O Herói do Mundo Ninja escrita por Dracule Mihawk


Capítulo 131
Uma mensagem para o mundo inteiro


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente fiz de tudo para não atrasar este...


Boa noite, pessoal! Como vão? Eu espero que estejam muito bem!

Exceto One Punch Man (que, na minha opinião, vem se provando como o melhor mangá Shounen da atualidade, inclusive superando One Piece em termos de hype), não tivemos mangá essa semana, né? Mas não é como se não tivéssemos nada para ler, rs.

Ainda bem que o site voltou a funcionar.

Tenho um aviso IMPORTANTE para dar a todos vocês. Aos mais curiosos, podem ir direto para as Notas Finais. Só não vão pegar spoiler antes de ler o capítulo! Agora, a minha recomendação é que você faça a leitura do capítulo primeiro e depois vá até as Notas Finais; siga a sequência normalmente. :)


Bom, chega de enrolação! Boa leitura a todos! Divirtam-se o/



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Foi naquela hora, Sasuke se lembrou do instante em que o líder dos Yuurei, personificado como Iori Kuroshini, tentou surpreendê-lo atacando-o por trás no momento em que ele estava retornando da dimensão glacial de Kaguya Ootsutsuki. Sasuke, já presumindo que o Yuurei havia sobrevivido ao sol da dimensão gravitacional, antecipara-se ao ataque de Iori por meio de um Genjutsu, evitando, assim, o que seria sua morte certa. O que Sasuke não havia contado era que, assim como ele próprio, o líder dos Yuurei tinha um plano de longo prazo. Ele escondeu uma sombra dele dentro da minha. Assim, ele teria maiores chances de concretizar o futuro que ele mesmo tinha visto... droga!

Sasuke caiu de joelhos após o inimigo atrás dele puxar Kokujin bruscamente de suas costas perfuradas. Embora sangrasse muito, Sasuke não sentia dor, pois ainda estava sob efeito do soro analgésico injetado por Mamba. Contudo, Sasuke estava completamente esgotado, sem chakra para qualquer outro jutsu, cego de ambos os olhos e, pior, cercado por inimigos. Nesse cenário, além da expectativa da morte iminente, o sentimento de falha era cruel e esmagador; e parecia se acentuar na boca de Sasuke, junto com seu sangue. Não... não dessa forma, pensou.

— Que bom que não interferiu nem deixou que os outros o fizessem — disse Shion para Kioto Hyuuga. — Agiu muito bem, Kioto.

O Terceiro Oficial fez uma breve mesura com a cabeça.

— Apenas cumpri o meu papel, Líder-sama.

— Certamente — o corpo e a voz de Shion começaram a se transformar nos de um jovem adulto alto, de cabeço negro e olhar frio e penetrante: Sasuke Uchiha. — O papel de vice-líder interino está em boas mãos.

— Obrigado, Líder-sama. A propósito, o Quarto Raikage está perto — informou. — Ele e seu guarda-costas chegarão aqui em breve.

— Não importa — disse o falso Sasuke dando de ombros. — Decidam-se entre você e Suki quem dará as boas-vindas ao Raikage. Os demais seguirão comigo para a Vila Oculta da Nuvem — juntou as duas mãos. — Mas primeiro...

O líder dos Yuurei se pôs a executar uma série de selos manuais diferentes dos que haviam sido aprendidos por Kioto. Mas apesar de não os conhecer a fundo, Kioto já tinha visto alguns daqueles selos de mão sendo realizados por outro membro dos Yuurei: Mira Uzumaki.

— Ninpou: Daitouei no Jutsu (Arte Ninja: Técnica da Grande Projeção) — disse o falso Sasuke Uchiha, que, pondo o olhar sobre o verdadeiro, caído no chão à beira da morte, acrescentou: vamos começar.

 

 

                                                                            ***

 

 

— Vamos nos apressar — disse Karui com uma expressão impaciente. — O Raikage-sama e o Darui-sama já devem estar perto do inimigo.

— Estou indo o mais rápido que posso, Karui-san — respondeu Sai à Kunoichi da Nuvem a qual estava concedendo carona. Como teriam o mesmo alvo, ambos viajavam juntos no mesmo falcão-peregrino. — E tenho certeza de que o Raikage-sama ainda não fez contato com os Yuurei. Do contrário, Hinata-san já teria nos dito.

Karui olhou na direção de Hinata, que por determinação de Shikamaru saíra da retaguarda para voar sozinha muito à frente do restante da formação.

— Odeio isso — disse em voz baixa, e fora do rádio para que apenas Sai escutasse.

— Como assim?

Isso, toda essa situação; é tão tragicamente familiar — suspirou Karui. — Estou prestes a reencontrar o maldito responsável pelo sequestro do Bee-sama e pela morte do Omoi, e ter você como minha companhia só piora as coisas.

Sai entendia que aquilo não se tratava de uma ofensa e sim de um desabafo de Karui. Por ironia do destino, Folha e Nuvem novamente estavam indo ao encontro dos Yuurei, tal como fora na primeira vez; e Sai e Karui, que também haviam participado daquela missão, inclusive compondo o mesmo grupo, estavam a poucos instantes de reencontrarem Kan, o jashinista, após meses do primeiro confronto que haviam tido. Justamente por Sai e Karui já terem enfrentado Kan no passado, Shikamaru os designara para trabalharem juntos de novo.

— Entendo — disse Sai com um sorriso amigável.

Karui olhou de esguelha para trás.

— Eu soube que Sakura também lutou com aquele cara.

— É verdade.

Karui fez uma careta.

— Se não fosse tão necessária contra um dos membros Seniores, ela bem que poderia ir conosco, hein? Seria bom ter um peso pesado por perto.

Sai fez que sim.

A viagem prosseguiu em silêncio por mais alguns minutos até que a voz de Hinata Hyuuga surpreendeu a todos através do rádio com a seguinte notícia:

— Estou vendo o Sasuke-kun!

Sakura arregalou os olhos.

— Como ele está, Hinata? — foi Shikamaru Nara, o capitão, quem perguntou primeiro.

— Enfrentando o líder dos Yuurei. A disputa é acirrada... — Hinata relatava tudo o que via naquele momento. — O Sasuke-kun, ele... parece que conseguiu aplicar um Genjutsu... Iori Kuroshini não está se mexendo... não, tem algo ali... a sombra, ela... Shion-hime?!

O silêncio súbito de Hinata, após um suspiro horrorizado, foi mais que suficiente para fazê-los entender o que havia acontecido. A batalha no País do Relâmpago havia chegado ao fim e Iori Kuroshini era o vencedor.

— Hinata...? — Shikamaru perguntou, cauteloso. Temia o pior.

— O Sasuke-kun está gravemente ferido... — informou Hinata. — O Meiton injetado pelo inimigo está circulando por toda a rede de chakra dele.

Sakura prendeu a respiração. Conhecia a experiência de ter sido envenenada pelo Estilo Escuridão e sabia quão dolorosa ela poderia ser. Por favor, aguente só mais um pouco, Sasuke-kun. Eu estou quase chegando, disse Sakura em pensamentos, desejosa que sua voz pudesse de alguma forma alcançar o noivo distante. Por favor!

Sai, que já havia posto os falcões-peregrinos em velocidade máxima de voo, cuidadosamente, redirecionou ainda mais de seu próprio chakra para os desenhos enquanto zelava para que eles não se desfizessem acidentalmente em pleno ar. Ao mesmo tempo, Ino, que combinava as habilidades mentais do clã Yamanaka com sua própria técnica de sensoriamento, auxiliava o namorado no controle, calibragem e na redistribuição do chakra entre os falcões-peregrinos, orientando-o telepaticamente. E graças ao trabalho em conjunto deles, o grupo pôde voar além da velocidade-limite dos falcões de tinta, que se mantiveram intactos sob a mudança na pressão atmosférica.

Então todos puderem vê-lo.

— Sasuke-kun?! — Rock Lee franziu a testa.

Hinata balançou a cabeça.

— Não — disse em um tom sombrio —, não é ele.

Aquela mesma imagem ia sendo projetada, exatamente da mesma forma e ao mesmo tempo, em outras partes do mundo. A projeção holográfica de um Sasuke Uchiha em tamanho estratosférico erguia-se a partir da linha do horizonte nos quatro cantos do mundo ninja. Absolutamente qualquer pessoa, em qualquer lugar do planeta, seria capaz de enxergá-la.

Mesmo debaixo das paredes do domo adamantino de quarentena, a Tartaruga Negra pôde facilmente reconhecer o Daitouei no Jutsu de Hayato Uzumaki, que costumava usá-lo para falar a todos os cidadãos do País do Redemoinho de uma só vez. Ao ver uma das técnicas de Hayato nas mãos do líder dos Yuurei, a Tartaruga Negra compreendeu na mesma hora o que aquilo significava.

A tartaruga virou a cabeça para trás. Como era de se esperar, Mira permanecia de olhos fechados, totalmente imersa em seu estado meditativo e, portanto, alheia ao que estava acontecendo fora dele.

Com um suspiro pesado, a Tartaruga Negra virou-se novamente para encarar a projeção no horizonte.

— Iori Kuroshini, seu grande desgraçado — disse.

 

 

 

 

— Ao longo dos séculos, já fui chamado por muitos nomes: Mouryou, Satori, Souma, Besta de Zero Caudas, Iori Kuroshini. Porém hoje sou mais conhecido como o líder dos Yuurei — disse a criatura, cuja voz reverberava pelo ar perfeitamente audível em todos os lugares onde sua imagem era projetada. — Sendo a fonte do Estilo Escuridão, tenho muitas formas. Esta, por exemplo, eu adquiri recentemente; tomei-a do homem que foi enviado para me matar. Vocês o conhecem muito bem...

A criatura se abaixou por um instante, como se fosse pegar algo no chão. E quando se ergueu novamente, segurava Sasuke Uchiha pelo pescoço, suspendendo-o com uma das mãos para que o mundo inteiro visse.

— O último herdeiro do Sharingan — disse a criatura, sorrindo —, que ganhou a fama de Assassino de Yuurei. O homem que, para muitos, é o segundo ninja mais poderoso da atualidade: Sasuke Uchiha em pessoa.

Derrotado, sujo e beirando à inconsciência, Sasuke era um troféu macabro do líder dos Yuurei parecia ser orgulhar em possuir; a criatura fazia uma verdadeira exibição de seu corpo cheio de feridas e marcas de batalha.

Ao ver seu noivo sendo tratado como um espetáculo horrendo, Sakura cerrou os punhos enquanto uma veia surgia riscando sua testa em um dos lados. Seu maldito!, pensou ela, trincando os dentes.

O outro Sasuke Uchiha, que aparecia em pé segurando o original, abriu um largo sorriso.

— Esta é uma mensagem para o mundo inteiro — disse o líder dos Yuurei após relaxar a mão e largar Sasuke como se fosse um trapo. — O tempo é chegado, e o fim desta era e o começo de outra se aproximam. Que cada homem, mulher, velho e criança olhe para mim e trema. Sim, tremam... mas também tenham esperança! Eu irei varrer esta existência imunda por completo, e toda a escória junto com ela, para criar uma nova realidade. O mundo ninja está para experimentar a verdadeira escuridão e, depois disso, surgirá uma nova era. Ela virá, tão breve e inevitável, quanto o fim de todas as coisas. Não se deixem iludir por vãs esperanças — alertou. — Os Cinco Kages não podem fazer nada, tampouco seus heróis mais renomados.

Aos poucos a escuridão envolveu todo o corpo da criatura, que reassumiu a aparência de um homem encapuzado vestindo um manto negro. Depois o líder dos Yuurei ergueu a mão direita e, com seu dedo indicador apontando para algo ou alguém à frente, falou de maneira acusatória:

— Naruto Uzumaki, eu me dirijo a você agora. Chamá-lo de Herói do Mundo Ninja soa tão ridículo, visto que você decepcionou a todos, em especial, seus próprios companheiros na Vila Oculta da Folha; e graças aos seus fracassos acumulados, muitos que confiaram em você estão mortos — o Yuurei removeu o capuz, e o rosto de Kakashi Hatake surgiu debaixo da escuridão —, não é mesmo? A consequência de depositar todas as esperanças em quem não tem poder para salvar é a morte — recolocou o capuz; a voz, no entanto, continuava sendo a de Kakashi — e você, Naruto, não pôde salvá-los. Não pode sequer salvar a si mesmo.

Com isto, a projeção foi completamente encerrada.

 

 

                                                                            ***

 

 

— Por que aquele maldito tinha o rosto do Kakashi-sensei? — perguntou Naruto friamente, ainda com os olhos fixos no céu. —  Como assim o Sasuke foi enfrentá-lo? Afinal, o que diabos está acontecendo lá fora?

Após levantar seus questionamentos, Naruto virou-se para a Besta Mascarada que havia surgido de repente a alguns metros de distância atrás dele.

— Responda.

A Donzela Celestial encolheu os ombros.

— O que você acabou de ver foi uma das habilidades de Iori Kuroshini, se é que ainda podemos chamá-lo por esse nome — disse. — O Estilo Escuridão pode copiar não apenas as habilidades de um indivíduo, mas a própria pessoa em si. Foi por isso que você viu Iori usando os rostos de seu antigo professor e de seu amigo, Naruto-kun.

— O Sasuke... foi enviado pela Tsunade-obachan para matar Iori Kuroshini? Como foi que conseguiram encontrá-lo?

— Mira-hime informou a localização dele para a Quinta Hokage.

Naruto respirou fundo.

 — Por quê?

— Para conseguir te proteger, Naruto-kun — respondeu a Donzela Celestial. — Sasuke Uchiha foi a ferramenta usada para manter Iori afastado desta ilha. Mesmo que seu amigo tenha sido rejeitado como possível receptáculo da Besta de Zero Caudas, ele cumpriu seu propósito ao enfraquecer o líder dos Yuurei consideravelmente; Iori precisará de algum tempo até que possa vir aqui capturá-lo. Enquanto isso, Mira-hime poderá transferir o chakra Bijuu em você para outra pessoa — estendeu a mão para Naruto. — Então, por favor, entregue-se, Naruto-kun. Não deixe que o sacrifício de Sasuke Uchiha e os esforços da Mira-hime sejam em vão.

Naruto sentiu o sangue fervendo dentro dele.

— Quem Mira pensa que é para tocar nos meus amigos? E quem ela pensa que sou? Nunca que eu aceitaria uma loucura dessas!

— Entendo que seja algo desconfortável, mas Mira-hime sabe o que é melhor para você, Naruto-kun.

Naruto estava a um passo de explodir, e a brandura com que a Donzela Celestial falava a respeito de Mira Uzumaki só o deixava ainda mais irado. Ele, que havia crescido sem saber o que era ter uma família, preenchera o vazio em seu coração com os amigos que havia feito, em especial os do Time Sete. Foram os amigos as únicas pessoas presentes em sua vida, e tudo que Naruto veio a se tornar depois era devido a eles, não à sua tia ausente. Quando Mira entrou em sua vida, trouxe apenas dor consigo; e pior, ameaçava quem verdadeiramente era uma família para Naruto.

— Como a Mira sabe o que é melhor para mim? — trincou os dentes. — Ela não tem moral para isso.

A Donzela Celestial encolheu os ombros.

— Naruto-kun... você não pode vencer Iori Kuroshini, não importa o quanto se esforce para isso — disse a criatura, olhando para o sobrinho de Mira com compaixão sincera. — O Banbutsu Souzou no Jutsu é inevitável, mas sua morte não precisa ser também. Entregue-se agora e deixe que Mira-hime faça de outro um receptáculo ideal para a Besta de Zero Caudas.

Na mesma hora, Naruto estreitou os olhos desconfiado.

Outro, você diz... e quem Mira pretende usar no meu lugar?

— O Kazekage — respondeu a Donzela Celestial sem rodeios. — Ele já foi preparado para isso, inclusive.

Aquela foi a gota d’água.

Naruto encheu-se de fúria e atacou. Com a movimentação hiperacelerada de seu Shunshin no Jutsu, surgiu de repente a centímetros da Besta Mascarada segurando o Rasengan na mão direita. A Donzela Celestial, porém, conseguiu formar um pequeno escudo ao liberar partes das ataduras em seus braços.

— Senpou: Chou Oodama Rasengan — o Rasengan expandiu-se assim que tocou as ataduras.

— Fuuinjutsu: Nunoshibari (Técnica de Selamento: Ligação de Pano).

As bandagens da Donzela Celestial acompanharam todo o crescimento da técnica de Naruto e envolveram-na por completo, fazendo-a desaparecer em seguida. Mas Naruto, que já sabia da habilidade de selamento da Donzela Celestial, aproveitou o curto intervalo em que as mãos da criatura estiveram ocupadas para inspirar uma grande quantidade de ar, amassar chakra dentro do corpo e, depois, soltar tudo de uma vez na forma de um turbilhão de vento cortante.

— Fuuton: Atsugai (Estilo Vento: Atsugai).

Um verdadeiro furação de alta densidade explodiu à queima-roupa da Donzela Celestial. A pressão do ar comprimido ao limite destruiu tudo dentro de um raio de duzentos metros, até mesmo paredões de rochas sedimentares que haviam ali perto. A força daquela técnica simulava um desastre natural, e uma vez que era combinada com o Chakra da Natureza do Modo Sennin, o poder destrutivo era suficiente para varrer um vilarejo inteiro em questão de segundos. Era uma das técnicas do Estilo Vento mais poderosas que Naruto havia aprendido após tornar-se um Jounin.

Quando a nuvem de poeira finalmente abaixou, parte do bosque em que se encontrava havia desaparecido e um terreno todo desnivelado, com porções irregulares de terra, pedras e árvores despedaçadas surgiu no lugar.

Naruto se pôs à beira da grande cratera diante dele.

— O que a Mira fez com o Gaara?

O pequeno casulo de ataduras abriu-se devagar.

— Nada muito diferente do que ela fez a você, Naruto-kun — disse a Donzela Celestial, cujas faixas recolhiam-se sozinhas novamente ao redor de seus braços.

A mão de Naruto tocou levemente o abdômen.

— E o Shukaku?

— Ainda com o Kazekage — respondeu a Donzela Celestial. — Ao contrário de você, Naruto-kun, seu amigo não resistiria à extração da Bijuu; e Mira-hime precisa dele vivo.

— Onde ela o deixou? — perguntou Naruto, ansioso.

— No mesmo lugar em que o encontrou: o País do Vento. Ele já deve ter sido resgatado pelos ninjas da Areia à essa altura.

Naruto fechou os olhos e suspirou, aliviado. Pelo menos isso, pensou. Então levantou os olhos novamente para a criatura angelical.

— Eu vou derrotar a Mira, proteger o Gaara e todo mundo — jurou com o punho cerrado. — Depois, eu irei acabar com Iori Kuroshini. Pode apostar nisso.

— Isso mesmo, Naruto-chan — a Donzela Celestial virou-se imediatamente para trás, espantada. Mais dois Naruto Uzumaki haviam surgido de repente, sem que ela pudesse se dar conta; um deles vestia a máscara do Kekkai Bekkou além de estar com Fukasaku e Shima sobre os ombros. Aquele lá é o Naruto verdadeiro, a Donzela Celestial estremeceu. Isso quer dizer que ele derrotou o meu irmão?

De uma hora para outra, Naruto havia conquistado uma enorme vantagem ali, e não apenas numérica. Além de estar agora em cinco contra um, o Fuuinjutsu da Donzela Celestial não teria qualquer efeito sobre o Naruto que usava a máscara; e não seria fácil, nem mesmo para um dos Quatro Sacerdotes Divinos, arrancá-la dele. A Donzela Celestial precisaria livrar-se dos outros dois clones primeiramente, e também de Fukasaku e Shima; só então poderia lidar com o próprio Naruto Uzumaki. Mas mesmo que tudo isso ocorresse, não havia garantias de que ela pudesse vencê-lo numa batalha individual.

— Parece que já entendeu — Shima olhou a Besta Mascarada de cima a baixo. — Você é mais esperta do que aquele Shinigami.

Os outros dois clones fizeram os selos de mão e a carne de sapo logo começou a crescer em volta da Donzela Celestial, que não ofereceu qualquer resistência; antes, voltou-se para o Naruto com a máscara do Kekkai Bekkou.

— Se porventura você sair daqui vitorioso, não deixe que Iori Kuroshini ponha as mãos na Mira-hime — a Donzela Celestial pediu educadamente, inclinando a cabeça para Naruto. — Por favor, proteja-a dos Yuurei.

Naruto franziu a testa com aquele pedido tão inusitado, mas segurou-se firme enquanto a máscara em seu rosto não o deixava transparecer a própria surpresa. Imaginar alguém tão forte quanto Mira precisando de proteção — especificamente da proteção dele — era algo impensável para Naruto. Mas não lhe pareceu que a Donzela Celestial estivesse mentindo ou mesmo exagerando.

Naruto deu um suspiro cansado.

— Tem a minha palavra.

A Donzela Celestial assentiu com leveza antes de desaparecer dentro das paredes do Gamaguchi Shibari no Jutsu (Técnica da Prisão da Boca do Sapo). Obrigada... Naruto-kun, ele ouviu-a dizer antes de os clones finalizarem o aprisionamento e enviarem o esôfago do sapo de volta para o Monte Myoboku.

— Conseguimos neutralizar o Shinigami e a Donzela Celestial — disse Fukasaku. — Restam sete. Seis, se levarmos em conta que a Tartaruga Negra está junto da Mira-chan.

— Como os outros estão se saindo? — Shima perguntou a Naruto. Ele ergueu a mão direita com o Selo do Confronto.

— Estou enfrentando o Tigre Branco em um riacho a cerca de dez quilômetros daqui — rastreou a posição de cada clone. Mais do que isso, Naruto também aprendera a comunicar-se telepaticamente com suas cópias, podendo compartilhar informações com elas independentemente da distância e sem a necessidade de desfazer o Kage Bunshin no Jutsu. Era o que fazia naquele momento, e desenvolvera essa técnica tomando por base a conexão psíquica que, como Jinchuuriki, possuía com as Nove Bestas de Caudas. Apesar de sua familiaridade com Kage Bunshin no Jutsu, Naruto atribuía à Kurama e aos outros os méritos de conseguir levar sua técnica de clones das sombras a outro nível. — A Serpente Dourada está nos pântanos, na região noroeste; e o Pássaro Vermelho, perto do vulcão, ao norte — fez uma careta. — Aqueles dois gêmeos serão um problema. O dragão também.

— Vamos derrotar o Dragão Azul-Celeste e depois os Eremitas — disse um dos clones fazendo sinal para o outro, que concordou. — Vá pegar a Mira.

O Naruto mascarado assentiu.

— Assim que terminarem tudo, nos encontrarem no centro da ilha — disse para os dois clones. — Os outros também irão.

 

 

                                                                            ***

 

 

— Eu peço a sua licença, Líder-sama — disse Kioto assim que a projeção foi desfeita —, mas uma pendência acabou de surgir. Por favor, permita-me ir resolvê-la.

O líder dos Yuurei virou-se para o subordinado.

— Está mesmo tão ansioso para matar o Raikage, Kioto?

— Não, Líder-sama. Não é o Raikage.

— Reforços — compreendeu. — Da Nuvem?

Kioto balançou a cabeça negativamente.

— Da Folha, Líder-sama.

Ao ouvirem aquilo, os demais Yuurei murmuraram entre si, perplexos. Já o líder desviou o olhar rapidamente para Sasuke e novamente para Kioto.

— A Hokage certamente não perdeu tempo, mas estou surpreso que tenham conseguido chegar aqui tão rápido — disse. — São quantos?

— Aparentemente, só uma pessoa.

Os Yuurei reagiram novamente com perplexidade, bem como desconfiança e desdém. E até o próprio líder admirou-se.

— Tem certeza?

Kioto fez que sim.

— Trata-se, provavelmente, de algum truque tático — ressalvou. — O inimigo deve conhecer o limite do meu campo de visão e, a partir disso, faz algo para mascarar seus números. Mas se eu tivesse que apostar, diria que é um esquadrão pequeno, dez a quinze integrantes no máximo. Um grupo maior encontraria dificuldades para cruzar uma distância tão longa tão depressa.

— De fato — concordou o líder, olhando para os demais. — Enviarei Musashi e Shozu. Eles serão mais que suficientes para lidar com esse pequeno estorvo.

— Com a devida vênia, Líder-sama, peço que me deixe cuidar disso — Kioto inclinou-se em uma mesura. — É algo que me diz respeito.

O líder sorriu por baixo do capuz.

— Entendo — deu as costas para o subordinado, virando-se em direção à Vila Oculta da Nuvem. — Muito bem, Kioto. Vá e não se demore.

O Terceiro Oficial prestou uma última reverência.

— Obrigado, Líder-sama — e desapareceu.

Uma vez que Kioto partira para interceptar os reforços da Folha, caberia indiscutivelmente a Suki, que era a oficial Yuurei com a patente mais alta após Kioto Hyuuga, recepcionar o Quarto Raikage e seu guarda-costas. Para o líder dos Yuurei, era ligeiramente inconveniente dar início àquela invasão sem ter os três subordinados mais fortes à disposição; e por mais que Hana Sakegari também fosse altamente capaz, a ponto de ter posto uma vila oculta inteira debaixo de seu Genjutsu — como fizera ao invadir a Névoa para enfrentar a Mizukage —, era quase certo que a Nuvem, após o incidente com a Névoa, estaria se precavendo contra esse tipo de abordagem.

Sem poderem contar com o teletransporte direto para a Vila Oculta da Nuvem nem com o Genjutsu sonoro de Hana para realizarem uma entrada furtiva, a única opção restante para os Yuurei era o confronto direto. Ter absorvido aquele sol me deixou meio lento, observou o líder. Vai demorar um pouco até este corpo estar plenamente adaptado àquela quantidade de energia. Nesse caso, é melhor descartar parte dela.

O corpo do líder dos Yuurei revolveu-se em trevas, mudando de forma e tamanho. Deixara de ser Kakashi Hatake para ser A, o lendário Terceiro Raikage, visto como o mais forte da história da Vila Oculta da Nuvem. É irônico usar esta sombra para fazer o ataque, o líder dos Yuurei abriu um sorriso cruel e juntou as mãos. Já para o povo da Nuvem, isso será tragicamente nostálgico.

Com o Selo do Carneiro formado, o líder desativou o Gentoushin no Jutsu sobre Hana e os outros três Yuurei que ainda estavam na forma astral. Em seguida, virou-se para Suki.

— Seja rápida com o Raikage.

Suki deu um sorrisinho antes de inclinar a cabeça.

— Como desejar, Líder-sama.

— Hana — o líder chamou a garota, que engoliu em seco —, você e Kan farão a minha escolta. Musashi, Shozu, fiquem na retaguarda.

Hana assentiu repetidamente enquanto seu rosto empalidecia devagar. Fique longe deles, alertara-lhe Mira a respeito dos outros Yuurei, em especial o próprio líder. Hana, que não esperava separar-se de Kioto, e muito menos substituí-lo na posição de vice-líder interino, encolheu os ombros enquanto se dirigia timidamente até o lado direito do líder dos Yuurei — que ficara ainda mais intimidador após assumir a aparência do Terceiro Raikage A, pelo menos na opinião de Hana.

Mas Hana parou no meio do caminho. O líder voltara-se para baixo, olhando com desprezo para o homem semimorto que o agarrava pelo tornozelo.

— Ainda está vivo, Sasuke Uchiha! — o líder dos Yuurei fingiu surpresa. — Não espera me impedir neste seu estado atual, espera?

Suki, Kan e Shozu abafaram uma risada.

Devagar e arrastando-se sobre a poça que seu próprio sangue havia feito no chão, Sasuke virou-se de lado para encarar o líder dos Yuurei nos olhos. O corpo já começava a tremer com os primeiros sinais do uso excessivo das pílulas de soldado, e quando o efeito do soro analgésico passasse, todos os outros efeitos colaterais seriam sentidos de uma só vez.

Mesmo assim, a mão esquerda de Sasuke prendia-se firmemente no tornozelo do Yuurei. Sasuke depositava todas as forças naquela pegada.

— Vocês da Folha são divertidos exatamente por que não sabem a hora de desistir — A concentrou o chakra nas pontas dos dedos estendidos, criando uma lâmina de relâmpagos negros na mão direita. Jigokuzuki, a técnica mais poderosa que o Terceiro Raikage possuía, reconheceu Suki imediatamente. — Pois bem... ouvirei suas últimas palavras, Sasuke Uchiha. Diga-as.

Enquanto erguia o braço direito, o líder dos Yuurei teve a impressão de ter visto algo como um sorriso debochado em Sasuke Uchiha.

Sasuke tossiu um bocado de sangue antes de murmurar baixinho:

— Sen’ei Jashu (Mão da Serpente Oculta na Sombra).

Daquela distância tão próxima, com Sasuke Uchiha segurando o alvo pelo tornozelo — para certificar-se de que ele estava ali fisicamente, e não como uma simples sombra ou projeção —, Mamba precisou de menos que um décimo de segundo para escorregar para fora da camisa de Sasuke, cravar suas presas envenenadas em A e depois voltar à posição inicial. Tudo aconteceu tão depressa que a percepção geral era de que a cobra havia surgido ali de repente e mal se mexera.

A olhou para baixo, surpreso. Sangue preto escorria pelos dois buracos na panturrilha direita, onde a mamba-negra o havia picado, e a carne ao redor da ferida, repentinamente, começou a apodrecer.

Um segundo depois, o líder dos Yuurei estava no chão.

— Líder-sama! — gritou Suki.

— O que... — a perna direita já não lhe respondia, e a situação só piorava à medida em que o veneno se espalhava por todo o corpo de A, sincronizando-se à própria circulação sanguínea do Terceiro Raikage; e sendo, gradativamente, parte dela também. — O que é isso? — urgiu.

Mamba farfalhou uma risada.

— O golpe final — respondeu a cobra. — Sasuke estava reservando isso para o caso de o resto do plano falhar. Este veneno... eu o preparei misturando minhas toxinas a uma dose do seu próprio sangue, Yuurei.

A pôs-se sobre um dos joelhos. Sua testa estava empapada de suor; o rosto, amarelado; os olhos, ardendo em fúria.

— Essa sensação...

— Sim — disse Mamba, assentindo com a cabeça. — É muito parecido com o que vocês, Yuurei, fazem ao injetar seu repugnante Meiton em suas vítimas. Digamos que agora esteja experimentando seu próprio veneno, líder dos Yuurei... — sibilou — ou quase isso.

Suki, assim como seu conterrâneo Shozu, conhecia suficientemente bem o processo de fabricação de venenos para entender o que estava acontecendo ali. O sangue do líder dos Yuurei, que basicamente era feito de Meiton, havia sido utilizado como matéria-prima na produção do veneno de Mamba; e uma vez que o próprio Meiton fazia parte daquela composição química, após a picada, o veneno estava atuando no organismo do líder dos Yuurei como um antígeno a ele próprio. É similar aos efeitos do nosso Yami Noroi no Jutsu (Técnica da Maldição da Escuridão), percebeu Suki. À medida que o veneno for se espalhando pela corrente sanguínea, mais doloroso será para o Líder-sama; é o próprio sangue dele que o está envenenando.

O líder trincou os dentes.

— É preciso muito mais do que isso para me matar.

— Sim — Mamba balançou a cabeça, concordando. — Se nem mesmo um sol pôde matá-lo, é pouco provável que meu veneno o faça. Por outro lado, enquanto não se livrar dele, terá problemas para moldar chakra... — sibilou como estivesse rindo — e a dor que sentirá, Yuurei... oh, ela será inesquecível!

E, imediatamente, Mamba virou-se para o lado.

— Estou ouvindo as suas mãos, mulher — direcionava-se à Suki. — Não tente fazer nada. Nenhum de vocês — pressentiu os outros Yuurei se posicionando. — Façam qualquer movimento suspeito e garanto que nunca conseguirão o soro antiofídico deste veneno.

— Que inconveniente — disse Shozu, com uma mão repousando sobre um dos pergaminhos afivelados na cintura, e o mesmo sorriso sinistro nos lábios. — Receio que nossas técnicas sejam um tanto inadequadas para esta situação — virou-se para Suki e Kan. — Não concordam?

Kan fungou, irritado.

— Fale por você, garoto.

Suki, porém, apertou os lábios enquanto seu leque de guerra mantinha-se em posição ofensiva, sem mover-se nem um centímetro sequer. Seus ataques, apesar de muito rápidos, também eram de larga escala. Se brandisse o leque contra Mamba e Sasuke, Suki acabaria também atingindo o próprio líder dos Yuurei.

Além disso, Suki queria interrogá-los. Pelo menos um deles, possivelmente Sasuke Uchiha, deve ter informações sobre o paradeiro do Orochimaru, deduziu Suki, acenando negativamente com a cabeça para Musashi Yamamoto. Não podemos matá-los ainda.

— Uma situação dessas requer... encantamento — e temos alguém capaz de encantar esta maldita serpente, completou Suki em silêncio. Olhou de relance para Hana, que já havia entendido tudo.

— Genjutsu... — a garota começou a dizer.

Mas inesperadamente A colocou-se de pé. Ao mesmo tempo Suki virou-se para trás, brandindo o leque de guerra; Musashi sacou ambas as espadas, Kan girou a foice no ar e Shozu invocou uma marionete. Um flash azulado cruzou a todos, seguido por uma grande nuvem de poeira.

E um grito.

— Lariat!

Um ruído estridente de golpes se chocando explodiu onde estavam os Yuurei. Depois, outro estrondo: algo havia sido arremessado violentamente para contra as rochas. Quando a Nuvem de poeira baixou, o Terceiro Raikage A estava no chão a dezenas de metros dali.

Kira Ay estalou os ossos do pescoço. Todo o corpo do Quarto Raikage faiscava em relâmpagos.

— Não basta terem matado meu irmão e tentado invadir minha vila durante a minha ausência... — o Raikage fuzilou o líder dos Yuurei com os olhos. — Vocês, seus desgraçados, também ousaram profanar a memória do meu pai!

Suki brandiu o leque de guerra ao mesmo tempo em que uma parede de água se interpôs entre ela e o Raikage, anulando a força do golpe. Dois vultos surgiram por trás de Suki, prestes a atacá-la.

Suki escutou o som agudo de metal colidindo com metal sem sequer dar-se o trabalho de olhar para trás.

— Obrigada, Musashi — disse com os olhos fixos no Quarto Raikage... e também em Darui, que aparecera de repente, colocando-se em seu caminho. O guarda-costas do Raikage segurava uma espada longa e chata na mão direita ao mesmo tempo em que carregava Sasuke Uchiha, junto com Mamba, na esquerda.

— Por nada, Suki-dono.

Após haver defendido com rapidez e eficiência a retaguarda de Suki, Musashi, que havia utilizado as espadas apenas para travar os golpes dos dois clones de Darui, fez um movimento curto e simples em cada mão, destruindo simultaneamente as duas cópias. Em seguida, virou-se também para o verdadeiro Darui.

Hana, Kan e Shozu se aproximaram, fechando o cerco.

Que saco, disse Darui mentalmente. Cinco desses caras estão olhando para mim. Mas Kioto Hyuuga não está entre eles, exatamente como o Shikamaru-san disse que aconteceria. Talvez esse plano não seja uma completa loucura, afinal.

Após enlaçar o corpo de Sasuke Uchiha contra a própria cintura, Darui conseguiu formar um selo na mão direita e conjurar para si outros cinco clones e emparelhá-los à sua frente. Os Yuurei também assumiram formação de batalha. Suki posicionava-se à frente de todo o grupo, com Musashi à sua direita e Kan à esquerda. Shozu e sua marionete vinham logo atrás para dar suporte; e na posição mais recuada da formação, Hana. Puseram propositalmente a garota do Genjutsu na parte mais bem protegida da formação, observou Darui, suspirando. Que saco.

Darui e seus clones ergueram as espadas à altura do rosto.

— Estou pronto, Raikage-sama — disse para Ay, às suas costas.

Kira Ay estava concentrado até demais no inimigo à sua frente. O líder dos Yuurei — a criatura que havia se apresentado primeiramente como Iori Kuroshini e, há pouco tempo e para que o mundo inteiro pudesse ver, como Sasuke Uchiha — tornara-se, de uma forma que Ay não conseguia compreender direito, também seu próprio pai. O Terceiro Raikage A erguia-se novamente, como que vindo dentre os mortos — embora não fosse esse o caso —, e Kira Ay respirou fundo, mantendo posição.

Os dois Raikage trocavam olhares entre si. Ay, que não encontrava nenhum sinal de seu falecido pai no homem à sua frente, enchia-se cada vez mais de fúria ao ver A sendo usado como uma simples roupa pelo inimigo.

— Como, seu desgraçado, você conseguiu copiá-lo? — perguntou Ay de forma exigente.

— Contar a você seria irrelevante; você morrerá em breve — disse o líder dos Yuurei, revestindo-se com a armadura de Raiton do Terceiro Raikage.

Porém após o líder dos Yuurei forçar-se a acumular chakra e moldá-lo para criar a armadura de Raiton, seu próprio organismo envenenado reagiu imediata e violentamente suprimindo toda a energia que fora liberada. Como resultado, o líder dos Yuurei desequilibrou-se novamente, indo ao chão ao mesmo tempo em que Kira Ay avançava contra ele.

Embora não compreendesse precisamente o que estava acontecendo ali, o Quarto Raikage sabia que, de alguma forma, o líder dos Yuurei estava impossibilitado de usar seus plenos poderes; e tudo graças a Sasuke Uchiha. Ay também pressupunha que, qualquer tivesse sido o truque usado por Sasuke para limitar o Yuurei, seria algo temporário. Portanto, deveria agir o mais depressa possível para exterminar o inimigo ali mesmo.

O primeiro golpe de Ay entrou totalmente limpo, direto na jugular.

— Líder-sama!

Suki imediatamente sacudiu o leque de guerra contra os clones de Darui para abrir caminho e avançar em socorro de seu líder. Os clones, simultaneamente, revidaram com disparos combinados dos Estilos Raio, Água e Tempestade. Musashi também apoiou Suki, liberando ataques cortantes de gelo e neve através de suas duas espadas. Enquanto o líder dos Yuurei era incapaz de responder à sequência de golpes avassaladora que o Quarto Raikage lhe desferia, do outro lado, Darui, auxiliado por seus clones, desdobrava-se para manter os cinco Yuurei afastados enquanto também fazia a proteção de Sasuke — e tudo isso em meio a ventanias, raios e tempestades elementais.

— Taiton: Kyoufuu Reppa (Estilo Tufão: Rafada Consecutiva de Ventos Fortes) — bradou Suki após balançar o leque que havia pertencido a Temari. O vento ganhou a forma de um poderoso tornado, que rugia de encontro aos clones de Darui.

Que saco, Darui e os clones não tiveram escolha senão afastarem-se. Porém, apesar de haver tomado distância, Darui imediatamente reposicionou os clones em círculo ao redor dos Yuurei. Estava decidido a não os deixarem passar; embora Darui estivesse ciente de sua desvantagem ali, e que não poderia sustentar sozinho um combate como aquele por muito mais tempo. Vamos, Folha, cadê vocês?

Suki preparava-se para lançar outro ataque de longo alcance.

— Raiton — graças ao bom posicionamento de seus clones, Darui pôde não somente prever como também antecipar-se a Suki; e mirou exatamente nela. Se um puder eliminar esta mulher, as coisas ficarão um pouco mais fáceis por aqui, pensou. — Kuropansa! (Estilo Raio: Pantera Negra) — valeu-se da técnica do Raio Negro e formou uma pantera gigante de eletricidade.

O ataque dirigia-se diretamente para o ponto cego de Suki. Ela não poderá se defender a tempo, observou Darui.

Mas, assim como antes, Musashi Yamamoto estava lá para interpor-se entre Darui e Suki.

— Niten Ichi-ryuu: Ichi no Tachi (Estilo das Duas Espadas: Primeiro Golpe) — disse Musashi, sereno. — Hyouga no Katto (Corte Glacial) — Com Yukihime e Hisame erguidas em um ângulo de 90º, o Sétimo Oficial dos Yuurei e ex-general do País do Ferro lançou duas ondas de corte revolvidas em cristais de gelo e ar congelante, as quais, formando-se a partir das lâminas das espadas, despedaçaram não apenas a técnica do Raio Negro, mas também o próprio clone de Darui que havia atacado Suki à distância.

Esse cara, outro clone apontou as duas mãos unidas em direção a Musashi. Ranton...

Darui, porém, não conseguiu utilizar seu Estilo Tempestade a tempo. Antes que pudesse lançar seu ataque, uma voz doce e profunda de mulher cantando encheu o ar, arrebatando-lhe todos os sentidos e a consciência. Darui havia deixado o Quarto Raikage, a luta com os Yuurei e todo o resto para trás; achava-se agora preso em um espaço todo branco e infinito, onde aquela voz tão suave e apaixonante envolvia-o cada vez mais.

Genjutsu... droga, Darui ainda se forçou a quebrar a ilusão, mas mesmo ali dentro sentia as pálpebras pesando.

Foi graças à intervenção de Mamba — que o picara na mão sem, contudo, injetar-lhe veneno — que Darui pôde voltar à realidade. Porém, quando acordou, a disposição da batalha era completamente outra. Seus clones haviam sido todos derrotados e, agora, eram somente três Yuurei — os três homens —, ali diante dele. Ao vê-los ainda ali com ele, Darui entendeu que havia ficado preso no Genjutsu por apenas alguns instantes. Se não fosse esse o caso, eu já estaria morto, pensou, desconfiado. Onde estão as outras duas?

Darui rapidamente olhou para onde o Quarto Raikage deveria estar enfrentando o líder dos Yuurei, e foi lá que as encontrou. Com o leque de guerra empunhado na mão direita, Bashousen na esquerda e o corpo inteiro revestido por uma armadura feita de vento, Suki colocava-se frente a frente com o Quarto Raikage, impedindo-o de avançar. Enquanto isso, Hana Sakegari estava ajoelhada no chão dando suporte médico para o líder dos Yuurei, que estava caído atrás dos dois combatentes.

— Raikage-sam... — Darui fez como se fosse levantar.

— Cuidado!

Mamba o avisara bem a tempo e Darui pôde desviar dos dentes curvados da foice gigante por uma questão de centímetros; viu-a passando no ar bem diante de seus olhos.

— Belos reflexos — Kan usou a corda da foice para puxá-la de volta para si. — O que acha de tentarmos de novo?

Shozu apareceu atrás de Darui.

— Quatro contra um. Eu gosto disso.

Quatro?

Darui imediatamente percebeu a marionete de Shozu Ibuke vindo pelo alto e saltou para a direita; mas assim que fez isso, Musashi o atacou brandindo as espadas para decapitá-lo enquanto Darui ainda estava no meio do movimento evasivo, de modo que sua defesa, apesar de eficiente para aparar os golpes do samurai, saiu um tanto quanto desajeitada.

E Musashi o criticou por isso.

— Sasuke Uchiha é, de fato, uma exceção — disse o Yuurei enquanto cruzava lâminas com Darui. — No geral, o Kenjutsu Shinobi é bastante primitivo em relação ao Kenjutsu Samurai.

Em um movimento de mestre, Musashi largou a empunhadura de Yukihime para pegá-la novamente um segundo depois — tempo que fora suficiente para Musashi, que, através dessa manobra, fez a mão direita de Darui — que empunhava a espada — se deslocar alguns centímetros para cima. Com isso, uma pequena abertura surgiu na defesa do ninja da Nuvem, entre o pescoço e o tórax; e Musashi, com Hisame bem firme na outra mão, não a desperdiçou.

Após ter sido decapitado, o corpo de Darui explodiu em fumaça e, em seu lugar, surgiu uma faca kunai com diversas tarjas explosivas amarradas na extremidade.

— Tem razão. Desculpe-me desapontá-lo, Samurai-san — a voz de Darui surgiu atrás de Musashi e a uma boa distância de Kan e Shozu. — Nós, ninjas, costumamos usar truques mais ardilosos.

Fez o selo na mão direita e acionou a explosão.

 

 

 

 

— As coisas estão bastante animadas por lá, não é mesmo? — disse Suki após perceber a explosão acontecendo ao longe. — Aquele seu guarda-costas está dando conta de segurar três Yuurei sozinho, o que é algo realmente impressionante. Diga-me, pretende fazê-lo seu sucessor?

Ay estreitou os olhos, cansado daquilo tudo.

— Saia da minha frente. Não tenho tempo para esses joguinhos.

— Não são joguinhos — Suki posicionou o leque de guerra totalmente aberto atrás de si enquanto, com a mão esquerda, segurava Bashousen à frente, um pouco abaixo da altura dos olhos — e não pense que pode simplesmente passar por mim, Raikage. Eu sou sua oponente agora.

As veias pareciam querer saltar para fora da testa de Kira Ay, que se via em um verdadeiro dilema. Seu principal inimigo estava agonizando ali mesmo no chão, bem à vista de seus olhos, e Ay — considerado um dos homens mais rápidos do mundo ninja inteiro e o grande Quarto Raikage — era incapaz de alcançá-lo por que uma maldita Kunoichi Yuurei conseguia acompanhar seus movimentos e bloquear-lhe o caminho até o líder. E pior, a nova adversária era uma das Yuurei mais fortes; derrubá-la exigiria de Ay bastante tempo — um que ele apostava não possuir.

— Não importa como — o Raikage jogou fora o haori, deixando os músculos à mostra —, eu vou abrir caminho de qualquer jeito!

Após cuspir essas palavras, Ay concentrou o máximo de chakra ao redor do corpo, estimulando ainda mais o próprio sistema nervoso, acelerando as sinapses neurais. Com isso, sua própria percepção e reflexos estariam elevados para muito além do limite enquanto o resto do corpo estaria ainda mais protegido em seu Modo de Chakra do Estilo Raio.

É poder demais. Não conseguirei acompanhá-lo se continuar lutando assim, concluiu Suki, também se concentrando. Perdoe-me, Líder-sama.

— Yami no Fuuin: liberar — disse Suki.

Quando o Raikage partiu para a investida direta, o vento cortante — o qual escurecia após acumular-se na forma de lâminas — estourou bem diante dele; e a Assassina de Kages, tão mais rápida e forte do que antes, surgiu à frente de Ay brandindo Bashousen ofensivamente.

— Kaze no Maki (Hélice de Vento) — e uma fortíssima rajada de vento escuro, concentrada num único ponto e com capacidade para retalhar o próprio chão em seu caminho, engoliu o corpo do Quarto Raikage.

Assim que Ay desapareceu no vendaval, Suki mudou a postura e girou Bashousen mais uma vez.

— Hi no Maki (Hélice de Fogo) — chames negras irromperam a partir do leque. A combinação das naturezas de Vento e Fogo resultou numa gigantesca onda preta incandescente, que estourava para várias direções.

— Tire o Líder-sama daqui — Suki ordenou a Hana ainda de costas. — Veja o que pode fazer com seu Ninjutsu médico.

Hana detestou aquela ideia por diversos motivos, mas naquelas circunstâncias seria impossível argumentar com alguém tão temperamental e apaixonada por combates quanto Suki, a Assassina de Kages.

— Não exagere — aconselhou Hana enquanto abria um portal de trevas para o esconderijo principal, no País do Silêncio. — Voltarei assim que puder, Suki-sama.

Mal Hana Sakegari havia se retirado do campo de batalha levando o líder dos Yuurei consigo, um clarão azulado atravessou toda a extensão da cortina de fogo preto, posicionando-se frente a frente com Suki.

A Assassina de Kages gostava do que via.

— Agora somos só você e eu, Raikage.

— Para onde levaram seu líder? — Ay foi direto ao ponto. — Responda-me e prometo que serei rápido.

Suki deu um sorriso malicioso.

— Por que a pressa? Nós mal começamos a nossa dança — assumiu postura de combate — e eu quero aproveitá-la ao máximo... Raikage-sama — ronronou.

Ay respirou profundamente irritado. Não tem jeito, vou ter que derrotar essa mulher o mais rápido possível, deu um olhar discreto para o lado. Karui e a Folha ainda não chegaram e Darui não vai aguentar muito tempo.

 — Que seja — Ay fixou o olhar em Suki. — Mas vou avisando: vai lamentar ter ficado no meu caminho, Yuurei.

— Receio que não, Raikage — respondeu Suki prontamente. — Não sei se já está ciente, mas ontem mesmo eu estive enfrentando o Gaara-kun no deserto do País do Vento. Infelizmente, Mira Uzumaki me obrigou a poupá-lo...

Ay cerrou o punho.

— Já se passaram várias horas e meu dedo ainda está coçando para matar um Kage — completou Suki, séria. — Sabe, eu tenho uma reputação a zelar.

 

 

                                                                            ***

 

 

Como deixou toda essa balbúrdia acontecer, Suki?, criticou Kioto em pensamento. Eu avisei sobre a cobra.

O Terceiro Oficial dos Yuurei meneou a cabeça em um gesto contido, porém claramente desapontado com tudo o que ocorria na região montanhosa do País do Relâmpago. Vira tudo com seu Byakugan: Mamba envenenando o líder dos Yuurei; a chegada do Raikage e de seu guarda-costas; todo o espancamento que Kira Ay dera no líder enfraquecido, que precisou ser retirado dali por Hana; e, agora, Suki duelar contra o Raikage enquanto seu guarda-costas resistia a Kan e aos outros.

E também o avanço do grupo enviado pela Folha — um truque, como eu havia previsto, pensara ele. Agora era só uma questão de tempo até que os reforços do inimigo caíssem sobre os quatro Yuurei nas montanhas. Por conta de tudo aquilo, Kioto perguntava-se se o ato de ter se deslocado até a região fronteiriça do País do Relâmpago não teria sido um movimento precipitado e emocional de sua parte. Afinal de contas, só estava ali por causa dela.

— Não devo me demorar aqui — disse Kioto à sua adversária. — E, desta vez, irei garantir que um inseto que esmaguei não continue se mexendo.

E assumiu postura de combate. Sua adversária, a atual líder do clã Hyuuga, também.

Mas para a surpresa de Kioto, Hinata não se posicionava como quem fosse lutar usando o Juuken, ou qualquer outro estilo de Taijutsu conhecido. Será uma técnica nova?, Kioto desconfiou.

O braço esquerdo de Hinata estava totalmente esticado com a mão aberta em pé; e o direito junto à lateral do corpo, com a mão aberta e deitada. A base estava bem firme o chão, com a perna direita levemente flexionada sustentando todo o peso de seu corpo. Enquanto isso, a outra perna de Hinata Hyuuga, a esquerda, ficaria mais adiantada e livre de qualquer peso — com apenas a ponta do pé tocando o chão —, podendo ser utilizada para aplicar chutes rápidos quando Kioto Hyuuga tentasse atravessar sua defesa.

— Eu não sou mais a mesma pessoa desde aquele dia; portanto esta luta será muito diferente de nosso primeiro encontro, Kioto-san — disse Hinata, respirando fundo. — Byakugan!


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Notas finais do capítulo

*** AVISO IMPORTANTE ***

"O Herói do Mundo Ninja" entrará em um hiato por tempo indeterminado (mas calma, não vou sumir por mais dois anos nem nada do tipo!). Ocorre que eu fui nomeado em um concurso público e preciso tomar posse o mais depressa possível. Minha vida virou uma correria nesta semana, quando saiu a nomeação; enviar esse e aquele documento, fazer toda uma bateria de exames; e estou saindo do Rio de Janeiro para morar sozinho em outro estado. Como o computador que escrevo não é meu, a história ficará parada até que eu compre outro (um notebook... e bom, preferencialmente).

Estimo que, no mais tardar, em julho eu esteja voltando. Acredito que até antes, mas não vou arriscar; prefiro surpreendê-los do que deixá-los ansiosos -- e depois decepcionados por esperarem um capítulo que não veio por conta de uma previsão errada de retorno. Claro, coisas podem acontecer e até mesmo julho possa ser uma previsão errada (torçamos para que não). De qualquer forma, creio que seja um tempo razoável.

E não é que ficarei sem fazer nada para a história nesse meio tempo sem computador. Grande parte de "O Herói do Mundo Ninja" foi desenvolvida num período que eu só tinha um caderno e os intervalos do curso pré-vestibular. Todos os quatro capítulos do Omake "A Dama que personifica a morte" foram feitos assim. Então, sim, vou continuar escrevendo mesmo sem poder publicar; e, quem sabe, após o retorno vocês não sejam surpreendidos com publicações semanais, como costumava ser?

De qualquer forma, peço desculpas. Sei que é meio chato interromper a narrativa durante um momento de tensão na história, mas é necessário. Espero que compreendam.

Feitos os esclarecimentos, vamos à resenha pós-capítulo.


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̶I̶o̶r̶i̶ ̶K̶u̶r̶o̶s̶h̶i̶n̶i̶ O líder dos Yuurei é, realmente, um babaca, não? Essa mensagem pode sim ser interpretada como um ato de guerra (e quando falo "guerra", refiro-me a um confronto armado oficializado, não aos atos criminosos, incursões e táticas de guerrilha que os Yuurei já costumam fazer). A questão é: como a União Shinobi reagirá a isso?

E agora conhecemos a identidade da última sombra: Hayato Uzumaki (isso mesmo, leitor atento, o último governador do País do Redemoinho e pai adotivo de Mira Uzumaki). E antes que digam, eu já adianto em concordância com vocês: sim, tem algo muito mal contado nessa parada... tem, sim, caroço nesse angu.

E o Sasuke, hein? Ah, se tivesse sido assim durante o Clássico e o Shippuden... certeza que eu não teria odiado o personagem por tanto tempo! E para os meus queridos fãs de SasuSaku, para aqueles que temem a extinção [completa] do clã Uchiha, para todos aqueles que gostam do personagem, aos trancos e barrancos, o homem tá aí, sobrevivendo... enquanto não morrer, tá vivo! Há esperança! o/

Por falar em esperança, Narutinho já se livrou de duas das nove bestas (ambas, Sacerdotes Divinos: o Shinigami e a Donzela Celestial); e enquanto os clones enfrentam as demais ao longo da ilha, aquele Naruto com Fukasaku e Shima está indo para o confronto definitivo com a Mira. Vale lembrar que cada um tem seu próprio trunfo na manga. Arriscam dizer o que pode vir daqueles dois?

De volta ao País do Relâmpago, o Raikage chega com Darui. E não, não foi um Genjutsu; o líder dos Yuurei, por causa do veneno do Mamba, tomou uma surra do Ay e precisou ser retirado. Como bicho ruim não morre facilmente, já era de se esperar que I̶o̶r̶i̶ ̶K̶u̶r̶o̶s̶h̶i̶n̶i̶ o "Líder-sama" não morreria ali. Quanto tempo ele ficará fora de combate... aí é que são elas.

Enquanto isso, temos:

1. Darui vs. Kan, Musashi e Shozu (Darui é um mito; jamais deve ser criticado... pelo menos não aqui, nao respondo pela versão dele em Boruto);

2. Kira Ay vs. Suki (!!!)

E está para começar...

Hinata Hyuuga vs. Kioto Hyuuga 2

Senhoras e senhoras, de um lado temos o Terceiro Oficial dos Yuurei. Do outro, a Princesa do Byakugan... E aí? Foi uma loucura terem deixado a Hinata para trás sozinha contra essa buxa de canhão, que é Kioto Hyuuga; ou botam fé na Hinatinha? Kioto vai passar o carro de novo? Será uma luta bem parelha entre os dois Hyuuga? Mais importante: alguém morre? (essa pergunta pode ser estendida às outras lutas ̶e̶ ̶a̶ ̶r̶e̶s̶p̶o̶s̶t̶a̶ ̶é̶ ̶"s̶i̶m̶"̶.̶ ̶D̶u̶a̶s̶ ̶p̶e̶s̶s̶o̶a̶s̶ ̶m̶o̶r̶r̶e̶r̶ã̶o̶ ̶a̶g̶o̶r̶a̶.)


Os Yuurei não têm nem o líder nem a vice-líder por perto; Kioto, que é o Terceiro Oficial está isolado em outra parte do País do Relâmpago; e Hana, a Quinta Oficial, indisponível. A Nuvem está se segurando e a Folha está chegando... qual será o resultado de tudo isso?


Fiquem à vontade para comentarem sobre o que mais lhes chamou a atenção neste capítulo e quais as especativas de vocês para os proximos que virão (mas tardarão)?


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Próximo capítulo: Colisão

Provavelmente, julho.



Mais uma vez, muito obrigado por acompanharem até aqui!


Até o próximo capítulo o/











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