Entre o Amor e Ódio escrita por Joybessa


Capítulo 34
Você prometeu nunca me deixar


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o cap saiu haha obrigada pela paciência e preparem seus corações pois esse capítulo está meio forte e por favor não me odeiem haha Espero que gostem ou não haha



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(visão do Fernando)

Não queria deixar a Ju sozinha no meio daquela bagunça toda. Era meio inacreditável como o a Juliana me perdôo tão rápido, mas do jeito que eu a conhecia, sabia que iríamos ter que conversar sobre aquela peste da Manuela. Se não fosse a ajuda da Luiza, Marina e os caras talvez nós não fôssemos ficar juntos tão cedo, é por isso que eu tive que deixar ela lá e ver o que os juízes queriam comigo, mas estava louco pra ficar a noite toda junto a ela e não largá-la mais. Cheguei no professor de geografia e fui logo perguntando o que os juízes queriam falar comigo a respeito da banda, era evidente que mal tivemos tempo para pensar em um nome decente para o nosso grupo e por enquanto era só “A Banda” Mas eu sabia e queria que nosso som desse certo, porque era incrível a sensação quando a gente ensaiava e quando eu subi naquele palco então, foi indescritível. Eu devia muito aos meninos por tudo, então o certo era verificar o que estava de errado.

– Professor, o Samuel me falou que tinha algo errado com a apresentação da minha banda e eu vim ver do que se trata?

O professor Ramón franzia a testa, parecendo confuso e sem saber do que eu estava falando.

– Olha Fernando, os meus colegas não me passaram nada, muito pelo contrário eles amaram a sua performance e a dos garotos. Eu nem deveria te contar, mas eu acho sua banda uma forte candidata a ganhar o prêmio dessa noite. Não tem nada que foi contra o regulamento, deve ter sido um engano.

Quem ficou confuso dessa vez fui eu. Samuel deve estar maluco só pode, o que me irrita é eu ter deixado a Ju no meio da bagunça por nada.

– Bom professor, se não tem nenhum problema eu vou voltar pra minha namorada. - enchi a boca pra falar.

O professor Ramón deu aquele sorrisinho e me deixou ir. Eu ainda não tinha pedido a Juliana em namoro oficialmente, mas era só questão de tempo. Amanhã mesmo eu iria ir até a casa dela oficializar tudo com um buquê de tulipas vermelhas que eu sabia que eram suas preferidas graças há essas duas semanas que eu estava indo na casa da Luiza, elas me contaram tudo que eu queria saber sobre a Ju e claro que não poderia faltar as alianças, poderia até parecer otimismo da minha parte, mas eu já havia até as comprado na semana passada. Enquanto eu tentava passar pela multidão que estava a minha frente, senti alguém puxar a manga da minha camisa. Pra minha surpresa era o Samuel.

– Cara, eu já fui ver o que os jurados queriam! Não era nada, você se enganou - eu gritava pra ele ouvir em meio a tanto barulho.

– Cara eu tenho pena de você, mas vou transmitir o recado: Marcelo te mandou lembranças!

No primeiro momento eu não entendi o que ele quis dizer, tentei perguntar mas ele já tinha sumido entre a multidão. Uma única palavra veio a minha mente: Juliana! Se ele fizesse qualquer coisa com ela, eu nem sei o que eu seria capaz de fazer. Foi correndo em direção a pista que tinha deixado a Ju lá. Eu não podia acreditar no que tinha acabado de ver. Isso não poderia estar acontecendo, aquela não era a minha Juliana aos beijos com aquele imbecil do Marcelo. A lembrança do aviso que o Marcelo tinha me dado antes de eu ir à casa dela aquele dia veio a minha mente, de que ele e a Juliana estavam juntos e eu não era mais o problema. Rapidamente a raiva tomou conta de mim e eu não conseguia pensar direito. Quando ela o afastou e logo me viu, me olhou horrorizada. Eu a olhei bem, pois dali em diante eu não a queria ver nunca mais na minha vida! Eu poderia muito bem ir lá e quebrar a cara de deboche do Marcelo, mas não iria dar esse gostinho pra nenhum dos dois. Preferia sair daquele local o mais rápido possível e esquecer a garota que se dizia apaixonada por mim. Só passava de uma jogada dos dois. Eu ouvia a Juliana gritar meu nome, quando eu olhei pra trás ela já tinha tirado o salto pra tenta correr mais rápido.

– Fernando, por favor, me deixa explicar! Você não pode acreditar mesmo que eu fiz aquilo por vontade própria. - ela gritava

Eu ri com escárnio. Não pensava direito qualquer dor que eu pudesse causar pra mostrar a ela que talvez ela estivesse certa, que eu a odeio como ninguém. Ouvi um barulho atrás de mim quando me virei a Juliana estava caída no chão e chorando muito. A quem eu queria enganar, eu não a odiava. Fui até ela e a ajudei a se levantar. Ela me olhou com surpresa e ao mesmo tempo com esperança. Sem encarar ela nos olhos por muito tempo eu a peguei em meus braços e a ajudei a se levantar.

– Você não deveria está correndo, olha o que aconteceu. - falei com indiferença

– Se estou correndo é pra impedir que fuja de mim. Deixa eu explicar! - ela colocou suas mãos em meu rosto fazendo eu a olhar diretamente nos olhos.

– Não quero ouvir suas explicações agora Juliana. Vai embora. E pra que não sobre dúvidas, acabou tudo. - eu a larguei e segui andando

Parei um segundo pra olhar pra trás. Agora sim eu me sentia um lixo. A Ju olhava pra mim como se não acreditasse no que estava acontecendo, ela ficou parada lá em estado de choque. Eu não me permitia assimilar tudo que ela havia me dito, não queria saber naquela hora se era verdade, a raiva estava me cegando. Para minha surpresa o Marcelo estava atrás da Juliana e a envolveu em seus braços rindo pra mim como vitorioso dessa batalha. Fiquei louco! Tentei evitar as lágrimas, pois quem me visse naquele estado iria me achar um marica, mas era impossível. O amor da minha vida estava diante dos meus olhos envolvida nos braços de outro cara. Atravessei a rua sem olhar, mal me importava o que estava acontecendo ao meu redor até que a última coisa que vi e ouvi era um carro vindo pra cima de mim e um grito da mulher que eu amo.

***

(visão da Juliana)

Quando senti braços a minha volta eu me assustei, eu não conseguia sequer me mover. A ficha de que tudo aquilo havia mesmo acontecido não tinha caído, em um momento estávamos tão felizes e em outro foi tudo destruído. Quando o Fernando parou no meio do meio do caminho pra me olhar eu até pensei que nem tudo poderia estar perdido, mas o olhar dele de surpresa e decepção me fez voltar à realidade e ver que logo atrás de mim estava o Marcelo me segurando e rindo de deboche. Me debati e o joguei pra longe. Eu já estava chorando muito, mas parecia que a cada segundo que passava mais e mais lágrimas brotavam no meu olho. Quando estava pronta pra seguir o Fernando novamente ele já estava atravessando a rua e um carro em alta velocidade estava vindo pra cima dele, eu gritei em desespero mas era tarde demais, o Fernando tinha sido atropelado e eu rezava pra acordar desse pesadelo que não parecia ter fim. Minhas pernas ficaram moles, mas me obriguei a andar até lá, desesperada com o que eu poderia ver eu gritava muito. Por favor, meu Deus o Fernando não! Eu dizia em voz alta. Um aglomerado de gente já começava a se formar em torno dele e eu saia gritando e empurrando. Quando eu cheguei até lá, ele estava todo ralado, mas ainda acordado, sua respiração estava fraca.

– Alguém, por favor, chama a ambulância – eu gritava desesperada

As pessoas pareceram se tocar do que tinha acontecido, ao meu redor tudo parecia um borrão. Eu me ajoelhei ao lado dele, mas não o toquei, pois tinha aprendido em uma aula de primeiros socorros que não se pode mexer em alguém que havia acabado de sofrer um acidente, só me permitir segurar a mão dele.

– Fernando, por favor, agüenta firme, a ambulância já vai chegar meu amor. – eu dizia em meio às lágrimas.

Ele olhava pra mim com dificuldade parecendo confuso. Quando ele ameaçou fechar os olhos eu apertei ainda mais a mão dele.

– Não Fê, fica comigo. Você não pode dormir fica comigo, se concentra na minha voz, eu sei que você deve está me odiando agora, mas eu preciso de você.

– Não... odeio... Vvvocê mme pperdoa – ele balbuciava

– Não fala nada, você que tem que me perdoar, se eu não tivesse te seguido nada disso teria acontecido. A culpa é minha.

– A culpa... Não é sua... Eu acredito em você agora, fui tão estúpido.... Eu te amo tanto Juliana e sou grato por ter tido seu amor. Não importa o que tenha acontecido. Seja feliz por mim. Eu sei que você vai. Só me diz que me ama pela última vez.

– Vamos ser felizes juntos, você não vai morrer. Eu amo você de todo o meu coração Fernando, você não pode ir embora, não pode me deixar aqui sozinha, não pode! Você prometeu ficar comigo. – eu chorava.

– O-brigado. Não quero que chore, minha lida. Eu sempre estarei com você em cada batida do teu coração. Você foi a melhor coisa que me aconteceu– e então vi a luz deixar seus olhos.

– Não. Não. Não. Você não pode ir. Por favor, volta pra mim. Você prometeu você não pode ir. – solucei alto – Fernando, por favor! Não. – dois braços me envolveram me puxando pra longe eu me debatia, pois não queria sair do lado dele.

– Calma, sou eu filha.

Para minha surpresa era meu pai que me segurava, tudo não passava de um borrão ao meu redor até que tudo ficou preto e eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

Comentem! Não devo demorar com o próximo. Obrigado por lerem!



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