– Se acalme Niklaus - Celeste tentava inutilmente me acalmar, como se fosse possível depois de saber a verdade sobre os meus pais que por muitos anos vestiam uma mascará na frente de todos para não mostrar os seres podres que são - Tente entender...

– Entender? como pode me pedir isso? - Tento controlar o volume da minha voz mas ela saia mais alto do que eu gostaria

– Eu vou te explicar tudo, mas quero que você fique quieto e só escute - Celeste fala me empurrando para a cama a fim de me fazer sentar - Eu trabalhava com seus pais a anos então eles confiavam muito em mim, você deve se lembrar de quando tinha sete anos e eu e sua mãe fizemos uma viagem!? - assinto e ela continua - Ela estava de cinco meses, mais um pouco e seria impossível esconder a barriga então fomos para Mystic Falls, onde ela teria o bebê e depois entregaria a uma amiga...

– Lizz? - pergunto irônico

– Eu também fiquei surpresa em saber que Caroline era filha dela Klaus, desde que conheço Henrik... ele sempre me falou muito da irmã mas eu nem imaginava que fosse ela

Eu nunca imaginei ter um irmão perdido pelo mundo, mas agora o conhecendo eu desejei que ele não fosse tão próximo a Caroline. Isso não era mais uma questão da família Mikaelson afetaria a garota que eu tenho que proteger e por mais que seja difícil imagina-la sabendo que Henrik não é seu irmão um dia ela teria que saber, Caroline... tudo voltava no furacão loiro, ultimamente ela vem ocupando um grande espaço na minha mente...

– Klaus podemos voltar ao assunto? - pergunta Celeste percebendo a minha distração - Na época sua mãe sofria com uma grande depressão, sua família estava quase falida e seu pai preste a assumir a amante, a qual era desconhecida mas venho virar uma grande decepção mais tarde

– Me tranquilizou muito Celeste, na verdade é uma ótima desculpa - forço um sorriso debochado - Bom saber que meus pais deram uma criança porque tinham problemas no casamento

– Klaus assim que sua mãe deu a luz ela até tento desistir mas Mikael não permitiu - ela senta-se ao meu lado e apoia as mãos no rosto - Seu pai sempre foi muito esperto, afinal, Lizz esteve metida nos piores podres da sua família

– Como assim? - Celeste chega perto e bota a mão em meu ombro, como se o que fosse falar seria insuportável.

'' Sai pra lá Henrik'', '' Não faz isso nas minhas bochechas de traz Davina'', ''Os dois querem parar !?''. Os gritos na sala ficavam cada vez mais altos... não me surpreenderia se quando descêssemos tudo estivesse destruído

– Depois continuamos - Fomos em direção a sala passando por um pequeno corredor onde tinha muitos portas retratos, alguns continham fotos de Davina, Henrik e de um homem o qual considero ser Marcel, o sobrinho de Celeste, porém, o que realmente me surpreendeu foi ver que Celeste ainda tinha fotos de toda a minha família.

Na sala não tive escolha a não presenciar uma cena um tanto constrangedora, Henrik estava de quatro em cima em algo parecido com um ''tapete'' que possuía bolas de quatro cores e Davina atrás tentando botar a mão em uma das bolas embaixo dele. Já Caroline estava com a barriga em cima das costas de Davina querendo, não sei como, alcançar a mão do outro lado mas o que me deixava inquieto era o mini vestido que ela usava mais um pouquinho e era possível ver a sua calcinha que não duvido ser minúscula também.

– Mão direita no vermelho - Davina fala mas logo depois arregala os olhos - Não....eu não consigo....credo não tem como... é impossível

– O que vocês estão fazendo? - Celeste quase grita apavorada ''ÓÓÓ''

– Jogando Twister - Os três dizem em um coro

– Nunca jogou tia? - Davina pergunta a Celeste segurando a risada diante da reação dela que só balança a cabeça negativamente - E você Klaus?

– Eu? é eu joguei uma vez - Tá bom...eu nem sabia que existia esse jogo mas é logico que eu não vou falar, uma pena é que Caroline parece perceber e começa rir sem parar

– Niklaus...jogando Twister? essa é uma coisa que eu morreria para ver - Fala ainda rindo

– Love.. acho que não é algo agradável de se ver, igual sua posição, aconselho que da próxima vez que jogar use algo mais apropriado - para não dizer decente é claro

– Bá maninha, vai deixar? eu se fosse tu não deixava - Diz Henrik debochando e recebendo um tapa no ombro de Caroline - Ai...ai...ai.....mulheres

– Como eu sou uma pessoa muito querida não vou te responder como deveria Klaus, além do mais, você esta coberto de razão

Caroline só pode ser bipolar ou louca, mas normal eu tenho certeza que ela não é. Uma hora age como se tivesse cinco anos, discute por qualquer coisa, parece que estou lidando com uma criança inconsequente mas por outro lado em raros momentos, ela é completamente diferente parece mais com a rainha da maturidade.

– Bom depois dessa eu vou indo antes que Bill venha me buscar - Henrik fala se despedindo de Davina e Caroline

– Foi um prazer te conhecer Klaus

– Posso dizer o mesmo - aperta minha mão e sai, olhando-o vejo que é quase impossível negar que ele é um Mikaelson

– Davina vem me ajudar!? - Logo ficamos só eu e Caroline na sala, me sento na poltrona que pouco antes foi palco da ameaça que ela me fez e fico a encarando, olhando vejo um sorriso presunçoso surgir em seus lábios.

– Amôôr - Caroline fala de uma maneira tão manhosa que.... me chamou de amor? antes mesmo de pensar em falar algo ela já estava em meu colo colocando seus braços envolta do meu pescoço - Eu estou muito feliz

– E posso saber o motivo? - encaro seu lindos olhos que brilhavam observando descaradamente a minha boca - Olha sweet nos... -

Caroline estava realmente disposta a me atormentar, ela revira os olhos e quando menos espero sinto seus lábios sobre os meus, por um momento resolvi esquecer o quanto aquilo era errado e a puxo pela cintura colando nossos corpos, não sei dizer o que faz Caroline sorrir entre o beijo mas ela o fez enquanto brincava com uns fios do meu cabelo

– Klaus seu tarado - fala Caroline assim que a falta de ar nos separa, acho que ela notou meu olhar pra o seu enorme decote

– Esconda direito que eu te juro não olhar - a loira abre a boca em um perfeito ''O'' e logo em seguida me mostra a língua que eu rapidamente pego com a ponta dos dedos - Então love?

Caroline fazia careta e tentava se soltar - Amor você não esta em condição de ficar emburrada - Falo assim que vejo seu lado criança de cinco anos - Vamos fazer um acordo!? - Ela assente abaixando a cabeça mas meu celular começa vibrar e no momento de distração ela sai do meu colo

– Eu já volto Caroline - Saio para fora e confirmo o número que me atormenta desde que sai de New Orleans

– Alô - digo simplesmente já sabendo a palhaçada que viria logo e seguida

– Olá amor - fala com a sua típica voz enjoativa digna de uma vadia

– Não enrola... o que você quer?

– Nossa Klaus isso é jeito de falar com o amor da sua vida? - eu queria responder, dizer tudo o que pensava mas nada saia, porque no fundo eu sabia que a era verdade, uma verdade dolorosa, algo que acabava com o resto de felicidade que tinha sobrado depois que ela conseguiu acabar com a minha vida.

– Porque agora? você já não conseguiu o que queria? - falo mais alto do que gostaria fazendo Caroline sair e ficar parada em frente a porta.

– Simples Nick eu só quero conversar com você

– Você só pode estar de brincadeira né? eu não te vejo a dois anos e só agora você me aparece? - Me viro e encaro Caroline que me olha com uma extrema confusão. - Eu não posso fala com você agora

– Qual é Klaus? eu sei que você nunca me esqueceu

– Eu tenho que desligar - Não espero a resposta e desligo o celular, caminho em direção a porta e entro sem olhar para Caroline que vem atrás de mim, ''que loira insistente'' penso

– Klaus...

– Caroline depois conversamos - ela volta e eu vou para o quarto que Celeste preparou para mim, assim que deito na cama me lembro de Carina.

Algo em Caroline me lembrava a ela, tão animada, alegre, corajosa e linda, talvez tenha sido por essa semelhança que me apeguei tanto a ela, ou não, uma coisa eu não posso negar elas são tão parecidas mas ao mesmo tempo tão diferentes.

Carina tinha prazer em ver o sofrimento alheio, era como se não pudesse ser feliz se não fizesse alguém infeliz, já Caroline é o contrario tem a inocência que Carina nunca possuiu, toma as dores de quem ama e consegue fazer qualquer um sorrir. Sem sombras de duvidas elas são completamente opostas em alguns pontos mas são as semelhanças que me perturbam.

POV CAROLINE

Homens... que sexo mais complicado viu... depois falam das mulheres, uma hora esta todo animadinho mas não dá cinco minutos para parecer uma vitima fugindo do seu assassino. Pô eu não sou uma tarada pronta para tirar a virgindade dele, pensando melhor.... eu sou sim, não que eu ache que ele seja virgem, na verdade eu acredito que ele tenha algum problema com a minha idade... triste não?

Ligo a televisão e vou trocando de canal na esperança de esquecer o beijo de Klaus, o que não é fácil porque aquilo não é nem beijo...é um beijão, aqueles de novela mas não de novela mexicana...

– TIA VAI COMEÇAR A NOVELA - grita Davina pegando o controle e colocando em alguma coisa melosa o suficiente para me fazer cansar em três minutos, fui para o quarto de Davina onde eu dormiria, no corredor vi varias fotos do meu irmão e até de Nick e Kol. Eu tenho uma curiosidade enorme diante dessa relação que a família de Klaus tem com Celeste mas é logico que eu no sou tão cara de pau para perguntar...... Me deito e encaro o teto não me lembro de ter outro pensamento antes de adormecer

POV REBEKAH

Meu pais quase quebraram a casa, mais uma briga pelo mesmo motivo, meu pai parece querer ir a Mystic Falls ajudar meu irmão, muito que ele precisa......ai tem. Minha mãe está furiosa porque ele deixou Kol ir pra lá também, o que eu acho extremamente estranho.

Kol nunca gostou de se meter no trabalho de Nick, meu pai já insistiu, fez propostas para que ele viajasse com Klaus em um dos seus casos mas ele nunca quis, porque só agora? pra mim eles estão escondendo algo, pena que isso não seja o meu pior problema

Ninguém sabe da minha gravides, e eu preciso contar a alguém, caso contrario vou acabar explodindo, mas infelizmente eu não posso. Elijah viajou e o único que eu contaria seria o Nick, ele sempre me deu os melhores conselhos e me avisou sobre Tyler então eu teria que vê-lo nem que seja preciso convencer minha mãe de me deixar ir com o papai

– Posso entrar mãe - bato na porta e ouço como resposta um baixo ''pode''

– Então...eu queria pedir algo a senhora

– Você me chamando de senhora? deve ser muito sério - ela se vira para mim e me olha arqueando a sobrancelha

– Eu quero ir para Mystic Falls com o papai - falo rápido e ela me olha surpresa, eu acho que alterei a minha voz

– Você pode ir Rebekah - um sorriso surge em meu rosto, não esperava que fosse tão fácil - mas não com o seu pai - foi só nesse instante que eu percebi que ela estava arrumando algumas malas

– Mas mãe......lá tem um assassino eu...

– Rebekah você quer ir ou não? eu tenho algumas coisas pendentes que deixei para traz a alguns anos e essa é a oportunidade perfeita para conserta-las......eu tenho certeza que seu irmão e o bando dele tem capacidade suficiente para não deixar nada acontecer com gente, afinal, Kol esta lá também -

Digo que vou arrumar minhas malas e saio quase pulando, é claro que eu acho isso muito estranho mas é melhor nem questionar.....Mystic Falls que me aguarde

POV CAROLINE

Acordo com uma enorme claridade em meus olhos, eu deixei a janela aberta e parece que Davina não fechou, aos poucos vou me acostumando com ela e percebo que a minha cunhada ainda dormia. Eu mau consegui dormi pensando em Nick então fui caminhando do jeito que acordei para o quarto dele ele, mas mais uma vez fui traída pela minha curiosidade

– Então é isso? - Klaus falava exaltado com Celeste - Lizz era amante do meu pai quando pegou Henrik? - minha consciência falou que eu deveria sair mas ao ouvir esses nomes meu mundo desabou

– E para piorar meu pai me manda para o fim do mundo, descobrir quem esta ameaçando a filha da amante......isso não pode ser normal

A uma semana pensei que ser perseguida por um assassino sádico fosse a pior coisa que eu teria que passar , mas ouvindo isso posso confirmar que nada doeu tanto, até agora....

– Minha mãe deu o filho para Lizz criar, isso não é irônico?

– Não Klaus.....na verdade seu pai não concordou em entrega-lo a ela mas aceitou, porque como eu te disse dois anos antes Lizz teve um filho que morreu no parto, mas e se eu te dissesse que esse filho nunca esteve morto?

– Então?

– Esther não é.........

Não conseguir ouvir mais nada antes que a escuridão tomasse conta novamente de mim....