Um futuro incerto, mas repleto de amor escrita por Beniteiras


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Anita finalmente deixando o hospital



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Após todos irem embora Anita e Ben ficaram conversando até a enfermeira chegar com o jantar dela, ele então aproveitou a presença da profissional para ir a lanchonete comer algo. Ao voltar os dois conversaram, assistiram televisão e resolveram tentar descansar para encerrar de vez aquele dia triste

–- Ben!? Você está dormindo? – perguntou Anita ao ver o namorado inquieto no sofá de acompanhante

–- Não, acho que não vou conseguir pregar o olho depois de tudo que eu vivi hoje, parece que este dia não tem fim – respondeu Ben

–- Nem eu, não consigo acreditar em tudo que armaram contra a gente. Minha irmã ... e sua mãe – disse Anita

–- Quem deveria me proteger e querer a minha felicidade tramou contra mim ... que bela mãe eu tenho

–- É nossa noite vai ser longa e difícil pelo visto, que bom que foi você que ficou comigo hoje – falou Anita

–- Mas você precisa tentar dormir meu amor, lembra do que o médico disse que você tem que relaxar e descansar. Pensa na sua saúde por favor, eu vou te fazer um cafuné até você pegar no sono – disse o menino se aproximando da namorada

–- Príncipe eu estava aqui pensando nas ironias da vida, ... de certa forma o Antônio salvou a gente mesmo com toda a loucura e maldade dele – falou Anita

–- Como assim? – perguntou Ben

–- Depois daquela nossa última briga, onde dissemos coisas muito pesadas um para o outro, não sei se teríamos volta. Se o cenário tivesse continuado aquele que se apresentava acho que não teria forças para continuar o nosso namoro mesmo te amando muito – disse Anita

–- Hey! Eu não acredito em nada do que te disse naquele dia você sabe disso – falou Ben acariciando o rosto da namorada

–- Sei sim, mas a questão é que essa loucura de sequestro transformou todo aquele turbilhão de palavras que poderia ter sido o nosso fim em um nada. Um grão de areia perto do medo concreto que a gente sentiu de perder um ao outro de forma definitiva. Durante aquelas horas de terror só o que desejávamos era que tudo terminasse bem e nos ver a salvos, nós estávamos ali pensando em preservar a vida um do outro em primeiro lugar – desabafou Anita

–- Foram os piores momentos da minha vida ... te ver caída ali e ferida com uma bala que era para mim

–- Não tinha endereço certo, o único objetivo dele era nos separar para sempre ele não se importava muito em quem ele tiraria do caminho – disse Anita

–- É tem razão, e quem diria mesmo ... ele realmente nos juntou de novo – falou Ben

–- E agora para sempre ... quer saber se era para chegar nisso, valeu a pena – sorriu Anita

–- Está tudo se acertando agora e nosso pesadelo finalmente passou, daqui para frente e só felicidade para gente – cochichou Ben no ouvido da namorada enquanto a tentava fazer dormir

–- Finalmente, não vejo a hora de realmente começar a nossa história em paz,– sussurrou Anita se rendendo ao sono e tranquila pela presença de Ben ali pertinho dela

No dia seguinte

–- Bom dia! Acabei de confirmar sua alta e já podemos ir embora – disse Vera ao entrar no quarto de Anita de manhã cedo

–- Ai que bom, vocês todos foram ótimos comigo, me mimaram muito, mas não vejo a hora de ir para casa – disse Anita feliz

–- Deixa eu te ajudar a sair da cama meu amor – falou Ben

–- Mãe e a Sofia? – perguntou Anita

–- Não apareceu em casa, mas o Sidney me ligou e ela está com ele, deve estar bem na medida do possível – respondeu Vera

–- Melhor mesmo não ter que encontrar com ela – falou Anita

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Na delegacia

Enquanto isso Antônio prestava seu depoimento à polícia, ele só aceitou falar com o delegado com a presença de um advogado, como não tinha recursos próprios lhe foi oferecido um Defensor Público, por isso que o depoimento só aconteceu três dias depois.

–- O senhor então confirma na presença do seu defensor que foi o responsável pela morte do Coronel Palhares – perguntou o delegado

–- Sim, ele teve o que pediu, brincou com o meu sentimento mais puro, me fez acreditar em todas as mentiras dele e no final ainda queria me dar um golpe. Não tive escolha – confessou o garoto

–- Porque você simulou a sua própria morte?

–- Eu não fiz isso eu apenas deixei o local da explosão, vocês é que intuíram que eu havia morrido antes de investigar. Achei melhor não contrariá-los e permaneci “morto” – respondeu Antônio

–- E sobre o caso da Anita Toledo?

–- Ela é minha namorada e foi afastada de mim, eu só queria falar com ela – delirou Antônio

–- Você confirma que atirou nela?

–- Não era para ela, mas ela entrou na minha frente na hora

–- Então é uma confissão que o senhor atirou em alguém numa tentativa de homicídio durante o sequestro?

–- O meu cliente não confessou nada e não irá responder a essa pergunta. Não foi um sequestro, a moça foi até a casa dele por livre e espontânea vontade e o irmão dele também – disse o Defensor Público

–- Como é que você consegui atrair ela até o local?

–- Como eu disse antes ela foi afastada de mim, mas eu nunca me afastei dela, estive sempre por perto. E numa dessas minhas “visitas” eu ouvi uma conversa entre a minha ex-madrasta e a irmã da Anita de que no dia seguinte ela iria fazer uma entrega em outro bairro e que provavelmente iria sozinha, vi ali a grande oportunidade de nos vermos em paz, só precisei ligar para ela e alterar o endereço. – disse Antônio alternando delírios com momentos de lucidez

–- Antônio por enquanto é isso, você já pode se recolher a sua cela – disse o delegado

–- Com licença – disse o garoto

–- É doutor esse seu cliente está encrencado, fora os antecedentes dele quando ainda era menor de idade, agora ele irá responder por homicídio do Coronel Palhares, por tentativa de homicídio contra a vítima Anita Toledo, por manter duas pessoas em cárcere privado e por falsidade ideológica. Acho que pela pena ele não sairá tão cedo do presídio. Causa inglória a sua – comentou o policial

–- Sempre podemos tentar a insanidade mental – falou o defensor

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No Hospital

–- Benjamim!?

Ben ouviu alguém lhe chamar quando estava no saguão do hospital com o pai, a madrasta e Anita e ficou contente quando reconheceu a pessoa

–- Laura! Que bom te reencontrar – disse ele com um sorriso largo

–- Você deve ser a Anita!, Muito prazer em te conhecer, estava ansiosa para isso – falou Laura

–- Obrigada, prazer também – respondeu a menina meio perdida

–- Princesa essa é aquela moça que eu te contei que me ajudou enquanto você estava sendo operada, foi um anjo naquele momento tão difícil e doloroso. Acho que nem agradeci como deveria, você me desculpa – falou Ben

–- Imagina, eu que agradeço por ter conhecido e me emocionado com a linda história de vocês. E tenho alguém muito especial para apresentar a vocês dois – disse chamando a irmã

–- Quem será? – perguntou Anita

–- Então esses aqui são o Ben e a Anita que falei com você ontem e essa aqui é minha irmã Beatriz e a linda filhinha dela ... a nossa pequena Anita – disse Laura

–- Anita ... ? – falou Anita emocionada e com os olhos brilhando

–- Depois de tudo que o seu namorado me contou sobre você acho que não tinha nome mais honrado. Se minha sobrinha herdar um pouco desta sua garra e for capaz de amar e ser amada como você serei uma tia plenamente realizada –

–- Obrigada pela homenagem ... eu não merecia tanto e com certeza ela dará muito orgulho a vocês e será muito feliz. Temos uma outra coincidência, além do nome também dividimos o signo, meu aniversário será em poucos dias. Muito linda a minha xará, parabéns e felicidades para vocês – disse Anita

–- Foi um prazer conhecer vocês, vão em paz – disse Laura

–- Obrigada, vocês também! E muito obrigado por tudo mais uma vez, tenho certeza que nos veremos outras vezes, anjos sempre voltam. – se despediu Ben com um abraço

Autora: Carol


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Notas finais do capítulo

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