Vinte anos se passaram e Do contra descia as escadas de sua casa ainda meio dormindo, mas sendo guiado por um arroma de café inconfundivel que vinha da cozinha- Bom dia minha flor- disse ele a doce menina que punha a mesa de café.
– Bom dia pai, dormiu bem? o vovô e a vovó ainda não desceram e já está quase na hora de ir pra escola, tenho que chegar um pouco mais sedo hoje, o senhor pode, por favor acompanhar os dois? não vou poder esperar...
– tudo bem Liz, mas só depois de você tomar seu café, e nada de " Ha Pai..." você já está até amarela de tão magra, tá até parecendo sua tia Maria...
A menina riu do comentario maldoso do pai, que á comparava com sua tia torta, Liz realmente estava magra, mas as roupas folgadas que costumava usar a deixavam mas magra do que realmente era, os cabelos extremamente lisos e pretos sempre amarrados junto as costas e uma franja que se encontrava com os oculos meio arredondados a deixavam um pouco mais seria que qualquer menina de sua idade, tinha a pele um pouco mais morena que a de seu pai, porem estava palida por não praticar esportes, preferia um bom livro ou uma boa musica, não era muito de multidões, sempre foi timida, não tinha muitos amigos e tambem não se destacava na multidão, sempre foi uma filha exemplar, a menininha do papai e a neta favorita e comportada, diferente de seus trez primos, filhos de seu unico tio, não se importava com o que os outros falassem dela, sabia que não tinha vindo ao mundo pra agradar ninguém, mas diferente de seu pai, também não era muito afim de contrariar, se as coisas eram assim, por ela que continuassem assim, tomou um gole de café com leite e comeu apenas um pedaço de queijo pra agradar ao pai, se levantou e deu um beijo nele dizendo que o amava e foi em direção a porta sem muita presa, deixando o olhar de um pai preocupado pra traz.

Já eram quase 7:00 da manhã e nada estava pronto, Mônica estava irritada como sempre gritando pros filhos andarem rapido se não iam perder aula, enquanto preparava o café que mais uma vez mal seria tocado já que todos viviam atrasados, Cebola estava a meia hora batendo na porta do banheiro implorando pra que sua filha Melissa saisse de lá, tinha tantos banheiros naquela casa, por que ela tinha que se enfiar justo no que ele guardava sua escova de dentes?
– Melissa, você morreu aí dentro? ninguém demora tanto pra tomar um banho não minha filha, eu to atrazado, tenho uma reunião urgente no partido, sai logo daí...
– Dá um tempo pai, eu não posso sair na rua de qualquer jeito não e tem mais um monte de banheiros pela casa...
– Mas minha escova de dentes está aí, MÔNICA!!!!!!!!!!!!!!
Mônica sobe as escadas bufando, estava cansada da mesma historia todos os dias, será que era pedir muito apenas um dia de paz? foi em direção ao banheiro furiosa
– Mel eu te dou dois segundos pra sair daí, ou eu vou arrombar essa porta e você vai ficar de castigo por um mês...
– Droga é tudo eu também, o idiota do Marcos nem levantou ainda e ninguem fala nada com ele- disse a filha mais nova do casal saindo do banheiro batendo os pés.
Melissa tinha dezeseis anos era magra com cabelos longos até a cintura com ondas um pouco douradas num castanho claro, tinha a pele clara como a de seus pais, era muito inteligente porém muito mimada, tinha o costume de estar rodeada de adimiradores, nunca precisou levantar uma palha sozinha, se aproveitava do sucesso de seu pai na politica, era a filinha preferida do papai então aproveitava pra incomodar o irmão. Mônica pensou por um segundo em pedir ao marido que fosse acordar o filho, mas antes que o pensamento virasse palavras em sua boca Cebola estava trancado dentro do banheiro, ela apenas suspirou e foi em direção ao quarto do filho mais velho, abriu a porta com força fazendo bastante barulho, mas nem isso tirou Marcos do sono pesado em que se encontrava
–Marcos pelo amor de Deus, você quer repetir o 3º ano pela segunda vez? Levanta logo daí que eu não criei filho pra crescer burro não
O rapaz se revirou na cama resmungando um " só mais um pouquinho mãe" e continuou a dormir, monica puxou as cobertas e disse que se ele não levantasse ia ficar um mês sem video game ou seja lá o que você faz o dia todo, ele se levantou em um salto só de cueca, deu um beijo na mãe e foi correndo em direção ao banheiro, Marcos era alto, moreno claro tinha os olhos da mãe, mas se parecia muito com o pai, de quem puxou a personalidade e o jeito mulherengo, tinha a força da mãe e a usava pra ser o melhor nos esportes, mas mesmo sendo tão inteligente como Cebola, não fazia a menor questão de se dedicar aos estudos, queria mais é curtir a vida e pegar todas que tinha direito, o que não era dificil pra ele, já que todas as garotas se jogavam aos seus pés, ia completar 18 anos mas permanecia na escola do bairro mesmo sendo filho de um deputado, a escola do bairro era o lugar onde seus amigos estavam e ele não fazia muita questão de sair de lá.
O café foi rapido, todos estavam com preça, os jovens foram em direção a escola deixando os pais para taz que também não demoraram a sair.
Mesmo depois do sinal já ter batido, Marcos e Melissa não tiveram problema nenhum em entrar na escola, pois sendo filhos de quem eram as coisas não poderiam ser diferentes, Melissa foi em direção a sua sala, enquanto Marcos não pretendia ver o primeiro horario, ia como sempre se encontrar com alguns amigos atraz da biblioteca, estava destraido no celular quando trombou com uma garota que saia de dentro da biblioteca carregando varios livros.