Meia Noite escrita por AngelSPN


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Um abraço a todos que me darão a oportunidade de comentar e expressarem seus sentimentos quanto a essa fic. Elise Padalecki, minha fiel leitora dedico esse capítulo para você!



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Sam Winchester entrou silenciosamente pela porta, seu irmão ainda continuava dormindo. Não estranhou o sono pesado do loiro depois de tudo que ele passou na cidade de Silent Hill, mesmo tendo se passado uma semana depois do ocorrido.

O moreno deixou-se cair sobre a cama, acabara de vir de outra tentativa inútil de barganhar a vida do irmão com outro demônio da encruzilhada. Parecia que todos eles queriam Dean de volta ao inferno, só que desta vez era diferente, era como se houvesse um plano diabólico muito pior. Sem precisar disfarçar a preocupação o moreno franziu o cenho olhando para o teto com as mãos atrás da nuca, deitado sobre um travesseiro bege macio demais. Resmungou em voz baixa uma tentativa de reza, parou antes mesmo que conseguisse se concentrar ao perceber o peito do irmão arfar, era certamente mais um pesadelo.

— Dean! — O moreno ficou sentado na cama de madeira, aguardou alguns segundos e voltou a deitar-se. Dean agora virava-se de lado com a mão debaixo do travesseiro.

Com o passar das horas, o moreno deixou o cansaço levá-lo para o mundo dos sonhos. Só que eles mais pareciam pesadelos ou seriam premonições?

— Sam!? Acorda cara! — Dean sacudia o irmão que quase o nocauteou com um soco.

— Dean? Você está louco? Quase te acertei seu idiota! — Sam empurrou as cobertas ao chão coberto por um tapete musgo.

— Quase? Você me acertou sim! E de nada por te acordar desse raio de pesadelo! — O loiro saiu esfregando o maxilar, entrando logo em seguida no banheiro.

Sam torceu o nariz, odiava ter pesadelos que o confundiam com o mundo real. Estava totalmente perdido em seus pensamentos e devaneios, quando se deparou com aqueles olhos verdes o fitando.

— Tudo bem Sam? — Dean perguntava com a escova de dente na boca.

— É. Acho que sim — disse o moreno baixando o semblante.

—Acha que é uma... premonição? — Dean voltou ao banheiro e retornou em seguida com a toalha branca felpuda sobre a sua boca carnuda.

—Não sei ao certo. Foi diferente dessa vez, era como se já houvesse acontecido — o moreno se sentia constrangido e surpreendeu-se com o pedido do irmão.

— Me conta — disse o loiro atirando a toalha sobre a cama e puxando uma cadeira.

Sam levantou os olhos, não queria assustar o irmão. Só que Dean o conhecia tão bem, que era difícil esconder qualquer coisa do loiro.

—Sonhei com o apocalipse. Com o mal sobre a terra. Um misto de imagens do presente e futuro. Ví uma jovem aterrorizada e um estranho homem de capuz, ele queria acordar o mal, trazer algo de volta a vida. E... — as palavras engasgaram em sua garganta, até ouvir o som da voz do irmão mais velho encorajando-o.

—Continue Sammy — o loiro tentou usar um tom de voz forte, mas não foi o que saiu.

— Eu liderava um exército de demônios — as palavras saíram mais rápidas do que esperava.

Dean tentou disfarçar o mal estar, deu graças a Deus por ter sentado na cadeira, ou teria desabado. O loiro não tinha comentado nada sobre o que descobrira em Silent Hill, sobre a revelação que Zacharias havia lhe confidenciado.

Flashback on

“— Sam pode ser bom agora, mas ele tem sangue de demônio em suas veias. Ele é o receptáculo de Lúcifer... Seu irmão será o anti-cristo e o único a impedir a vinda do mal sobre a terra é você !” *

“— Está errado — disse Dean esquivando-se — Meu pai me disse para matá-lo se eu não conseguisse salvá-lo! Mas eu vou salvar o Sammy! Custe o que custar, ele estará livre desta maldição. Estará livre do caminho do mal.”

Flashback off

—Dean? — Sam também conhecia muito bem seu irmão, o rosto pálido denunciava algo — Dean, o que foi? — o moreno perguntou remexendo-se sobre a cama.

— Hã, nada — Dean desviou o olhar do caçula.

— Não, não, não. Você está me escondendo algo? — Sam agora deixava o irmão na maior saia justa.

— Não viaja Sammy. Já disse... — Dean sabia que o irmão não iria contentar-se com uma desculpa qualquer, resolveu improvisar — É que, você falando do mal sobre a terra, você liderando um exército de demônios, me lembrou o inferno. Lembra que estou com um pé lá dentro, quem sabe sua visão não seja sobre isso? — Dean procurou nos olhos de Sam o que queria, o caçula havia acreditado.

— É, eu sei. Sinto muito — o moreno sentiu-se um idiota.

Dean percebera o sofrimento do irmão, e isso o matava por dentro. Só que não tinha a menor intenção de contar-lhe sobre um diabólico futuro que o aguardava. Dean realmente acreditava que poderia salvar o irmão de tal profecia.

Em meio ao silêncio constrangedor, o celular de Dean toca, deixando-o aliviado e feliz por isso.

— Olá Bobby. Sim, sim. É, terminamos por aqui. Era um metamorfo e... Outro caso? Onde? Kansas...

Sam levantou-se da cama, Bobby certamente arrumara outra caçada. Um banho era tudo que o jovem moreno queria, bateu no ombro do irmão e seguiu para o banheiro.

Com o canto dos olhos Dean acompanhou os movimentos do irmão e respirou profundamente ao ouvir o que Bobby lhe narrava. O silêncio não era a melhor opção para o loiro, que sempre questionava uma coisa ou outra e Bobby sabia disso.

—Tudo bem filho? — Dean sorriu ao ouvir isso. Adorava quando o velho caçador o chamava por filho.

—Err... tudo bem Bobby. Só que isso me abalou um pouco. Sam meio que sonhou com algo ruim — o loiro baixou o tom de voz.

— Sério? Acha que seja alguma premonição? — o caçador sabia o quanto Dean detestava esse “poder” do caçula.

— É, pode ser. Não sobrou ninguém no bar? Alguma testemunha? Tem certeza que seria algo demoníaco? — a esperança de que fosse qualquer outro tipo de criatura e não algo que envolvesse o mundo das trevas aliviaria a carga que o loiro depositava sobre seus próprios ombros.

— Gostaria muito de dizer que seria uma caçada simples, Dean. Só que estive no local, há enxofre saindo pelos poros. Uma jovem que está internada em estado de choque. Uma chacina, os corpos estão recheados de besouros. Nada bom mesmo. E para piorar um pouco mais a paisagem, há um rastro de plantas mortas, melhor dizendo secas — Bobby coçou a cabeça antes continuar. — É coisa da pesada garoto. É melhor se prepararem para chumbo grosso. Outras atividades naquele local denunciam a presença do mal.

— Tempestades? — o loiro levantou-se até o frigobar barulhento.

— É. Além de quedas abruptas de temperatura e por aí vai. Fora... — Bobby calou-se repentinamente, pareceu ter visto vultos em meio á densa névoa que se formara próximo a onde estava hospedado.

— Bobby? — o loiro chamara por algumas vezes, sentindo o coração palpitar — Bobby!?

—Ainda estou aqui. Vou ter que desligar, pode ser paranóia de um velho, porém vou averiguar — e sem esperar resposta desligou o telefone, deixando um Winchester enraivecido do outro lado da linha.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Caso estejam confusos me avisem, pois muitas coisas virão pela frente :)