O Guardião e a Raposa escrita por Nemui


Capítulo 15
Decisões...


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna!
Eu demorei um pouco mas foi mesmo por causa da semana de provas e a imaginação também deu uma falhada no meio do caminho...
Mas vocês não vão acreditar!

Eu fiz um desenho do Ame de lado e de frente! (*-*) Não sabem minha alegria de ter feito aquilo! Se algum dia eu tiver coragem eu trago um link do mangá q eu fiz pra vcs...

Jya ne! Espero que gostem e não esqueçam de comentar...



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“Ame,

Venho desta vez atender um pedido de sua tia. Como você a conhece, nem preciso dizer o que ela fez quando soube o que eu lhe fiz, por muita sorte ela não estava aqui nos dias em que você aguardou para falar comigo.

Ela acredita que eu deva ao menos ver a moça ou mulher que você escolheu para ser sua esposa e, consequentemente, minha nora. Mesmo que seja contra minha vontade eu permito que a traga aqui principalmente porque sua tia não vai me deixar descansar em paz até o dia em que eu aceitar vê-los.

Para evitar que mais problemas confundam minha cabeça e provavelmente meu sono, vou lhes dar 2 semanas para estarem aqui acho que isso é tempo mais do que o suficiente para chegarem.

Porém...

Não pense que trazer sua noiva aqui vai me fazer mudar de ideia, nunca vou concordar que você se case com uma Raposa e tenha o mesmo destino que o de seu tio, por mais que você ame essa garota ela nunca será sua esposa oficialmente.

Assinado, vossa majestade Fuyuki.”

– Meu pai acha que pode continuar mandando na minha vida. – Ame se levanta furioso enquanto eu continuo encarando as últimas frases e sinto minhas mãos tremerem cada vez mais. – Você ta bem? – Ele me chama mas eu não consigo parar de olhar pra carta.

– “Qual o motivo disso?...E-Eu não tenho nenhuma ligação real com o Ame...não é?!”

– Yuki! – Ame me tira dos pensamentos com um grito que de primeira me assustou, ele está segurando meus ombros e me olhando bem nos olhos, uma mistura de confusão, raiva, medo e angústia, parecem sair de dentro dele e de mim ao mesmo tempo. – Você está gelada... – Ele segura minha mão direita e começa a encará-la.

– Ame... – Murmuro, sei porque estou gelada...ou se mais ou menos...as palavras escritas naquela carta quase me fizeram ter uma parada cardíaca, mas eu não entendo ainda o porque disso.

– Eu vou dar um jeito... – Ele segura minha mão mais firme e volta o olhar para mim. – Eu sei que se levar você lá ele vai mudar de ideia. Ele não pode me obrigar a casar com aquela mariposa! – Ele termina a frase quase gritando. Eu permaneço lá parada e olhando para ele sem conseguir me mexer.

Ele envolve seus braços ao meu redor e me segura com força. Acho que já estou começando a me acostumar com o jeito dele porque isso não me foi tão inusitado dessa vez.

– Se ele tentar me obrigar a casar com qualquer uma que não seja você...você fugiria comigo? – Agora ele me pegou de jeito.

– “O-O que eu faço?” – Estou começando a ficar mais nervosa, ainda estou com o colar, mas não está adiantando quase nada agora. – E-Eu... – Começo a botar pra fora a primeira coisa que me vem na cabeça. – ... – Ok eu não consegui terminar.

– N-Não precisa responder agora...só...pense no assunto... – Ele continua me abraçando por algum tempo, não sei dizer quanto, até que eu tomo coragem e faço oq eu me deu vontade.

Deito a cabeça e apoio as duas mãos no peito de Ame. Fecho os olhos e assinto com a cabeça confirmando o que ele acabou de dizer.

– Tá... – Digo tentando me acalmar, tive um momento nostalgia ao perceber a maneira como estava, não perguntem que eu não sei o que foi aquilo, abro a boca pra terminar de falar. – Vou tentar não demorar de mais... – Um peso saiu dos meus ombros ao dizer isso, principalmente porque eu sou meio atrasada nas minhas escolhas, quem sabe dessa vez funcione e eu não deixe passar a oportunidade.

..........

Ame

– Acho melhor a gente começar a arrumar algumas coisas pra levar, se meu pai não aparcer no primeiro dia você vai precisar de algumas roupas. – Comento finalmente libertando-a do abraço forte que me trouxe um ar de nostalgia, acho que já senti esse perfume que ela está usando antes.

– M-Mas e você? – Ela pergunta me seguindo pelo corredor até seu quarto.

– Eu tenho muita coisa minha por lá, posso me virar, mas acho que o alfaiate vai ter sérios problemas se você não levar ao menos umas 5 ou 6 peças de roupa. E não se preocupe se ele pegar algumas das suas roupas, ele tem uma mania meio estranha de pegar as medidas de todo mundo que vai lá... – Por mais que eu quisesse passar uma boa impressão do alfaiate, não consegui depois dessas palavras.

................

Yuki

Quase duas horas se passam e eu tenho metade da mala pronta, mas o que mais me incomoda mesmo é...

– Você não vai avisar seu pai primeiro? – Pergunto ajoelhada na frente da mala com uma pequena quantidade de roupas dobrada e guardada.

– Pra ele, tanto faz se eu for ou não, só quero resolver isso logo e mostrar pra ele o porque... – Ame parou de falar do nada, como se estivesse prestes a dizer algo importante que não queria que eu soubesse.

– Heim? – Tentei forçá-lo a terminar a frase.

– Nada não...Assim que terminar de arrumar me avise. – Ele sai do quarto com uma cara um tanto estranha. Novamente está me escondendo algo, mas melhor não tocar no assunto. Até onde eu imagino, ele deve ter problemas com o pai. Mas...

– “Por que o Rei só comentou a tia do Ame...e não disse nada da Raposa Hime?” – Me perguntei isso por um bom tempo, quando reparei já tinha terminado de arrumar a mala e já estava indo para a sala onde Ame estava no sofá sentado e lendo alguma coisa até reparar na minha presença.

– Oh...Já terminou. – Assenti com a cabeça confirmando. – Ok então. – Ele se levanta e vem para perto de mim.

– Mas como vamos levar isso até a Capital? – Ele não responde, mas vai até a escrivaninha e procura alguma coisa nas gavetas.

– Hum eu sei que deixei aqui...Ah! Achei! – Pega alguma coisa e me mostra, já vi algo parecido antes é uma placa de vidro pequena que cabe quase perfeitamente na mão dele.

– Um celular?! – Quase gritei o nome da coisa. Ame ri um pouco da minha reação.

– Exato, são quase raros hoje em dia, mas a realeza ainda os mantém como forma de emergência...nem tudo o que está escrito nas cartas é confiável quando se trata de certos assuntos. – Ele sorri e em seguida volta a atenção para o aparelho de vidro apertando em um botão e digitando alguma coisa.

Telefones ou celulares são visões raras – ok isso é pouco pra descrever já que eu só vi um na foto da apostila de história quando estudava – foram proibidos depois de alguma coisa que aconteceu faz um 600 anos, minha mãe disse que sua avó viu o que aconteceu, mas ela não chegou a saber então eu realmente não sei.

– Ushio...preciso que venho nos buscar, quero ver meu pai ainda hoje. – Ame começa a falar com a placa de vidro...digo celular...por causa da minha ótima audição eu pude ouvir a conversa.

– Olha eu até posso buscar vocês...mas ver sua Majestade hoje não tem como realmente... – A voz de Ushio emana da pla---celular com um mínimo diferente.

– Eh?! Por que?

– Sua Majestade está recebendo os líderes ou representantes de outros reinos incluindo o reino da senhorita Kaori. – Tive um arrepio só de ouvir esse nome.

– Perfeito. Venha logo. – Ame abre um sorriso, não sei dizer exatamente o motivo, mas posso ter uma vaga ideia.

– Sim Alteza. – Ambos desligam e Ame guarda o celular no bolso frontal da calça jeans que veste para combinar com a blusa azul marinha.

– Ele não vai demorar... Acho que no máximo em uma ou duas horas ele chega. – Comenta olhando para o relógio de parede, que até então eu não tinha percebido.

– “Isso não é demorar?” – Me pergunto.

– Então... O que quer fazer até a carona chegar? – Ame começa a me encarar um pouco sorridente, quase como no dia em que ele...

– “N-Não fica vermelha! Não fica vermelha sua tonta!” – Tento me controlar ao lembrar do dia em que Ame apareceu lá em casa me pedindo pra casar com ele.

– Eh? Yuki...você está bem? – Ele começa a se aproximar. – V-Você tá meio vermelha...será que você está com febr---

– E-Eu to bem! S-Só um instante! – Largo a mala e corro pro quarto num segundo fechando a porta.

Pego meu colar no bolso direito do casaco e coloco no pescoço de uma vez.

– “Vai! Funciona! FUNCIONA!” – O efeito da calma não tá adiantando...eu tô cada vez mais nervosa. – “Afinal p-por que eu fiquei assim só de pensar naquilo? E-Eu não posso...” – Pensei em algo...mas simplesmente não consigo colocar em palavras nem mesmo nos pensamentos.

Estou quase entrando em pânico aqui!!!

Quase uma hora depois...começo a me sentir mais calma e acho que já posso sair do quarto como uma pessoa normal...ou quase...

– Yuki... – Assim que saí do quarto me deparei com Ame sério e parado bem na frente da porta...isso é estranho...

– D-Desculpa a demora é-é que eu... – Não consegui terminar, mas ao menos não fiquei nervosa de mais, ainda consigo me controlar.

– Não se preocupe... – Ele volta a sorrir. – Ushio acabou de ligar e disse que já está chegando, só mais alguns minutos na verdade.

Fiquei em silêncio, não faço a menor ideia do que dizer num momento como esse.

– O que quer fazer nesses minutos que restam? – Ele pergunta.

– Não sei ao exato... – Respondo olhando diretamente para ele.

– Francamente... – Disfarça uma risada. – Assim fica difícil de te agradar... E falando nisso....

– Eh?

– Você já me perguntou algumas coisas sobre mim, mas a única coisa que eu sei de você é que gosta de salmão... – Agora ele tá ficando emburrado.

– E-Eu posso tentar dizer alguma coisa... – Respondo desviando o olhar para o chão, essa não é a ideia que mais me agrada, mas ele só faltou dizer em voz alta que queria saber mais de mim.

– Tem certeza? Tudo bem mesmo? – Ele começou a ficar ansioso do nada.

– C-Claro...afinal eu não tenho motivo nenhum pra esconder qualquer coisa de você... – Digo vendo o sorriso aumentar no rosto dele. Acho que até eu me senti um pouco melhor começando a me abrir.

Por alguns dos poucos minutos que tivemos para sentar na sala e conversar, eu contei do que eu goto de comer e do que não sou muito fã até que ele começou a tocar num assunto diferente.

– Sabe... – Ele indagou no meio da frase.

– Hum? – E eu acabei curiosa.

– Eu...fiquei curioso numa coisa mas... – Hesita em continuar. – Não sei se você vai querer responder...

– Me diz que depois eu decido se respondo ou não. – Cruzo os braços e ouço atentamente as próximas palavras que me deram um mal pressentimento e também um pouco de medo de responder e acabar magoando-o, ou sei lá o que.

– Quem foi seu primeiro amor?


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Notas finais do capítulo

É Yuki agora a coisa vai começar a ficar pesada pra você...será que ela se livra dessa com a chegada antecipada de Ushio, ou ela vai ter que responder a isso dando a chance de deixar Ame chateado ou coisa do tipo?

Isso eu deixo com a imaginação de vocês...espero mais comentários...
Se tiver muitos erros é que o corretor ortográfico do meu pc não funciona mais então por favor me perdoem!

Jya ne!