Redes da Realidade escrita por Maxine Evelin


Capítulo 1
Redes da Realidade




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A vida é cheia de escolhas.
Cada escolha é pessoal, não existe bem ou mal.
O que nos sobra são as consequências.
E eu sou um homem de consequências.

Não costumo pensar no futuro.
Assim como não me prendo as nostalgias do passado.
Tento viver apenas lidando com as consequências dos atos.
Sem pensar muito nas causas, mas as vezes isto é inevitável.

Eu imagino o tempo e espaço como um sistema complexo.
E o futuro como uma rede complexa neuronal.
Tudo começando do bulbo, do momento de seu nascimento.
E a cada ação, a cada pensamento há uma extensão de nossa realidade.

Cada imaginação de nosso futuro, cada projeção, em cada escolha.
É projetado uma criação externa de uma realidade alternativa.
Cada um de nós possui um multiverso pessoal.
Tão complexo quanto o sistema vascular encefálico.

O futuro na verdade é o nosso presente.
Vivemos constantemente lidando com nossas consequências.
Nosso presente é nosso passado, pois quando pensamos o presente já foi.
Vivemos em um constante momentum, presos ao passado nos iludindo de uma anomala existência presencial do tempo.

O relógio movimenta-se rapidamente.
Conscientes desse impiedoso movimento uniforme.
Lançamos em nossos subconscientes projeções de futuros alternativos.
Criando realidades alternativas visando aproveitar o pouco tempo que temos.

Cada ramificação de nossa consciência gera uma realidade.
Cada realidade gera um movimento único na energia que flui dentro de nosso universo.
As vezes encontrando seu fim com a nossa morte ou nossa falha.
A morte de um sonho ou a derrota de um sonhador.

As vezes estas realidades se convergem, voltando a nossa realidade.
Daí são geradas as consequências, quando dois ou mais multiversos colidem. Forçando o tecido da realidade rasgar e moldar-se novamente.
Quando o peso de nossas escolhas coincidem com nosso passado-presente. Fazendo-nos viver e acreditar em uma infinita espiral.
Uma espiral de mentiras e irrealidade, expectativa falsas sobre um futuro falso.

Karma. Sorte. Azar. Tudo subcategorias de nossas consciências.
E de nossas consequências.
Precisei de muita coragem para encarar os fatos e parar de sonhar.
Como já lhe falei, não costumo mais pensar no futuro.

Apenas nos padrões formados pelas consequências de meus atos.
Neste momento espero que esteja me perdoando por contar isto.
Fazer você pensar nisto tudo e fazê-lo mais susceptível a entender a origem de suas consequências.
Distorcendo sua ilusão de um futuro perfeito.

Mas sou um homem de consequências.

E sei muito bem como lidar com esta.

–--- Arth 05/14


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Notas finais do capítulo

Criei este poema, tentando explicar um pouco do contexto de um homem viciado com o conceito de presente-futuro.Espero que gostem.~~~~Arth 05/14



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