Entre o Amor e Ódio escrita por Joybessa


Capítulo 40
Tequila


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, gostaria de pedir mil desculpas para vocês, sei que estou sem postar tem muito tempo, mas quero que saibam que eu não desisti da história e pretendo levar até o final. Segundo, quero agradecer a todos que me enviaram mensagens de incentivo para voltar a escrever a fic, vocês são demais ♥ e em terceiro último mais uma vez peço desculpas e garanto que vou postar com mais frequência. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505392/chapter/40

Quando terminei de virar mais um copo de tequila a raiva só tinha se intensificado e eu precisava extravasar de alguma maneira. Olhei a minha volta e minha vista ficou embaçada, comecei a me sentir diferente como se nada impostasse e nem ninguém. Olhei para pista de dança e caminhei até lá, tudo parecia um borrão a minha volta. Eu senti que precisava dançar e fui até a pista de dança mesmo com os passos inseguros. Vários homens me olhavam e assobiavam e eu sorria em retribuição flertando com eles. Quando um cara estava prestes a chegar a mim, senti alguém me segurar pela cintura e o homem olhou decepcionado e voltou para onde estava.

— Onde você estava Ju? – Will me olhava preocupado – Ficamos loucos atrás de você.

— Eu estava fazendo o que todo mundo queria – abri um sorriso maldoso – Apenas me divertindo. Inclusive já que você está aqui vem dançar comigo?

Will olhou desconfiado e o puxei para pista de dança.

— Juliana a gente tem que ir embora – Will tentou me puxar – Você se esqueceu do hospital?

— Que hospital? – falei confusa – Sabe, Will seus olhos são tão lindos.

— Do que você está falando?

— A Luiza está certa, eu devia prestar mais atenção em você. – gargalhei – Eu sei que você quer me beijar.

— Você bebeu? – Will me olhou boquiaberto – É melhor a gente ir agora.

— Bebi só um pouquinho – sorri – Não era isso que todo mundo queria. A Juliana divertida entrou em ação.

O Will pareceu não acreditar no que estava acontecendo e eu só conseguia gargalhar com toda situação, comecei a dançar sozinha e ele parecia se convencer que eu não ia sair dali tão cedo.

— Juliana você está aí! – Luiza gritou – Desculpa, por favor? Eu exagerei, fui insensível e idiota.

— Não preciso perdoar. Você tinha razão em tudo. Inclusive sobre o Will – olhei para ela e comecei a ri.

— Não liga pra ela. Ela ta bêbada – Will falou – Me ajuda a tirar ela daqui.

— Agora os chatos são vocês – dei de ombros – Vão embora e eu fico aqui.

— Avisem a Marina e o Alê que nós a encontramos e me esperem lá na saída. – Will falou com a Luiza e o Lucas – Eu a levo até lá.

A Luiza e o Lucas saíram correndo e a minha cabeça começou a girar. Quando eu ia cair o Will me segurou.

— Hora de a gente ir. Seu pai vai me matar!

— Não vai, eu não deixo – sorri olhando diretamente nos olhos dele – Já falei que seus olhos são lindos?

— Já, Juliana – ele me largou – Vem comigo.

Fingi que ia cair de novo e o Will me segurou. Eu não sabia nem o porquê de eu estar fazendo aquilo, mas senti muita vontade de beijá-lo. Alguma coisa na minha cabeça alertava que tinha algo errado, só que eu ignorei. Olhei nos olhos dele e levei a minha mão ao seu rosto.

— Juliana, não. Você vai se arrepender depois, eu não sou de ferro. Você não está facilitando pra mim.

Ignorei seu comentário e passei minha mão nos seus lábios pedindo silêncio e fui chegando cada vez mais perto, nossos lábios se encontraram e nos beijamos intensamente. Minha mente começou a vagar e eu não sentia nada, parecia que alguma coisa estava fora do lugar. Quando me dei conta do que eu estava fazendo o empurrei bruscamente.

— O que você fez – comecei a gritar – Ai meu Deus não...

— Você que me beijou.

— Eu não... Eu – Meus olhos encheram de água – O que eu fiz?

— Juliana, calma – Will tentou se aproximar – Não foi nada.

— Não encosta. – falei desesperada – Fica longe!

Minha cabeça começou a girar e a visão começou a escurecer e eu só senti o Will me segurando em seus braços.

***

Abri os olhos letamente e senti uma dor horrível tomar conta da minha cabeça, não conseguia me lembrar de nada do que havia acontecido e nem onde eu estava.

— Onde eu estou? – falei lentamente – Ai minha cabeça!

— Você acordou – ouvi minha mãe falar – Você esta no seu quarto e eu nem preciso dizer que você está encrencada.

— O que aconteceu?

— Você saiu com o Will ontem e bebeu todas. Chegou aqui desmaiada e fendendo a tequila. – ela falou brava – Seu pai está uma fera.

De repente fragmentos do que aconteceu veio a minha mente, a briga com a Luiza, a tequila e o beijo com o Will.

— O que aconteceu com o Will? – perguntei – Ele contou o que aconteceu?

— Ele está bem. Explicou tudo o que aconteceu e francamente Juliana se embebedar só porque seu pai te deixou de castigo?! Agora que ele não vai retirá-lo tão cedo.

— Ficar bêbada por causa do castigo? Que castigo?

Minha cabeça latejava e eu enfiei minha cabeça no travesseiro.

— Ainda está sobre o efeito do álcool – minha mãe falou brava – Você está proibida de ver o Fernando, lembra?

— Espera, você falou que eu saí ontem com o Will?

Ela acenou.

— Então quer dizer que eu dormi direito? – falei desesperada

— Quando vocês chegaram já era quase noite. Você chegou desmaiada carregada pelo Wiliam. Só voltou poucas vezes a consciência e assim mesmo só para vomitar.

Assenti e me senti péssima, a culpa de não ter visto o Fernando ontem começou a bater e principalmente de tê-lo traído. Comecei a me sentir péssima e meus olhos encheram de água, eu nunca deixei de ver o Fernando nenhum dia no hospital e agora eu tinha falhado com ele de todas as formas possíveis. Não sabia nem  como iria olhar na cara do Will depois de tudo que aconteceu.

— Mãe, me deixa sozinha? – pedi – Depois você e o papai me dão o sermão.

— Agora você quer ficar sozinha não é? Nada disso, você vai tomar um café forte para cortar essa ressaca.

— Eu não quero levantar – falei – Me deixa voltar a dormir.

— Juliana...

O telefone nos interrompeu e minha mãe saiu para atendê-lo. Respirei fundo e me virei na cama para tentar dormir e esquecer as burradas que eu fiz.

— Juliana? – Will chegou perto da porta – Posso entrar?

— Entra

— Sei que esse não é o melhor momento, mas eu não consigo parar de pensar no que aconteceu ontem e eu sei que você deve estar se sentindo péssima, por isso precisamos conversar.

— Will eu...

— Juliana – minha mãe gritou – Você não vai acreditar!

Minha mãe chegou desesperada em meu quarto.

— O que foi? – perguntei assustada – Aconteceu algo?

— A mãe do Fernando acabou de ligar. Ele acordou.

Meu coração entrou em disparada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e deixe seu comentário! Obrigada!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre o Amor e Ódio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.