Correram na direção uma da outra, aumentando a velocidade a cada passo, até se encontrarem. Abraçaram-se forte, como se aquele fosse o último momento de suas vidas, mas elas sabiam que seria o primeiro de muitos.

– Anna. – a mais velha suspirou, deitando a cabeça no ombro da menor. - Senti tanto sua falta.

– Eu também senti Elsa. – beijou-lhe o alto da cabeça – Eu te amo.

Acariciou o rosto da ruiva, que não conseguia parar de sorrir. As irmãs trocaram carinhos e olhares por um longo tempo, um tempo que parecia estar congelado.

Após muitos minutos, a mais velha finalmente percebeu que havia mais pessoas do que deveria.

– Anna, quem são...

– Eles? Ah, tá, eles. – a ruiva fez um gesto com as mãos, pedindo que os outros se aproximassem. - Elsa, essa é Rapunzel e o sapinho no ombro dela é o Pascal.

– Camaleão. – a de grandes olhos verdes corrigiu

– É um sapo, mas ela insiste em dizer que é um cameleão. – sussurrou no ouvido de sua irmã e logo voltou às apresentações - O dragão é o Banguela e ele é o meu namo... Soluço.

– É um prazer conhecê-los, embora eu tenha dito para você vir sozinha. – arqueou a sobrancelha tentando ficar séria, mas logo cedeu ao riso. - É muito bom saber que você não esteve isolada enquanto eu estive fora.

– Bem, não exatamente... Ah, depois eu te conto.

– Tudo bem, Anna. – a loira abriu um grande e caloroso sorriso - Eu também tenho muita coisa para lhe contar.

– Flynn!

– O que foi Elsa? – respondeu um homem moreno de ombros largos se aproximando

– Pode cuidar dos convidados? – o rapaz fez um sinal positivo com a mão - Desculpem-me, mas eu quero passar um tempo com minha irmã.

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Anna olhava para cima, para os lados, para baixo... Enfim, para todas as direções possíveis, observando o fantástico castelo de gelo que sua irmã havia feito, literalmente, com as próprias mãos.

– Então foi por isso que você estava...

– Eu precisava de um tempo para treinar meus poderes.

– É estranho. Eu não me lembro desses poderes.

– Nossos pais te levaram para o Palácio de North. Lá, os magos cuidaram de você, mas tiveram de apagar toda sua memória sobre a magia.

– Não fizeram um bom trabalho. – a ruiva comentou - Eu sempre acreditei em mágica. – Elsa tentou se pronunciar, mas Anna continuou antes que a mais velha pudesse dizer uma palavra. - Às vezes eu dizia que iria comprar tudo naquela loja de magia em Arendelle e me falavam para “crescer”, mas continuei acreditando. Embora eu não possa comprar tudo naquela loja, eu descobri que Okaen é um ladrão. E porque eu também não sei fazer magia e... – de repente se calou, finalmente percebendo que não deixava sua irmã se explicar. - Desculpe, acho que me empolguei. Pode continuar Elsa.

– Obrigada, Anna. - - Naquele dia os magos disseram que eu tinha um do maravilhoso, porém muito perigo, e pediram para eu voltar quando tivesse dezoito anos.

– E não está mais no Palácio de North?

– Eles me treinaram por pouco mais de um ano. Há essa altura eu já me sentia pronta.

– Por que ficou por tanto tempo sem se comunicar comigo? Por que tinha que esperar eu ter dezoito anos?

– Porque já teria maturidade para entender meu lado. Eu só me afastei de você, Anna, para te proteger. Espero que me perdoe pela distância.

– Não precisa se desculpar, Elsa. Eu te entendo. – sorriu - Agora eu vejo! – a menor exclamou, dando voltas em torno de si mesmas. - Seus poderes são tão lindos... Foi você que fez toda essa vila?

– Sim, Anna. Fui eu que fiz.

– Elsa... Você é incrível. Você está tão diferente do que eu me lembro... Digo... Um diferente melhor.

– Obrigada. – sorriu um pouco sem jeito - Mas me conte Anna. O que aconteceu enquanto eu estive fora?

– Ah, você sabe, não aconteceu nada.

– E seu “namo” Soluço?

– Pode deixar Elsa, agora eu vou ficar quieta.