Assassin's Creed: Legacy escrita por Annabeth Stark


Capítulo 6
- Os Valores Templários.


Notas iniciais do capítulo

Hello, meu povo! Então, eu troquei a capa, que acharam? u.ú A Élise é muito fofa, e como ela é ruiva e exatamente como eu imagino a Natasha, a usei. :3 Me apaixonei pelo Arno tmb o enfim, agradeço à Lovato88Demi por favoritar a fic



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/504704/chapter/6

“- Acha... Que estamos, hm... Cometendo um erro?”

A voz de Ezio rondava sua cabeça, às vezes se perguntava se ele tinha dito o que realmente queria dizer, ou havia se atrapalhado com o inglês.

Natasha encostou sua cabeça no travesseiro do pequeno quartinho e tentou fechar os olhos. Quando não conseguiu, abriu-os e puxou sua gargantilha, sentando-se de perna cruzada na cama.

Era a Cruz Pátea, o símbolo dos Templários. Sua mãe dissera que ela representava o início, o centro, a origem. O primeiro estado do caos ordenado.
Para falar a verdade, nunca entendeu aquilo, porém também nunca questionou.

Natasha rodou o pingente entre as mãos, olhando-o como se em algum momento ele fosse criar uma boca e explicar tudo sobre si.

“Caos ordenado”, o que vinha a significar aquilo?

– Pensativa? – Perguntou Ezio enquanto sentava-se na cama, junto de Natasha, que se assustou.

– Eu nem te vi entrar. – Murmurou, enquanto olhava para Ezio ainda com o pingente na mão.

– Entrei pela janela. – Falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Nat franziu o cenho.

– Você é muito estranho, Assassino.

– Que seja. – revirou os olhos – Nicolau falou que não era mais pra eu entrar por aquela porta – apontou para a porta de madeira trancada. – aí eu não entrei.

Natasha riu.

– Você tem uma bela maneira de seguir ordens.

– Leonardo já foi dormir – deu de ombros – se eu for ficar lá sozinho, sei que vou fazer merda... então. Enfim, no que está pensando?

– No meu pai, – falou sem rodeios – na minha mãe, no meu clero.

– Não parece muito feliz com isso.

– E não estou.

– Por quê?

– Eu... Sei lá. – suspirou abaixando os olhos – Por que você segue seu Clero, Ezio?

Ele suspirou.

– No começo era só pra fazer vingança. Os Templários mataram meu pai e meus irmãos, mas eu consegui salvar minha mãe e minha irmã... Com o passar do tempo, fui aprendendo mais, vendo mais. Então notei que os Assassinos não eram “assassinos”. Somos uma Ordem que protege a luz e a paz, nós matamos aqueles que fazem mal para a população, como corruptos, por exemplo. Eu cuido pra que ninguém mais sofra como eu sofri. – Ele falou enquanto corria os dedos pelo símbolo Assassino em sua cintura. – Protegemos os direitos, paz e livre-arbítrio das pessoas.

Natasha franziu o cenho enquanto Ezio falava. Ela crescera com seu pai falando que Assassinos eram homens sem escrúpulos que matavam em nome da paz. Uma paz falsa, mas Ezio não a matara. E ele parecia tão convicto de que era bom.

Natasha chegou a duvidar de seu próprio Clero.

– Por que os Assassinos e os Templários são inimigos, se no final das contas o objetivo é o mesmo?

Ezio olhou para o teto e depois para a ruiva.

– Bom, um não concorda com os meios do outro. E além do mais, eu luto em nome do livre-arbítrio. Tenho fé de que as pessoas sejam boas, e que só exista coisas ruins no mundo, como estupro, morte e assassinato, porquê o governo força essas pessoas existirem. A corrupção... Já os Templários...

Um estalo surgiu na mente de Natasha, e então tudo que o pai dela falava parecia agora fazer sentido. Coisas como “os humanos precisam pensar com uma só mente para prosseguir”.

– Ditadores...

– Isso, já os Templários acreditam que o livre-arbítrio seja uma coisa ruim. Eles lutam contra isso... Ãhn, mas vamos parar de falar sobre isso, tudo bem? – falou Ezio. Por mais que Natasha fosse uma boa pessoa, ela era Templária. E não queria entrar em uma discussão sobre “qual o melhor caminho para um mundo melhor”.

– Vai matar meu pai, não vai? – Perguntou olhando para a cruz.

Ezio não respondeu, dando a entender que sim.

– Minha mãe?

– Não preciso matar ela... Pelo que sabemos até agora, ela não tem culpa de nada.

– Como assim? – Natasha franziu o cenho.

– Como assim o que?

– “Precisar” matar.

– Bom, eu já falei. Os Assassinos matam quem faz mal pra população. Não matamos inocentes, vai contra nosso juramento.

O Assassino permaneceu conversando com Natasha por mais longas horas sobre seu Clero, convicções e até mesmo vida, a menina escutava e fazia perguntas, mas nunca falava nada com relação a ela própria.

Ezio deu-lhe boa noite e sumiu pela janela, fazendo a menina rir enquanto admirava o condicionamento físico do rapaz. Natasha encostou sua cabeça no travesseiro, rodando o pingente na mão lembrando-se de sua infância.

...

A pequena de longos cachos ruivos andava atrás de sua mãe pelas ruas de Londres. Danya amava comprar coisas, era seu passatempo. Não que Danya gastasse todo o dinheiro de seu pai – que era visivelmente afortunado - , mas Chekov gostava sempre de ter um novo sapato ou vestido.

Danya era Templária, assim como seu marido e seu pai. Mas deixou de lado o Credo para construir uma família, infelizmente (Como seu o Ivan sempre costumava lembrar) Dany teve “sorte” de conseguir engravidar e ter tido um único herdeiro. Uma menina.

Um moribundo se aproximou de uma das lojas mais caras da Inglaterra, pedia comida por misericórdia.

– A Inglaterra é o melhor lugar para se viver! – exclamou o vendedor em russo para Danya – tirando essas pessoas que estragam nosso país...

Natasha olhou o homem pobre através dos vidros da loja, enquanto sua mãe experimentava sapatos de costas para ela. Uma garotinha inglesa, que era claramente burguesa, fitou o homem com cara de nojo, e depois a menina russa. Mediu-a de cima a baixo, arcando as sobrancelhas. Passou os dedos por seus enfeites como correntes, gargantilhas. Ela tinha o cabelo tão enfeitado que mais parecia uma salada de frutas. O tipo de pessoa que Nat sentia pena.

A pequena ficou encarando a garota com sua expressão fria e calma de sempre, logo a mãe da garota veio e a guinchou pela mão, murmurando coisas que Nat não compreendia. Mas ela sabia que tinha algo haver com o homem moribundo.

Mais tarde, depois de comprar os pares novos de sapato, Natasha andava com sua mãe até a carruagem. O cheiro daquela rua era podre, e havia muitos mendigos. Ela sentiu medo, mas sua mãe sempre andava com uma adaga. Não precisavam passar por ali, mas por quê estavam fazendo esse trajeto?

– Os mais ricos ignoram os mais pobres, Natasha.

Ela não entendeu o comentário da mãe, certamente ela não a estava mandando ignorá-los, não é verdade?

– Por que fazem isso, mamãe?

– Eles acreditam que os pobres sejam menos porquê têm menos... Compreende o raciocínio, filha?

– Sim... Mas--

– Não compartilha dele. – Concluiu Danya enquanto se abaixava perto da filha, com seu mordomo logo atrás com varias sacolas.

– É por isso que você vai lutar, filha. Por um mundo onde ninguém tenha mais e nem menos que ninguém. – falou a mãe enquanto tirava sua corrente do pescoço – Natasha, você nunca se perguntou por que não brinca de boneca? Por que não brincamos de chazinho, mas sim de espadas? Nunca se perguntou por que você treina lutas ao invés de etiqueta?

– Porquê... Porque o papai queria um menino...? – baixou os olhos para o pingente da gargantilha que sua mãe agora colocava em seu pescoço.

– Não Natasha. Porque você deve lutar por paz. Porque você é uma Templária.

...

– Bom dia, Natasha! – Nat acordou com Leonardo adentrando ao quarto junto à Nicolau - Benvenuti in Italia!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, meus leitores lindos, divos e cheirosos?
Não se esqueçam de comentar, opinar, me dar dicas, ideias, seguir e compartilhar essa fic, meus anjos!
Beijos da tia Ann u.u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Assassin's Creed: Legacy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.