10° Desafio Sherlolly escrita por Anna Hiddleston


Capítulo 1
Amor


Notas iniciais do capítulo

Tomara que gostem, e que comentem :3
Boa leitura, viu?
(Música tema: http://letras.mus.br/the-xx/1542811/)
Eu acho que vou ter que formatar esse negócio...
Vai ficar disponível para leitura, mas eu vou formatar depois XD



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-Besteira John, eu definitivamente não preciso dela! - Sherlock rosnou furioso, e passou sua sobrinha para Mary.
-É claro que você precisa, Sherlock, não que eu esteja falando que Molly é um cartão de acesso para o necrotério...- Mary olhou feio para ele. - É só que, você não pode sair cantando as meninas do necróterio, elas tem medo de você, e além do mais, você está muito mais mal-humorado desde que vocês pararam de ser falar...
-Me deixe John! - Sherlock desceu as escadas com pressa e tropeçou em um bichinho de pelúcia, caindo sentado e batendo a cabeça em um dos degruas.
John correu para ele, mas Sherlock foi mais rápido e em milissegundos já estava fora da casa, bufando, e meio tonto.
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Molly suspirou e pegou a chave na bolsa, deixando a cair, se abaixou para pegá-la, quando o fez notou que a porta já estava meio aberta, abriu a porta devagar e pegou o primeiro guarda-chuva que viu pela frente.
Engoliu seco e entrou na sala com a ponta do guarda chuva em sua frente, não poderia fazer muito estrago, mas ao menos ela poderia bater na cabeça de quem estivesse lá.
Quando a luz da escrivaninha se ascendeu Molly respirou fundo de alívio. Era somente Sherlock.
Baixou o guarda-chuva e jogou a bolsa e seu casaco na poltrona.
-Hey Sherlock, a quanto tempo você está aí? - Molly o cumprimentou remexendo na sua manga de sua blusa, sem saber muito o que fazer.
-E-eu... Eu não sei. Você... Você se chama M-Molly não é? Hm, tem alguém... Me mandando umas... Umas mensagens esquisitas dizendo que quer que eu peça desculpas por... Alguma coisa, e... Me mandou ameaças. - Ele engoliu seco e se levantou.
Molly arqueou uma sobrancelha, Sherlock gaguejando?


-Tudo bem, Sherlock, eu não sei que brincadeira é essa mas... -Ela o olhou, verdadeiramente, pela primeira vez em três meses e o viu. Ele parecia perdido, aterrorizado, ele estava até mesmo desconfortável, suas mãos inquietas remexiam no casaco. -Oh meu deus... Sherlock, posso ver suas mensagens?
-Claro! - Sherlock deu um sorriso tímido, e Molly engasgou. Ele lhe entregou o telefone e ela investigou nas mensagens.


JW
Está tudo bem?
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JW
Tudo ok não me responder, mas é sério, Sherlock, vá falar com Molly!
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JW
Não me responda e eu vou ligar para o seu irmão pedir para ele rastrear seu telefone e te arrastar para a casa.
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JW
Mrs Hudson me ligou, Sherlock, onde diabos você está?!
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JW
Sherlock, se você estiver naquela maldita boca de fumo novamente eu vou te buscar com Lestrade e vou me garantir que você fique preso por uma semana!
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JW
Talvez eu atire em você também.
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JW
SHERLOCK!
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SH
Oi.
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JW
Finalmente! Você está drogado? Vá falar com Molly!
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SH
Acho que não. Você poderia me passar o endereço por favor?
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JW
Rua Main Street, 16, apt C3.
Você está drogado? Como está sua cabeça?
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JW
SHERLOCK!

O resto das mensagens eram só ameaças por parte de John,... Sherlock foi bem, educado nas mensagens. Ele até disse 'oi'.


-Hm... Você bateu a cabeça? - Molly perguntou, devolvendo o celular.


-E-eu realmente não sei. - Ele coçou a cabeça, e olhou pela janela por um momento. - De onde conheço você?


-Perdão? - Molly arregalou os olhos.


-Eu conheço você... De algum lugar mas... Não me lembro. Na verdade, não lembro de nada antes de entrar no seu apartamento... Ah! Meu deus, desculpe, eu, eu invadi seu apartamento, eu... Me desculpe senhorita ahn... - Sherlock corou e baixou a cabeça olhando para suas mãos.


-Hooper, Molly Hooper. E... Ah, espere um momento, eu vou ligar para John, relaxe, está tudo bem, ok? - Parecia mais que ela estava falando aquilo para si mesma, mas respirou fundo e pegou seu celular indo para a cozinha e observou que Sherlock se sentou novamente no sofá, e Toby finalmente deu o ar da graça e Molly aproveitou e colocou comida para o gato gordo.


-Eu nunca devia ter te castrado... - Molly suspirou vendo Toby comendo feliz. -Bom, pelo menos você parou de marcar território.
No primeiro toque John atendeu.
-O que ele fez?
-Oi? Tudo bem?
-Tudo bem comigo, o que ele fez?
-Ao que parece apareceu na minha casa totalmente... Desmemoriado. O que aconteceu mais cedo?
-Desmemoriado? Tem certeza? Ele tropeçou em um dos brinquedos de Charlotte...
Ah, que lindo! Molly esfregou a testa e se sentou. O brilhante detetive Sherlock Holmes tropeça em um brinquedo e perde toda a memória... Brilhante mesmo.
-Quer que eu vá aí?
-Na verdade, ele está um pouco assustado por causa das mensagens que você mandou para ele.
-Hunf, estou indo aí.
-John eu...
Molly ia falar mas o médico já tinha desligado.
Sherlock ia ter um treco.
O que fazemos quando pessoas perdem a memória? O que fazer quando uma pessoa perde a memória? O que fazer quando Sherlock Holmes perde a memória?
Molly suspirou e foi para a sala, ela precisava falar com Sherlock antes de John chegar.
-Tudo bem, Sherlock, vamos jogar um jogo, eu vou falar coisas sobre seu passado, palavras chave, e você me diz a primeira coisa que vier na sua mente, e depois, se você quiser, pode me fazer umas perguntas... Ok?
-Ok! - Ele se sentou inclinado, um sorriso fantasmagórico em seus lábios.
-Mãe?
-Matemática? -Ele franziu a testa e Molly riu.
-John te explica.
-John?
-Hm... JW, ele é John Watson seu melhor amigo, está vindo aqui para falar com você.
-Meu melhor amigo? Não parecia isso nas mensagens. - Ele engoliu seco e Molly balançou a cabeça.
-Pai?
-Dança.
-Irmão?
-Proteção. -Molly sorriu.
-John?
-Amigo...?
-Hm, Mary?
-Mandona. - Sherlock sorriu, e Molly gargalhou.
-Ah, nem tanto. Greg?
-Quem?!
-Exatamente. Deixe-me tentar novamente, Lestrade.
-Cigarros.
-Hm... Irene Adler? - Vadia, Molly se respondeu mentalmente.
-Celular.
-Faz sentido. Celular?
-Rosa.
Molly engoliu seco, será que ela deveria perguntar sobre Moriarty?
-M-Moriarty. James Moriarty.
Um flash de ódio passou pelos olhos de Sherlock, Molly engoliu seco.
-Inimigo. - Respondeu baixando uma oitava. Molly arrepiou.
-Magnussen?
-Tubarão.
-Mrs Hudson?
-Parede. - Sherlock franziu a testa novamente.
-Tudo bem, última pergunta.
-Amor?
-Molly.
Ambos congelaram e ficaram se encarando, sem saber o que dizer, até que a campaínha tocou.
-Ah...er, eu vou... Hm... Então. - Molly apontou para a porta e engoliu seco, fugindo da porta.
John sorriu para ela, segurando uma pequena mala na mão.
Ela o guiou para a sala e ele olhou para Sherlock.
Sherlock não estava reconheçendo John, e aquilo era tão estranho para Molly quanto a resposta dada por Sherlock para 'amor'.
-Eu vou tomar banho, vocês uh... Conversem. - Molly corou e já ia correndo para o quarto, mas parou e se virou para John. - Me dê sua arma. - Ela estendeu a mão.
-Eu não trouxe arma, por que eu...- Molly continuava com a mão estendida e John bufou, entregando-lhe a arma escondida no bolso do casaco.
Com a arma Molly foi para o banho, e ficou divagando e relembrando.
-Amor?
-Molly.
A resposta fora tão rápida... Tão certa!
Mas por que Sherlock esconderia dela? Ah, claro, o irmão provavelmente. Mycroft era a cópia de Sherlock mais amargurada. Ela ousava dizer que ele definitivamente se importava muito com irmão e com os bolinhos que ela fazia.
Saiu do banho se secou e se vestiu.
Quando saiu do quarto Sherlock estava sozinho na sala novamente, olhando pela janela.
-Hm... Quer comer alguma coisa? Domir? - Molly perguntou, esfregando as mãos.
-Acho que dormir seria bom.
-Tudo bem, vou pegar a roupa de cama, se importa de dormir no sofá?
-Ah, não! O sofá é bom. - Sherlock sorriu.
Molly pegou as coisas e o entregou.
-Talvez eu não esteja aqui quando você acordar, eu tenho que ir trabalhar, mas fique a vontade!
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E assim se foi. Por duas semanas inteiras.
Molly chegava em casa e Sherlock estava lá, sentado no sofá, quase esperando. Eles viam TV ás vezes.
Nos finais de semana, foram visitar Mycroft, que se assustou bastante. Foram em Baker Street e Molly teve um ataque de espirros com a poeira. Visitaram parques, pessoas, lugares onde Sherlock se refugiava...
E nada.
Sherlock continuava a olhar perdido pela janela todos os dias.
Até que em uma noite de sábado...
-Posso dormir com você? -Sherlock perguntou, quase como uma criança, agarrado ao travesseiro.
-Ah... Pode! - Molly fechou o computador, estava vendo algum outro modo de tentar fazer Sherlock se lembrar. Ela ia tentar fazer algo que o lembrasse, pela comida, ou sons e até cheiros. Ela estava conversando com Mary para ela lhe emprestar o CD do casamento que a 'trilha sonora' continha uma das músicas de Sherlock.
Sherlock se deitou na cama e Molly prendeu a respiração.
A cama não era pequena, mas era estreita o suficiente para que seus braços ficassem colados. Ela podia sentir o calor da pele de Sherlock!
Ele se virou de costas para ela, e ela também.
-John... John me disse que eu era cruel com você. - Sherlock sussurrou.
-Algumas vezes você foi, mas... Eu não me importava. Era seu modo, e eu aceitei isso. - Molly mordeu o lábio.
-Eu me importo! Você é... Uma ótima pessoa Molly. -Molly tinha aquela plaquinha vermelha escrita "FRASE ALTERADA" piscando em vermelho na sua cara.
-Obrigada, Sherlock. - Molly sorriu.
Ficaram quietos por tanto tempo que Molly acabou dormindo, e então, Sherlock se virou para Molly e devagarinho depositou um beijo em sua bochecha.
-Desculpe Molly Hooper. Eu te amo.
E assim Sherlock se aninhou perto dos cabelos de Molly, sentindo uma leve pontada na nuca.
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-Sherlock! -Molly chamou. -Sherlock, é sério. Eu realmente preciso ir fazer xixi!
-Oi? -Sherlock se espriguiçou e abraçou uma coisa quentinha que estava se remexendo e sendo esmagada por seu peso.
-Sherlock! - Molly soava estrangulada.
-MOLLY! -Sherlock pulou da cama quando seu cérebro começou a trabalhar novamente. A coisa quentinha era Molly!
Quando Sherlock pulou ele acabou caindo da cama e batendo a cabeça na mesinha de travesseiro.
-Ai... - Sherlock grunhiu.
-Sherlock está tudo bem? - Molly se abaixou ao seu lado.
Molly desceu da cama e puxou a cabeça de Sherlock para seu colo.
-Você está me ouvindo? Sherlock? - A voz de Molly na cabeça de Sherlock era meio distante, era como se ele estivesse longe, mas ele podia sentir os dedos de Molly em sua cabeça, e então ela apertou ali, bem aonde ele tinha batido a cabeça. -Você está com um galo!
Ela ia se levantar para pegar um gelo, mas Sherlock agarrou sua mão. Seus olhos multicores estavam bem abertos e suas pupilas estavam minúsculas e Molly observava seus olhos ganharem um brilho sinistro, o conhecimento e as informações se escapando da salinha que ficaram comprimidas e escondidas.
-S-Sherlock? - Molly engoliu seco.
Sherlock sorriu e se levantou, ainda segurando seu pulso. Ele a puxou de pé e a abraçou.
-Hm... Quer gelo? -Molly perguntou, não sabendo reagir ao abraço.
-Nesse momento, eu só quero você. - Ele a abraçou mais apertado. -Eu me lembro de tudo!
-Oh! Legal, muito legal, mas Sherlock... Se você está tentando me matar, eu tenho que te dizer que eu só consigo prender a respiração por 52 segundos. - Sherlock soltou Molly, e ela finalmente pôde respirar.
-Desculpe. - Ele beijou sua bochecha. -Desculpe. - Ele beijou sua testa. - Desculpe, desculpe, desculpe. - Ele foi repetindo a mesma coisa, e beijando seu rosto, seu pescoço.
-Eu te amo, Molly. - Sherlock sorriu. -Eu te amo!
Ele a abraçou novamente.
-Meu deus, eu nunca vou me acostumar com isso de abraços. - Molly riu, mas o abraçou também.
-Molly, posso te fazer uma pergunta? - Sherlock a afastou um pouco.
-Claro! - Molly corou sob seus olhos intensos.
-A primeira palavra que vier a sua cabeça, ok? - Molly assentiu. - Amor?
-Sherlock Holmes. - Ela sorriu.
Ele a inclinou, como nos filmes, e a beijou. Nem ele mesmo estava acreditando.
Apaixonado? Sherlock Holmes? Quem diria?
E então, a campaínha tocou. Molly interrompeu o beijo e olhou feio para a porta.
-Vamos deixar ele tocar? - Sherlock riu, e a empurrou para a cama.
-Tente não me esmagar dessa vez. - Ela riu.
-Ah... Que graça teria? - Ele cobriu seu corpo com o dela e riu, capturando sua boca novamente.
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Jogos se tornaram bem divertidos entre Molly e Sherlock.


Toby emagreceu após Molly comprar um potinho com temporizador de comida.
(http://24.media.tumblr.com/161354d01807d0fa0f4cf87aa99163a0/tumblr_n5n52iEBSO1qf24ngo2_1280.jpg)


Quem estava tocando na porta era Mycroft.


Charlotte não deixou mais brinquedos espalhados pela casa.


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Notas finais do capítulo

Tomara que tenham gostado, comentem hein?
AH



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