



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