Anita passou a tarde toda no shopping fazendo compras para o bebê. Com o tempo, a gravidez estava cada vez mais evidente, e a expectativa para a chegada do bebê se intensificava. Ela projetou cada detalhezinho do quarto, e como Ben e ela decidiram que só gostariam de saber o sexo do bebê no momento do nascimento, ela decidiu comprar os móveis de cores neutras e decorar com objetos que fossem adequados tanto para menino quanto para menina. Depois, encontrou-se com Marcela, Julia e Sofia na praça de alimentação.
— Você está tão linda, amiga... – disse Julia.
— Já está chegando a hora de minha afilhada ou afilhado nascer – disse Marcela, piscando para Anita.
— Espera aí, eu vou ser a madrinha! – disse Julia.
— Vocês estão loucas, porque é óbvio que a mais indicada para ser madrinha sou eu – disse Sofia, entrando na brincadeira.
— Meninas, ainda faltam alguns meses para o nascimento do bebê, vocês terão tempo para provar qual de vocês merece ser a madrinha – disse Anita, se divertindo.
— Você parece tão feliz, amiga... – disse Julia.
— Eu estou nas nuvens, Ju... Eu sempre imaginei como seria ser mãe, sempre pensei sobre isso, mas quando você sente outro coração batendo dentro de você, é uma sensação indescritível... – diz Anita.
— Lá no casarão não se fala de outra coisa! Giovanna e Vitor estão fazendo até apostas pra tentar descobrir o sexo do bebê – disse Sofia. – Aliás, porque você não pede logo para o médico dizer e acaba com essa tortura? Eu não sei quais roupas comprar para o bebê!
— Essa foi uma decisão minha e do Ben, Sofia. Queremos descobrir na hora certa – disse Anita.
— Difícil é explicar isso lá em casa, estão todos mortos de curiosidade – disse Sofia.
— Falta pouco tempo, e logo todos vão saber – disse Anita, sorrindo.

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— Oi, amor – disse Ben, ao ver Anita. – Chegou cedo, pensei que passaria mais tempo com as meninas.
— São quase 20:00h, não está tão cedo – disse Anita, beijando o marido.
— A Vera ligou, eu disse que você retornaria assim que chegasse.
— Minha mãe já ligou quatro vezes só hoje – disse Anita. – Eu não sei mais o que fazer pra convencer minha mãe de que eu e o bebê estamos bem...
— Ela se preocupa com você – disse Ben. – ela é sua mãe, é natural que queira te proteger, saber como você está...
— Eu concordo, mas acho que ela está exagerando um pouco no cuidado – disse Anita, sentando-se no sofá ao lado de Ben.
— Eu vou guardar essas palavras para quando o nosso bebê for adolescente e você se descabelar de preocupação quando ele ou ela demorar para chegar em casa – disse Ben, sorrindo.
— Ben, eu estou tão feliz... Mas não posso negar que tenho um pouco de medo – disse Anita.
— Medo de quê, princesa?
— Eu sei que daremos todo o amor e carinho ao nosso bebê, que faremos tudo o que está ao nosso alcance para que ele seja tão feliz quanto nós somos, mas será que seremos bons pais? Será que vamos conseguir proteger nosso bebê desse mundo terrível aí fora?
— Princesa, nós tivemos os melhores exemplos do que é ser bons pais... O meu pai e a Vera nos deram todo o suporte que precisamos para seguir o exemplo deles, e eu tenho certeza que vamos dar o mesmo suporte ao nosso bebê. Quanto ao mundo, vamos protegê-lo da melhor forma possível, até que ele esteja pronto pra enfrentar sozinho, mas sempre sabendo que vamos estar por perto – disse Ben, dando um beijinho na barriga da esposa.
— Você tem razão... – disse Anita, beijando o marido. – Como eu posso ter medo com você do meu lado? Eu te amo tanto, príncipe...
— Eu também te amo, muito – disse Ben, retribuindo o beijo. – Vamos construir uma família linda, princesa... Eu sou o homem mais feliz desse mundo!
Ben beijou Anita e depois ficaram algum tempo abraçados. A felicidade era tão grande que eles não conseguiam expressar em palavras. Anita deixou algumas lágrimas caírem enquanto pensava em como tinha sorte por ter Ben ao seu lado e no quanto o amava. Após conversarem por alguns minutos, Ben decidiu fazer o jantar, enquanto Anita ligava para Vera e explicava mais uma vez que estava tudo bem com ela e com o bebê.
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Três meses se passaram. Anita acabara de completar 40 semanas de gravidez, e o bebê poderia nascer a qualquer momento.
— Está tudo pronto? – perguntou Ben. – Você já arrumou a bolsa para levar para o hospital? Quer que eu pegue mais alguma coisa? Acho que não vou trabalhar hoje, vou ficar aqui com você...
— Ben, olha pra mim – disse Anita. – Eu sei que o bebê pode nascer a qualquer momento, mas esse momento pode ser daqui a uma hora, ou daqui a uma semana. Pode ir trabalhar, eu já arrumei tudo, estou com o telefone do taxi e se eu sentir qualquer coisa, eu ligo.
— Tem certeza, princesa? Eu ainda acho que...
— Amor, me escuta... Tá tudo bem comigo e com o nosso bebê também. E daqui a pouco eu vou pro casarão, eu vou estar cercada de gente pra me socorrer caso eu precise – disse Anita, dando um abraço e um beijo no marido.
— Tudo bem, me convenceu... Mas jura que vai me ligar se acontecer alguma coisa?
— Eu juro – disse Anita. – eu te amo.
— Eu também te amo – disse Ben. – Eu volto logo, princesa.
Anita achou fofa a preocupação de Ben, mesmo achando que não tinha motivos para que o marido ficasse tão aflito.
— Minha filha, eu disse que não precisava vir – disse Vera, ao ver Anita na porta do casarão.
— Mãe, eu não estou doente – disse Anita. – Além disso, a senhora sabe que eu sempre gostei de ajudar nas encomendas. E a senhora não acha que é melhor que eu fique aqui do que sozinha lá em casa? Vai que o bebê resolve nascer...
— Tem razão, filha... Eu estou tão ansiosa! – disse Vera.
— Eu também, mãe... – disse Anita, abraçando Vera.
Mais tarde, enquanto ajudava a mãe, Anita começou a sentir dores. Ela não queria assustar a mãe, mas as dores foram ficando cada vez mais fortes.
— Mãe, eu acho que chegou a hora... – disse Anita – o bebê vai nascer... Chama um taxi pra mim, por favor.
Vera ligou imediatamente para o taxi, que chegou rapidamente. Ela ligou para Ronaldo e avisou que estava indo para a maternidade com Anita, e pediu que ele avisasse a Ben.
— Vai me dando notícias Vera, por favor – disse Ronaldo ao telefone. Assim que terminou de falar com Vera, ligou para Ben como a esposa havia pedido.
— É sério, pai? Tem certeza? – disse Ben, sorrindo.
— Claro que tenho, filho! Vai pra maternidade assim que puder, o teu filho tá chegando! – disse Ronaldo, emocionado.