Um futuro incerto, mas repleto de amor escrita por Beniteiras
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo, espero que gostem!
No dia seguinte Anita pulou da cama assim que clareou, preparou a mesa de café da manhã e saiu de casa antes que o resto do pessoal acordasse. Na verdade ela tinha passado a noite praticamente em claro pensando na última discussão com o Ben, não só na última, todos os desencontros deles dos últimos dias lhe rodearam a mente a impedindo de pegar no sono. Essa semana na faculdade seria mais curta em virtude de um feriado na quinta-feira que seria emendado com o sábado e domingo.
–- Bom dia família
–- Oi Ben, bom dia! – disse Giovana sonolenta
–- E ai cabeça, pronto para aula hoje, vai quebrar tudo em matemática? – perguntou Ben
–- Estou sim, depois da sua ajuda ontem a matéria ficou clara para mim, é bom ter um irmão craque em matemática
–- Só aprendi matemática porque eu tenho um caçulinha que me ensinou tudo de português, sem entender a língua mãe direito nunca que eu chegaria no cálculo
–- Formamos uma boa dupla – disse Pedro
–- Seu Ronaldo caprichou, pois se o mais velho é inteligente e o caçula um gênio, sinal que o recheio não foge a regra – disse Ben sacudindo Giovana para despertar a garota
–- Não mesmo, eu sou o futuro brilhante do rock nacional – disse a ruiva sem modéstia
–- E eu um futuro campeão olímpico – completou Victor se sentando com os sanduíches de todos
–- Perspectiva boa de futuro hein! Que sono é esse minha filha? – perguntou Ronaldo
–- Meu despertador não funcionou hoje e acabei levantando quase agora – respondeu a ruiva
–- Falando nisso a Anita também não desceu ainda, não é melhor alguém ir chamá-la, vamos acabar perdendo a hora – falou Ben
–- A Anita não está no quarto Ben, e quando eu acordei a cama dela já estava pronta, só tem a Meg. É verdade, cadê a Anita gente? – perguntou Giovana
–- Ela já saiu – disse Vera
–- Como assim? – perguntou Ben
–- Quando eu acordei a mesa já estava pronta e eu encontrei este bilhete dela dizendo que tinha precisado sair mais cedo, acho que ia deixar algo na Júlia – explicou Vera
–- Gente com licença, mas eu tenho que ir – disse Ben levantando apressado
–- Pera aí meu filho toma o seu café direito – falou Ronaldo
–- Agora não dá pai eu estou com pressa, tchau e bom dia para todos – falou o garoto já passando pela porta
Ben procurou por Anita pelo bairro sem sucesso, foi até a casa da Júlia, mas a menina também não se encontrava lá e a amiga não soube explicar o porquê da desculpa no bilhete. Já no ônibus, sozinho, ele tentava encontrar o motivo da escapada da menina, pensou em várias razões, mas nada fazia sentido. A única coisa clara era que ela não queria a companhia dele naquele momento. Ele pensou em respeitar esta decisão de Anita, tanto que não a procurou durante o intervalo, na realidade ele preferiu ficar em sala de aula, mas algo em sua mochila o obrigou a mudar de ideia e ir ao encontro da namorada na saída
–- Anita!
–- Oi Ben estava me esperando? – perguntou ela
–- Estava! -- disse ele a olhando fixamente
–- Surpresa te encontrar aqui no prédio na hora da saída, ultimamente só temos nos visto já no ponto de ônibus
–- É que hoje eu não vou para casa almoçar, daqui vou direto para o trabalho então tinha que te esperar aqui
–- A tá! – disse ela com uma expressão confusa
–- Surpresa a minha de não te encontrar em casa de manhã e nem no ponto de ônibus. Podia ter me esperado para virmos juntos – falou Ben
–- Eu resolvi sair mais cedo
–- É, com a desculpa que tinha que ir na casa da Júlia, mas também não passou por lá!
–- Eu só acho que eu não te devo satisfação, sai mais cedo e pronto – ela disse
–- Você está bem? Parece abatida -- ele perguntou vendo o semblante cansado da garota
–- Bem? Boa pergunta ...! E você está bem? -- ela devolveu
–- Não ... -- ele disse encarando o chão
–- Foi só uma noite mal dormida não se preocupe, mas porque você veio me procurar era para saber da minha programação matinal?
–- Desculpa, mas eu queria te pedir um favor ... -- disse ele sendo interrompido
–- Desde quando você precisa me pedir desculpa para pedir um favor? Porque essa cerimônia?
–- É ... desculpa ... quer dizer, desculpa por pedir desculpa .... Ahnw -- suspirou Ben sem jeito e cabisbaixo
–- Tudo certo pode falar -- disse Anita
–- É ... será que você pode entregar isso aqui pro Pedro? É uma parte daquele dever de matemática que eu o estava ajudando a fazer ontem e veio no meio das minhas coisas sem querer e ele vai precisar deste material de tarde na escola. Não sei onde ando com a cabeça -- falou ele a encarando novamente
–- Claro que entrego! Mais alguma coisa? – disse ela pegando o caderno
–- Sim! – ele respirou fundo – Queria me desculpar por aquele interrogatório de ontem, você tem razão eu não tinha o direito de cobrar nada daquela forma e nem fazer as insinuações que eu fiz
–- Tudo bem eu me exaltei também e acabamos falando coisas impensadas – disse Anita
–- Acho que a gente precisa sentar num lugar reservado para conversar, lá em casa tem muita gente o que dificulta uma privacidade, mas não dá para continuar nesse clima Anita. Ontem eu senti que você tinha algo para me dizer – disse Ben com olhar angustiado
–- Também acho que já passou da hora ... – ela concordou levando uma das mãos ao rosto para evitar que uma lágrima rolasse por seu rosto
–- Pera aí ... – disse Ben com um olhar surpreso e triste – Você tirou o nosso anel? Ele ainda estava no seu dedo ontem ...
–- É ... estava – disse Anita sem graça diante da expressão do rapaz – Não é nada demais tá, foi coisa minha.
–- Eu estava certo, você tentou terminar tudo
–- Estávamos de cabeça quente e numa situação dessas falamos coisas da boca para fora até mesmo por um instinto de autodefesa. E o anel eu já disse que foi coisa minha, não fique criando coisas na sua cabeça
–- Não precisava ser assim Anita -- ele disse magoado
–- Não mesmo, mas parece que o destino quis assim, não conseguimos nem ao menos nos dar uma conversa decente depois de tudo o que vivémos
–- Eu sinto muito por tudo isso, essa situação realmente já ultrapassou todos os limites do aceitável -- disse Ben buscando a mão da garota
–- A gente se perdeu, e não foi pelo Leonardo, foi por nós mesmos, pela nossa inabilidade em lidar com essa situação -- ela falou
–-Vamos conversar, com calma e desarmados por favor? Nós devemos isso um ao outro! – ele pediu
–- Eu quero muito também – concordou Anita
–- Eu te procuro então ... – disse ele esperançoso
–- Tá ótimo ... Eu tenho que ir, era só isso? – ela perguntou com um leve sorriso
–- Ah só mais uma coisa, por favor, avisa para Vera não me esperar para o almoço e também não sei a que horas saio do trabalho, então talvez também não chegue nem para o jantar, mas não é certeza. Sai de casa correndo e nem falei nada
–- Eu dou recado e entrego o dever, pode deixar
–- Obrigado! – disse ele se aproximando e depositando um beijo na bochecha na garota, que quase escapuliu para boca quando ela se virou para retribuir o cumprimento
–- Tchau! -- disse a menina indo embora
No início da noite Anita desceu para cumprir a sua missão do dia que era ajudar a mãe nas tarefas da casa, quando elas já tinham adiantado todo o jantar e limpado a cozinha Vera chamou a filha, que estava visivelmente perturbada, para uma conversa
–- Anita eu tenho reparado que você anda bem tristinha e sem apetite, você não quer se abrir comigo? – perguntou Vera
–- Está tudo bem mãe, não se preocupe
–- Como não me preocupar se eu só te vejo largada pelos cantos. Minha filha eu sei que você e o Ben estão com problemas, deixa eu te ajudar
–- Mãe você já tem tantas preocupações que eu não quero ocupar a sua cabeça com os meus problemas, pode deixar que eu resolvo, já estou bem grandinha
–- Grandinha ou não, mas é minha filha e os seus problemas também são meus. Anita lá atrás nós tivemos uma conversa onde eu te pedi desculpas pelo meu erro e nós combinamos que não existiriam mais segredos, se abre comigo por favor
–- Eu tenho vergonha mãe! – disse a menina não contendo as lágrimas
–- Vergonha de mim? Eu sou sua mãe e vou estar sempre do seu lado meu amor – disse Vera abraçando a filha
–- É que eu sei que no fundo você nunca entendeu o que classificou como troca-troca de irmãos: Eu que estava com o Ben e depois com Antônio e o Ben me trocando pela Sofia. E também sei que você e o Ronaldo não curtem o fato de eu e Ben estarmos namorando e morando debaixo do mesmo teto ... Como explicar que ainda tem um outro cara
–- Bobagem da sua cabeça, o Ronaldo está amando ter o filho de volta e vocês estão se portando muito bem frente a seus irmãos menores... Pera ai você falou outro cara? -- perguntou Vera processando a informação
–- É que …Tá bom eu vou falar preciso desabafar mesmo, porque esta angústia está me matando
–- Anita! O que está acontecendo minha filha?
–- Na última vez que o Leonardo veio aqui ele me beijou e o Ben viu – falou a menina em tom de lamento
–- Na boca? – perguntou Vera incrédula
–- Claro né mãe!
–- Meu Deus! Ih... está acontecendo alguma coisa entre vocês? Você está gostando deste rapaz?
Nessa hora Ben chegava em casa do trabalho e ao reconhecer a voz chorosa de Anita resolveu não entrar para não constranger a garota, mas foi impossível não escutar o teor da conversa entre mãe e filha
–- Não mãe ... eu fui pega de surpresa ele me beijou de repente e eu o repeli na mesma hora – falou a menina entre lágrimas – Mãe eu amo muito o Ben nunca que eu faria isso com ele
–- Mas o que deu no Leonardo para ele fazer isso?
–- Não sei, não tinha nem um clima e não dei entrada para isso, só sei que do nada ele destruiu a minha relação com o Ben, fez pior destruiu a minha vida
–- Anita, para! Ninguém além de você tem esse poder de destruir a sua vida e você no fundo sabe disso, por isso eu te peço para não perder a cabeça e o rumo. Você quando consciente dos seus atos é capaz de alcançar todos os seus desejos, seu passado recente te prova o que eu estou falando, tua coragem e força te reergueram e te trouxeram inteira até aqui, não vá fraquejar agora. E além de tudo isso você sabe que tem uma família para te dar um suporte e uma mãe que te ama muito e pronta para enfrentar tudo com você e por você– declarou Vera confortando a filha
–- Eu sei mãe e te agradeço ..., mas tem momentos que fica tão difícil de não sucumbir ... e esse definitivamente está sendo um deles
–- E como é que o Ben está reagindo a tudo isso?
–- Ele entendeu tudo errado, você tem que ver o rancor com que ele me olha, ...eu tento me fazer de durona, mas eu não estou aguentando mais
–- Vocês têm que conversar porque é nítido que ele também não está legal
–- Nós já tentamos mãe, mas não estamos conseguindo, sempre que vamos conversar a mágoa vem de uma forma avassaladora e aniquila as nossas chances. Ele está magoado pelo beijo e eu pela desconfiança. E o pior é que eu sinto que estamos perdendo a intimidade a cada conversa, está tudo muito difícil – falou a menina devastada
–- Anita vocês têm que conseguir e resolver logo essa situação, é a vida de vocês que está em jogo, por mais que venha a doer ficar remexendo em lembranças ruins, uma definição é sempre a melhor solução
–- É ... O Ben ficou de me procurar para tentarmos conversar mais uma vez -- disse Anita
–- E isso não é bom? ... Oi minha filha eu quero muito te ajudar, aliás ajudar vocês dois que eu amo tanto – disse Vera voltando a abraçar a menina
–- É bom ..., prometemos nos manter calmos desta vez, mas tem uma teimosia mútua que parece que está nos deixando fora de sintonia e é disso que eu tenho medo
–- Conheço bem essa característica de vocês dois! Só te peço mais uma vez para não desistir de você, ... não se entregue! – falou Vera receosa pela filha
–- Eu prometo que vou tentar
–- Não você vai conseguir – ressaltou Vera
–- Mãe, amanhã é feriado e eu vou hoje dormir na casa da Júlia, tá?
–- Mas porque isso?
–- Porque durante a semana com todas as nossas atribulações de faculdade e trabalho eu consigo ficar em casa, mas num feriado não. É exigir demais de mim pedir que eu fique um dia inteiro tão perto dele e sem poder me aproximar, dói muito
–- Anita esses dias todos você se refugiou na casa da Júlia ... Adiantou alguma coisa?
–- Alguma coisa acho que sim
–- Mas você não falou que vocês combinaram de conversar?
–- Sim, mas não será aqui, precisamos falar sem interrupções e além do mais ele sabe meu telefone. E se no final nada disso acontecer eu prefiro estar longe
–- Tá bom se você acha melhor ... mas saiba que eu não aprovo e nem concordo
–- Eu preciso, vou lá arrumar minha mochila. Obrigada por me procurar e me ouvir, foi muito importante dividir isso com você
–- Você pode contar sempre comigo. Vai lá lavar esse rosto – falou Vera fazendo um carinho em Anita e enxugando uma lágrima que escorria pelo rosto da filha
Após escutar o desabafo de Anita Ben ficou desnorteado e resolveu caminhar pelo bairro para tentar organizar o turbilhão que estava sua cabeça, ele não sabia o que pensar e tinha sentimentos estranhos, primeiro uma angústia por ver o tamanho do sofrimento de Anita e por outro lado uma felicidade genuína por constatar o que o coração dele já tinha certeza, mas que estava tímido em se manifestar: sim, o amor dele e de Anita era sim inabalável e não, ela não estava balançada pelo Leonardo. Quando voltava para o casarão ele viu a namorada saindo de casa com a mochila a tiracolo, uma paralisia que tomou conta de seu corpo o impediu de correr até ela, mas a emoção e a razão que finalmente estavam em sintonia já tinham decidido que algo seria feito.
–- E aí brother, qual é? ... Ben, Ben! – chamou Sidney se aproximando do amigo
–- Oi Sidney, desculpa eu estava aqui perdido nos meus pensamentos e organizando os sentimentos
–- Eu vi foi difícil despertar a sua atenção, você está imóvel aqui há alguns minutos, estava observando de longe ... Cheguei a ficar preocupado parecia em transe ou coisa assim – disse o loirinho
–- Ai irmão eu acho que eu acabei de acordar de um pesadelo em que eu vinha vivendo initerruptamente nos últimos dias ... ou melhor sobrevivendo
–- A Anita né? A Sofia comentou que vocês estão em crise, tentei falar com você, mas nunca te encontrava em lugar nenhum e nem no celular
–- Está sendo barra, precisei me enterrar no trabalho e no estudo para tentar suportar a falta que a Anita estava me fazendo e ainda está ... – suspirou Ben -- E também precisava me afastar de outros pensamentos que me torturavam
–- Então é verdade? – perguntou Sidney
–- Sim é verdade ... Eu me vi novamente vagando por ai sem alma e mais uma vez fui ao fundo do poço e me senti sem escapatória, só que quando estava começando a me perder a mão do destino veio me salvar ...na verdade essa mão acabou de me resgatar, pouco antes de você chegar. Mas o que exatamente a Sofia falou? – indagou Ben despertando de um devaneio
–- Não muito, acho que ela também não sabia de muita coisa eram só suposições ... e confesso que me perdia nas vezes em que ela repetia as palavras, burros, idiotas, cabeças duras, teimosos, Leonar ... e blá, blá, blá. Como reclama aquela loira!
–- Hahahahahaha! – gargalhou Ben como há tempos não fazia – Sofia e seu sincericídio! Mas acho que ela tinha razão e no fundo essa tristeza toda em que vivi neste tempo e de quebra joguei a Anita se resumiu a isso ai mesmo que ela falou e teve a contribuição também deste rapaz que você não completou o nome.
–- Esse cara deu dor de cabeça hein? – falou o loiro
–- Deu, mas já passou ... Acabou de ficar bem claro que eu sofri em cima de algo inviável ... ela é minha e sempre será e eu sou dela, não sei como pude acreditar em outra possibilidade
–- Jura que você pensou? É um mané mesmo—falou Sidney dando um tapa nas costas do amigo
–- Mané é o Martin – se defendeu Ben
–- Não aquele lá é o “Senhor Manezão”
–- Mas falando sério, aconteceu algo muito desagradável que me fez crer que talvez a Anita estivesse rumando para um outro caminho, abrindo espaço para mais alguém e me amando menos ou de forma diferente – ele deu uma pausa – E isso estava acabando comigo porque o meu amor por ela também está em constante movimento, só que para mais ele só cresce, incrível como a cada dia ela se torna mais essencial na minha vida. Acredita que nesta última semana, mesmo com as nossas conversas se resumindo a um mar de mágoas e alfinetadas, ainda assim, as melhores horas do meu dia eram quando eu estava do lado dela? Às vezes eu inventava um pretexto bobo só para estar perto, ouvir a voz, sentir o cheiro, a presença ... Loucura isso! – constatou Ben
–- Meio psicótico!
–- Nem me fala em psicótico, psicopata, psico nada, de problemas eu já estou satisfeito, deixa esse quieto e longe – riu Ben da própria desgraça
–- Feliz de te ver sorrindo é sinal que as coisas que você falou se clarearam favoravelmente. Mais feliz ainda de ver que você já consegue fazer piada do que o Antônio aprontou. Não a mal que dure meu caro! Saiba que pode contar comigo pro que der e vier, não se isola não que é pior! – falou Sidney
–- Obrigado eu sei disso e oh! Talvez eu vá precisar dos seus préstimos já para amanhã – falou Ben
–- Para que? Bom seja para o que for estou as ordens! – se prontificou Sidney
–- Ainda não sei, mas tenho que bolar algo para resgatar uma princesa e trazê-la para bem pertinho de mim novamente – disse Ben se despedindo com um abraço no amigo
Autora: Carol
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada a todos que estão acompanhando e obrigada a Estela nossa "sexta elementa" pela ideia para o capítulo. Não deu para usá-la toda, mas pelo menos uma partezinha tinha que entrar. Não sei se Benita vai te agradecer, mas nós agradecemos.