Novamente Alice ~sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 24
Caminho secreto


Notas iniciais do capítulo

Heyy Aki estamos nós outra vez hehehe espero que gostem desse, bjuss aproveitem



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— Venham até aqui. – A rainha nos chamou, ela estava em frente a mesa central, que Will e Ches tinham a empurrado um pouco para o lado, Ches se abaixou e passou a mão pelo chão de madeira, depois de um tempo ele encontrou uma parte com um pequeno buraquinho e começou a erguer a madeira, que para a minha surpresa era na verdade uma porta, eu cheguei mais perto e notei que haviam escadas e mais escadas para baixo.

— Uau! - Exclamei e Ches sorriu.

— Então vamos! – A rainha exclamou, começando a caminhar em frente com Will e Let e nós concordamos começando a acompanha-los e a descer a escadaria em forma de caracol, Ches ao meu lado e White atrás, ambos observavam tudo atentamente.

— Algum de vocês já veio por aqui antes? – Perguntei, passando a mão pelo meu próprio cabelo, aquele lugar me trazia uma sensação estranha.

— Eu vinha sempre. – Ches me respondeu um pouco distraído, ainda focado no mundo ao redor. — Mas isso faz muito tempo, muito mesmo.

— Não duvido! – Respondi, sorrindo e me voltei a White. — E você? – Perguntei e ele pareceu pensar.

— Eu sei tudo sobre todas as rotas por aqui, por causa da minha função. – Respondeu voltando a observar ao redor, com um estranho brilho de curiosidade nos olhos. — Só nunca tive a oportunidade de usá-las antes.

— Ei parece que chegamos perto do túnel. –Ches comentou animado, e minha atenção se volta a Will, que acenava de alguns degraus abaixo, nós aceleramos o passo e alcançamos os outros, no fim da escadaria havia vários corredores que não pareciam ter fim, a rainha foi indo em direção ao do meio e nós a acompanhamos.

À medida que íamos andando, o corredor parecia cada vez mais longo, suspirei cansada, jogando a cabeça para trás.

— Ah, que longo. – Reclamei fazendo bico.

— E não é que estava demorando. – White murmurou baixinho, mas eu acabei ouvindo.

— Nem começa, estou bem feliz aqui com minha paz. – Rebati falando mais baixo.

— Quem começou com essa reclamação foi você. – Ele retrucou mais baixo ainda e Ches deu um tapa de leve na minha cabeça e na dele.

— Sei que o amor é algo insano e quase impossível de ser controlado, mas pelos céus parem com essa imaturidade. – Ele reclamou emburrado.

— Ah, falou o cara mais maduro de todos nós. – White provocou e Ches mostrou a língua.

— Só vamos tentar seguir nosso caminho em paz, por favor. – Ele disse andando um pouco a nossa frente.

— A que ponto nós chegamos – White reclamou, falando alto de propósito — Sendo repreendidos pelo Erick.

— Pois é... Algo esta um pouco errado. – Entrei na onda e Ches começou a cantarolar algo como um “lá lá lá lá Eu não posso te escutar”.

— Tonto. – White e eu falamos ao mesmo tempo, nos encaramos e sorrimos, bem a nossa frente a rainha parou, e uma brisa suave tocou meu rosto, acelerando um pouco os passos consegui chegar até o fim do corredor, lá avistei o que poderia ser uma simples, grande e aquecida estufa, poderia, pois tudo oque há lá, além de plantas lógico, é uma grande porta com três guardas na frente.

— Estão prontos? - Perguntou a rainha e Ches sorriu.

— Sempre! – Ele respondeu desaparecendo junto com Let, e de repente o menino reapareceu bem na frente de um dos guarda, o assustando e o fazendo gritar, os outros notam Let, que sai correndo pela estufa afora com dois guardas em sua cola, Will nos cutuca e nós começamos a nos esgueirar pelo meio das plantas, percebi que o único guarda que tinha ficado na porta foi subitamente derrubado por algo invisível e permanecia inconsciente no chão, nós corremos até a porta que, claro, White abriu com a chave mestre, sinceramente eu preciso de uma dessas.

A rainha, que naquela ocasião estava com uma bela capa Branca, ficou para ajudar os outros e nós seguimos em frente, finalmente estávamos no túnel, Will parecia mais determinado do que nunca e todos caminhávamos com cuidado, quase o caminho todo passamos sem problemas, mas no finalzinho demos a bendita sorte de encontrar dois guardas.

— Eu cuido deles. – White anunciou se aproximando dos homens sorrateiramente e retirando sua espada, ele pegou o relógio de bolso enquanto ainda se aproximava, antes que o guarda pudesse se manifestar White ativou o relógio, diminuindo os movimentos do homem e logo o golpeando no coração, ao meu lado vi Will prender a respiração por um segundo e logo fechar os olhos, é nesse momento que White golpeia o segundo homem tão rápido que nem consegui ver direito, Will reabriu os olhos e fitou White, que baixou os olhos e se pôs a olhar para uma grande porta que não possuía fechadura.

— Ele sempre faz... – Will começou a falar, ainda um pouco perdido. — Isso?

— Sempre eu não sei, mas desde que cheguei essa é apenas a segunda vez que ele mata. – Eu respondi entendendo o choque dele, por que eu também não gostava nada de ver e de saber que ele e Ches sempre tiraram vidas alheias.

Os corpos dos soldados brilharam e se desfizeram em milhares e milhares de pontinhos de luz, Will se sentou no chão mesmo, deitando a cabeça sobre o joelho, eu encarei White e percebi que tinha um pequeno rastro de sangue em seu rosto, ele nunca se sujou com sangue inimigo.

Retirei a mochila das costas e peguei um pequeno lenço, me aproximei de White e com o lenço comecei a limpar o sangue em seu rosto, ele me encarou surpreso por um tempo, mas logo desviou o olhar — Parece que se desconcentrou. – Comentei e ele deu de ombros, observando o pai.

— Ele deve me odiar. – Ela assume sua preocupação por fim, quase sussurrando. — Ele sempre odiou guerras por causa das mortes, ele valoriza a vida e eu...

— Você foi preso, foi transformado em algo que não é, foi tido como escravo e teve que aprender a ser assim. – Eu o interrompi seriamente, mas logo suavizei a voz. — Você não tem culpa Al, ele te ama muito, não tenha dúvidas disso. – Ele sorriu e segurou minha mão que estava em seu rosto.

— Obrigado por tudo! – Ele sussurrou, tirando a minha mão de seu rosto com delicadeza. — Mas agora se não se importar quem vai cuidar de você sou eu. – Ele terminou de dizer, completamente sério, e senti minha respiração falhar, mas antes que eu pudesse ter a chance de responder qualquer coisa ouvi um barulho vindo do corredor e vi a chegada da rainha com Ches e Let, que riam juntos como se nada estivesse acontecendo, Will se levantou e a rainha se aproximou da porta sem tranca por fora.

Ela bateu três vezes, depois duas, depois três novamente e a porta começou a abrir devagar, quando ela foi totalmente aberta nós passamos em disparada, depois de termos atravessado chegamos a uma grande sala branca e vazia, com apenas uma porta enorme no meio e um estreito corredor a minha direita, atrás de nós a porta foi fechada mais rapidamente.

— Obrigada querida. – A rainha agradeceu sorridente e um pouco emocionada.

— Não há de quer majestade! – Respondeu a menina de cabelos castanhos, ela estava de costas pra nós e fechava a porta, ela estava com certa dificuldade com a tranca e Ches foi ajuda-la, assim os dois conseguiram sem problemas, a menina se virou e eu pude ver seus olhos castanhos esverdeados. —Obrigada é... Conheço-te?

— Sou Erick, mas alguns me chamam de Ches, eu vinha muito aqui, talvez não se lembre de mim porque eu costumava ser um gato. – Ches responde sorrindo.

— Só costumava? – A menina perguntou chocada, quase que por um impulso, mas soou tão baixo, o que deu a ela tempo para se recompor. — Digo, entendo perfeitamente que você era um gato. – Ches ri um pouco, será que digo a ela que ele tem uma audição afiada?

— E você quem seria? – Ele pergunta sorrindo e ela parece voltar a realidade.

— Está é Sinara, ela é uma das minhas damas, uma das poucas que restaram na verdade, e devo-lhe agradecer por me esperar por tanto tempo. – Disse a rainha se aproximando da jovem e beijando-lhe a testa. — É como uma filha para mim.

— Ó majestade minha vida é servir o reino e a quem necessite, para mim é uma honra. Agora se me dão licença, preciso ir. – Ela anuncia se afastando lentamente e parando ao lado de Ches. — Se não se importa, pode me ajudar com aquelas caixas? – ela questiona, apontando para duas caixas ao lado da porta, Ches consente sorrindo.

— Claro minha doçura. – Ele responde alegremente e ela sorri mais ainda, os dois começam a andar juntos pelo castelo. — Posso te chamar de Erick? – Ouço-a perguntar antes de sumir de vista.


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Notas finais do capítulo

hehe :3



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