She Will Be Loved - HIATUS escrita por GiuhBatiston


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hey babys! Acho que dessa vez não demorei tanto assim, né? Enfim, nos vemos lá em baixo...



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– Hey Camarada! – eu estava deitada num pedaço de grama próximo ao alojamento aproveitando o sol de fim de tarde (ou inicio de noite no meu caso) quando uma sombra tampou meu sol. Quando abri os olhos dei de cara com Dimitri. – Você deve tá derretendo nesse casacão.

– Até que não. Não sou eu que estou deitado tomando um sol. – ele se sentou ao meu lado, obrigando a me apoiar nos cotovelos.

– Recebi uma semana de dispensa da guarda da Lissa. – dei de ombros fingindo que eu não estava nem um pouco irritada com ela. – Acho que ela e o Adrian estão me evitando.

– Sinto muito. – ele parecia realmente sincero. – Você já decidiu o que vai fazer?

– Nope. Eu não me sinto nem um pouco pronta, mas por outro lado, não quero ser acusada de assassinato.

– Rose! – exclamou. – Você não acredita realmente nisso!

– Vá dizer isso ao Adrian. Ou a Lissa... Ela não disse isso, mas deixou bem clara sua desaprovação. Adrian disso isso com todas as letras e disse que se eu for em frente ele nunca mais irá olhar na minha cara.

– Ele é louco por você. Logo supera isso e tudo voltará a ser como antes, você vai ver.

– Eu aprecio seu otimismo Camarada, mas acho que ele estava falando sério. E eu não tenho muitas pessoas restando na minha vida pra me dar ao luxo de perder mais uma. – me deitei novamente e ele se deitou ao meu lado. Fechei os olhos e por um instante fingi que nada daquilo estava acontecendo. Éramos apenas eu e Dimitri, em mais uma de nossas manhãs de treinamento na academia. Sem transformações, sem Adrian, sem gravidez. Fácil, confortável.

– Você sabe que isso não é verdade. – ele disse interrompendo minha fantasia. Em seguida estava de pé e me dando a mão. – Venha, quero te levar em um lugar. – ele me pegou pela mão e me levou até um prédio em que eu nunca havia estado. Lá dentro saiu me guiando através de um labirinto de corredores, até que parou diante de uma porta e deu uma batida. Momentos depois ela foi aberta por uma Moroi que não devia ter mais do que 25 anos, com enormes olhos azuis e um cabelo ruivo que batia na metade das costas.

– Liv, essa é Rose. Eu estava me perguntando se ela podia passar um tempo com as crianças.

– Claro! Será um prazer ter você aqui Rose. – ela disse naquela voz de professora do primário. Quando entrei dei de cara com um pequeno grupo de crianças. Não deviam ter mais do que cinco anos de idade. – Pessoal, essa é a Rose, ela vai passar a tarde com vocês, ok?

– Oi tia Rose. – elas gritaram. Um garotinho me agarrou pelas pernas e abriu um sorrisão. – Você é bonita.

– Ela é linda. – Dimitri riu concordando com o garoto.

– Você é uma guardiã igual o tio Dimitri? – perguntou outra menina curiosa. Eu me sentei no chão e eles se sentaram a minha volta.

– Sim. Eu sou a guardiã da princesa Dragomir. – eles me olharam admirados.

– Uau. Você deve ser muito boa. – disse o menininho que me abraçou pelas pernas.

– Ela é a melhor, Adam. – Dimitri disse com uma nota de orgulho na voz. Adam se sentou no meu colo e ficou brincando com meu cabelo.

– Bem, eu também tive um ótimo instrutor, né Dimitri? – ele coçou a cabeça, envergonhado. Passamos o resto da manhã ali, só saindo quando meu estomago reclamou. No final ainda ganhei um beijo na bochecha do pequeno Adam.

– Entendi o que você quis dizer. Essas crianças são especiais. Eles são fofos e inteligentes e dão uma vontade enorme de morder, mas... Eu nunca vou ter tempo pra ele Dimitri. Eu passei anos ressentida com a minha mãe e, apesar de hoje compreender, não quero que meu filho tenha que passar pelo mesmo que eu passei.

– É isso que você não entende. Como guardiã da Lissa vocês passaram a viver aqui na Corte e ele vai poder estudar aqui, ser treinado por você, voltar pra casa no fim do dia. Quando você precisar sair com Lissa, sempre alguém pra te ajudar. Além do Adrian, claro. E o mais importante, você vai poder dar pra esse bebê o que você mesmo não teve: uma família.

– Eu não sei. Prometi a mim mesma que até sexta feira terei uma decisão tomada. Mas ainda não me decidi.

– Ok. Eu acho que essa é uma decisão única e exclusivamente sua. Só quero que você saiba que estou aqui caso você precise. – e pela primeira vez em muito tempo ele me abraçou por livre e espontânea vontade.

– Obrigada Dimitri. Você não tem ideia de como isso significa pra mim. – eu mordi os lábios tentando controlar a enchente de palavras, mas foi em vão. – Quando você foi transformado... Eu nunca imaginei que aquilo pudesse acontecer, não com você. E foi péssimo pra mim, não ter você ao meu lado nos meses que se seguiram. E quando você retornou, mesmo não suportando me ver – e acredite, eu entendo seus motivos – eu nunca fiquei tão feliz. Por que era você novamente. Meu instrutor e amigo. Quero que você saiba disso Dimitri. Que eu sou extremamente grata por tudo o que fez e continua a fazer por mim. E que eu também sempre estarei aqui pra você. – então eu dei um beijo na bochecha dele e me virei pra ir embora, me sentindo como se um peso tivesse sido tirado do meu peito.

Quando enfim pude me trancar na quietude do meu quarto, comecei a pensar no que eu ia fazer. Já tinha enrolado demais e precisava tomar uma decisão. Rolei de um lado para o outro na cama, até que por fim decidi tomar um banho e sair pra comer alguma coisa. Eu estava me olhando no espelho quando tudo mudou. Por que por menor que fosse, por mais imperceptível, um pequeno volume se formava na minha, antes lisa, barriga. Sem que percebesse eu coloquei minha mão ali e um instinto de proteção maior do que qualquer um que eu já tivesse tido se instalou no meu peito. Como eu poderia sequer considerar fazer algo para machucar esse ser tão pequeno e indefeso? Ser esse que era uma parte de mim! Eu não poderia fazer isso, seria incapaz de machucar o meu bebê, a vida pela qual agora eu era responsável. Com a decisão já formada, me vesti e sai correndo para encontrar com o Adrian. Pela mente de Lissa sabia que os dois estavam juntos, praticando sua magia em um jardim mais afastado da Corte. Cerca de vinte minutos depois eu cheguei, toda descabelada e arfante.

–Adrian. – disse resfolegando. – Precisamos... Conversar.

– Rose! Você veio correndo? – perguntou franzindo a testa, preocupado.

– Mais ou menos. Acontece... Que o meu preparo físico não é... O mesmo de antes.

– Você é maluca! – Lissa exclamou se metendo na conversa. – Isso pode fazer mal para o bebê, eu sei que você não o quer, mas...

– Eu mudei de ideia. – disse cortando o que ela estava dizendo.

– Como? – perguntou Adrian atônito.

– Eu decidi ter o bebê. – disse-lhes, pegando-os de surpresa.

– Sério? – Lissa perguntou com os olhos brilhando de empolgação. Eu apenas fiz que sim com a cabeça e ela pulou em cima de mim me abraçando. – Eu vou ser tia! Não acredito nisso. Tô tão feliz! – ela deu pulinhos de alegria.

– Menos Lissa, bem menos. Você tem consciência do que isso quer dizer, certo?

– Quem se importa se você vai se afastar do cargo por uns tempos? Não é como se estivéssemos por aí, caçando Strigoi. – ela me abraçou novamente e eu deixei meus olhos se prenderem aos de Adrian. Ele estava calado, mas seus olhos mostravam toda a emoção que estava sentindo naquele momento.

– Liss... Você se importa de me deixar um pouco a sós com o Adrian? – pedi gentilmente.

– Claro. Vou lá ver o Christian, mas te espero pra jantar. – disse docemente. Assim que ela saiu, ele me puxou para um abraço que quase partiu minhas costelas.

– Outch! Cuidado, somos três agora. – adverti. Quando Adrian me soltou pude ver as lágrimas escorrendo de seus olhos.

– Eu tive tanto medo... – sussurrou como se tivesse confessando seu segredo mais obscuro.

– Eu sinto tanto, Adrian. – coloquei minha mão em seu rosto e ele fechou os olhos, como que aproveitando o momento.

– O que te fez mudar de ideia?

– Eu estava me secando na frente do espelho quando notei isso. – disse levantando a bata que tinha vestido e mostrando a ele o pequeno volume em minha barriga. Seus brilharam e ele imediatamente se ajoelhou pra beijar o local. Após alguns instantes assim puxei-o pra cima.

– Você não tem ideia de como estou feliz. – disse-me, e em seguida franziu as sobrancelhas, parecendo incomodado com algo.

– Adrian, o que foi?

– Eu sei que você não me ama. – eu abri a boca pra protestar, mas ele me silenciou com um dedo sobre meus lábios. – Eu sei que você sente algo por mim, mas sei que você ainda o ama. Mas eu prometo Rose, que eu vou fazer você me amar. Prometo que eu vou amar esse pequeno e te fazer a mulher mais feliz do mundo.

– Você já me faz feliz. – disse colando minha testa na sua. – Você já me faz feliz, Adrian. Mas as coisas não vão ser fáceis a partir de agora. Quero que tenha consciência disso antes de qualquer coisa.

– Eu sei. Mas eu sou capaz de enfrentar tudo por vocês dois. – ele disse me envolvendo em seus braços.

– Até mesmo Janine Hathaway? – perguntei brincalhona, ainda que no fundo eu estivesse morrendo de medo de contar a minha mãe.

– Sim, até mesmo Janine Hathaway. – disse selando nossos lábios em um beijo terno.

~~~~~~~VA~~~~~~~~

Dizer que Janine Hathaway surtou era dizer pouco. Ainda podia ouvir a voz dela ecoando em meu ouvido...

Flashback On

– Olá mamãe. – disse quando ela atendeu ao telefone.

– Mamãe? – perguntou suspeitando de algo estava errado. – Você nunca me chama assim, o que andou aprontando Rosemarie? – disse severa.

– Ééérrr... – coloquei o telefone no viva voz.

– Olá Janine. – Adrian disse ao meu lado.

– Adrian? – seu tom parecia controlado, como se tentando conter a surpresa. – Rose, pelo amor de Deus, me diga que vocês não fugiram para se casar em Las Vegas. – implorou. Adrian gargalhou feliz.

– Ainda não. Mas isso não quer dizer que você não pode me chamar de “filho”. Sabe como é, pra ir treinando.

– O que está acontecendo, Rose? – impaciente como sempre. Olhei nos olhos dele buscando apoio. Adrian apertou minhas mãos e deu um beijo na minha testa.

– Eutográvida. – disse sem pausar.

– O quê? Não entendi nada. – respirei fundo, tomando coragem.

– Promete não surtar? Foi um acidente...

– Rosemarie... – e eu juro que podia vê-la batendo o pé no chão, impaciente.

– Eu tô grávida mãe. – ela ficou tanto tempo em silêncio que achei que a ligação tinha caído. Quando respondeu me fez desejar que ela de fato tivesse caído.

– Eu não ouvi direito, você me disse que está grávida? Me diga que eu não ouvi direito...

– É isso mesmo Janine. Eu e Rose vamos ter um bebê, você vai ser vovó. – disse com um dar de ombros.

– Será que você não aprendeu nada do que eu te ensinei?! – gritou. – Eu não acredito que você jogou tudo pra cima por causa de um Moroi!

– Mãe... – comecei, mas ela me interrompeu.

– Não tem mãe. Eu estou pegando o primeiro avião para a Corte e nós vamos ter uma séria conversa mocinha. Eu, você e seu pai. E acredito que ele vá querer que você também esteja presente senhor Ivashkov.

– Eu não pretendo fugir de minhas responsabilidades, Janine. – disse ele antes de desligar o telefone.

– Gostei da atitude. – disse impressionada e me segurando para não cair na gargalhada. – Quero ver você manter essa posse na frente do Abe. – ele empalideceu ligeiramente e engoliu em seco.

– Ele não deixaria o neto órfão, deixaria?

– Acho que vamos descobrir.

Flashback Off

Não sei por que cheguei a duvidar de minha mãe. Ela realmente tinha pego o primeiro avião e agora, menos de 24 horas depois de ser informada, aqui estava com Abe ao seu lado, na porta do meu quarto, me fuzilando com os olhos.

– Chame o Adrian. Nós vamos conversar. – então ambos entraram em meu quarto e me encararam.

– Está esperando o quê, Rosemarie? Nós não temos o dia todo. – opa! Abe nunca tinha me chamado de Rosemarie. Acho que realmente estava ferrada.


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Notas finais do capítulo

Rose tomou a decisão, mas nem tudo será um mar de rosas... E nenhum Strigoi se compara a uma Hathaway furiosa... Hehe.