Fall escrita por Fetch


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu não costumo escrever muito com eles, então eu espero que tenha saído bom. O título *e o trecho no final* vem da música Fall do Ed Sheeran, você pode escutar antes, depois ou durante a leitura da fic.



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Levy se espreguiçou bruscamente, fazendo com o pequeno Lily acordasse de seu aparente sono. O gato preto estava deitado em seu colo, enquanto ambos estavam no sofá do apartamento de Gajeel. Ele tinha a convidado para ajuda-lo numa matéria da faculdade que ele estava quase pegando DP, mas até agora tudo que eles haviam feito era dormir e ficar no sofá, jogando videogamee conversando. Levy tinha suspeitas de que ele só a convidou e deu a DP de desculpa e nada mais.

- Calma, aí, garoto. – Levy disse enquanto acariciava o pelo de Lilly.

Gajeel havia lhe dito que Lily não era de ficar se enroscando com as visitas, mas o gato parecia ter sido muito mais convidativo que o próprio rapaz. Ele tinha saído para ir atender uma chamada da irmã mais nova, Wendy, e ainda não havia voltado.

Gajeel tinha dois irmãos mais novos, Wendy, que tinha uns 14 anos e Rogue, que tinha 12. Levy havia os conhecido enquanto estava no Ensino Médio, ela estudava com o irmão mais velho e concidentemente, quando Levy decidiu fazer faculdade em Magnolia, ela não tinha contado a ninguém, tirando sua melhor amiga Lucy e surpreendentemente, Gajeel também tinha escolhida uma faculdade em Magnolia. E ela quase teve um ataque do coração quando o reconheceu quando voltava para a casa de sua mãe num fim de semana.

- Onde que está seu dono, hein? – Levy continuou a afagar o pelo do gato.

- Aqui. – Uma voz grave respondeu.

Ele havia voltado e não parecia muito satisfeito, Levy tinha aprendido ao longo dos anos a como, pelo menos tentar, ler o que a cara cheia de piercings de Gajeel escondia, não que ela sempre tivesse sucesso, porque de verdade, ele era muito bom em fazer isso.

- Ah, você finalmente voltou. Podemos começar a estudar? – Levy tirou Lily de seu colo e se levantou.

Ele a encarou com os olhos vermelhos, como se não soubesse o que responder.

- Claro! Só espera um pouco, eu vou pegar alguma coisa pra gente comer. – Ele disse, tentado escapar novamente.

- Gajeel. – Ela chamou, apesar do pouco tamanho, ela conseguia soar ao menos convincente quando queria. – Você não me chamou aqui para estudar certo?

Quando Gajeel colocou sua mão atrás da cabeça para coçar a juba escura que ele chamava de cabelo – De verdade, Levy também gostava – e uma coloração clara apareceu na sua cara, Levy sabia que estava certa. Ás vezes até diziam que ela conseguia o entender melhor que todo mundo, e podia mesmo ser que sim. Quando estavam no 7º ano, ele bateu em Levy e nos seus amigos, Jet e Droy. Até hoje, Levy suspeitava que Jet e Droy não o tivessem perdoado, mesmo quando Gajeel apanhou por ela.

- Sabia! – Levy comemorou.

- Cala boca, baixinha! – Deuses, como ela odiava aquele apelido. – Eu te chamei para estudar, sim.

E Gajeel saiu andando, para a cozinha do pequeno e desarrumado apartamento que dividia com Lily. Uma vez Levy havia perguntado de onde conseguira Lily, Gajeel respondeu que havia o achado na porta do prédio do apartamento, fugindo da tempestade que estava caindo. Levy sugeriu que ele fosse e colocasse pôsteres do gato para ver se era de alguém. Ele disse não e ficou por isso mesmo. Levy mal podia imaginar se alguém aparecesse pedindo Lily de volta, mas já havia passado quase 4 meses e ninguém tinha falado nada.

Levy caiu de novo no sofá. Derrotada. Ela temia que Gajeel tivesse descoberto, deuses sabem como, a quedinha – ok, na verdade era mais pra um abismo – que ela nutria por ele desde que ele tinha apanhado por ela e tentado se desculpar. Ninguém tinha feito isso antes por ela. E agora ela temia que ele só tivesse falado ainda porque não queria machuca-la novamente.

Gajeel voltou pouco tempo depois. Ele trazia duas canecas de café e um dvd de um filme qualquer de terror que ele adorava. Vamos estudar vendo o Jason matar criancinhas, que ótimo¸ Levy pensou, suspeitava que não era um filme do Jason no fim das contas, mas enfim.

Ele colocou as canecas numa mesa de centro de metal que ele mesmo havia feito. Ela tinha que admitir que ele tinha talento para essas coisas. Quer dizer, com metal apenas. Gajeel colocou no antigo Playstation o dvd e se sentou no chão. Lily pulou do sofá para o lado de Gajeel e Levy fez o mesmo. Lily deitou rapidamente do lado da garota.

- Então, nós vamos estudar como os filmes de terror são idiotas? – Levy perguntou.

- Pode ser. – Gajeel sugeriu, tanto sarcástico.

O moreno tinha uma cabeça ou mais de altura a mais que Levy, fazendo-a olhar para cima toda vez que tinha que falar com ele. E naquele dia estava sendo incomodada pela estranha falta de dor na parte de trás do pescoço. Ela já tinha se acostumado. Se falasse demais com Gajeel ou qualquer outra pessoa mais alta do que ela – que eram frequentes – ficaria com dor no pescoço, mas hoje não estava. Então percebeu que na maior parte das vezes que conversaram, Gajeel tinha olhado mais vezes para baixo, poupando a de muito esforço, do que mantinha sua cabeça erguida.

Levy se fixou na televisão, porque estava com medo que ele percebesse que andava o encarando demais. Isso é, se ele já não sabia que ela gostava dele. Diabos, Levy, você já tem 20 anos, dá para encarar a verdade que você ama o cara, ela se repreendeu mentalmente.

O filme começou como qualquer outro filme de terror, com uma grande história clichê. Alguns amigos idiotas iam investigar uma casa de um serial killer de um modo muito idiota e se ferravam, o casal ia bater as botas primeiro. O filme mal tinha passado de seus dois primeiros minutos e Levy já sabia quem morreria e quem não. Desejou ter trazido um livro consigo, pelo menos iria conseguir se distrair tanto da TV quando de Gajeel ao seu lado. Lily ronronava pacificamente, se enroscando na coxa direita da garota. Seu pelo era macio e gostoso de acariciar e então afagar o pelo do gato se tornou seu passatempo enquanto o moreno ao seu lado se entretinha com um dos piores filmes, falando sobre o script, que Levy já havia visto.

- Como você consegue gostar de um filme desses? É horrível. – Levy reclamou.

- É você que não consegue admirar, ouviu, baixinha? – Gajeel a provocou. Levy tirou sua mão do gato e socou o ombro de Gajeel, mas ele pareceu nem notar.

Tinha raiva de Gajeel por isso. Ele tinha o dobro da força dela, se não mais. Se Levy se estressasse o suficiente e lhe metesse um soco, raramente ele se incomodava. Decidiu ignora-lo por um tempo, se virando para a televisão. Talvez se vesse o filme por tempo o suficiente, começaria a admirar. Mesmo que Levy duvidasse que ia funcionar, ela tinha que tentar pelo menos.

Quase não parava de reclamar, pelo menos para si, das história mal construídas e diálogos mal feitos. Os personagens então...só um ou dois se salvavam. A maior parte parecia que tinha um amendoim ao invés de cérebro. Mas quando o serial killer aparecia para matar alguém, em mortes dignas do roteiro, sanguinolentas e horríveis, Levy se encontrava agarrando o braço musculoso de Gajeel. Podia ler contos e livros de terror o quanto quisesse, mas filmes ainda a assustavam, mesmo que não quisesse admitir. Gajeel pareceu não se importar. Até que Levy decidiu que ela estava fazendo aquilo por tempo demais e soltou. Gajeel se virou para encara-la, e Levy não conseguia ler o que ele queria pela primeira vez.

-x-

Gajeel a amaldiçoou quando Levy soltou seu braço. Ele gostava – mesmo que não admitisse – dela segurando nele e se protegendo, mesmo que fosse dum filme idiota que ela tinha achado terrível. Não que ele não concordasse, de verdade, ele tinha pegado o filme do Natsu quando falou que planejava falar para Levy e acabar de uma vez por todas com o melodrama estúpido que tinha dentro dele. Como ele soava tão estúpido quanto o melodrama quando falava dele. Mas enfim, era “seu trabalho” protege-la, depois de ter batido nela, Gajeel nunca conseguiu se perdoar. Ele estudava numa escola diferente e tinham mandado ele ir e bater em alguém da escola de Levy para deixá-los assustados. E depois ele teve que ser transferir para a escola dela, Levy mal conseguia olhar para ele sem tremer, e no fundo ele tinha se sentido culpado.

Levy começou a falar coisas sem sentido, como ir em bora. Se ele ia fazer alguma coisa, tinha que fazer alguma coisa. Até seu gato, Lily parecia estar esperando alguma reação quando ela começou a se levantar.

- Espera, fica pro final! Fica melhor. – Ele tentou. - O...fim é...incrível!

-x-

Levy sabia que não ficaria melhor, nunca fica. E também, tinha passado dos limites. Tinha se agarrado no braço dele come se não houvesse amanhã, e ele não tinha, aparentemente, percebido nada. E como Levy tinha certeza que a desatenção de Natsu não era transmissível, Gajeel só estava fingido. Mas algo dizia que Gajeel realmente a queria por perto. Mas era impossível ter certeza.

A garota de cabelos azuis já estava se levantando para sair pela porta quando o forte braço de Gajeel a puxou para trás, fazendo a girar desastradamente e parar na frente dele. Gajeel não estava a encarado, o que fez com que Levy tivesse que levantar seu pescoço para falar com ele, e mesmo assim ele desviava o olhar.

- Gajeel, eu preciso ir! Eu tenho... – Tentou planejar uma desculpa - ...um encontro com a Lucy.

Levy ia se retirar novamente, mas Gajeel a segurou e em vez de falar qualquer coisa, a beijou. Ela estranhou no começo. Achava que tinha substituído Gajeel com outra pessoa, porque o seu Gajeel não faria aquilo. É, talvez ele fizesse se na cabeça dele ela também fosse a sua Levy. Os lábios de Gajeel não eram ruins de sentir, muito pelo contrário, eram incríveis, mas eram diferentes dos lábios de outros caras qualquer que ela já tinha beijado. Talvez porque você realmente queira agora, ela pensou. Se separaram por falta de ar.

- É, talvez eu devesse ficar um pouco mais.

Levy deu um pequeno sorriso enquanto se sentava novamente. Lily se enroscava em sua coxa de novo e tudo parecia igual, mas agora ela estava autorizada a agarrar o braço de Gajeel.

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I will fall for you
And I will fall for you
If I fall for you
Would you fall too?

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Notas finais do capítulo

É isso. Deixem uma review! São muito importantes pra mim! E também me ajudam a melhorar! :)



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